Vinicios Torres

Distrações

“Porque o SENHOR Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei envergonhado.” (Isaías 50:7)

Um manhã dessas, depois de Carolyn e Dana terem me vestido e me colocado em minha cadeira de rodas, nós tivemos nosso tempo de leitura bíblica juntas. Nós tínhamos terminado um hino e estávamos no meio da oração. De vez em quando eu oro de olhos abertos e nesta manhã em particular estava fazendo isso, e em minha contemplação meus olhos caíram sobre uma enorme aranha que se arrastava em direção à Carolyn, Sem pensar, eu arfei. Minhas amigas abriram seus olhos e, quando elas viram como a aranha era grande, nós três gritamos juntas.

Dana pegou seu chinelo para bater nela, Carolyn correu para pegar um maço de papel e eu mantive meus olhos na intrusa que rapidamente se escondeu embaixo do travesseiro. Segundos depois a aranha era história. Depois da confusão, nós passamos um bom tempo tentando lembrar onde nós estávamos na oração, que hino nós tínhamos cantado e qual parte da Bíblia nós tínhamos lido. Deu um branco completo em nossas mentes. Nós esquecemos tudo do nosso tempo com Deus!

Essa foi uma útil lição sobre como uma distração pode ser diabólica. Todos os dias, interrupções podem estar entre as ferramentas mais úteis para tirar a nossa atenção dos objetivos divinos.

* * * * * * * *

Comece a orar e você pode ter certeza que o microondas apitará, a campainha tocará, o telefone irá chamar, o motorista buzinará ou uma aranha aparecerá. Para mim, uma boa defesa é orar com meus olhos fechados. Meu marido e eu vamos para a sala, colocamos o telefone fora do gancho e fechamos a porta. Não permita que interrupções sejam a sua vergonha quando estiver se comunicando com seu Salvador.

“Eu e peço, amado Senhor, seja o vigia de minha mente e coração quando eu orar ou ler a Tua palavra. Isola-me de qualquer distúrbio que o inimigo possa colocar diante de mim.”

Joni and Friends
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Vinicios Torres

Evangelho

“Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.” (Marcos 1:1)

Evangelho é uma palavra de origem grega que significa “boa notícia” ou “boa mensagem”. O evangelista é uma pessoa que transmite essa boa notícia. O evangelho de Marcos começa com essa afirmação direta: “Este é o começo do evangelho de Jesus Cristo”. As boas notícias são a respeito do Filho de Deus, Jesus Cristo.

Não existe evangelho sem Jesus. Infelizmente, já fomos a algumas igrejas em que ouvimos mensagens positivas, inspiradoras, desafiantes, mas que não tinham nada de evangelho. Já ouvi pregações nas quais sequer era mencionado o nome de Jesus. Uma vez ouvi uma mensagem de uma hora inteira baseada em um capítulo de um livro de auto-ajuda de um consultor empresarial americano. Seria ótimo se fosse uma palestra da empresa, mas não era evangelho, faltava Jesus.

Por mais que a mensagem seja boa e possa ajudá-lo a resolver algum problema ou dificuldade desta vida, ela carece de uma característica importante do evangelho que é Jesus. A boa notícia que é transmitida pelo evangelho é justamente a de que Jesus veio buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10) e dar-lhe a vida eterna (João 6:47).

Outra característica do evangelho é que ele é do Filho de Deus. Não é de um Jesus qualquer, não é de um homem comum. Se a mensagem fosse sobre alguém comum, por mais importante que a sociedade o considere, é uma mensagem limitada ao contexto e ao tempo desta pessoa. Já o evangelho do Filho de Deus, não se limita apenas aos judeus nem ao seu tempo.

E por fim a notícia é boa. É impressionante como, na tentativa de conseguir resultados, muitos pregadores transformam a pregação em um show de horrores. Por definição, evangelho é boa notícia. A notícia de que Deus se fez gente para, habitando entre nós, revelar-se a si mesmo em Jesus Cristo, e atrair-nos para Ele (João 12:32).

Vinicios Torres

O Cesto e a Água

Dizem que isto aconteceu em um mosteiro chinês muito tempo atrás.

Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:

– Mestre, por que devemos ler e decorar a Palavra de Deus se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já esquecemos.

O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo:

– Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui.

O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada.

O mestre perguntou-lhe:

– Então, meu filho, o que você aprendeu?

O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente:

– Aprendi que cesto de junco não segura água.

O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo. Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe:

– Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?

O discípulo novamente respondeu com sarcasmo:

– Que cesto furado não segura água.

O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa. Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de  tanto descer e subir as escadarias. Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:

– Então, meu filho, o que você aprendeu?

O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:

– O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.

O mestre, por fim, concluiu:

– Não importa que você não consiga decorar todas as passagens da Bíblia que você lê, o que importa, na verdade, é que no processo a sua mente e a sua vida ficam limpos diante de Deus.


Esta estória ilustra o que o apóstolo Paulo queria transmitir quando escreveu aos Romanos: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Rm 12:2, NVI).

A única maneira da nossa mente ser renovada é quando deixamos a Palavra de Deus limpar as coisas que o mundo coloca nela. Se você perceber, o mundo garante que as suas mensagens sejam constamente repetidas a fim de que elas sejam inculcadas em nossas mentes. Mesmo que não concordemos, acabamos como que dessensibilizados para o pecado que o mundo está promovendo.

Mas Paulo nos diz que não devemos deixar que sejamos moldados por esses padrões, mas devemos renovar a nossa mente. O que é renovar? É fazer com que algo velho volte a ser novo; é restaurar a forma de algo que foi deformado.

A nossa mente depois de “bombardeada” diariamente com os conceitos mundanos acaba “deformada”, por isso devemos fazer o esforço para trazê-la à forma correta. Paulo diz em 1 Coríntios 2:16: “Nós, porém, temos a mente de Cristo”. Esta é a forma correta que a nossa mente deve ter, a mente de Cristo. O próprio Paulo nos dá algumas dicas para renovar a nossa mente:

A primeira dica é entregar o domínio dos nosso pensamentos à Cristo (“levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”, 2 Coríntios 10:5). Devemos reconhecer que, se Cristo é nosso Senhor, devemos a Ele a obediência em todos os aspectos de nossa vida, inclusive de nossos pensamentos. Este versículo nos diz que devemos anular todo tipo de pensamento que coloca em dúvida a soberania e o amor de Deus através de Cristo e submeter nossos pensamentos ao controle de Cristo.

A segunda dica é não deixar os pensamentos vazios, mas ativamente escolher o que pensar: “Finalmente irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4:8 NVI). Martinho Lutero dizia que a mente vazia é a oficina do diabo. Não deixe sua mente divagar sem objetivo, traga-a à obediência de Cristo pensando no que é bom.

A terceira dica é meditar e memorizar a Palavra de Deus. O Salmo 1 fala que o segredo do homem que é bem-sucedido no que faz é que ele tem prazer na lei de Deus e medita nela dia e noite. A meditação bíblica, no entanto, não é uma atitude passiva de concentração, mas uma uma busca ativa de oportunidades de colocar em prática a palavra que está sendo meditada e memorizada. Esta é a grande diferença entre aqueles que conhecem muitas passagens bíblicas de cor e os que colocam em prática as poucas passagens que conseguem memorizar.

Vale a pena este esforço. Ao nos apropriarmos da mente de Cristo através da renovação da nossa mente pela meditação e prática da Palavra de Deus poderemos experimentar, nas palavras do apóstolo Paulo, a “boa, agradável  e perfeita vontade de Deus para nós.” (Rm 12:2).

Vinicios Torres

(Esta mensagem foi publicada no site originalmente em 05 de Julho de 2002.)

Vinicios Torres

Bom Perfume

“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem.” (2 Coríntios 2:15)

Gosto de perfumes. Acho que todos gostam de perfumes. Na verdade, conheço pouquíssimas pessoas que não gostam de perfumes.

Usamos perfume para que as outras pessoas se sintam bem quando estiverem perto de nós. Queremos que elas tenham uma experiência agradável por terem tido contato conosco. Sim, o perfume também tem a função de esconder algum odor que possa desagradar, mas a função primária é a de impressionar e fazer os outros se sentirem bem conosco.

No entanto, não é de todo perfume que eu gosto. Existem alguns cujos aromas não são compatíveis com o meu olfato. Estes, apesar de perfumes, para mim cheiram mal.

Paulo afirma que Deus também usa perfume. E este perfume somos nós mesmos. Assim como um perfume agradável faz com que alguém faça questão de ficar perto de nós, Deus nos usa para atrair as pessoas para Ele. As nossas vidas, nossas atitudes e nossos atos funcionam como perfumes que fazem as pessoas terem vontade e prazer em estarem na presença de Deus. Até o dia em que reconheçam a necessidade que tem do perdão de Deus e desejem, elas mesmas, se tornarem perfume de Cristo.

Para algumas pessoas, seremos bons perfumes, agradáveis e interessantes. Mas para outras, a presença de Deus e o Seu amor serão incômodos. Perfumes que não lhes agradarão.

“Querido Espírito Santo, ajuda-me a viver uma vida que seja um bom perfume de Cristo na vida de todas as pessoas ao meu redor.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Aos inimigos… amor 3

“Persegui os inimigos e os alcancei, os consumi os atravessei, aos pés do Senhor caíram, não mais se levantaram” (Trecho de uma música evangélica)

Se você está acompanhando as duas últimas mensagens pode não ter visto a relação entre a primeira (Aos inimigos… amor) e a segunda (Aos inimigos… amor 2). Vamos ver se conseguimos mostrar como elas se encaixam.

Se você observar a área de comentários da primeira mensagem (Aos inimigos… amor) verá que quase todos associaram nossos inimigos com o Diabo ou os demônios, lembrando de Efésios 6:12, onde Paulo fala que a nossa luta não é contra carne e sangue. Ou seja, nossos inimigos hoje são espirituais.

Não nego a existência do Diabo e seus anjos, nem da realidade da sua influência, mas permita-me fazer alguns questionamentos:

  • Se nossos inimigos são os demônios, onde, na Bíblia, está escrito que eu tenho de persegui-los?
  • Onde Jesus ou os apóstolos deram exemplo de que eles iam atrás dos demônios para atravessá-los e destruí-los?

Sabe o que é curioso? O que vejo é a Bíblia afirmando que Jesus veio para destruir as OBRAS do Diabo (1 João 3:8) e não o próprio.

Quais são as obras do Diabo? A pobreza, a fome, a prostituição, a corrupção, os vícios e todas as mazelas que assolam a humanidade e destroem a imagem de Deus no homem e o afastam da revelação do amor de Deus em Cristo. É contra essas coisas que devemos lutar.

Mas sabe o que nós fazemos? Brincamos de fazer batalha espiritual confortavelmente dentro das quatro paredes das nossas igrejas.

Alguns anos atrás estive em uma igreja onde o líder mandou que todas as cadeiras fossem amontoadas no centro do salão e que as pessoas formassem um círculo em volta delas. Então, em fila indiana, as pessoas andavam em círculo, repetindo as palavras de ordem que o líder gritava no microfone: “Diabo, fora daqui! Diana, fora daqui! Fulano e beltrano, fora daqui!”. Depois de mais de meia hora de marcha e de mandar embora demônios cujos nomes nem sabia que existiam, as pessoas bateram palmas com o líder afirmando que o trono do Diabo estava derrubado naquela cidade.

Sabe o que aconteceu depois?

Nada.

As pessoas continuaram as mesmas e os problemas da cidade também.

Experimente fazer batalha espiritual de verdade indo à favela para evangelizar as pessoas e ajudá-las a vencer o círculo vicioso da fome e da violência. Rapidamente, você descobrirá que os seus inimigos espirituais usarão de pessoas para lhe fazer oposição. Eles o perseguirão, o caluniarão e mentirão a seu respeito (Mateus 5:9-16) para fazer com que você desista da sua missão.

É nesse momento que você descobre o paradoxo que estamos tratando: temos um inimigo invisível que usa de pessoas de carne e osso para nos atingir. O que devemos fazer?

Segundo a Bíblia, devemos nos humilhar diante de Deus e resistir ao Diabo (Tiago 4:7). Resistimos ao Diabo não entrando no jogo dele. Ele opera por meio da violência, da vingança e do orgulho. Resistiremos a ele agindo de maneira contrária à sua provocação.

Devemos amar as pessoas que o Diabo usa para nos atacar, abençoar aquelas que ele usa para nos amaldiçoar, ajudar aquelas que nos acusam de que estamos ali por qualquer outro interesse que não o amor de Cristo por elas. É justamente essa a oportunidade de fazer a diferença praticando o que Jesus nos ensina no Sermão do Monte (Mateus 5:1-6:34).

Aos inimigos espirituais devo resistir, às pessoas que se declaram minhas inimigas devo amar. É por isso que não consigo cantar a música.

“Pai amado, dá-me a humildade necessária para depender de ti sempre que precisar resistir ao inimigo e para amar as pessoas.”

Vinicios Torres

Aos inimigos… amor 2

“O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:40 ARA)

Recebi o seguinte e-mail em reação à mensagem “Aos inimigos… amor“. Gostaria que você fosse pensando na inquietação do coração do Rinaldo. Na próxima mensagem desenvolverei mais o tema.

Olá pessoal,

Segue, abaixo, texto da ICHTUS.

Vinicios fala, no último parágrafo, de algo que perdemos há muito tempo: discípulos (seguidores) que estejam dispostos a amar incondicionalmente como Jesus amaria se estivesse em nosso lugar.

Hoje mesmo pela manhã, quando me dirigia para o trabalho, vi uma cena que está se tornando “comum” nas grandes cidades. É bizarro e paradoxal, foi a cena de um casal dormindo em uma marquise de um imóvel desocupado…

O que mais me chamou a atenção foi o contraste que percebi: Vários carros importados parados aguardando o sinal de trânsito abrir e as pessoas olhando para esse casal…

Ver isto e perceber o quanto a gente é, e está ficando cada vez mais, insensível ao ser humano é o que mais me chocou.

Tenho ouvido muitos reclamarem da crise, da falta de dinheiro, alguns até reclamam da falta de visibilidade a médio-longo prazo. E esses miseráveis que não tem teto, comida e emprego, que será que dizem? Alguém se atreve a perguntar-lhes? Confesso que tive vontade, mas nesse caso não foi suficiente.

Nessas horas eu questiono o tipo de pregação e o tipo de evangelho que temos recebido e passado adiante.

Como é que podemos dizer que o Reino de Deus veio a nós se irmãos nossos estão morrendo de fome por todos os lados. Como é que podemos responder SINCERAMENTE com um “TUDO BEM!!!” quando nos perguntam: “E ai, irmão, tudo bem na sua comunidade?”

Como se admitir estar bem se pessoas as quais Jesus Cristo morreu por elas estão sendo consumidas pela miséria e descaso?

Talvez o choque de ter visto cenas bizarras seja o primeiro passo para minha inconformação e minha mudança. ASSIM ESPERO.

Boa leitura e excelente fim-de-semana.

Cordialement, Saludos, Best Regards

Rinaldo Camacho – São Paulo/SP

Vinicios Torres

Aos inimigos… amor

“Persegui os inimigos e os alcancei, os consumi os atravessei, aos pés do Senhor caíram, não mais se levantaram”

Embora estes versos de uma música muito cantada nas igrejas brasileiras sejam inspirados em uma passagem bíblica (2 Sm 22:38; Sl 18:37) nunca me senti confortável em cantá-los. Sempre sentia que algo não se encaixava em entusiasticamente afirmar que eu estaria consumindo meus inimigos.

Todas as vezes que ouvia esta música as palavras de Jesus ecoavam em minha alma: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste” (Mt 5:43-45).

Como discípulos de Cristo não nos declaramos inimigos de ninguém, pois temos o mandamento de amar a todos como diretriz de vida. Mas não podemos impedir que outros se declarem nossos inimigos, e é a esses que Jesus está dizendo que devemos orar e abençoar.

Paulo nos estimula em Rm 12:20,21 a fazer o bem àqueles que se dizem nossos inimigos ajudando-os nos seus momentos de necessidade. Com isso não seremos derrotados pelo mal mas venceremos o mal com o bem. Na linguagem de Paulo colocaremos a consciência do nosso inimigo para pensar em porquê, apesar da sua atitude para conosco, nós retribuímos com uma atitude totalmente diferente da que ele esperava.

Estamos precisando de um exército, não de guerreiros sedentos de consumir seus inimigos, mas de discípulos que estejam dispostos a amar incondicionalmente como Jesus, o Mestre, o fez. Com certeza isso provocaria uma revolução, não com sangue derramado, mas com corações transformados.

“Senhor, ajuda-me a amar incondicionalmente a todos assim como incondicionalemente tu me amas.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Aceitando os mandamentos

“O sábio de coração aceita os mandamentos…” (Provérbios 10:8 ARA)

Muitos equivocamente entendem que liberdade é não ter que obedecer ou prestar contas a ninguém. Tivemos até uma geração inteira (hippies, década de 1960) que se revoltou contra o sistema e tentou se “libertar” de todas as amarras que a sociedade lhes impingia.

No entanto, o que vimos como resultado foi um aumento alarmante de doenças sexualmente transmissíveis, uma multiplicação de lares onde os filhos foram criados sem pais, a distorção do conceito de família e a rejeição sistemática do conceito de autoridade. Enquanto rejeitar o modelo errado de autoridade humana pudesse ter seu mérito, o que aconteceu é que todos passaram a rejeitar também a idéia de que Deus tem a autoridade final e absoluta nos destinos da humanidade.

As pessoas passaram a viver desejando não ter que obedecer a nada e a ninguém.

Porém isso é uma impossibilidade. A vida exige que obedeçamos as suas leis para conseguirmos viver. E, indo um pouco mais além, a Bíblia declara que os sábios aceitam os mandamentos. Não aceitá-los é sinônimo de falta de sabedoria e, portanto, de sofrimento.

Você pode viver a vida toda resistindo aos mandamentos e às leis, mas estará em uma batalha inútil pois passará a vida rejeitando a idéia que tem de se submeter à sabedoria de Deus.

Mas em vez disso você pode escolher aceitá-los e praticá-los. Em vez de tensão constante por ter de assumir as consequencias da resistência, passa agora a experimentar a tranquilidade de praticar os mandamentos e colher os benefícios que pode receber por obedecê-los.

“Pai amado, quero fazer a escolha consciente de aceitar os teus mandamentos e ter a alegria de obedecê-los.”

Vinicios Torres