“E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.” (Marcos 1:7 ARA)
João Batista, por causa de sua origem (era filho de sacerdote), devia saber o propósito da sua vida. Muito provavelmente ele devia conhecer de cor a passagem de Isaías que profetizava o aparecimento daquele que prepararia o caminho para a chegada do messias. Ele sabia da importância da sua missão.
Curiosamente, apesar disso, ele não se aproveitava para conseguir favores ou aumentar sua influência. Os evangelistas registram que ele se vestia e comia simplesmente, vivendo apenas para cumprir o seu propósito. Ele sabia que a sua própria missão gerava a influência que ela mesma necessitava e que ele não precisava mais do que isso. A sua autoridade estava na execução do seu trabalho. Por isso, podia ser duro com os fariseus e ainda ser temido por eles; podia ser firme com os soldados e ainda continuar tendo o seu respeito; podia confrontar o pecado do seu povo e ter como resposta arrependimento e batismos para evidenciá-lo.
João podia experimentar isso porque tinha total consciência de que a sua missão era apresentar o Messias e não a si mesmo. O seu ministério era apenas o precursor e ele logo seria substituído. Não havia nele sinal de problemas com isso; na verdade, suas afirmações transpareciam o desejo de que isso acontecesse logo (João 3:30).
“Senhor, que eu tenha a humildade de me lembrar que tudo o que tenho veio de ti, e que minha vida e ministério tem o propósito de apresentar a ti somente e não a mim mesmo. Amém!”
Vinicios Torres