Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Faço como Vejo

“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês (Filipenses‬ ‭4:8-9‬‬)

Há poucos dias vi nas mídias sociais a foto de uma mãe com a sua filha de menos de um ano. A mãe estava agachada no jardim da casa, e sua pequena filha na mesma posição que ela. O pai achou tão engraçado que tirou uma foto e postou.

Este fato ilustra a questão de que nossos filhos aprendem muito mais de nós pelo que fazemos do que pelo que dizemos. Logo, nós como filhos, aprendemos alguns comportamentos de nossos pais e provavelmente os estamos reproduzindo em nossas vidas e famílias. Os hábitos e comportamentos da nossa família de origem influenciam também os nossos. Podemos adquirir tanto bons como maus comportamentos e hábitos.

E o que muitas mulheres detestam pode vir a ocorrer, passar a se comportar como suas mães. Para evitar isto é preciso identificar os maus comportamentos adquiridos e transformá-los em bons padrões de comportamento.

Certa pesquisadora identificou cinco maus comportamentos usuais das mães:

  1. Centralizadora – procura controlar a vida da sua filha;
  2. Desaparecida – torna-se ausente física e emocionalmente;
  3. Crítica – muito crítica, e não fica chateada de chamar sua filha de muito alta, baixa, gorda ou magra;
  4. Fantoche Impotente – não consegue fazer nada por si mesma, depende dos outros para tudo, e
  5. A rainha do drama – a vida é o maior drama que ela vive.

Mas se as mães podem se comportar assim, os pais também possuem uma lista de maus comportamentos que os filhos podem adquirir:

  1. Narcisista – acha que tudo é sobre ele;
  2. Desaparecido – torna-se ausente física e emocionalmente;
  3. Crítico – somente critica ou nunca encoraja;
  4. Café com Leite – passivo e nunca toma o controle, e
  5. Senhor pulmão – grita para convencer a família.

Estes padrões podem afetar o casamento a tal ponto que se o garoto vê seu pai desrespeitando sua mãe, ele poderá tanto agir assim com sua esposa como poderá tornar-se passivo como sua mãe. Assim também com a esposa.

Talvez seus pais tenham sido um bom modelo de casamento, mas o seu cônjuge não teve isto. Você espera que seu cônjuge comporte-se como seus pais, mas ele(a) não sabe fazer assim, pois nunca viu este comportamento antes e não sabe como agir, gerando frustração.

E as regras da família? Pode-se falar durante as refeições ou não? Onde se aperta o tubo da pasta de dente, no meio ou na ponta? Como citei em outro texto, na minha casa a salada era temperada com azeite e na casa da Telma com vinagre, e tivemos que combinar até isto.

Portanto, um casamento saudável é baseado em respeito e adaptação às mudanças e diferenças. Nossos pais não são perfeitos, assim como nós, que poderemos errar em alguma situação.

Para entender como eles se comportavam e se isto está lhe influenciando, observe se seus pais demonstravam amor e respeito um pelo outro, em público e em particular. Se os filhos foram tratados como ídolos colocando o casamento em segundo plano, ou se houve um balanceamento. Eles usavam palavras suaves um para com o outro ou eram sarcásticos ou abusivos. Suas palavras traziam cura ou ferida, e se eles demonstravam um coração grato a Deus por terem um ao outro e pelos dons concedidos a eles.

Verifique a saúde do seu casamento e tome a decisão de rever os maus comportamentos adquiridos. Vá a um seminário, conferência ou encontro de casais ao menos anualmente para fazer um inventário dos comportamentos a melhorar, dos maus hábitos a mudar e encontrar o caminho do aperfeiçoamento.

Nos versículos acima o Apóstolo Paulo nos ensina a encher nossas mentes com tudo o que é bom e colocar em prática o que ele falou com palavras e com ações. Então, identifique bons modelos de comportamento, coloque-os em prática em seu casamento e viva cada dia melhor.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais maus comportamentos e hábitos identifico em mim?
  • Como posso modificar estes comportamentos e melhorar meu relacionamento conjugal?

“Pai celestial, te agradeço pelos meus pais e por tudo que me ensinaram. Eu os perdoo por todo mau comportamento e hábito que me influenciou negativamente e peço que o Senhor possa me ensinar a agir de uma maneira agradável, respeitosa e amorosa para com meu cônjuge. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Se quebrar Conserte

“Os fariseus perguntaram: — Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um documento de divórcio? Jesus respondeu: — Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação não era assim.“ (Mateus‬ 19:7,8)

Estes dias eu li uma frase que achei bem interessante, dizia:

– “Sou do tempo em que quando algo quebrava a gente consertava”.

No Brasil vivemos um período em que os produtos custavam muito caro e era difícil ter acesso aos mesmos. Como era difícil obtê-los, dava-se muito valor ao que se tinha, porque se perdêssemos, dificilmente teríamos como repor.

Televisão, toca-discos, 3 em 1 e outro tanto de coisas que existiam naquela época. Como sou formado técnico em eletrônica, cheguei a consertar diversos destes produtos.

Logo que houve a abertura dos mercados e a inflação foi controlada, começou um tempo em que obter um produto novo ficou mais fácil e barato. Como resultado, quando um aparelho estragava, não valia muito a pena consertar, pois um produto novo era quase o mesmo preço.

Nem pensar em consertar um smartfone, melhor comprar um novo. Mas nestes dias em que a economia anda meio “bicuda”, a busca pelo conserto de produtos aumentou significativamente.

Em relação ao casamento é a mesma coisa. Lá pelos idos de 1960 haviam poucos casamentos desfeitos, além do que ninguém gostaria de casar com alguém que fosse separado ou já tivesse filhos. Era a realidade da época. Assim, valia mais a pena consertar o casamento quebrado do que trocar por um casamento novo.

Já hoje em dia a realidade é bem diferente. A quantidade de pessoas dispostas a trocar de cônjuge é enorme, tornando fácil para quem está tentado a isto.

Tanto homens quanto mulheres perderam seus valores morais e espirituais e a maioria não tem o menor pudor de pensar em trocar de cônjuge. Pensam e fazem isto como se troca de camisa.

Não importa como o mundo pensa ou age, o povo de Deus deve agir conforme a Sua palavra.

O casamento não é algo em que nunca teremos problemas, aliás, quando vir um casal fazendo bodas de prata, ouro ou diamante, tenha a certeza de que tiveram muitas dificuldades pelo caminho, mas sempre escolheram superar as dificuldades e prosseguir.

Esta atitude demanda coragem, enquanto trocar de cônjuge, na maioria das vezes, é um sinal de fraqueza e covardia.

Li um artigo em que o autor dizia ter casado diversas vezes, mas com a mesma mulher. Ele até colocou alguns argumentos a favor, tais como financeiros, emocionais e etc, concluindo que era até mais barato casar de novo com a mesma pessoa.

Posso dizer que é o meu caso, Telma e eu já casamos muitas vezes e trocamos até de aliança. Aprendemos com os erros e como diz a Palavra de Deus, a glória do segundo templo foi maior do que a do primeiro.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais atitudes do meu cônjuge me fazem pensar em mudança?
  • Como posso consertar esta situação e viver melhor?

“Pai celestial, te louvo por ter me concedido o dom do casamento. Te peço que me auxilies a compreender as atitudes do meu cônjuge para que possamos crescer e chegar ao que o Senhor planejou para nós no casamento. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Por que Ele(a) Age Assim?

“Existe entre vocês alguém que seja sábio e inteligente? Pois então que prove isso pelo seu bom comportamento e pelas suas ações, praticadas com humildade e sabedoria.” (Tiago 3:13)

Os votos matrimoniais ditos durante o casamento parecem bem simples, principalmente no momento da cerimônia. Quando se tem saúde, ser fiel é tranqüilo, mas quando o cônjuge está numa situação de doença, então tudo parece mais complicado.

O mesmo acontece quando se está alegre e por outro lado quando a alegria parece não estar tão presente na vida. Então, tudo que se fala tem um tom de problema, o relacionamento pode perder o sabor. E o que falar das questões financeiras, pois quando as dificuldades surgem, podem ocasionar a ruína de um casamento.

Se o relacionamento do casal não estiver bem estruturado e fundamentado, ou ainda, se houverem questões anteriores ao casamento que não foram curadas, estas poderão trazer dificuldades no casamento. Vou dar um exemplo: a filha sofreu durante anos com o pai que tinha dificuldade em suprir a casa convenientemente e precisou trabalhar e usar todos seus recursos para ajudar na manutenção da casa, pode ter ficado marcada negativamente por estes acontecimentos.

Se ocorre do seu marido perder o emprego, ela poderá lembrar-se dos acontecimentos da sua casa, e vindo à tona estes sentimentos antigos, influenciar no seu casamento, a ponto de pensar que a situação é muito mais complexa do que de fato é, pois sua lente emocional está “suja” pelo acontecimento anterior ao casamento, impedindo que possa enxergar a situação claramente e agir em conjunto com seu marido.

Dei aqui um exemplo da esposa, mas há outras situações envolvendo o marido também.

Existem também outros fatores que podem influenciar no relacionamento e que devem ser analisados com cuidado pelo casal. Em algumas situações poderá haver pais que, em vez de abençoar o casamento dos seus filhos, acabam ficando enciumados e, inconscientemente, passam a “sabotar” o relacionamento deles, trazendo dificuldades.

Lembro-me de uma situação com um casal que aconselhamos envolvendo uma situação assim, em que a mãe do esposo não havia aceitado completamente a nora, que era expansiva e comunicativa. Certa vez estavam os três num supermercado, cada um para um lado pegando algum produto. De repente a mãe diz ao filho:

— Onde está a sua esposa?

— Puxa, nem sei, deve estar pegando algum produto. Diz ele com bastante naturalidade.

A mãe na verdade já havia visto que a nora estava pegando leite em pó para o bebê e estava conversando com um rapaz. E então completa:

— Ah! Olha ela lá, conversando com um homem!

— Tudo bem. Disse ele.

— Tudo bem nada, eu se fosse você ia la ver o que eles estão conversando! Incitando o filho e gerando desconfiança em seu coração.

O esposo vai até lá e chega próximo da sua esposa, quando a conversa naturalmente termina e ela explica que o rapaz também tem um filho na mesma idade e usa o mesmo leite em pó, e deu dicas do melhor lugar para comprar o produto.

Uma conversa trivial que amplificado pela mãe poderia ter levado a um problema de desconfiança e ciúmes que geraria problemas imediatos e futuros.

Como este exemplo, podemos ter situações envolvendo filhos, pais e sogros, parentes e amigos. O que diferencia o resultado de uma e outra ocasião é o nível de conhecimento que o casal possui um do outro.

Quando não há conhecimento mútuo, qualquer situação pode ser motivo de discórdia e ciúmes.

Por outro lado, se o cônjuge conhece o modo de pensar e agir do seu parceiro(a), então poderá analisar a situação e entenderá o que está se passando naquele momento. Bem simples, não é?

Mas como conhecer um ao outro assim? É preciso ter tempo juntos e querer entender porque o cônjuge age de uma ou de outra forma em cada situação e isto através de um diálogo franco e aberto.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • O que conheço do modo de agir e pensar do meu cônjuge?
  • Como posso compreender melhor suas atitudes em benefício do nosso relacionamento?

“Pai celestial, te agradeço pelo cônjuge que me concedestes. Peço que me ilumine para conhecê-lo cada dia mais e assim conquistarmos a intimidade e o conhecimento mútuo. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – A Influência do Meio na Família

“Portanto, aceitem uns aos outros para a glória de Deus, assim como Cristo aceitou vocês.” (Romanos 15:7)

Quando acontece a formação de uma nova família através do casamento, os cônjuges levam aquilo que são para o seu relacionamento.

Quando o casamento ocorre com cônjuges mais jovens, em geral, estes levam uma bagagem menor de aprendizado anterior que pode tanto auxiliar quanto atrapalhar o relacionamento, mas que provavelmente tornará mais fácil o processo de entrosamento do casal.

Por outro lado, quando se casam maduros, levarão muitos aprendizados, sendo que muitos deles já podem estar cristalizados no comportamento, o que exigirá muita determinação e paciência para que haja o ajuste entre eles.

Estes aprendizados podem vir de muitas maneiras, e vou me deter especificamente naqueles que são de ordem externa, ou seja, vêm de fora ou do meio e influenciam o comportamento da pessoa.

A educação formal, o que chamamos de estudo e cursos, influencia na medida em que a forma de pensar e agir pode ter sido moldada pelos ensinos recebidos. Se estes são de ordem espiritual, por exemplo, poderão confrontar com a perspectiva espiritual do outro cônjuge, gerando conflitos. Em algumas situações a diferença da forma de pensar neste quesito é tão grande que cria uma distância entre os cônjuges que impede de terem intimidade completa.

O meio social também influencia. É o celebre caso da Cinderela, uma moça pobre e rejeitada que é escolhida por um príncipe e tudo fica bem. Na realidade da vida, quando há uma distância muito grande como a que citei acima, pode ocorrer de não haver o entendimento entre os pares, pois pensam diferente por terem tido experiências diferentes.

Se você tiver certa quantidade de dinheiro e deseja comprar um imóvel, observará que com pequena quantidade a mais ou menos poderá adquirir um imóvel em bairros diferentes, uns mais simples e outros mais chiques, diria assim.

Suas experiências de vida e seus desejos irão direcioná-lo para adquirir o imóvel em certo lugar em que poderá encontrar o mesmo tipo de pessoas que está acostumado(a) ou que lhe agrada encontrar ou ainda, que te faça sentir bem.

Naturalmente é possível mudar isto, mas cito como uma influência sobre sua vida e sobre seu relacionamento. Se isto está ocorrendo na sua vida, haverá a necessidade de se abrir para novas formas de pensar e agir para que possam usufruir de algo a mais no relacionamento conjugal.

Se você faz parte de um grupo étnico, seja imigrante ou de um estado tradicional, existem costumes muito bem definidos e que poderão ter que ser observados no casamento. Por exemplo: a pessoa detesta dançar e casou com um cônjuge que gosta de dançar no CTG (Centro de Tradições Gaúchas). Bem, este cônjuge precisará de certa forma estar de acordo em observar seu parceiro(a) dançar com outra pessoa, ou aprender a dançar, ou ainda o primeiro(a) precisará abrir mão deste gosto.

Temos também a herança familiar, ou aquilo que recebemos no seio da família e levamos conosco como se fosse um script que seguimos durante a nossa vida. Podem ser valores morais, éticos, religiosos, estilo de vida, poder aquisitivo, tipo de disciplina, assim como maneiras de se inter-relacionar como família. Isto tudo gera um comportamento meio padronizado dentro desta família e temos a tendência de reproduzir.

Quando casamos, cada um de nós trás este “script” de sua casa. A ideia do namoro é que possam conversar sobre estes aspectos e ver se há entendimento. Se não há, acaba-se o namoro, se há entendimento evoluem para o noivado, encontram formas alternativas próprias para estas situações, casam-se e encontram uma boa forma de conviver e se entender.

Telma e eu passamos boa parte de nosso namoro e noivado falando sobre como fomos criados e de como gostaríamos que nossa família fosse. Isto abriu a porta para o conhecimento mútuo e à intimidade emocional.

Quando este processo é atropelado e o casal busca a satisfação carnal primeiro, normalmente irão se encontrar como quase estranhos numa mesma casa, descobrirão comportamentos que não conheciam e terão que lidar com isto com a ajuda de Cristo. Ele auxiliará o casal a superar as diferenças e construir um relacionamento sólido, independentemente das motivações iniciais desta união, pois Ele nos ama como somos, sem nos julgar.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais influências do meio você trouxe para seu casamento?
  • Como tenho lidado com estas diferenças em relação ao meu cônjuge?

“Pai celestial, te louvo por ter me formado como sou e por toda a influência do meio que me fez ser assim. Te peço perdão por todas as influências negativas que permite me contaminarem e por aborrecer a Ti e ao meu cônjuge com isto. Peço que o Senhor possa aperfeiçoar o meu caráter e atitudes conforme Tua vontade para que eu edifique meu lar, cônjuge, filhos e familiares. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Como Compreender um ao Outro

“Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher.” (Gênesis 1:27)

O relacionamento conjugal é um verdadeiro atestado de que somos como que um enigma a ser decifrado pelo outro cônjuge. Enquanto nós não entendermos as diferenças entre homem e mulher e agirmos de maneira adequada um com o outro, teremos uma fonte infinita de situações discordantes para lidarmos. Quando não entendemos isto, temos a tendência de cobrar um do outro que aja ou reaja como nós mesmos.

Por outro lado, ao compreendermos estas diferenças, poderemos agir compreensivamente com nosso cônjuge e entrarmos num relacionamento extraordinário. Portanto, vamos caminhar na identificação destas diferenças que podem nos auxiliar no conhecimento um do outro.

Anatomicamente não há diferença desde o nascimento até a puberdade, a não ser os órgãos genitais. Somente então é que algumas marcas físicas aparecem trazendo distinção: voz, pelos, linhas anatômicas, musculatura, ossos e o amadurecimento sexual.

Em relação ao padrão biológico, as mulheres possuem o ciclo menstrual. Esta variação hormonal influencia seu sistema nervoso. Ao encerrar a quantidade de óvulos que podem ser fertilizados, encerra este ciclo e inicia a menopausa. Este mecanismo inexiste no homem, que entretanto, passará pela andropausa.

O apetite sexual tem seu ritmo mais constante no homem, e, na mulher, mais cíclico e oscilante, de acordo com seu estado emocional/ciclo menstrual.

Estes hormônios e ciclos fazem com que o comportamento emocional do homem seja bem distinto do da mulher. É por isto que o homem é mais genérico e a mulher mais detalhista. Ele é mais racional e agressivo e ela mais emocional e dócil.

Assim, sempre que encontrar sua mãe, você será recebido com um abraço, carinho e palavras de conforto, e ao ver seu pai, dependendo de seu temperamento, desde um abraço caloroso até um simples aperto de mão. Mas não se chateie com uma ou outra expressão, apenas seja compreensivo com eles.

Via de regra o comportamento e necessidades serão como segue, mas há exceções, como em toda regra.

O marido precisa ser respeitado, compreendido e valorizado, enquanto a esposa necessita ser amada emocionalmente muito mais do que fisicamente. Aliás, este aspecto está citado em Efésios 5:33 e é a base de um bom relacionamento.

Quando a mulher não respeita o marido, automaticamente este não irá demonstrar amor a ela, o que a levará a mais desrespeito e a receber menos amor, e assim entram num círculo vicioso que pode destruí-los.

O marido deseja que sua esposa seja capaz de dialogar, compreender, perdoar e esquecer e gosta que ela seja feminina. Já a esposa deseja que o marido aprecie seus esforços, seja seu companheiro e lhe dê segurança material e emocional.

Estas variações de características e de hormônios no homem e na mulher aliado ao temperamento de cada um e conforme a criação/educação que receberam, irá gerar uma quantidade de combinações de comportamento quase impossível de ser mapeada, compreendida e colocada em prática, ou seja, irá gerar uma gama muito grande de comportamentos diferentes.

É por isto que os cônjuges devem procurar se conhecer cada dia mais, pois esta pessoa que Deus colocou ao seu lado é única e lhe completa tornando-os uma só carne.

A solução, portanto, é parar esta roda vida e iniciar com amor para ela e respeito para ele. Escolha apreciar as diferenças e qualidades do seu cônjuge e viva uma nova vida, pois foi assim que Deus nos criou – homem e mulher. Façam isto e verão o relacionamento de vocês mudar drasticamente para melhor.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais características do meu cônjuge me aborrecem?
  • Como posso compreender estes comportamentos e agir com amor/respeito?

“Pai celestial, te louvo pela tua criação e peço que me faça compreender melhor a cada dia meu cônjuge, para que possamos desfrutar do que o Senhor planejou para nós no relacionamento conjugal. Perdoa-me pelas atitudes erradas e pela falta de compreensão. Sara meu coração para que possa caminhar nesta direção a partir de hoje. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Deixando-se Conhecer

“… e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma, e para que minha alma te abençoe…” (Gênesis 27:4)

Todo ser humano nasce sem saber se comunicar. Quando a criança está desenvolvendo a comunicação ela cria formas próprias de representar cada objeto e situação. Se você chega em uma casa que tem uma criança nesta fase, provavelmente ela se comunicará de uma forma que apenas os pais e os irmãos entenderão.

Nosso filho mais novo foi um caso típico. Ele tinha uma expressão para cada situação, por exemplo:

— Ké gum! Dizia ele.

A gente ria e dava algo para ele até entender o que era. Descobrimos que ele estava pedindo para tomar suco, e gum é o som que o suco fazia na garganta dele ao tomar bem rápido. De qualquer maneira isto não explicava tudo, pois até hoje ninguém sabe, nem ele, o que significa uma expressão que ele usava, que depois foi substituída pela expressão correta em português e no final ficamos todos sem saber o significado.

É somente através da linguagem que conseguimos sair de nós mesmos e interagirmos com as demais pessoas de maneira satisfatória. Sem comunicação não há entendimento.

Apesar disto é impressionante o número de casais que vivem anos sob o mesmo teto e não se deixam conhecer e nem querem se conhecer. Isto chama a atenção, pois as pessoas querem ser compreendidas mas não se expõem, às vezes, nem ao próprio cônjuge.

As pessoas precisam oferecer aos outros as informações que precisam ser conhecidas, pois ninguém é adivinho. Enquanto isso, o outro precisa querer entender esta mensagem, decodificá-la para, então, agir de maneira adequada com o outro.

Assim passaremos a conhecer nosso cônjuge. Nós, Telma e eu, sabemos exatamente o que e como não devemos falar um com o outro para que não nos machuquemos. Isto é uma arma, pois sabemos como ferir e até destruir um ao outro, mas como casal decidimos depor as nossas armas.

Mas não começou assim. Logo que casamos, naturalmente, cada um queria agradar o outro e fazer tudo de bom. Começamos fazendo aquilo que mais gostamos para o nosso cônjuge. Note, não é o que ele(a) gosta, mas o que nós gostamos. Simplesmente pelo motivo que não sabemos o que o outro gosta.

Nas refeições a Telma fazia uma linda salada, temperava com vinagre e servia. Eu comia pouca salada, pois na casa dos meus pais, sempre temperavam com óleo de oliva, e não estava acostumado com o sabor do vinagre. Como não queria chateá-la, não dizia que não gostava.

Foi assim uns meses, pasme, meses! Certo dia à mesa ela me pergunta:

— Você não gosta de salada?

— Detesto salada com vinagre, só como com azeite! Disse num tom não muito amistoso.

Ela ficou chateada, claro, não pelo que falei, mas pela forma como falei, mas disse:

— Eu só como salada com vinagre e fiz assim para te agradar com aquilo que gosto. Achei que você gostava, você nunca disse nada.

Quer situação mais banal do que esta para mostrar que faltava comunicação nas coisas mais simples. Pedi desculpas a ela pela maneira que agi e entendemos que devíamos falar das nossas preferências um ao outro, e com jeito, para podermos nos conhecer.

Certo dia pedi a ela que fizesse salada com vinagre, pois era só um hábito, e hoje tanto faz como está a salada, desde que estejamos juntos saboreando a companhia um do outro.

Nosso conhecimento um do outro vai aumentando, a ponto de ter algumas coisas que gostamos que já nem lembramos quem ensinou para quem, como por exemplo comer pão com carne picada e vinagrete. Como eu não gostava de salada com vinagre, não deve ter sido eu que trouxe este prato. Mas tanto faz, hoje a gente se diverte com estas situações.

É preciso criar o hábito saudável do diálogo sincero e objetivo. Isto não é natural e automático, necessita de esforço e aprendizado.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho, com jeito, falado das minhas preferências ao meu cônjuge?
  • Levo em consideração as preferências do meu cônjuge e ajo adequadamente?

“Pai celestial, que a cada dia eu aprenda a me comunicar melhor e construir um relacionamento sincero e transparente com meu cônjuge, considerando suas necessidades e preferências, e que assim também seja comigo. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Fontes de Ataque ao Casamento

“Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.” (Filipenses 2:4)

Ao olhar o título você deve ter pensado sobre ataques contra seu casamento a partir de pessoas de fora do seu relacionamento, por desconhecidos, enfim, alguém ao seu redor. Realmente isto pode acontecer, mas na maioria das vezes, se tratarmos apenas este aspecto, deixaremos de fora os reais motivos que trazem problemas no relacionamento matrimonial.

Precisamos achar os verdadeiros motivos dos problemas conjugais e trataremos disto – raízes e causas, buscando caminhos para eliminar ou minimizar suas ações.

Conhecer a natureza humana nos leva a um caminho de auto análise que nos faz perceber que não somos os únicos certos, ou que temos o melhor ponto de vista ou que nunca erramos. Ou ainda, de que somos perseguidos e a pior das criaturas da face da terra.

Nós até entendemos racionalmente as afirmações acima, mas nossas atitudes e palavras demonstram o contrário. O que temos dentro de nós que aparece no nosso relacionamento conjugal trazendo dificuldades?

O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas o pecado distorceu esta natureza tornando-a enferma e passamos a ser apenas uma feia caricatura de Deus. Estas características com as quais nascemos nos influenciam de maneira tremenda em nosso relacionamento com o próximo – nascemos egoístas.

Desde que nascemos, passamos a pensar que o mundo gravita em torno de nós. Muita gente pensa que seu cônjuge veio ao mundo para servi-lo(a).

Se é o esposo, pensa que não precisa fazer nada em casa, pois já trabalha fora para trazer o sustento para casa. Lavar uma louça é coisa do outro mundo, nem pensar nisto. Ajudar a recolher uma roupa ou mesmo colocar no cesto de roupas sujas não é sua tarefa.

Se é a esposa, nem pensa em fazer qualquer tipo de economia em casa ou mesmo auxiliar o marido no sustento. Isto não é comigo, ele que se vire.

Deveríamos fazer ao outro o que gostaríamos que fizessem conosco.

Às vezes, carregamos dentro de nós uma má vontade infantil, por tudo, e isso nos impede de crescer. Como diz a Telma, minha esposa – crescer dói, e muita gente não quer a dor do crescimento sobre si e se resigna a uma vida medíocre, sem sentido e sem desfrutar das bênçãos de Deus na própria vida e no casamento. A máxima deste tipo de gente é:

— Quem me quiser tem que me aceitar do jeito como sou!

Ai está nosso EU ocupando todo o espaço disponível em nossas vidas. Ficamos andando para lá e para cá admirando o nosso precioso ego em toda sua sabedoria e dimensão, e o sujeito ainda quer que tudo vá bem na sua vida conjugal e não entende porque seu cônjuge não muda para a maneira que ele(a) deseja.

Só quando aprendermos a sair desta redoma e nos abrirmos para nosso cônjuge e para as demais pessoas é que poderemos aceitar com disposição o que vem de fora.

Certa vez, estava sendo tratado por Deus numa certa área da vida, e a Telma estava sendo usada por Ele para isto e eu não tinha prestado atenção. Um dia eu percebi que precisava mudar naquele tema e pedi a Deus:

— Senhor, envia alguém que possa me orientar como devo proceder em relação a este assunto.

Imediatamente ouvi a voz do Espírito Santo dizendo atrás de mim, como diz em Isaías 30:21:

— Coloquei a sua esposa ao seu lado para te dizer o que está no meu coração!

Uau!!!! Esta resposta me quebrou, foi inesperada. Da mesma maneira, um dia reclamei com Ele sobre uma atitude da Telma, e recebi resposta semelhante:

— É tua responsabilidade como marido ensiná-la com amor a crescer como pessoa.

Puxa, de novo quebrando minhas pernas!!!

Deus criou o casamento também como um aperfeiçoamento para cada um de nós. Sempre que olhamos para isto como um problema, há divisão e talvez separação, sempre que olhamos para isto como uma bênção, somos edificados, crescemos como pessoa e espiritualmente e nosso casamento melhora, indo na direção do que Deus planejou.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • No que temos buscado nosso próprio interesse?
  • Levo em consideração as opiniões do meu cônjuge e reflito sobre isto?

“Pai celestial, sou grato a Ti por ter colocado meu cônjuge ao meu lado. Sei que o Senhor colocou a pessoa certa ao meu lado, que está me ensinando a ser melhor a cada dia. Dá-me entendimento para que possa crescer com sabedoria todos os dias. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Jesus e o Uso do Seu Tempo

“Todos os dias o Senhor cuida dos que são corretos; a Terra Prometida será deles para sempre. Quando os tempos forem difíceis, eles não sofrerão e terão o que comer em tempos de fome.” (Salmo 37:18,19)

A boa administração do tempo é fundamental para que possamos desenvolver nossos dons e talentos, além de proporcionar o que é necessário na nossa vida espiritual, emocional, familiar, ministerial e profissional.

Nosso uso do tempo está relacionado com as nossa prioridades e valores. Se algo tem determinada importância, devemos dedicar tempo em quantidade e qualidade suficiente para obtermos o resultado desejado.

Independente de qualquer método ou ferramenta que você utilize, Jesus é o melhor exemplo de uso do tempo que podemos encontrar, pois conseguia realizar muita coisa durante o dia e à noite usando bem o seu tempo.

Ele dividia tão bem seu tempo que desenvolvia seu relacionamento com o Pai, com os discípulos e com as multidões. Além disto, em tudo que ele fazia, Deus Pai estava presente. Jesus não se iludia com as multidões, mas centrava seu tempo e ação naqueles que lhe eram mais estratégicos e vitais para que seu ministério terreno florescesse.

Observe que há muitas passagens em que os discípulos encontram Jesus orando. Não era a maior parte do seu tempo, mas ele dedicava tempo para a comunhão com o Pai. Estes momentos apesar de pequenos eram cheios da presença de Deus e grandiosas revelações aconteciam.

Em seguida observamos que, muitas vezes, ele ia orar e chamava os três discípulos mais chegados a ele: Pedro, Tiago e João. Muitos eventos importantes dos evangelhos ocorreram com estes discípulos, mas foram em número menor do que para as multidões, entretanto, sempre foram de muita profundidade e revelação a respeito do que Jesus estava fazendo, conferindo a Ele autoridade diante dos seus discípulos. Era uma forma de ensiná-los.

Os doze discípulos entravam em seguida. Ocorreram milagres entre eles, assim como as explicações de muitas parábolas, as quais não eram claras para as multidões. Estes certamente ouviam relatos dos três sobre o que tinha ocorrido no momento da oração com Jesus.

Os demais discípulos andavam com Jesus durante o dia e nas ministrações que ele fazia, auxiliando a gestão da multidão e transmitindo a estes o que Jesus pedia que fizessem.

Por último, entram as multidões, às quais dedicava a maior parte do seu tempo. Destas, muitas vezes Jesus se retirou para buscar o Pai. Jesus, uma pessoa muito ocupada, com um projeto de vida – uma missão, que necessitava empenho total para conseguir concluir bem, encontrava tempo para ouvir a Deus. Ele gastava seu tempo de forma distinta, porém cumulativa.

O tempo é o mesmo para todas as pessoas. Temos o dia (24 horas) e a semana (7 dias). Estes períodos são cíclicos e devemos usá-lo da melhor maneira possível para atingirmos nossos alvos e necessidades da nossa vida: pessoal, conjugal, familiar, profissional e ministerial.

Nossos alvos e metas pessoais devem estar ajustados com uma escala de prioridades semelhante à de Jesus:

  1. Vida com Deus.
  2. Vida pessoal.
  3. Vida conjugal.
  4. Vida familiar com cada filho.
  5. Vida profissional.
  6. Vida com ministério no corpo de Cristo.

Para organizar minhas tarefas e prioridades de vida eu tenho usado o método GTD (Getting Thinks Done) do David Allen com bons resultados, além de ferramentas online que me auxiliam na gestão do que desenvolvo. Mas isto não resolve tudo, é necessário termos o discernimento e a flexibilidade em cada situação.

Talvez você possa se sentir desanimado neste momento ao fazer uma reflexão sobre o seu uso do tempo. Não se sinta assim. A maioria de nós erra no uso do tempo em algum momento da vida. Não somos perfeitos como Ele é, mas podemos errar menos aprendendo com cada situação.

Certo sábado estava preparando a aula da Escola Bíblica Dominical e estava com dificuldade num ponto do tema que precisava compreender melhor, e meu filho mais novo queria atenção. Eu não lhe dava a atenção necessária porque queria terminar a preparação da aula. Então, minha esposa me chamou de lado e falou o quanto seria importante para ele este tempo, era o momento adequado, pois ele estava aberto à interação comigo.

Entendi seu recado, parei o que estava fazendo e fui lhe dar atenção. Foi um momento muito bom com ele. Depois voltei ao que estava fazendo e o tema fluiu com muita facilidade. No dia seguinte ao ministrar, senti a presença de Deus comigo me orientando durante a aula.

É como se, ao dedicar meu tempo ao meu filho, no dia seguinte meu Pai dedicasse tempo à mim. Fazer a coisa certa na hora certa nos edifica e faz sentir bem.

Tome hoje uma atitude de reajustar suas prioridades e o uso do seu tempo, Deus irá recompensá-lo.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Minha escala de valores está de acordo com os princípios de Deus?
  • Minha capacidade e meu tempo estão sendo usados de modo correto e produtivo?

“Pai celestial, consagro a Ti o meu tempo e as minhas prioridades. Que eu entenda como deva proceder e tome as atitudes corretas a cada dia. Perdoa-me por todos os momentos em que agi de maneira diferente disto e vem agora me ajudar a corrigir isto com Teu amor sendo derramado sobre meus relacionamentos. Amém!”

Luis Antonio Luize