Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Demonstre Afeto

“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia, contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso respeito.”
(Tito 2:7-8)

Os pais precisam se amar e permitir que seus filhos vejam as expressões de afeto entre eles. Alguns de nós pensamos que isto não é necessário, mas digo a vocês que é muito importante.

Certo dia nós estávamos querendo colocá-los na cama mais cedo para ter um tempo para nós. Então, preparamos o jantar mais cedo, banho nas crianças e cama. Durante o jantar um deles, que tinha assistido o canal sobre vida animal naquele dia, vira pra gente e trava o seguinte diálogo:

— Por que vocês querem que a gente durma cedo hoje?

E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele completa num tom de quem compreendeu tudo:

— Ah! Hoje é a noite do acasalamento papai?

Foi uma risada só!

Este mesmo filho, quando estava por volta dos 12 anos, passou por uma situação bastante complicada com seus amigos, e nós não sabíamos.

Seus amigos, que não eram cristãos, estavam tendo problemas em casa. A maioria deles estava com os pais se separando. Conversavam no colégio e ele estava esperando o momento que isto aconteceria em casa, mas não nos falava nada, mas no seu coração estava passando por um temor muito grande que isto fosse acontecer conosco.

Depois de muitos anos é que ele nos contou o que fazia. Quando nós os colocávamos na cama e orávamos com cada um, ele fingia dormir, mas estava acordado. Quando nós entravamos no quarto, ele ia até à porta e ficava ouvindo o que estávamos falando e fazendo.

Para ele, se houvesse sinal de que estávamos nos relacionando, significava que nós nos amávamos e que não haveria separação.

Algo que deve ser tão corriqueiro na vida conjugal e que foi de extrema valia para a construção da personalidade dele. Muitos casais, ficam tão preocupados nesta hora, pensando que qualquer barulho por menor que seja é ruim, quando na verdade pode ser muito importante para nossos filhos.

Outros casais passam muito tempo sem se relacionar fisicamente, o que acaba sendo ruim para eles, e se é ruim para eles imagine para o lar como um todo. Outros não demonstram carinho e afeto um pelo outro e desejam que os filhos sejam carinhosos e afetuosos. Tudo que é normal no lar será seguido pelos nossos filhos no seu futuro lar, pois estes aprendem em casa como é uma família abençoada.

Há algum tempo, quando celebramos Bodas de Prata, um de nossos filhos quebrou todo o protocolo e fez questão de falar a respeito de nós a todos os presentes. Ali, brotou do seu coração aquilo que aprendeu em casa e pôde falar do exemplo que temos sido para ele e como isto marcou sua vida até aquele momento.

Falando de demonstrar cuidado e amor, sempre que possível levo uma xícara de café na cama para a Telma, e um dia destes eu vi como é que se faz um desenho no café e dei um jeitinho de fazer um coração no café que entreguei para ela na cama.

Nosso filho mais novo que já tinha acordado e estava na cama esperando achou o máximo. Não sossegou enquanto não expliquei como se fazia o desenho.

Poucos dias depois acabei viajando e sempre que viajo peço ao mais novo que cuide da mamãe e da casa, pois é o homem da casa enquanto estou fora.

Na manhã seguinte não deu outra, ele foi até a cozinha, fez um café para a mamãe e desenhou um coração, do jeito que ele aprendeu. Nem preciso dizer que a mamãe ficou maravilhada com o carinho do filho.

Não disse a ele que fizesse isto, mas ele viu minha demonstração de carinho pela mãe e foi fazer a mesma coisa para ela.

“Senhor Jesus, que eu possa ser um exemplo a ser seguido, assim como você é. Que seu amor possa inundar meu coração a ponto de eu amar aos que estão à minha volta da maneira como convém. Que minhas atitudes sejam sempre agradáveis para com meu cônjuge e para com nossos filhos. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Identidade e Destino – Parte 2

“Em seguida o Diabo levou Jesus até Jerusalém, a cidade Santa, e o colocou no lugar mais alto do Templo. Então disse: Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui.” (Mateus 4:5, 6a)

Depois que aceitei a Cristo como meu Salvador e Senhor, Deus Pai passou a ser quem preencheu todos os vazios que existiam em mim. A tal ponto, que certo dia, quando já estava noivo e indo arrumar a casa onde iríamos morar, cheguei certa vez sozinho lá e enquanto esperava a Telma que estava com a chave, fiquei contemplando a casa pela frente e comecei a imaginar como seria a vida de casado.

Foi neste momento que ouvi uma voz muito forte me falando:

— A partir do dia em que você casar eu o terei como homem adulto! Como adulto e esposo você terá responsabilidades. Terá que amar sua esposa e filhos. Terá deveres de homem adulto, como pagar as contas da casa e honrar seus compromissos. Algumas vezes terá dificuldades, mas eu estarei contigo em cada situação, te apoiando!

Queridos, esta palavra que ouvi foi muito forte para mim. O Pai Celestial, que nos ama com amor infinito, estava se importando comigo, com meus sentimentos, ensinando meus deveres e sobretudo afirmando que estava comigo em todas as situações. Era tudo que eu precisava naquele momento.

Tive a alegria de ser afirmado em minha identidade e destino por Ele. Depois disto nunca senti dúvidas de quem eu era. Tanto é que a Telma e eu decidimos afirmar a identidade e destino de nossos filhos entre 12 e 15 anos, conforme o coração de cada um deles.

Foi interessante a forma como os amigos de nossos filhos foram impactados por isto. Alguns diziam a eles:

— Mas daí você vai ser um adulto e não vai mais jogar bola com a gente?
— Não vai mais conviver conosco?
— Agora vai ficar junto dos adultos?

Este questionamento os fez amadurecer. Fizemos então uma cerimônia para cada um deles. Para a filha mais velha foi num clube social em que estiveram muitas pessoas presentes. Para os filhos homens fizemos no salão social da igreja que frequentamos, uma festa muito linda. A de um deles foi em estilo havaiano, porque ele curte surfar. Os amigos da igreja fizeram uma música instrumental linda e a decoração era com pranchas, coqueiros e muitas frutas tropicais para sobremesa. Para os meninos nós entregamos uma medalha com corrente e para a menina um anel com a data em que os abençoamos.

Em todos os casos nós fizemos um culto breve com algumas músicas de louvor e adoração, uma palavra sobre a importância dos pais abençoarem seus filhos e reunimos as crianças e jovens de um lado e do outro as pessoas que cada um deles considerava como adulto e como referências para suas vidas.

Em seguida, eles saiam de um lado e se deslocava para o outro lado, em direção aos adultos, à vista de todos, significando sua mudança de situação. É algo equivalente ao casamento, pois quando há a cerimônia, ninguém tem dúvidas de que casou. Eles não têm dúvidas de que são abençoados pelos pais.

Quando nosso primeiro filho decidiu se casar nós fizemos questão de sentar com ele para conversar sobre tudo que ele desejava. Expliquei todos os deveres do esposo para com sua esposa e acima de tudo lhe passei a confiança de que estava com ele apoiando em tudo, que se casar não significava sair da família e do apoio do pai, que ele não estava sendo abandonado à própria sorte.

Assim, para nós foi natural termos abençoado nosso filho durante a cerimônia de casamento da forma que explanei num artigo anterior. (A Fé Começa em Casa – Abençoando os Filhos)

“Senhor, firma meus passos e afirma minha identidade, para que possa criar filhos abençoados e de acordo com o teu propósito. Para isto eu perdoo meus pais por não terem tido este entendimento, também os perdoo por todos os sentimentos que isto despertou em mim até hoje, assim como os perdoo por todas as consequências sobre a minha vida. Usa-me como teu instrumento para transmitir a identidade e destino corretos aos meus filhos. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Identidade e Destino – Parte 1

“Então o Diabo chegou perto dele e disse:— Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras virem pão.” (Mateus 4:3)

Todos nós ansiamos por descobrir quem somos e qual é o nosso lugar nesta vida. A primeira resposta que temos para “quem eu sou?” começa com a atribuição de gênero, ou seja, masculino e feminino. Mas até este aspecto da identidade está muito confuso atualmente.

Algumas pessoas passam a vida toda tentando “se descobrir”, procurando sua identidade, sem nunca ter certeza disto. Outro tanto anda confuso sobre a razão da sua existência, quem são e para onde vão.

Outros, andam pela vida toda sem se sentirem adultos, maduros. Sentem-se eternas crianças, adolescentes ou jovens. Nunca assumem suas responsabilidades, tomam uma postura descompromissada com a vida, com os estudos, com o cônjuge, com os filhos, com o casamento, com o trabalho, com a vida profissional, enfim, com tudo e com todos com o qual se relacionam.

A necessidade de saber quem somos e qual é a nossa missão na vida é crucial para sermos bem-sucedidos em nossos empreendimentos. É responsabilidade dos pais incutir em seus filhos este senso de identidade e de destino, mas sobretudo do pai, muito mais do que da mãe.

Ao lermos os evangelhos, nos deparamos com o batismo de Jesus. Ao ler esta passagem em Mateus 3, observará alguns fatos muito importantes.

Primeiro, apesar de Jesus ter convicção de que era o Filho de Deus, ainda não tinha recebido uma afirmação divina em relação a isto. Então, ao final do batismo, a pomba representando o Espírito Santo pousou sobre ele e uma voz foi ouvida dizendo:

— Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria!

Vejam que o próprio Deus confirma a identidade de Jesus e confirma que sua missão é de seu agrado, que ele fica feliz com o que ele faz.

Logo em seguida, Jesus vai para o deserto e lá é tentando 3 vezes pelo maligno justamente em relação à sua identidade e destino. Por estar firme por causa da afirmação do Seu Pai celestial, ele respondeu de maneira correta, venceu o maligno naquela oportunidade, cumpriu seu chamado e triunfou sobre todas as forças do mal.

Agora, vamos nos deter no aspecto da nossa relação com nosso pai. Quantos de nós gostaríamos de ter conhecido nosso pai. Muitos não tiveram este privilégio, outros, nunca receberam de seu pai uma palavra de afirmação.

Como ministro de libertação, tenho trabalhado com muitas vidas que carregam uma grande mágoa nos seus corações, pelo fato de nunca terem recebido uma palavra de afirmação dos seus pais.

Eles desejavam apenas que o pai dissesse:

— Eu te amo meu filho!

— Você é importante para mim!

— O teu comportamento me agrada!

Pelo fato de receberem apenas repreensão do seu pai, acabam por nutrir mágoas. Parece que fica faltando algo e resta uma dor no coração que não pode ser expressa, um desejo, uma necessidade não correspondida.

Muitas pessoas quando colocados em situações de pressão, em que sua identidade é questionada, assim como Jesus foi, acabam enveredando por situações que as tiram completamente do rumo que haviam traçado para suas vidas e que entendiam como certo.

Somente quando perdoam seus pais é que acabam sendo liberados para serem quem de fato são, porque a falta de perdão é como uma espécie de bola de ferro que prende nossos pés ao chão, impedindo-nos de caminhar.

Se não perdoamos, nosso coração fica preso naquelas situações que passam a nos atormentar. Gastando energia emocional e tempo com estas situações, não sobra muito para poder crescer na vida, para desfrutar de tudo que ela nos oferece e vivermos livres e em novidade de vida como nos assegura a Palavra de Deus.

Ao perdoarmos, aquela insegurança que parece tão nossa companheira, vai-se embora e fica a paz do Senhor em nossos corações.

Qual identidade e destino você recebeu do seu pai? O que você está transmitindo aos seus filhos?

“Senhor, eu manifesto minha vontade de perdoar meus pais por tudo que me fizeram que de alguma forma magoou meu coração. Eu os perdoo por estes atos, pelas emoções que despertaram em mim até o dia de hoje e pelas consequências disto na minha vida. Peço que o sangue do cordeiro seja derramado sobre estas situações trazendo luz e paz ao meu coração. Ensina-me a transmitir a identidade e destino aos meus filhos. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Os Pais São Como Espelhos

“Meu filho, preste bem atenção no que eu digo e siga o exemplo da minha vida.” (Provérbios 23:26)

Sabemos que os filhos aprendem ao observar o comportamento e não apenas pelo que ouvem, mesmo porque sua capacidade de compreender a linguagem desenvolve-se posteriormente nas suas vidas.

Lembro-me bem de quando nasceu nosso quarto filho. Sempre foi o centro da atenção, pois era 16 anos mais novo do que a primeira e 11 anos mais novo do que o caçula até então.

Como de costume ganhou diversos brinquedos, inclusive um elefante de plástico que tinha um telefone de discar. Volta e meia ele estava com o brinquedo quebrado, pois o fio do monofone de plástico estava solto do elefante. Lá ia eu arrumar o cordão do telefone. Pouco depois estava solto de novo.

Foi assim até que a Telma entendeu o que estava ocorrendo. Diferente dos demais, este nasceu num período em que o telefone sem fio e o celular já eram muito usados, e claro, estes não possuem fio que os liguem a um aparelho fixo. Pois bem, para imitar os seus pais, ele simplesmente arrancava o fio do telefone para ficar igualzinho ao papai e à mamãe falando ao telefone.

Esta situação tão simples ilustra o poder dos nossos atos para formar o comportamento de nossos filhos. Hoje mesmo ele me disse que tem alguns ichtusbramiguinhos seus que falam palavrão e ele não gosta. Eu lhe perguntei:

— Filho, quem foi que ensinou eles a falarem assim?

— Sei lá, papai! Ele me respondeu.

E completei a ele que provavelmente eram seus pais, que deviam se comportar assim em casa e ele aprendeu. A fruta não cai muito longe do pé!

Assim como os pais, a sociedade está cheia de espelhos para nossos filhos. Temos a escola, os amigos, a televisão, os professores e as mudanças culturais e geracionais. Estas muitas forças também moldam nossos filhos.

Atualmente a televisão é o que mais intoxica nossas casas com a cultura que nos impõe através de filmes, desenhos e seriados. A Telma sempre tirou tempo para assistir ao programa das crianças junto com elas, para saber o que estava sendo dito.

Não foi nem uma nem duas vezes que ficou assustada com o que estava sendo propagado por estes programas. O que fazer numa situação destas? Proibir?

De maneira nenhuma! O caminho é ensinar o que é certo e mostrar porque aquilo é errado. Desta forma, além de você estar formando a opinião deles, também estará fortalecendo-os para que possam saber como se comportar em novas situações.

Admiro a sabedoria que o Senhor concedeu à minha esposa neste aspecto. Ela chamava os amiguinhos deles para ir em nossa casa e deixava-os brincar a vontade. Fazia bolo e suco e era a maior diversão. Criava para eles um ambiente em que podiam se desenvolver e relacionar entre si de forma saudável.

Algumas destas crianças acabaram se perdendo e outros continuam firmes, mas todos eles, sem exceção lembram-se daqueles dias em casa e como isto os marcou para sempre.

Há alguns dias um de nossos filhos encontrou um desses amigos no Rio de Janeiro e foi uma grande alegria para ambos. Este rapaz pôde testemunhar de como sua vida foi influenciada pela educação que acabou recebendo pelo relacionamento de amizade que desenvolveram naqueles tempos e a orientação recebida em nossa casa.

Quanto à bebida alcoólica, sempre preferimos mostrar o que é e o seu poder de influenciar negativamente uma vida, mostrando a progressão do vício e suas consequências.

Quando aprendiam algo errado fora de casa e resolviam colocar “as manguinhas de fora” a primeira pergunta da Telma para eles era:

— Quando foi que você viu seu pai fazendo assim?

Graças a Deus o bom testemunho permitia que esta pergunta fosse fator de mudança de comportamento deles.

Nossos filhos podem ser influenciadores ou influenciados, e nossas atitudes são fundamentais para definir o seu comportamento. Observe seus filhos e você terá um belo retrato de como VOCÊ age. Pense nisto!

“Senhor, me ajuda a ser um pai/mãe de acordo com o teu coração, que eu possa estabelecer um relacionamento saudável com meus filhos. Que a minha família passe a ser uma referência em santidade e bondade, começa esta obra a partir de mim. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Quero Filhos

“Mas, antes que chegue aquele grande e terrível dia, eu, o Senhor, lhes enviarei o profeta Elias. Ele fará com que pais e filhos façam as pazes para que eu não venha castigar o país e destruí-lo completamente.” (Malaquias 4:5,6)

Já escrevi para vocês como foi o pré-nupcial meu e da Telma alguns artigos atrás. E como segundo os médicos seria quase impossível eu gerar filhos.

Bem, aprouve a Deus termos quatro filhos e a Telma preside uma Casa Lar que abriga vinte crianças abandonadas. Quando digo a alguém que tenho quatro filhos as pessoas se assustam, pois a maioria hoje está preocupada apenas consigo mesma e não deseja ter muitas preocupações com filhos. Querem ter tempo para si mesmo, para aproveitar a vida.

Mas sou muito feliz com estes filhos que o Pai Celestial nos concedeu. Certa vez, em uma viagem a trabalho, estava indo para o almoço com algumas pessoas, e quando disse que tinha quatro filhos, a advogada da outra empresa me perguntou com muita naturalidade:

— São todos do mesmo casamento?

Fiquei chocado com a pergunta. Sinceramente não esperava uma pergunta deste tipo. Claro que ela não foi indelicada e tampouco grosseira, foi de fato educada, pois da maneira como anda a sociedade hoje, isto ocorre muito. A questão é que nós defendemos a família da maneira como Deus a instituiu e somos considerados pessoas estranhas, o que faz sentido, pois devemos ser separados dos conceitos do mundo.

O primeiro livro de Samuel conta a história de uma mulher que queria ser mãe mas não podia gerar filhos (1 Samuel 1). Ana foi aos pés de Deus e nos dá o maior exemplo que toda mãe deveria seguir – dedicou seu filho a Deus.

Temos orado com muitas mulheres que desejam ter filhos e a primeira pergunta que fazemos é qual a motivação deste casal para ter filhos. A família está cobrando um netinho? Os casais amigos querem um amiguinho para o seu filho? Busca da satisfação pessoal?

Ana queria muito um filho, pois era humilhada por Penina. Sua motivação tinha um quê de satisfação, provar algo ao seu marido. Ela alcançou o desejo do seu coração somente quando consagrou o filho a Deus. Em alguns casos creio que haja um mover de Deus nos casais que não podem ter filhos, que aguarda-os se inclinarem para Ele e consagrarem sua família.

Espera-se que estas crianças geradas com tanto desejo, sejam muito bem tratadas, educadas com amor, levadas à casa de Deus, cuidadas e que se gaste mais tempo com elas, numa atitude de gratidão a Deus pelo bem recebido.

Deveriam ser criadas sabendo que são amadas por seus pais e pelo Pai Celestial. Terão segurança no andar, no falar, no caminhar e saberão sua identidade e destino bem cedo nas suas vidas.

A Telma, cuidando do lar de crianças, vê muitas situações terríveis que os pais infligem às crianças. Estes dias nós dois choramos por três crianças pequenas que foram agredidas pelo pai e quase mortas. A Telma passou o dia no pronto-socorro atendendo-as e depois foram inseridas no lar de crianças para ficarem a salvo dos pais.

Todo filho é um presente especial, que devia ser aguardado como algo sublime da parte de Deus para um casal, e da mesma forma ensinado no caminho em que deve andar.

Mas alguém só pode dar o que tem. Muitas vezes o pai e a mãe também não receberam amor de seus pais e estão mais carentes do que seus filhos.

É preciso invocar a presença de Jesus na sua família, para que Ele possa vir converter os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Isto significa transpor as barreiras existentes e iniciar um relacionamento saudável entre pais e filhos.

Deixe Jesus agir em seu coração. Ao ouvir aquela voz no teu íntimo que te pede para escutar seu filho, faça isto, é Jesus que está te ajudando a se aproximar dele e estabelecer uma amizade.

“Senhor, me ajuda a estabelecer um relacionamento saudável com meus filhos. Que Teu Santo Espírito me traga sabedoria para lidar com cada situação que surge no dia a dia dos relacionamentos entre pais e filhos, de forma alcançar uma família abençoada. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Aliança

“Por acaso, duas pessoas viajam juntas, sem terem combinado antes?” (Amós 3:3)

Tudo em nossa vida começa com uma aliança.

Primeiro, devemos ter aliança com Deus para estarmos juntos Dele aqui e na eternidade. Muitos dizem ser de Deus mas não possuem aliança com Ele, de verdade, nunca pensaram que precisariam fazer isto.

Quando estamos em paz com alguém, não há discussão, desentendimento e brigas. Mas ao entrar a inimizade, esta traz consigo uma série de coisas ruins para um relacionamento.

Entre nações também é assim, a ponto de que se há um tratado de paz, escreve-se um acordo de entendimento mútuo, e as nações vivem em paz.

Em relação a Deus, este acordo se dá quando nos colocamos sob a autoridade de Deus. Pelo que lemos nos evangelhos, o próprio Jesus disse que para estarmos em paz com Deus devemos fazer a Sua vontade e aceitar o sacrifício dele por nós. Só então entramos na Nova Aliança de Deus para com os seres humanos.

Segundo, precisamos ter aliança e acordo com nosso cônjuge. Para termos uma vida conjugal saudável e de acordo com os princípios bíblicos, precisamos estar em comunhão em nossa casa.

A aliança significa que daremos nossa palavra para nosso cônjuge para o resto da vida, ou como diz a autoridade religiosa, “até que a morte os separe”. Quer dizer, entrar na vida a dois para não sair.

Agora, viver juntos mas se dando mal traz uma péssima qualidade de vida. Imagine-se fazendo uma aliança para toda a vida e não querer se dar bem com a pessoa com quem se comprometeu. Será um desastre, além de uma tristeza para ambos e para quem mais estiver perto.

Estar em acordo e não ter aliança significa um casamento em que os cônjuges se entendem mas não possuem compromisso um com outro.

Para que o casamento seja de acordo com o que Deus planejou, um oásis de bênção, alegria e frescor, é necessário acordo, ou seja, aliança.

Assim, é necessário um aceitar o outro como é, com suas qualidades e defeitos, sabendo que todos nós caminhamos para a perfeição em Cristo através da santificação, o que ainda não alcançamos.

Quando a Telma e eu iniciamos nosso namoro, o que mais fazíamos era ajustar nossas ideias e pensamentos. Cada encontro era uma oportunidade de conversarmos sobre cada ponto de vista e então definirmos como nós dois juntos iríamos tratar o referido tema na nossa casa.

Assim, ela falava como funcionava na casa dos seus pais determinado assunto e eu falava sobre minha casa. Em seguida discutíamos os prós e contras de cada método e definíamos o que para nós dois parecia ser o mais acertado do nosso ponto de vista e do ponto de vista bíblico.

Desta forma fomos desenvolvendo um acordo entre nós em muitas áreas. Isto foi importante, pois para mim havia certas questões que a esposa deveria realizar e para ela havia pontos que o marido deveria atender. Foi muito gostoso ouvirmos um do outro as coisas que estavam no coração de cada um e que estavam de acordo com o nosso sonho um para com o outro.

Passamos a conhecer melhor a forma de pensar um do outro e então saber quem era a pessoa que estaria ao nosso lado pelo resto da vida.

Hoje já temos mais tempo juntos do que vivemos solteiros, e aqueles assuntos que discutimos de maneira saudável no namoro agora são substituídos por outros temas que vão surgindo ao longo da caminhada, pois a vida não para, ela é dinâmica.

O fato de termos um acordo em aliança não significa porém que deixamos as situações passarem por nós sem serem analisadas ou discutidas, mas sim que as discutimos com a maturidade e seriedade necessárias a cada momento.

Pois, se iniciarmos bem, mas não continuarmos com a comunicação aberta, as questões mal resolvidas irão se acumulando e vai ter um momento de explosão, o que não será nada bom. O ideal é iniciar e terminar bem, mas é melhor terminar bem apesar de ter começado mal, do que começar bem e terminar mal. Isto significa que sempre é tempo de mudar para melhor. Então resolva cada problema na hora que surgir, sempre com amor, assim continuarão a viagem juntos, conforme deseja Nosso Pai Celestial.

“Senhor Jesus, manifesto meu desejo de estar em Aliança contigo através do Seu sacrifício na cruz e entrar em aliança (acordo) com meu cônjuge. Para isto, desejo perdoar todas as atitudes do meu cônjuge que me desagradaram, assim como peço perdão pelos meus atos impróprios para com meu cônjuge. Senhor, aumenta o amor pelo meu cônjuge, religa-me contigo e com a minha família. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Abençoando os Filhos

“Os filhos são um presente do Senhor; eles são uma verdadeira bênção. Os filhos que o homem tem na sua mocidade são como flechas nas mãos de um soldado. Feliz o homem que tem muitas dessas flechas!” (Salmo 127:3-5)

Em fevereiro ocorreu o casamento de nosso primeiro filho homem, o segundo dos nossos quatro filhos.

Foi uma cerimônia íntima, mas uma bênção, a presença de Deus podia ser percebida desde o início. Eles queriam muito casar no campo, mas apesar de tudo ter sido preparado e termos tido três semanas de sol, aquele dia em particular estava caindo uma garoa fina, o que exigiu que o casamento fosse na área preparada para estas ocasiões.

Nossos pastores fizeram os ritos nupciais e entregaram a palavra aos noivos. Fiquei na posição de pai e não de pastor, pois entendo que esta bênção é especial. Em seguida à palavra os pais foram chamados e em nome de todos eles ministrei a bênção aos nossos filhos.

Iniciei dizendo que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo formam a trindade, e que de forma semelhante Deus criou a família, formada pelo pai, mãe e filhos. A família é a graça do Criador, formada à sua imagem e semelhança.

Portanto Deus é família e família é de Deus. O propósito de Deus é abençoar a cada um de nós e à nossa família. É o seu mais profundo desejo para aqueles que são chamados Seus filhos.

Na palavra, sempre uma lei espiritual é citada na primeira vez e depois detalhada nos textos subsequentes. Em Gênesis Deus forma o homem e a mulher, casa-os e como não possuíam pai terreno, Ele mesmo os abençoa, mostrando a nós pais como devemos proceder com nossos filhos.

Tradicionalmente os pais levantam suas mãos logo após a troca das alianças e abençoam seus filhos. Nós também fizemos isto, mas tínhamos em nosso coração algo além, pois o nosso amor por eles é muito grande!

Em hebraico a palavra que é traduzida como bênção é “baruch” que podemos entender como liberar para prosperar. Quando os pais proferem bênçãos aos seus filhos eles estão liberando-os para que prosperem e vão bem.

Muitos entendem isto como prosperidade financeira, mas, na verdade, é prosperidade:

  • No relacionamento conjugal;
  • Na saúde;
  • Na profissão;
  • No ministério;
  • Na criação dos filhos;
  • Nas finanças, e
  • Em tudo que colocarem suas mãos.

E como pais desejamos em nossos corações liberá-los para prosperarem em tudo, em todas áreas da vida deles.

O fato é que, quando nós, como pais, descobrimos o poder de abençoar os filhos, nós preparamos uma cerimônia de bênção para eles.

Ela foi abençoada pelos seus pais, enquanto para ele fizemos uma cerimônia na qual foram feitos votos, como: Estabelecer compromissos para toda a vida de pureza sexual, emocional e fidelidade matrimonial em aliança.

Muitos entendem que a pureza é perdida ao casarem-se, mas isto é um engano, a pureza significa a falta de maldade e malícia, um coração puro e separado para Deus em todas as áreas, tais como: emocional, sexual e matrimonial.

Selando estes votos nós lhe entregamos uma medalha contendo a data da cerimônia para lembrá-lo sempre de que é abençoado pelos seus pais e liberado para prosperar. E temos visto que Deus o está abençoando em todas as áreas.

Então, no casamento, eu lhes disse:

— Queridos filhos, este voto cumpriu sua finalidade e os conduziu até este ponto nas suas vidas – o casamento.

— Agora vocês entram em uma nova etapa da vida.

— Receberão um novo símbolo – um anel – para lembrá-los todos os dias que fizeram um voto um para o outro. Jamais tirem este anel do vosso dedo, pois demonstra a todos que são compromissados entre si.

— Da mesma forma que abençoamos vocês para chegarem até este ponto, nós também vamos abençoá-los a partir de agora.

Então proferimos a bênção que transcrevo abaixo sobre eles. Em seguida houve a cerimônia da troca das alianças, e a dama de honra foi a minha mãe, então com 76 anos, trazendo as alianças, as quais foram entregues ao seu neto, e assim foram selados os seus votos.

Prezado leitor, se nós como pais desejamos abençoar nossos filhos comunicando o amor do Pai Celestial, muito mais Ele mesmo deseja abençoar a sua família. Então, recite a oração a seguir crendo que Teu Pai Celestial está abençoando do alto céu a sua família.

E, se você não teve a oportunidade de abençoar os seus filhos, chame seu cônjuge e pronuncie esta mesma oração a eles agora, vocês serão inundados com a presença de Deus e os corações serão alegrados.

“Chuva é benção, portanto, que as comportas dos céus se abram com chuvas abundantes para abençoar a sementeira e a colheita que farão ao longo da caminhada.

Que o Senhor Deus os conduza com segurança por onde quer que andarem e os capacite para as batalhas da vida.

Que sejam criteriosos, no trato do amor, do respeito mútuo, da honestidade, da integridade e da devoção exclusiva a Deus.

Que o Senhor os faça habilidosos no exercício da profissão, tenham espírito nobre para reconhecer os erros e um coração grato para tributar a Deus a glória das conquistas.

Que, enquanto houver trabalho a realizar, Deus os aperfeiçoe e potencialize tudo o que de melhor tenham a oferecer ao próximo.

Que as recomendações prescritas no Salmo 127, ocupem uma atenção especial em cada ato que praticarem; sabendo que, se o Senhor não estiver presente todo o esforço será inútil.

E que as promessas reservadas, aos fiéis, no Salmo 128, se cumpram no lar e na descendência de vocês, constituindo uma família feliz, próspera e abençoada.

Nós como pais os liberamos em todas as áreas para prosperarem e pedimos que o Senhor Deus os abençoe e os guarde, faça resplandecer o Seu rosto sobre vocês, tenha misericórdia de vocês, levante o Seu rosto e vos dê paz, saúde, alegria e prosperidade. Em nome de Jesus.”

Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Quem Casa Quer Filhos

Quem acha uma esposa encontra a felicidade: recebeu uma bênção de Deus, o Senhor. (Provérbios 18:22)

Antes do casamento é comum os noivos se preocuparem com os preparativos da cerimônia. Desde os convites até o local da recepção, o cardápio e as lembrancinhas. Todos, conforme suas possibilidades, desejam receber bem seus convidados para juntos alegrarem-se pela formação de uma nova família.

Aliás, quando pensamos em família logo vem à mente filhos, pois até então ambos eram apenas um casal. Alguns desejam filhos logo, outros desejam aguardar um pouco, de qualquer forma, raramente vemos um casal que se casa e não deseja filhos, pois é algo natural num casal. Deus nos criou e colocou em nosso interior um desejo de gerar filhos e filhas, e como tenho quatro, posso dizer que é algo maravilhoso da parte de Deus para aqueles que o amam.

Por isto mesmo é que antes do casamento é importante que os noivos possam fazer um exame pré-nupcial. Estes exames vão analisar a saúde de ambos do ponto de vista do aparelho reprodutor humano. Muitos problemas e desentendimentos podem ser resolvidos mesmo antes do casamento, ao saber a condição de cada um.

No meu caso e da Telma, antes de nos casarmos fomos fazer o exame pré-nupcial. Tudo transcorreu bem para ela, mas no meu exame não foi bem assim.

O médico faz o exame e começa a fazer algumas perguntas para mim:

— Quando você corre sente dores nos testículos, não é?

— Sim! Respondi.

— Se usa uma cueca mais folgada, sente dores também, correto?

— Sim, como sabe?

— É que você tem uma varicocele!

— Vari… o quê?

— Uma variz nos testículos, o que causa dor e mais do que dor, traz a incapacidade de gerar filhos pela infertilidade, pois os espermatozóides não são gerados devido à alta temperatura causada pela variz.

Fiquei chocado. Não sabia o que dizer, mas perguntei:

— Doutor, e no meu caso é grave? Falei isto na esperança de fosse algo simples.

— Sim, é! Ele me respondeu. Você está com menos de 20% de fertilidade neste momento!

— Bom, a solução para você é uma cirurgia para correção da varicocele. Podemos marcar para amanhã?

Eu não conseguia conter minha emoção. Eu sempre desejei ter uma família e filhos. Jamais passou pela minha cabeça algo como estava me acontecendo. Reuni forças e perguntei:

— Doutor, mas eu poderei ter filhos não é?

— Bom, tecnicamente, enquanto houver um espermatozóide você pode ter filhos. Mas eu recomendo que mesmo com a cirurgia você tenha filhos nos próximos 6 meses, pois depois disto eu não posso dar qualquer tipo de garantia a você.

Meu mundo veio abaixo. Todos os sonhos e planos com a minha noiva, como seriam a partir dali? Ela já me havia dito que gostaria de ter filhos, e provavelmente eu não poderia lhe dar. Marquei a cirurgia para a semana seguinte, assim teria mais tempo para me preparar psicologicamente para este fato.

Logo mais a tarde encontrei a Telma e ela perguntou como havia sido o exame. Eu respondi assim:

— O médico disse que tenho menos de 20% de chances de ter filhos nos próximos 6 meses e que a partir daí não garante nada. E continuei.

— Eu sei que você deseja ter filhos, e eu não poderei te dar filhos. Se você entende que isto é muito importante para você, eu te libero do compromisso de noivado comigo para que você possa ir em busca de alguém que possa te dar filhos.

Falei isto tudo sentindo muita dor dentro de mim, mas jamais gostaria que a Telma fosse infeliz pela impossibilidade de ser mãe. Eu não sabia o que ela responderia, mas quando ela disse o que pensava foi um choque para mim, pois me mostrou uma nova possibilidade. Ela disse:

— Se aprouver a Deus nos dar filhos, não será isto que vai impedi-lo!

Imediatamente meu coração se encheu de amor por ela e de confiança em Deus. Quase um ano depois estávamos nos casando e então decidimos ter filhos logo e, três meses depois de casados, Telma engravidou da nossa primeira filha.

O fato é que a realidade da vida precisa ser compartilhada, analisada e levada aos pés de nosso Deus, pois é Ele quem instituiu a família e é Ele quem a sustenta.

“Senhor, quero consagrar minha família a Ti, assim como cada acontecimento em nossas vidas. Desejo ser guiado e sustentado por Ti. Tira do meu coração toda a angústia pelos sonhos não realizados e coloca a fé em Ti, pois sei que fará abundantemente mais do que possa sonhar ou pedir. Em nome de Jesus, amém!”

Luis Antonio Luize