Pois é, este mês faz nove anos que estamos na internet. Eu fui ver qual foi o primeiro artigo com o qual comecei o site e fiquei impressionado com a total atualidade dele. Veja ele logo a seguir e observe que se trocarmos os nomes pelos atuais, você não dirá que o artigo foi escrito há 9 anos. Tristemente verificamos que a situação só piorou.
Mas muita coisa mudou para melhor. Em 1999, fiz alguns testes com vídeo mas tive que desistir pelo altíssimo custo e a falta de velocidade das conexões com a internet. Imagine que naquela época o ADSL não era conhecido e banda larga se referia à largura dos pneus de automóveis. Em 2001, deixei por uns dois meses um servidor de áudio com algumas mensagens, precursor dos podcasts, mas desisti pelo alto custo. Hoje, isso tudo já faz parte do dia-a-dia de qualquer um que usa internet.
O objetivo inicial, que era o de prover conteúdo cristão de qualidade em uma internet carecente de bons materiais em português, já não se justifica. Existem muitos ótimos site. Como sempre o joio cresce junto com o trigo, mas se tivermos paciência e exercermos bom juízo seremos capazes de encontrar muita coisa boa.
Só conseguimos permanecer este tempo todo realizando este trabalho devido à sua intercessão e à sua ajuda. Várias vezes decidimos parar. Mas todas as vezes que o fazíamos recebíamos uma enxurrada de e-mails testemunhando a diferença que as nossas mensagens regulares faziam ao coração de muitas pessoas. Como parar algo que Deus está nos usando para abençoar?
Com isso decidimos não parar, mas reinventar. No início deste ano aderimos ao formato de blog, iniciamos o uso dos podcasts e sonhamos logo poder criar vídeos que possam ajudar a edificar uma igreja forte e saudável.
Quero agradecer a VOCÊ que nos ajudou em todos estes anos, tanto com incentivo por meio de suas mensagens e testemunhos como financeiramente.
Ore por nós para que cheguemos ao décimo ano realizando os planos de ter um site que faz diferença na internet servindo de referência para um ensino sadio, doutrina solidamente bíblica e que motive todos aqueles a quem este site alcançar a desejar conhecer profundamente a Palavra e ao Senhor da Palavra.
Ore para que Deus nos dê recursos para conseguir uma filmadora digital e assim podermos usar mais este meio para edificar o povo de Deus na internet.
Contamos com você!
No amor de Cristo,
Vinicios Torres
ICHTUS Webmaster
01/06/1998
Televisão: MÁ COMPANHIA
“Não vos enganeis. As más conversações (companhias) corrompem os bons costumes.” (1 Co 15:33)
“Para que o mal floresça entre as pessoas de bem, é preciso que ele seja aceito com outro nome – um nome mais palatável, que possa esconder a sua verdadeira identidade. É claro que se lhe dermos o nome de entretenimento podemos ampliar bastante a sua aceitação.”
John Underwood, Miami Herald
“Quase todas as noites, a média das famílias americanas, apertando uma tecla de um controle remoto, recebe em sua sala a visita de uma mistura de gente mal-educada e de boca suja. Se outra pessoa entrasse nesta mesma sala, empregando tal linguagem, imediatamente seria posta na rua à força.Quem usasse tais palavras numa reunião de gente fina logo seria considerado bronco e grosseirão.”
atribuído ao Sen. Robert Byrd
Já dizia um antigo filósofo grego: “Dize-me com quem andas, e te direi quem és.”
Hoje a situação exige uma modificação no ditado: “Dize-me o que assistes e te direi quem és.” A geração passada ainda se preocupava em examinar as amizades de seus filhos a fim de saber se não estavam recebendo más influências. Sabiam, pela experiência própria ou recebida dos mais velhos, como uma amizade pode fazer diferença na vida de uma pessoa.
O apóstolo Paulo conhecia esta verdade. Ao afirmar que as más amizades destroem os bons costumes, ele está dizendo que a amizade errada vai destruir as coisas boas que você faz ou impedi-lo de realizá-las.
Hoje muitas pessoas tem mais “amizade” com os apresentadores de programas ou com as personagens de novelas do que com a própria família. Submetem-se ao “aconselhamento” diário dos seus artistas favoritos. Vestem-se e falam da mesma maneira. Seguem a moda.
Recentemente, teve início uma novela que faz apologia do homossexualismo feminino (Torre de Babel). Já houve outra que fazia o mesmo sobre homossexualismo masculino, outra com um “drag-queen”, outra com tantas cenas de nudez (Pantanal) que tornava as revistas eróticas desnecessárias.
A exposição repetida a um determinado assunto faz com que se perca a sensibilidade a ele. Os profissionais da área de saúde usam este princípio de maneira benéfica ao não se sensibilizarem mais com o sangue e a dor, o que lhes permite trabalhar mais eficientemente. Porém, a sociedade, ao não mais se sensibilizar com a degradação moral, perde o respeito para com a vida humana.
Esta semana (primeira de junho/98), na novela Corpo Dourado, o delegado inventou um “casamento simbólico”. Só ele, a noiva e “Deus, por testemunha”. Estremeci, ao lembrar-me de uma situação passada há mais de doze anos, quando um casal de jovens da igreja fez sozinho uma cerimônia de “casamento espiritual”. A moça, muito mais velha e com histórico de problemas familiares, convenceu o rapaz de que o esquema era válido, pois estava sendo feito com “sinceridade”. Resultado: meses de dificuldades, tanto para eles quanto para os líderes da igreja, e duas vidas permanentemente afetadas. Quantos adolescentes não terão achado a idéia uma “inspiração”?
Há algum tempo vi um um outdoor com propanganda da revista Playboy com o destaque: “Ela tem 18 anos, mas com um corpinho de 15.” Nem as nossas filhas adolescentes estão livres de serem alvos da libido estimulada dos consumidores da revista. Isto é um claro incentivo à pedofilia, pois se hoje se fala em 15, logo será aos 12 e depois sabe-se lá onde chegará.
É urgente a necessidade de um posicionamento da Igreja de Cristo quanto a estes aspectos. Na última revista Ultimato, Rev. Augustus Nicodemus, alerta para a proliferação da pornografia, inclusive entre evangélicos, que é facilitada e até estimulada por esta cauterização da consciência social.
Em recente artigo na Gazeta do Povo, de Curitiba/PR, um jornalista questiona a sexualização precoce e irresponsável das nossas crianças e adolescentes e menciona a passividade da Igreja quanto a este aspecto.
As emissoras de televisão sempre argumentam que o controle último está nas mãos dos pais: o controle remoto. Que, se os pais realmente acham que seus filhos estão assistindo programação indevida, tem sempre a opção de mudar de canal. Embora, esta seja uma argumentação válida, ela é presunçosa, pois as emissoras sabem que as alternativas são mínimas.
O que move a televisão hoje é o dinheiro. Portanto, a única maneira de chamar a atenção das emissoras é fazendo com que elas percam dinheiro, ou pelo menos não ganhem tanto quanto poderiam. Além de mudar de canal ou, ainda melhor, desligar a televisão, deveríamos tornar as emissoras e os patrocinadores dos programas cientes de que fizemos isso. Assim, os patrocinadores saberão que o dinheiro investido em publicidade através da televisão não está atingindo o público que poderia, e isso poderia levá-los a pensar a respeito do tipo de programas a patrocinar.
Vinicios Torres é profissional de informática e webmaster do ICHTUS.