Vinicios Torres

Ouvindo a Voz de Deus – Começando com as Pequenas Coisas

“A intimidade do SENHOR é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança” (Salmo 25:14).

Recentemente, enquanto estava ouvindo uma mensagem que falava, entre outras coisas, sobre como ouvir a voz de Deus, o pregador explicava como na maioria das vezes nós ignoramos Deus nos falar por não compreendermos como Ele faz isso. Ficamos muitas vezes esperando uma manifestação grandiloquente da parte de Deus como a aparição de um anjo, uma voz vinda do céu ou uma luz cegante que nos faça cair do cavalo. Todas essas coisas aconteceram na Bíblia e somos levados a crer que podem ocorrer conosco também. Mas na maioria das vezes não é assim que acontece.

Jesus declarou um princípio que se aplica a praticamente todas as áreas da nossa existência: aquele que for fiel no pouco também será fiel no muito, mas o que não for fiel no pouco, também não será fiel no muito (Lucas 16:10). Ou seja, se não honramos e obedecemos a Deus em pequenas coisas, não devemos esperar que experimentaremos grandes manifestações da sua parte.

Devemos aprender a obedecer à voz de Deus quando Ele nos fala ao coração e nos induz a fazer a sua vontade. Paulo ensina que é Ele “quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13).

Muitas vezes, após períodos de oração e busca de comunhão com o Senhor, sentimos vontade de fazer algo que na verdade não é a nossa vontade própria. Olhamos para aquele desejo ou pensamento que nos surge na cabeça e perguntamos de onde ele veio, pois nos conhecemos e sabemos que normalmente não desejaríamos aquilo.

Pense em quantas vezes:

  • Você sentiu vontade de procurar alguém e se reconciliar após um rompimento de relacionamento?
  • Passou pela sua cabeça o pensamento de ligar para alguém?
  • Lembrou-se de alguém que não vê há muito tempo e se preocupou sobre o seu estado?
  • Lembra-se frequentemente de um problema e fica incomodado com ele?
  • Toda vez que ora por um determinado assunto uma solução lhe vem à cabeça e fica se perguntando por que ninguém fez aquilo ainda?

Essas “impressões”, “pensamentos” e “desejos” podem parecer coisas pequenas ou indesejáveis e ignoramos que é Deus agindo em nós. Se resistirmos e desobedecermos perdemos a oportunidade de conhecer a voz do nosso Pastor e de segui-lo (João 10:27), incapacitando-nos a experimentar um relacionamento mais profundo com Deus. Se obedecermos, abrimos novos caminhos, teremos novas experiências e Deus poderá nos confiar os seus pensamentos mais profundos.

“Senhor, ensina-me a ‘identificar’ a Sua voz e obedecê-la. Que o nosso relacionamento cresça até a intimidade que o salmista afirma.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Não jogue a sua equipe contra si mesmo

“Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta… aquele que provoca discórdia entre irmãos.” (Provérbios 6:16,19b)

Certa vez, quando trabalhava em uma grande empreiteira e gerenciava a área de informática de uma das diretorias, participei de uma equipe relativamente grande. A diretoria tinha várias áreas e eu ajudava todas elas prestando-lhes o suporte necessário para que fizessem bem o seu trabalho através dos recursos computacionais. Quando a equipe foi contratada muitos bons profissionais do mercado foram atraídos visto que o desafio da nova área era grande.

Apesar de haver espaço para todos se destacarem e fazerem um excelente trabalho de equipe, certo dia uma moça foi até a nossa área e enquanto recolhia um enorme relatório na impressora começou a falar para mim:

– Sabe, eu não devia fazer isso, mas como você é meu amigo vou te contar.

Ela havia sido contratada depois de mim e nunca havíamos nos visto anteriormente, o que, obviamente, fez uma luz vermelha se acender na minha cabeça.

Ela continuou:

– Eu passei na sala do engenheiro Fulano e ouvi uma conversa dele com o engenheiro Sicrano. Eles estavam falando de você. Nossa, você não imagina como eles estavam reclamando do seu serviço. Se eu fosse você tomava cuidado com eles.

Então ela terminou de arrumar o relatório e saiu da sala.

O que ela não sabia é que eu já conhecia bem os respectivos engenheiros e tinha liberdade de conversar francamente com eles. Logo que ela saiu da sala, eu me levantei e fui conversar com o engenheiro Fulano e perguntei se havia algo do meu trabalho que o estava prejudicando e que precisava ser melhorado. Ele disse que estava tudo bem e que estava estranhando a pergunta.

Eu lhe respondi que um “passarinho verde” havia me contado que tinha ouvido ele reclamar de mim para outra pessoa. Ele deu risada e falou que aquele “passarinho” já havia passado por lá e feito um comentário parecido para ele.

Daquele dia em diante eu tomei o máximo de cuidado com o que falava ou fazia na presença daquela pessoa e contribuía com ela com o estritamente necessário para que o desempenho da equipe não fosse prejudicado. Algumas semanas adiante ela se demitiu alegando que não “havia clima de coleguismo” na empresa.

Infelizmente, isso é um defeito de caráter muito comum de ser encontrado por aí. Pessoas que parecem não entender que os outros componentes da equipe se comunicam e que aquilo que elas disserem, com certeza, será passado adiante. Principalmente em um grupo no qual o líder valorize a comunicação transparente e a construção de um resultado onde a equipe seja vencedora e não apenas o indivíduo.

Jogar as pessoas umas contra as outras é uma forma de minar os relacionamentos e a confiança entre os membros da equipe. Ao conseguir isso, a pessoa acha que consegue tornar os outros mais fracos que ela e assim prejudicar-lhes o desempenho, abrindo caminho para o seu próprio destaque. O problema desse tipo de raciocíonio é que esta pessoa pode até conseguir, a curto prazo, alguma atençao para si, mas, no futuro, quando ela precisar de uma equipe para dar respaldo aos seus novos desafios, ela não encontrará ninguém em quem possa confiar realmente. Pois, afinal, ela mesma destruiu esta confiança com os seus procedimentos.

Os líderes devem estar atentos para ver se este tipo de atitude está sendo adotada por alguém da sua equipe. Se for o caso, deve chamar o indivíduo para uma conversa e tentar fazê-lo ver que este procedimento só trará prejuízo para ele e afetará o relacionamento e resultado da equipe como um todo. Se o indivíduo entender e mudar, ótimo; se não, então será necessário afastá-lo da equipe para o bem do resultado desejado pelo esforço da equipe.

Mas e se for o líder que usar deste péssimo subterfúgio para tentar controlar os seus liderados?

Bem, eu vejo duas possibilidades.

Ou isso evidencia que o líder ainda tem sérios problemas de auto-imagem que o faz se sentir ameaçado pelos componentes da equipe; ou ele tem sérios problemas com o projeto e está tentando transferir a culpa/responsabilidade.

O líder que usa deste expediente dá um tiro no próprio pé, como diz o ditado popular. A primeira coisa que ele perde é a confiança daquele que o ouve. Afinal, esta pessoa vai pensar: “Se ele está falando assim de fulano para mim, o que ele não estará falando de mim para outros?” A falta de confiança traz com ela a falta de comprometimento.

Para a construção de uma equipe coesa e sadia é necessário que o líder seja confiável e a maneira como ele se comunica com a sua equipe e como ele gerencia a comunicação entre seus liderados é essencial para a construção dessa confiabilidade.

Senhor, dá-me discernimento para compreender as intenções daquilo que ouço, de maneira que eu consiga tornar a comunicação da minha equipe a mais saudável possível.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Liderança e Reconhecimento

“Uma palavra dita a seu tempo é como maçãs de ouro em bandejas de prata.” (Provérbios 25:11)

Uma das características marcantes de todos os líderes efetivos é a capacidade de criar uma rede de liderados que os respeitam. Esses liderados não precisam, necessariamente, concordar com tudo e devem ser capazes de agir criticamente e contribuir para o crescimento do grupo e do líder, inclusive.

Uma das formas de se conquistar esse respeito é a de reconhecer os esforços e o bom trabalho realizado pelos liderados.

Esse reconhecimento é muito falado, mas são poucos os que o praticam. E os que o praticam se questionam se estão fazendo direito, já que o fazem esperando resultados que nem sempre conseguem.

É aí que muitos candidatos a líder se enroscam: leem artigos e livros e participam de cursos de liderança buscando tornar-se líderes efetivos. Transformam a liderança em uma série de passos ou ações que devem executar para conseguir os resultados desejados. Mas se esquecem de que liderança não acontece sozinha nem mecanicamente.

Liderar é influenciar… pessoas.

Não conhecer as técnicas de liderança pode lhe fazer falta para ser um melhor líder, mas apenas conhecê-las não garante que você será um líder melhor automaticamente. Pois as pessoas não respondem como as máquinas em que você coloca uma moeda, aperta um botão e elas entregam o produto pedido imediatamente. Existe sempre o componente emocional envolvido nas interações humanas.

As pessoas só se tornarão seguidoras verdadeiras do líder em quem elas enxergarem sinceridade na aplicação de qualquer técnica de liderança. Sem isso elas até podem lhe obedecer, mas sem o verdadeiro comprometimento que leva à proatividade (conforme a definição de proatividade de Stephen R. Covey em “Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficientes”).

Só quando o elogio e o reconhecimento são sinceros é que eles provocarão na pessoa elogiada uma reação que a levará a uma identificação com o líder e consequentemente a uma mudança de atitude em relação ao seu comprometimento com o trabalho e com a equipe.

O líder que distribui elogios quando os resultados do trabalho não estão satisfatórios é visto como manipulador, pois sua ação é entendida como bajulação que será seguida de uma cobrança. Nesse caso, é melhor ser objetivo apresentando a situação negativa e desafiando a equipe a mudar de atitude.

O líder que nunca elogia ou reconhece o trabalho dos liderados perde a oportunidade de conectar emocionalmente a sua equipe. E esta conexão é que permite a criação da sinergia que levará a equipe a conquistar resultados extraordinários.

Certa vez, incluíram na minha equipe um funcionário que não era considerado dos melhores. Reclamaram do seu desempenho e da falta de compromisso. No início, eu mesmo não levei muita fé que a coisa fosse dar certo. Mas alguns dias depois fiz uma relação de tarefas que estavam atrasadas e outras que precisam ser feitas para liberar evoluções em um sistema de nossa responsabilidade.

Chamei o rapaz e disse a ele que precisava da ajuda dele e que iria passar uma porção de tarefas pequenas mas que precisavam ser feitas rapidamente e estabeleci com ele um protocolo de como iria passar os detalhes de cada tarefa, e que só passaria uma tarefa após a anterior ter sido realizada e testada, garantindo que não o sobrecarregaria com mais de uma coisa para fazer por vez.

Levou alguns dias para a lista ser completada, mas foi realizada em menos tempo do que minha previsão pessimista havia estimado. Empacotamos todas as mudanças em uma nova versão e enviamos para produção.

No fim do dia, após todos os testes confirmarem que tudo estava funcionando corretamente, na hora de ir embora, ele passou pela minha mesa e sentou-se na cadeira ao lado para conversar comigo. Como eu estava respondendo um e-mail, pedi que aguardasse eu enviar apenas aquele antes de conversarmos.

Quando terminei o e-mail, fiz algo que, reconheço, não era normal eu fazer. Antes que ele dissesse qualquer coisa, pus a mão no seu ombro e olhando para ele disse: “Camarada, eu quero te agradecer pelo seu esforço nestes dias. Eu sei que passei uma quantidade grande de trabalho e que fiz marcação cerrada. Mas você fez um ótimo trabalho e a sua colaboração foi muito importante para a gente conseguir liberar tudo que estava atrasado. E eu quero muito te agradecer por isso.”

Ele ficou quieto por alguns minutos, levantou-se e foi embora.

No dia seguinte, eu já tinha chegado e estava na minha mesa quando ele entrou na sala e veio direto para mim e disse: “Eu quero te falar uma coisa. Eu quero te agradecer pelo que você fez ontem. Nunca alguém havia me agradecido por qualquer trabalho que eu havia feito. Eu nunca tinha recebido um elogio no trabalho. Eu fiquei tão chocado que não soube o que dizer, por isso fui embora. Muito obrigado pelo que você disse.”

Não preciso dizer que enquanto trabalhamos juntos pude contar com ele em qualquer tarefa que lhe passasse.

“Senhor, ensina-me não apenas a falar no momento certo, como também a ser sincero em cada uma das minhas palavras.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Escolhendo os Companheiros

“São estes os nomes dos valentes de Davi: …Eleazar, filho de Dodô… Quando já se haviam retirado os filhos de Israel, ele se levantou e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada…” (2 Samuel 23: 8a,9b,10a)

Neste texto o autor lista os principais homens que acompanhavam Davi e relata os seus feitos. Eleazar é mencionado como sendo o segundo. A descrição de seus feitos revelam algumas características dele.

Ele foi corajoso, pois enfrentou os inimigos e lutou contra eles. Certamente, coragem não faltava aos homens que seguiam Davi, pois ele era guerreiro e estava sempre em alguma disputa em direção ao reino que lhe estava proposto desde que Samuel o ungiu.

Mas eu gostaria de destacar uma característica que Eleazar demonstra que pode passar despercebida em uma leitura muito rápida.

Ele era persistente.

O texto diz que ele lutou com os inimigos até que sua mão travou de tanto segurar e manusear a espada. A expressão do texto leva entender que ele lutou tanto que não conseguia mais abrir mão e soltar a espada. Isso significa que ele deve ter lutado por muitas e muitas horas e superou o cansaço e o desânimo.

Não precisamos nem parar para pensar no condicionamento físico necessário para este tipo de batalha mas devemos considerar o condicionamento mental necessário para se manter firme e focado a este ponto. Muitos outros soldados deviam ter tanta condição física ou até mais que a de Eleazar. Mas por que ele é mencionado entre os três principias de Davi e os outros não?

Penso que a capacidade de decidir ir até o fim, sem desistir por causa do cansaço, da dor ou de qualquer outra dificuldade ou distração, é a marca definidora deste homem. Davi o manteve por perto pois sabia que podia contar com Eleazar para realizar uma tarefa por completo, exigisse ela o tempo e o esforço que fosse necessário.

Com Davi aprendemos uma lição importante de liderança: cerque-se de pessoas que demonstraram não apenas a capacidade de fazerem uma tarefa, mas também a paciência e a persistência de chegarem ao fim dela superando as dificuldades que aparecerem. Pessoas que não desistem e não esmorecem.

“Senhor, ajuda-me a ser um líder persistente e corajoso. Ajuda-me a identificar os companheiros persistentes e corajosos que executarão comigo o Teu plano para nós.”

Vinicios Torres

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Liderando Com o Coração – Transformando as Pessoas a Sua Volta

“A palavra proferida a seu tempo É como maçãs de ouro em cestos de prata.” (Provérbios 25:11)

A liderança traz consigo diversas possibilidades de transformação. Uma pessoa se torna líder justamente com o objetivo de causar a transformação de uma situação ou lugar. A maneira como conseguirá provocar essa transformação dependerá das capacidades das pessoas que o líder conseguir arregimentar, trazer para próximo de si e inspirar para fazer parte do seu projeto.

Isso dá ao líder uma das oportunidades mais importantes que ele tem diante de si: a possibilidade de inspirar e transformar pessoas. O líder, por causa da posição e da autoridade que os seguidores reconhecem nele, tem o poder de semear nos corações das pessoas palavras que serão lembradas para toda a vida e que, muitas vezes, se tornarão o motor da vida de algumas delas.

Assim como um semeador não sabe quais sementes que ele semeou darão frutos, o líder também não tem como saber quais palavras farão esse efeito transformador em quem. Assim, da mesma maneira que o semeador semeia a melhor semente que tem, o líder deve sempre ter as melhores palavras para dizer. Com melhores palavras não queremos dizer que o líder só dirá coisas positivas e açucaradas, mas que dirá o que precisa ser dito, no tempo certo e da maneira certa.

Um bom exemplo de liderança transformadora pelas palavras pode ser lida no caso contado por Zig Ziglar a seguir.

Procure Sempre as Qualidades

Uma professora, com sua sensibilidade, utilizou a abordagem do “procurar sempre as qualidades” quando uma de suas alunas fez a seguinte afirmação: “Não sou melhor em nada.” A professora não sabia o que dizer. Ela sabia que a menina era uma aluna mediana, procedente de uma família grande e que se esforçava bastante para entender cada matéria. Por isso a professora lhe perguntou o que ela queria dizer com aquelas palavras. Certo dia, a menina assinalou uma por uma das matérias e quem era o melhor aluno em cada uma delas.

Então a professora começou a pensar nas qualidades da menina lembrando o quanto ela ajudava calmamente as crianças que se esforçavam em seus trabalhos, o seu sorriso amável, o tempo que ela dedicava aos alunos impopulares ou de raciocínio “lento” e que ela nunca ridicularizava as crianças retardadas em sala de aula. Escolhendo cuidadosamente suas palavras, a professora disse: “Você não é má aluna. Você é muito boa em leitura e música, e se sai bastante bem em outras matérias e nos esportes. Mas existe algo em você que é absolutamente a melhor.” A criança levantou os olhos demonstrando descrença e perguntou do que se tratava. A professora respondeu: “Você é gentil. Isso pode parecer loucura para você, mas é muito importante. Essa sala de aula é um lugar muito melhor porque você está aqui.”

Os benefícios da menina eram reais e imediatos, mas a sensibilidade da professora também a tornava uma vencedora. Ela agradece isso à sua aluna. Afinal, a menina também era a melhor na arte de fazer com que essa professora atentasse para o que ela fazia de melhor – ou seja, incentivar os outros.

* Zig Ziglar, Sucesso, Pg. 280.

“Senhor, coloca em minha boca as palavras certas para cada pessoa e cada ocasião. Que as palavras da minha boca tragam vida e direção.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Entendendo o Momento Político Atual

Buscando ajudar aqueles que desejam fazer diferença em nosso país no momento atual, quero indicar para você a série de palestras e o debate que foram realizados na Primeira Igreja Batista de Curitiba, por ocasião do Fórum de Conscientização Política #EuSouBrasil.

Assista as palestras do Fórum #EUSOUBRASIL

Um Fórum apartidário para discutir questões fundamentais para o Brasil e os brasileiros, como direitos humanos, consciência politica, cidadania, nosso papel como agentes de transformação social.

O papel do Cristão no atual momento político

https://www.youtube.com/watch?v=7tv8A7CFK08

Pr. Paschoal Piragine Jr. – Pastor Titular da Primeira Igreja Batista de Curitiba.

Desconstrução dos Valores Nacionais – Dr. Schelb

https://www.youtube.com/watch?v=H5rTvbJDu3o

Dr. Guilherme Schelb – Procurador da República em Brasília – responsável pela Operação Anaconda, escândalo do painel do Senado Federal, caso Guerrilha do Araguaia.

Use seu poder de influência para mudar esta Nação – Dr. Scaff

https://www.youtube.com/watch?v=vaGfO3GaobI

Dr. Gamaliel Scaff – Desembargador do Estado do Paraná.

Mensagem | Eu Sou Brasil | Pr. Miguel Pipper

https://www.youtube.com/watch?v=_htEOhV1ogE

Pr. Miguel Pipper – pastor da Comunidade Cristã de Curitiba – phD em Educação.

Debate | Fórum de Conscientização Política | Eu Sou Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=IyjUsZe9AQc

Mediadora: Jornalista Mira Graçano

Debatedores:

Acyr de Gerone (Coordenador da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB);

Edson Campagnollo (presidente FIEP);

Liz Abade Maximinano (geóloga);

Rawlinson Rangel (diretor do Instituto Transforma);

Másimo Della Justina (chefe de gabinete da PUCPR);

Dr. Guilherme Schelb – Procurador da República em Brasília – responsável pela Operação Anaconda, escândalo do painel do Senado Federal, caso Guerrilha do Araguaia.

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Liderando Com o Coração – Expressando os Sentimentos

“Então Davi e seus soldados choraram em alta voz até não terem mais forças… Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor seu Deus.” (1 Samuel 30:4,6b)

Este capítulo (1 Samuel 30) conta a história de como as mulheres e crianças de Davi e seus soldados foram levadas pelos amalequitas. Aproveitando que Davi e seus homens estavam fora, estes atacaram a cidade e levaram o que tinha valor. Quando Davi voltou encontrou a cidade queimada e vazia.

A Bíblia não pinta um quadro irreal de Davi. Na verdade ela o mostra até mais humano do que se esperaria de alguém que é celebrado como herói e rei de tanta expressão. Nesta situação, o texto diz que Davi chorou pela perda de sua família da mesma maneira que seus homens e choraram muito, a ponto do texto dizer que não tinham mais forças para chorar.

Fatalidades acontecem, calamidades se abatem sobre nós, problemas aparecem de onde menos se espera e nada disso manda e-mail avisando dia e hora em que vai acontecer. Tenho certeza que ninguém saudável está sempre se preparando para o pior. Ao constatarem a profunda perda que foram vítimas, Davi e seus homens fizeram exatamente o que se espera que seres humanos façam nessas situações: choraram e lamentaram, sentiram a dor e expressaram as emoções da sua perda.

A diferença do líder neste momento está justamente na capacidade dele entender quando o sentimento foi expressado/tratado por tempo suficiente e fazer a transição para o próximo momento. O texto diz que Davi se angustiou, pois os seus homens começaram a olhar para ele como culpado pelo desastre, já que eles o estavam seguindo quando tudo aconteceu e não estavam em casa para defender as suas famílias. Davi poderia continuar com os sentimentos de perda e dor e se afundar em desespero e, provavelmente, nem conheceríamos a sua história. No entanto, ele decidiu tirar os olhos da situação tenebrosa, acalmou seu coração e voltou-se para Deus.

Davi tirou ânimo novo do seu relacionamento com o Senhor. O mesmo Deus que tinha dado a ele coragem para enfrentar o leão, o urso e o gigante Golias. O mesmo Deus que o estava protegendo da perseguição do rei Saul.

Ele então chama o sacerdote Abiatar e juntos buscam direção de Deus para reverter a situação. Eles então recuperam tudo o que foi roubado e ainda conquistaram mais despojos.

Muitos líderes vendem a imagem de super-heróis imbatíveis que não se abatem por nada. Isso não é saudável, nem para eles nem para os seus liderados. Muitas pessoas se perdem ao descobrir que o seu líder perfeito é na verdade tão humano e falho como elas mesmas. Esses líderes vão acumulando uma tensão emocional e espiritual tão grande sobre si, até o dia que não conseguem mais suportar e caem de uma vez. Muitos acabam não se recuperando.

Davi nos ensina aqui a participar dos sofrimentos e compartilhar as emoções deles. Ao verem que seu líder tem os mesmos problemas mas que ele tem uma atitude diferente na maneira como reage e supera esses problemas, seu respeito por este líder cresce. Ao mesmo tempo o líder passa para os seus discípulos a orientação de como fazer isso. Isto é instrução pelo exemplo.

“Senhor, livra-me de parecer um líder intocável, ajuda-me a participar com a equipe tudo o que acontece de maneira sincera e verdadeira.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Líderes São Corajosos

“Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente.” (Juízes 6:12 ARA)

Desde que me converti, no início da minha adolescência, tenho ouvido pregações sobre Gideão mostrando-o como um sujeito medroso e cheio de dúvidas, um covarde. No entanto, toda vez que lia sua história me chamava a atenção o fato de Deus chamar um sujeito assim para a difícil tarefa de libertar o povo da opressão dos inimigos do seu tempo.

Certo dia, enquanto fazia a leitura bíblica, percebi alguns detalhes no início do capítulo, que me fizeram entender o contexto em que Gideão estava vivendo. O texto informa que, por anos, quando Israel semeava os inimigos vinham e destruíam tudo e roubavam o gado, deixando o povo na miséria e fome. Depois de vários anos assim, certamente o povo estava desanimado e temeroso de tentar nova semeadura.

Nesse contexto, é de se admirar alguém que nesta situação tenha fé para semear. E o texto diz que Gideão estava malhando o trigo, ou seja, ele não apenas teve a coragem de semear mas conseguiu colher o que plantou. Normalmente, se malhava o trigo em área aberta para facilitar a separação dos grãos e da palha, mas Gideão estava malhando o trigo onde se pisava as uvas ou as azeitonas, espaço pequeno e desajeitado para a tarefa. O texto diz que ele fazia isso para manter o trigo a salvo dos inimigos, ou seja, ele se dispôs a se esforçar mais manter o fruto do seu trabalho em segurança.

Essa passagem mostra duas características de Gideão frequentemente ignoradas: coragem e responsabilidade.

Coragem de fazer o que ninguém mais acreditava que dava para fazer, insistir em arar, semear e cuidar da lavoura mesmo sabendo que os inimigos poderiam vir e destruir ou roubar tudo. Imagino Gideão orando e pedindo a Deus que o trigo crescesse um pouco mais rápido para que ele pudesse colher antes da época que os inimigos costumavam chegar. Seja lá o que for que aconteceu, Gideão conseguiu colher a sua produção.

Responsabilidade é a característica que se evidencia no fato dele se dispor a trabalhar bem mais para bater o trigo no reduzido espaço do lagar. Isso, no entanto, fazia com que ele trabalhasse com pequenas quantidades de cada vez, mantendo o restante da produção devidamente escondida. Se os inimigos chegassem naquele momento só levariam o pouco que ele estava trabalhando naquele momento. A maior parte da produção estava protegida.

Diferentemente do que muitos pregadores interpretam Gideão demonstrou coragem e fé ao fazer tudo isso dessa maneira.

Não é de se espantar, então, a primeira frase que o anjo dirigiu a Gideão na sua revelação: “O Senhor é contigo, homem valente (corajoso)”.

É interessante notar que Deus chama para sua obra pessoas que demonstram coragem e responsabilidade. Gideão semeou e colheu em época de dificuldades, Davi enfrentou um urso e um leão para proteger o rebanho pelo qual era responsável, José teve a coragem de ser fiel e responsável mesmo jogado à escravidão.

Os covardes não se expõe, não se esforçam e não se responsabilizam, por isso nunca se tornarão aptos a serem chamados por Deus para tarefas maiores. Os que fogem dos desafios e amolecem diante da prova acabam esquecidos, deixados de lado. No fim, diz o Apocalipse, deixarão de entrar no Reino dos Céus (Apocalipse 21.8)

Outro detalhe interessante de se observar é que todas essas pessoas citadas foram corajosas e responsáveis com o que estava ao seu alcance, nos seus negócios diários. Por causa disso Deus os considerou prontos para serem chamados para desafios maiores: Gideão para libertar a nação do jugo midianita, Davi para enfrentar um guerreiro gigante e José para administrar uma nação.

Está você sonhando com a liderança e desejando fazer a diferença na vida de outras pessoas? Comece por exercitar a responsabilidade pelos aspectos mais comuns da sua vida diária e por ter a coragem de fazer o que deve ser feito mesmo se as circunstâncias não se mostrarem favoráveis. Esse exercício vai desenvolver em você o caráter e as habilidades necessárias para o próximo passo que Deus tem para sua vida.

“Deus, o Senhor não nos deu espírito de covardia mas de coragem. Desperta-me para usar esta coragem em minha vida.”

Vinicios Torres