Vinicios Torres

O Maior Problema com os Menores Pecados

“Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 João 3:6)

“Pecado torna-se um crime, não contra a lei mas contra o amor; significa não apenas quebrar a lei de Deus mas principalmente quebrar o coração de Deus.”
-William Barclay

O que mais me machuca no pecado não é desobedecer a lei de Deus mas quebrar o Seu coração. Pecado não é uma fraqueza ou uma doença. Pecado é uma zombaria da Sua misericórdia e um desdém do Seu amor. Pecado machuca Deus.

Por isso nossas batalhas contra os menores pecados são sempre as maiores. Nosso pecado é uma ofensa ao nosso Deus. A batalha pode significar colocar um fim nas fofocas. Não flertar mais com a esposa do seu melhor amigo. Não dizer mais uma coisa na frente do seu amigo cristão e outra aos seus colegas de trabalho. Pode significar parar também com pecados sutis – controlar seu apetite, dominar suas fantasias e parar de fazer cópias piratas de material protegido por lei.

Parar com os pequenos pecados parece pouco para você? Se for, lembre-se que qualquer pecado é uma escolha de comunhão com o Diabo. E uma vez que o Espírito Santo o tenha convencido de algum pecado… o menor tornou-se o maior.

“Senhor Jesus, eu quero Te agradar. Eu não quero mais dar aos meus pecados nomes suaves e quero parar de fazer coisas que Te desagradam. Dá-me forças para obedecer.”

Joni Eareckson Tada
https://www.joniandfriends.org

(tradução de Vinicios Torres)

Vinicios Torres

Oração e Relacionamentos

“Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” (João 13:14-17)

Quero agradecer a todos os que responderam ao nosso pedido de oração. Como foram tantos ficou inviável de responder cada um pessoalmente. Cada mensagem recebida foi importante e todas falaram ao nosso coração. O carinho e a atenção demonstrados nos fizeram perceber que mesmo distantes e, na maioria dos casos desconhecidos, temos muitos amigos que se interessam por nós.

Como mencionei no e-mail anterior, uma das coisas que temos visto acontecer com muita intensidade na igreja de hoje é o uso dos relacionamentos apenas para atingir um determinado fim.

Antigamente (isso é, há uns poucos anos) éramos ensinados que éramos servos de Jesus Cristo, o Senhor, e que deveríamos seguir o seu exemplo e servir ao nosso próximo em amor (João 15:12). Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos quando o mundo reconhecesse o amor com que nos amássemos uns aos outros (João 13:35).

Atualmente, somos tudo, de reis e príncipes a administradores e líderes, que temos que conquistar as pessoas para nos seguirem e fazerem parte da nossa “turma” (substitua turma pelo nome que você costuma ouvir). As pessoas devem ser convencidas a obedecerem o método que foi implantado na igreja independente de compreenderem o motivo pelo qual fazem o que fazem.

Não sou contra métodos. Ao contrário disso, estudo processos empresariais e sei a otimização e o aumento da eficiência que um método bem definido pode trazer a qualquer organização. O problema é quando o método substitui o relacionamento na igreja.

O método pode ajudar a encher a igreja. Mas o método não cura feridas, não satisfaz a solidão, não consola a tristeza, não muda o caráter. Essas coisas só acontecem com relacionamentos profundos e amorosos, que geralmente levarão bastante tempo para se consolidarem.

Como você vê esse assunto na sua igreja? Como a sua igreja está tratando para que as pessoas não sintam que caíram dentro de uma máquina?

Vinicios Torres

Fé Contrária

“A fé é a certeza das coisas que se esperam” (Hebreus 11:1)

Recentemente ouvi uma frase que me chamou a atenção e que me fez pensar durante alguns dias. Alguém atendeu o telefone perto de mim e respondeu a uma pergunta do interlocutor de uma maneira curiosa. A pessoa perguntou-lhe se ele iria participar de um evento que iria acontecer dentro de umas 4 semanas e recebeu como resposta a seguinte frase: “Não vai dar, naquela época eu não vou ter dinheiro.”

O que me chamou a atenção foi a maneira determinada como a pessoa disse que não terá dinheiro. Estava decretado. Não havia brecha para mudança na situação. Eu percebi que aquele era um exercício de fé… ao contrário.

Quantas vezes nós não fazemos isso? Desistimos de algo antes mesmo de começarmos, abandonamos um desafio sem nem ao menos tentarmos. Olhamos para o futuro e anulamos o que poderia ser.

Ao afirmarmos a impossibilidade do futuro acontecer acabamos por trazer para o presente uma série de conseqüências: desânimo, porque permanecer animado se não adianta? fraqueza, porque se fortalecer se não trará resultado? comodismo, tudo vai ficar como está pois o futuro não mudará.

Um pensamento interessante a respeito desse assunto é que se crermos que pode acontecer, a chance de acontecer é maior mas não é garantida; mas, se crermos que não pode acontecer, temos 100% de garantia que não acontecerá. Qual você acha que será o resultado do vendedor que, ao ver o cliente entrar na loja, pensa: “Xi, para esse aí não vou conseguir vender nada.”

Precisamos vigiar nossos pensamentos e palavras e analisá-las se estão servindo para alimentar a nossa fé de maneira positiva ou se estão na verdade servindo para boicotar a realização dos sonhos e metas que Deus tem colocado em nossos corações.

“Senhor, como disse Davi,põe um anjo à minha boca para que eu não fale palavras que destruam a minha própria fé.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Deslealdade

“Como dente quebrado e pés sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia” (Provérbios 25:19)

Você já teve a experiência de confiar em alguém que já havia decepcionado você anteriormente e a decepção se repetiu? Você já confiou em alguém que todas as pessoas à sua volta lhe avisaram para não confiar, baseadas em suas experiências negativas anteriores?

É comum acabarmos tendo más experiências com as pessoas que demonstraram alguma forma de deslealdade. Pessoas que lhe deixaram na mão uma vez tem a péssima probabilidade de repetirem a atitude.

Mas como agir em casos assim? De que maneira tratamos as pessoas que nos decepcionam abandonando-nos justamente quando mais precisamos delas?

Você pode arriscar andar com um pé sem firmeza, mas faz isso sabendo que ele pode vacilar e lhe fazer cair. Você pode comer com um dente mole na boca, mas está alerta que o dente pode cair na próxima mordida.

O amor nos faz tentar de novo apesar do desgaste do relacionamento provocado pela decepção. Mas a confiança é vacilante por causa do temor da repetição da deslealdade. Tudo que se fizer será sempre acompanhado do temor de novo abandono ou da próxima traição.

Este temor só será vencido depois de repetidas vezes em que a confiança for correspondida com lealdade. É interessante que basta uma ação negativa para destruir a confiança, mas exigirá muitas vezes anos de ação positiva para restaurá-la.

Se você foi desleal com alguém, não espere ser restabelecido ao mesmo patamar de confiança mesmo que você tenha se arrependido sinceramente e confessado o seu erro. Você vai ter que se esforçar muito para conseguir voltar ao lugar que ocupava no coração da pessoa ferida.

Se você foi vítima da deslealdade perdoe. E se a pessoa reconheceu seu erro dê à ela oportunidades para demonstrar os frutos do seu arrependimento. Só considere a possibilidade de afastar a pessoa do seu convívio quando houver certeza que ela não tem intenção de mudar de atitude.

“Senhor, ajuda-me a perdoar àqueles que me decepcionaram e a permitir que eles demonstrem o seu arrependimento reconstruindo a nossa confiança através do Teu amor.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Mudar o mundo

Gosto de ler um bom livro. Gosto muito de ler biografias, principalmente em primeira pessoa, ou seja, quando o próprio personagem relata as suas experiências e revela os seus sentimentos enquanto passava por elas.

Muito do meu caráter cristão foi formado através do desejo de me tornar semelhante às pessoas de quem li suas histórias: Irmão André, David Wilkerson, David Livingstone. E também pela coragem e exemplos de muitos que, mesmo não sendo explicitamente cristãos, fizeram diferença por aquilo que viveram e realizaram.

Saí da Microsoft para mudar o mundoRecentemente, ao passar pela seção de livros do supermercado, deparei-me com um livro cujo título me chamou a atenção, “Saí da Microsoft para Mudar o Mundo“. Para alguém, como eu, que trabalha na área de informática, o título não podia ser melhor isca.

Não vou repetir o que você pode ler em qualquer resenha. O que me chamou a atenção é a capacidade de transformação que alguém com vontade pode ter. Inspirado por um desafio que encontrou ressonânicia em seu coração, John Wood, começou a fazer diferença com os recursos de que dispunha e a ajuda de parentes e amigos. À medida que obtinha sucesso no nível em que estava, aventurava-se a ir mais longe no próximo projeto.

A “Room To Read“, a ONG fundada por John, hoje exerce influência e transforma vidas em diversos dos países mais pobres do mundo, provendo livros, bibliotecas, laboratórios de informática e bolsas de estudos para meninas.

O religioso completaria: “mas tá faltando o evangelho”. Concordo, a diferença que ele está fazendo se resume a esta vida e falta a dimensão eterna ao seu esforço.

Porém, estamos vivendo um momento de estranho desequilíbrio na igreja. De um lado temos toda uma ala que só se preocupa com o espiritual, e o outro lado, quando se preocupa com a prosperidade, o faz apenas com a sua própria, sem nada realizar para viabilizar a transformação e prosperidade do seu ambiente.

Isso me lembra Jeremias dizendo que não podemos ser prósperos e ter paz sem estar preocupados que nossos vizinhos e nossa cidade também sejam prósperos e desfrutem a paz (Jeremias 29:7).

Gostaria de recomendar o livro e desafiar-lhe a lê-lo com o coração aberto. Quem sabe o que Deus pode inspirar-lhe a deixar para mudar o mundo também?

Vinicios Torres

Encoraje Seu Pastor

Entre os muitos artigos que publicamos e outros tantos que traduzimos, houve alguns que marcaram o momento em que foram publicados. De vez em quand, recuperarei alguns destes artigos ou mensagens e enviarei para que possamos ser despertados novamente às verdades que eles nos desafiaram, e para que aqueles que são mais novos na lista possam experimentar o mesmo que os pioneiros.


Encoraje o Seu Pastor
01/03/1999
por E. Glenn Wagner e Glen S. Martin

Os pregadores têm um trabalho penoso. Não é uma tarefa fácil vir com uma idéia fresca, uma palavra de sabedoria, uma história tocante, ou uma anedota engraçada TODA semana, e então, entregá-la com equilíbrio e perfeição para uma audiência sempre exigente e, freqüentemente, crítica. O homem, ou mulher, no púlpito precisam das nossas orações e do nosso apoio.

Maneiras de encorajar um pregador em seu ministério:

  • Ore pelo seu pastor todos os dias. Faça-o saber que você está orando por ele. Procure saber das necessidades especiais que ele possa ter.
  • Preste atenção ao sermão. Dê ao pregador toda a sua atenção, com olhares e gestos de aprovação. Os pregadores precisam saber que estão ‘conectados’ com a congregação.
  • Decida-se a aprender com seu pastor. Deixe que o sermão do domingo seja o início do seu estudo semanal. Pegue o que você ouviu e aplique-o às suas outras leituras, estudos e leitura bíblica.
  • Não traga diferentes pontos de vista logo ao final do culto – especialmente se você souber que ele irá pregar a mesma mensagem em outro culto. Guarde os seus comentários até o momento apropriado para discussão e depois de você mesmo tê-lo avaliado bem. Teste aquilo que ele/ela disse por meio das Escrituras e não pelas suas opiniões.
  • Pergunte a si mesmo: Como posso encorajar o meu pastor a cada domingo? O que eu posso começar a fazer, que ainda não tenha feito no passado para animá-lo. Eu estou apoiando o pastor e seu ministério – e mostro isto pelas coisas que eu digo e faço?
  • Se você tiver dúvidas a respeito do ensino do pastor, pesquise nas escrituras e estude-as cuidadosamente, com a mente aberta. Discuta a interpretação com seu pastor de maneira franca e sincera, e depois permita ao Espírito Santo guiá-lo e ensiná-lo na verdade. Esteja preparado para diferenças honestas de opinião acerca do significado de algumas passagens.
  • Encoraje o seu pastor a gastar tempo regularmente em oração e estudo. Certifique-se que o orçamento da sua igreja tem fundos reservados para a sua educação e aprimoramento, para a compra de livros e participação em seminários e congressos.
  • Deixe para ele um bilhete de vez em quando mencionando coisas que ele tenha dito ou feito que teve algum significado para você. Menções específicas de como as mensagens têm ministrado a você. Onde apropriado, mencione coisas acerca dos membros da sua família que você tenha notado que são positivas. (O bom comportamento dos filhos, esposa/marido que ajudaram alguém em necessidade, etc). Faça seus comentários sinceramente, sem bajulação.
  • Estimule grupos na sua igreja – especialmente aqueles dos quais você faz parte – a encorajar o pastor e a sua família. Converse com outros a respeito dos ensinos dos sermões. Promova conversas e ensino, baseados nos sermões, como uma parte regular das suas conversas na igreja.
  • Peça a Deus para mostrar-lhe maneiras inovadoras de de encorajar o seu pastor e sua família.

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E. Glenn Wagner é o o autor de The Heart of a Godly Man e contribui para o best-seller Se Promessas de um Homem de Palavra. Ele é o pastor sênior da Igreja do Calvário em Charlotte, N.C. (E.U.A.), e serviu como vice-presidente de prmoção ministerial para Promise Keepers. Dr. Wagner e sua esposa, Susan, têm um casal de filhos.

Glen S. Martin é pastor sênior da Igreja da Comunidade Batista em Manhattan Beach, Calif. (E.U.A.). É o autor de Beyond the Rat Race e The Issachar Factor. também é membro do corpo docente do Leadership Seminar de Promise Keepers. Dr. Martin e sua esposa, Nancy, têm três filhos.

Extraído de Your Pastor’s Heart: Serving the One Who Serves You by E. Glenn Wagner and Glen S. Martin, copyright (c) 1998. Used by permission by Moody Press, Chicago, Ill., 1-800-678-6928.

Tradução de Vinicios Torres da lista Live It!

Vinicios Torres

Há 9 anos

bolo.jpgPois é, este mês faz nove anos que estamos na internet. Eu fui ver qual foi o primeiro artigo com o qual comecei o site e fiquei impressionado com a total atualidade dele. Veja ele logo a seguir e observe que se trocarmos os nomes pelos atuais, você não dirá que o artigo foi escrito há 9 anos. Tristemente verificamos que a situação só piorou.

Mas muita coisa mudou para melhor. Em 1999, fiz alguns testes com vídeo mas tive que desistir pelo altíssimo custo e a falta de velocidade das conexões com a internet. Imagine que naquela época o ADSL não era conhecido e banda larga se referia à largura dos pneus de automóveis. Em 2001, deixei por uns dois meses um servidor de áudio com algumas mensagens, precursor dos podcasts, mas desisti pelo alto custo. Hoje, isso tudo já faz parte do dia-a-dia de qualquer um que usa internet.

O objetivo inicial, que era o de prover conteúdo cristão de qualidade em uma internet carecente de bons materiais em português, já não se justifica. Existem muitos ótimos site. Como sempre o joio cresce junto com o trigo, mas se tivermos paciência e exercermos bom juízo seremos capazes de encontrar muita coisa boa.

Só conseguimos permanecer este tempo todo realizando este trabalho devido à sua intercessão e à sua ajuda. Várias vezes decidimos parar. Mas todas as vezes que o fazíamos recebíamos uma enxurrada de e-mails testemunhando a diferença que as nossas mensagens regulares faziam ao coração de muitas pessoas. Como parar algo que Deus está nos usando para abençoar?

Com isso decidimos não parar, mas reinventar. No início deste ano aderimos ao formato de blog, iniciamos o uso dos podcasts e sonhamos logo poder criar vídeos que possam ajudar a edificar uma igreja forte e saudável.

Quero agradecer a VOCÊ que nos ajudou em todos estes anos, tanto com incentivo por meio de suas mensagens e testemunhos como financeiramente.

Ore por nós para que cheguemos ao décimo ano realizando os planos de ter um site que faz diferença na internet servindo de referência para um ensino sadio, doutrina solidamente bíblica e que motive todos aqueles a quem este site alcançar a desejar conhecer profundamente a Palavra e ao Senhor da Palavra.

Ore para que Deus nos dê recursos para conseguir uma filmadora digital e assim podermos usar mais este meio para edificar o povo de Deus na internet.

Contamos com você!

No amor de Cristo,

Vinicios Torres
ICHTUS Webmaster

01/06/1998
Televisão: MÁ COMPANHIA

“Não vos enganeis. As más conversações (companhias) corrompem os bons costumes.” (1 Co 15:33)

“Para que o mal floresça entre as pessoas de bem, é preciso que ele seja aceito com outro nome – um nome mais palatável, que possa esconder a sua verdadeira identidade. É claro que se lhe dermos o nome de entretenimento podemos ampliar bastante a sua aceitação.”
John Underwood, Miami Herald

“Quase todas as noites, a média das famílias americanas, apertando uma tecla de um controle remoto, recebe em sua sala a visita de uma mistura de gente mal-educada e de boca suja. Se outra pessoa entrasse nesta mesma sala, empregando tal linguagem, imediatamente seria posta na rua à força.Quem usasse tais palavras numa reunião de gente fina logo seria considerado bronco e grosseirão.”
atribuído ao Sen. Robert Byrd

Já dizia um antigo filósofo grego: “Dize-me com quem andas, e te direi quem és.”

Hoje a situação exige uma modificação no ditado: “Dize-me o que assistes e te direi quem és.” A geração passada ainda se preocupava em examinar as amizades de seus filhos a fim de saber se não estavam recebendo más influências. Sabiam, pela experiência própria ou recebida dos mais velhos, como uma amizade pode fazer diferença na vida de uma pessoa.

O apóstolo Paulo conhecia esta verdade. Ao afirmar que as más amizades destroem os bons costumes, ele está dizendo que a amizade errada vai destruir as coisas boas que você faz ou impedi-lo de realizá-las.

Hoje muitas pessoas tem mais “amizade” com os apresentadores de programas ou com as personagens de novelas do que com a própria família. Submetem-se ao “aconselhamento” diário dos seus artistas favoritos. Vestem-se e falam da mesma maneira. Seguem a moda.

Recentemente, teve início uma novela que faz apologia do homossexualismo feminino (Torre de Babel). Já houve outra que fazia o mesmo sobre homossexualismo masculino, outra com um  “drag-queen”, outra com tantas cenas de nudez (Pantanal) que tornava as revistas eróticas desnecessárias.

A exposição repetida a um determinado assunto faz com que se perca a sensibilidade a ele. Os profissionais da área de saúde usam este princípio de maneira benéfica ao não se sensibilizarem mais com o sangue e a dor, o que lhes permite trabalhar mais eficientemente. Porém, a sociedade, ao não mais se sensibilizar com a degradação moral, perde o respeito para com a vida humana.

Esta semana (primeira de junho/98), na novela Corpo Dourado, o delegado inventou um “casamento simbólico”. Só ele, a noiva e “Deus, por testemunha”. Estremeci, ao lembrar-me de uma situação passada há mais de doze anos, quando um casal de jovens da igreja fez sozinho uma cerimônia de “casamento espiritual”. A moça, muito mais velha e com histórico de problemas familiares, convenceu o rapaz de que o esquema era válido, pois estava sendo feito com “sinceridade”. Resultado: meses de dificuldades, tanto para eles quanto para os líderes da igreja, e duas vidas permanentemente afetadas. Quantos adolescentes não terão achado a idéia uma “inspiração”?

Há algum tempo vi um um outdoor com propanganda da revista Playboy com o destaque: “Ela tem 18 anos, mas com um corpinho de 15.” Nem as nossas filhas adolescentes estão livres de serem alvos da libido estimulada dos consumidores da revista. Isto é um claro incentivo à pedofilia, pois se hoje se fala em 15, logo será aos 12 e depois sabe-se lá onde chegará.

É urgente a necessidade de um posicionamento da Igreja de Cristo quanto a estes aspectos. Na última revista Ultimato, Rev. Augustus Nicodemus, alerta para a proliferação da pornografia, inclusive entre evangélicos, que é facilitada e até estimulada por esta cauterização da consciência social.

Em recente artigo na Gazeta do Povo, de Curitiba/PR, um jornalista questiona a sexualização precoce e irresponsável das nossas crianças e adolescentes e menciona a passividade da Igreja quanto a este aspecto.

As emissoras de televisão sempre argumentam que o controle último está nas mãos dos pais: o controle remoto. Que, se os pais realmente acham que seus filhos estão assistindo programação indevida, tem sempre a opção de mudar de canal. Embora, esta seja uma argumentação válida, ela é presunçosa, pois as emissoras sabem que as alternativas são mínimas.

O que move a televisão hoje é o dinheiro. Portanto, a única maneira de chamar a atenção das emissoras é fazendo com que elas percam dinheiro, ou pelo menos não ganhem tanto quanto poderiam. Além de mudar de canal ou, ainda melhor, desligar a televisão, deveríamos tornar as emissoras e os patrocinadores dos programas cientes de que fizemos isso. Assim, os patrocinadores saberão que o dinheiro investido em publicidade através da televisão não está atingindo o público que poderia, e isso poderia levá-los a pensar a respeito do tipo de programas a patrocinar.

Vinicios Torres é profissional de informática e webmaster do ICHTUS.

Vinicios Torres

Incertezas

“Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas.” (Eclesiastes 11:6 ARA)

Não reposes a tua mãoA maioria de nós hoje trabalha por salário que é recebido periodicamente, a cada 15 dias ou uma vez por mês. O mais próximo da realidade agrária que temos hoje é o caso daqueles que trabalham com vendas e que tem parte ou todo o seu rendimento em comissões.

Estes sabem que não podem descançar na confiança da promessa de um único cliente. Eles precisam conquistar o maior número possível de clientes para que consigam bater suas metas de vendas e assim garantir comissão para formar o salário necessário naquele mês.

Há dois pontos a observar neste raciocínio, um externo e outro interno.

O externo refere-se à sua dependência para com os de fora. E se ele conseguir um só cliente e este desistir da compra? E se ele não pagar como prometido? A incerteza quanto àquilo que lhe foge ao controle o leva a não depositar toda sua esperança em um único cliente. No ambiente agrário, o agricultor geralmente não planta apenas uma cultura, mas divide o seu campo em várias culturas para ficar menos sujeito aos fatores imprevistos.

O interno refere-se à incerteza quanto à sua própria condição. O versículo nos incita a não repousar quando uma parte estiver feita, mas ter a disposição de continuar e fazer um pouco mais. Quem garante que depois de visitar um cliente hoje você estará disponível amanhã para visitar outro? E se ficar doente de hoje para amanhã? E se em vez de visitar o cliente, sai mais cedo e vai jogar bola com os amigos e torce o pé, impedindo-o de fazer a visita do dia seguinte? Visita essa que poderia ser a diferença entre ter salário este mês ou não.

Mesmo para os assalariados esse raciocínio é aplicável. Depois de trabalhar as oito horas normais, aplique-se a um curso ou a abrir um negócio que lhe forneça renda extra. Quem garante que terá seu emprego eternamente? De repente, no mês que vem aquele treinamento, aquela pessoa que você conheceu naquele evento, o professor do curso que você está participando podem ser a diferença entre um novo trabalho ou a fila dos desempregados.

A mensagem da sabedoria neste versículo é que você não deve se acomodar após fazer o mínimo necessário. Faça mais para se prevenir das incertezas. Se a incerteza não acontecer e ambas as sementes produzirem, você pode usar o que sobrar para investir e prosperar.