Vinicios Torres

Se não tiver amor…

“se não tiver amor, nada disso me aproveitará.” (1 Coríntios 13:3b)

É possível viver na igreja, executar diversas tarefas, exercer um ministério, pregar várias vezes por semana, ensinar, liderar grupos e ainda assim se tornar irrelevante?

O apóstolo Paulo afirma que se fizermos qualquer dessas coisas sem amor não tiraremos proveito delas.

Curiosamente, se você observar as pessoas que assim agem dá a impressão de que elas estão usufruindo os benefícios do que fazem: os que pregam bem acabam admirados por aqueles que os ouvem, os que ensinam ganham respeito dos que aprendem deles e os que lideram influenciam os seus liderados. Como então Paulo diz que não terão proveito?

João diz que Deus é amor e aqueles que não amam não conhecem a Deus (1 João 4:8). Afirma também que aquele que não ama seu irmão a quem vê não pode amar a Deus que não vê (1 João 4:20). O amor é a atitude que dá significado e proveito ao que nós fazemos aos outros.

Tudo o que fazemos deve ser permeado pelo amor àqueles que serão atingidos pelas nossas obras. O amor dá um significado especial para aquilo que fazemos aos olhos daqueles que o recebem. Todos percebem isso quando são atendidos por um funcionário que está apenas cumprindo as horas obrigatórias do emprego e quando o são por alguém que gosta do que faz. Todos se lembram daquele professor que dava aula apenas por que precisava e daquela professora que o fazia porque amava os seus alunos e queria ajudá-los a crescer.

Infelizmente é possível ser pastor sem amar as ovelhas, ser diácono sem gostar de ser servo, ser presbítero só pelo status, ser bispo ou apóstolo apenas para ter poder. Como Paulo diz, as obras podem até ser feitas sem amor, mas no último dia, quando prestarmos contas a Deus de nossos atos, entenderemos porque eles não tiveram proveito (1 Coríntios 3:12-15).

“Senhor, arrependo-me de tudo que fiz sem amor e te peço que o teu Espírito Santo me capacite a servir com amor.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Ano novo… vida nova?

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Co 5:17 ARA)

Se você é como eu, então já está a todo vapor trabalhando neste novo ano. Fora o fato que o final do ano foi um tempo de festas e de rever parentes e amigos, nada mudou.

Sempre ouvi a expressão ano novo, vida nova e nunca entendi porque as pessoas diziam isso. Durante muito tempo achei que havia nesta expressão um que de simpatia e a evitava.

No entanto, ao parar para idealizar o que gostaria de conseguir alcançar este ano, percebi que vários de meus desejos e objetivos tinham mais a ver com mudanças de atitudes do que com bens a adquirir. Percebi que o que estava idealizando era, na verdade, uma vida nova.

É importante para o ser humano o estabelecimento de marcos e registros. Embora devamos manter nossos olhos no futuro, naquilo que desejamos alcançar, é importante olhar para trás e ver os marcos da nossa trajetória e identificar os momentos de progresso. Deus, em várias ocasiões, ordenou ao povo judeu que erigisse monumentos em lugares estratégicos. Estes marcos fariam com que o povo mantivesse vivo na memória os atos de amor e bondade de Deus para com eles.

É por isso que as mudanças de anos no calendário acabam por se tornar estes marcos para nós hoje. Olhamos para trás e nos lembramos que foi naquele ano que Deus fez isso ou fez aquilo. É por isso que no início de um novo ano olhamos para os próximos 12 meses com a esperança de alcançar o que até o ano passado ainda não havíamos conseguido.

Já se passou metade do primeiro mês deste ano. Você fez o seu planejamento para este novo ano? Quais são os seus desejos? O que o motiva a viver? As respostas a essas perguntas são mais importantes do que nós podemos imaginar. São elas que determinarão como usaremos o tempo que teremos disponível nesse novo ano.

O passado já passou e só serve para tirarmos lições para o nosso viver atual, o futuro ainda está por fazer. Saiba que, com o poder do Senhor Jesus, podemos desfrutar uma nova vida, com um interior renovado, ainda que nada tenha mudado do lado de fora.

“Senhor, eu quero experimentar a nova vida que tens para mim neste ano. Quero permitir que teu Espírito Santo atue em mim para torná-la possível.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Livres para Sermos Escravos de Cristo

“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.
O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
(João 8:34-36, ARA)

Jesus disse que conhecer a verdade a respeito de quem nós somos nos liberta. Mas tornar-se livre em um reino de cabeça para baixo (Lucas 22:25,26) é ser livre para tornar-se um servo. Antes de ganharmos esta liberdade, nós éramos escravos de nós mesmos, isto é escravos do pecado. Agora, tendo sido libertados de nós mesmos, somos livres para sermos escravos de Cristo.

Essa recente liberdade é uma esperiência de revelação, de enxergar não apenas a nós mesmos, mas também os dons e habilidades de alguém pela primeira vez. “O que você tem que não tenha recebido?” Paulo pergunta. À luz desta nova liberdade de humildade, reconhecendo a verdade de quem nós somos, respondemos que nossos dons não são nossos, mas vieram nosso criativo Deus criador. Você e eu nos levantamos como recipientes de um dom que está além de nós mesmos.

Como você responde à idéia de ser um “escravo” de Cristo? Como servo dEle que tarefas Ele tem para você hoje? Faça estas tarefas coo para Ele e não para uma pessoa qualquer.

Michael Card “Devotions From The Studio” November 2008 :: Show 344

Vinicios Torres

Confie no Senhor

“Vocês que temem o Senhor, confiem no Senhor!
Ele é o seu socorro e o seu escudo.” (Salmo 115:11 NVI)

Finalmente, depois de muitos dias volto para contar a você o que Deus tem feito. Como você deve se lembrar, compartilhei que devido às mudanças enfrentadas pela empresa em que trabalhava muitos foram dispensados e que, no fim, eu mesmo havia recebido o aviso prévio.

Já tem muitos anos que nós aqui em casa temos a convicção de que Deus está no controle de todas as coisas e que Ele pode transformar todas as situações em bênçãos, não importando o quanto elas nos pareçam difíceis. Sabemos também que Ele tem um plano para nós e que se nós nos dispusermos, Ele cumprirá este plano, fazendo com que as nossas vidas tenham propósito e significado. Sabíamos, portanto, que este era o tempo determinado por Deus para mudarmos.

Em nenhum momento eu me senti “roubado pelo Diabo”. Creio que Deus tem a nossa vida sob a sua autoridade e que o inimigo só nos toca se Ele o permitir, e se Ele assim o fizer, o fará com um propósito. Se era o Diabo que estava roubando o meu emprego, então estava fazendo isso por que Deus queria que assim fosse. Ponto. Não vou dar a Diabo nenhum mérito que ele não merece.

A partir do dia que me foi confirmado que receberia o aviso prévio eu inicei a busca por outra oportunidade. Enviei dezenas de currículos, conversei com todos que eu sabia que podiam me indicar, fiz o que qualquer um que procura emprego faz. Fiz mais uma coisa também: continuei confiando que Deus abriria a porta certa no tempo certo.

Pratiquei o que Eclesiastes 11:6 diz: semeei todo o tempo que tinha chance, pois não sabia de onde viria a oportunidade que Deus tinha preparado. Mas combinei com minha família e com Deus que se nada aparecesse em nossa cidade até o aviso prévio acabar, então iria procurar trabalho em outro lugar. Uma mudança que nós gostaríamos de não ter que fazer.

Fiz isso na primeira semana e… nenhum retorno.

Fiz na segunda semana e… nenhum retorno.

Fiz na terceira semana e… nenhum retorno.

No início da quarta semana fui chamado para uma entrevista.

No último dia, era uma quinta-feira, saí cedo de casa com toda a documentação necessária para o desligamento definitivo da empresa. No caminho eu orei: “Senhor, hoje é o último dia do aviso prévio e amanhã serei oficialmente um desempregado. Estamos esperando a tua ação, Senhor.” Fiz tudo o que tinha de fazer e no meio da tarde já estava em casa.

No finzinho da tarde o telefone tocou e minha esposa atendeu. Chamou-me, dizendo que a ligação era para mim. Era a gerente da empresa na qual eu tinha feito a entrevista no início da semana, avisando que tinha sido aprovado para a vaga e que devia ir no dia seguinte levar a documentação para que eu pudesse começar a trabalhar na segunda-feira.

Não fiquei um único dia desempregado e a nova função é mais desafiante que a antiga. Não é mérito meu. Há vários detalhes que tornam esse fato ainda mais miraculoso, mostrando que só Deus podia abrir essa porta.

Quero agradecer pela sua oração por nós, por ter me enviado anúncios de oportunidades e por ter indicado meu currículo para as vagas e pessoas que poderiam decidir. Com certeza tudo isso contribuiu para Deus agir em nossas vidas.

Vinicios Torres

Vinicios Torres

O Senhor o deu e o Senhor o tomou

“o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1:21)

Há 6 anos eu fiz uma lista de características que eu desejava para o novo emprego que eu procurava e Deus atendeu a cada uma delas ao nos dar o emprego atual; e há exatamente 2 meses escrevi a mensagem Tempos e Estações (https://www.ichtus.com.br/dev/2008/06/11/tempos-e-estacoes/) comentando sobre as mudanças que estavam acontecendo em nossas vidas por aqui. Tínhamos, apesar das circunstâncias da época, perspectivas de continuidade na empresa. Muitas mudanças, com certeza, mas esperávamos que continuaríamos a carreira onde estávamos.

Na ocasião perguntei-me como seria se eu recebesse o aviso prévio da mesma maneira que muitos dos nossos colegas estavam recebendo e cheguei a conclusão de que poderia continuar confiando no cuidado de Deus, sabendo que Ele está no controle de todas as coisas. Essa tem sido a certeza que nos mantém firmes.

Pois bem, hoje recebi o meu aviso prévio. As mudanças na empresa deverão ser mais profundas que aquelas que haviam sido planejadas inicialmente e mais pessoas serão desligadas. Frente a realidade da mudança, como está a nossa certeza?

Continua a mesma! Pois agora temos a oportunidade de ver se realizando as coisas que dissemos serem possíveis. Veremos a operação de um Deus amoroso que promete que nem um pardal morre sem que seja do seu conhecimento. E ele diz que nós valemos muito mais que pardais!

Quando você crê que foi Deus quem lhe deu o emprego e você fez tudo o que precisava ser feito, executando as suas funções da melhor maneira que lhe foi possível, pode crer que perdê-lo nada mais é do que o próprio Deus tomando para Si o que já é dEle e que nos estava cedido para uso pelo tempo que Ele determinou.

Terminado este tempo, começa outro, em que a ação dEle continuará em nossas vidas de formas novas. Novos desafios de crescimento; novas pessoas  para conhecer e influenciar; novas oportunidades de fazer diferença e demonstrar o Seu amor. O que precisamos para enfrentar esse tempo, além da confiança em Deus, é de não temer as mudanças, mas aproveitá-las para aprender e amadurecer com elas.

“Senhor, ajuda-nos a entender a Tua ação em nossas vidas através das mudanças que Tu mesmo trazes sobre elas.”

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Fazendo a lição de casa nestes tempos de mudança:

Se você é do Distrito Federal e tem conhecimento de oportunidade para Gerente/coordenador de Projetos de TI, líder de equipe de desenvolvimento de software ou mesmo Analista de Sistemas e tem condições de indicar, por favor, entre em contato para que possa lhe enviar um currículo.

Obrigado.

Vinicios Torres

Covardia + Preguiça = Miséria

“O preguiçoso fica em casa e diz: “Se eu sair, o leão me pega.” (Provérbios 22:13 – NTLH)

Dia desses estava conversando com uma pessoa sobre as coisas que não realizamos na vida e tentando descobrir os motivos que nos levam a perder tantas oportunidades e chances que poderiam mudar o rumo da nossa existência. Chegamos a conclusão que a combinação desastrosa destes dois ingredientes é o principal fator que nos leva a desistir de viver a vida que temos à disposição para viver.

Muitas vezes não temos coragem de realizar algo não pela dificuldade do desafio ou pela possibilidade de fracasso. Não o fazemos justamente por causa da possibilidade de sucesso e pelos desdobramentos que acontecerão por causa dele. Nos acovardamos por pensar que, se der certo, temos de assumir um compromisso com a sua continuidade. É aí que entra a preguiça, não queremos assumir o trabalho ou as mudanças que resultarão desse sucesso.

Muitos dizem que têm medo de evangelizar e terem a sua mensagem rejeitada; quando a suposta covardia é, na verdade, esconderijo da preguiça, pois ao pensar que se o evangelismo for bem sucedido, ele terá que discipular o novo convertido, gastando tempo em visitas, estudos, aconselhamento e envolvimento na vida de outra pessoa. Já pensou que, se der certo, você terá de cuidar de um monte de novos convertidos?

Quantas vezes seu pastor o desafiou para participar de um ministério na igreja e você saiu com a desculpa de que ainda não sabia se aquele era o seu dom? Sabendo que os dons se descobrem durante o exercício do seu serviço, você evita se envolver para evitar a mudança que a descoberta pode trazer à sua rotina. Já pensou se você acaba gostando e termina seus dias ajudando pobres e necessitados?

Não procura emprego, pois se achar terá de trabalhar. Não se encontra com as pessoas, pois se encontrar vai ter que se relacionar. Não aprende uma nova tarefa, pois se aprender poderá ter de assumi-la. Não confessa seus pecados, pois se o fizer terá de abandoná-los. Não diz para ninguém que é cristão, pois se disser vai ter de agir como tal.

Este é o tipo de vida que passa e não aproveita as recompensas que os desafios podem trazer. Com certeza cada desafio traz as suas conseqüências, mas melhor ter disposição de enfrentar os leões das conseqüências para alcançar as recompensas do que terminar como o escritor de Provérbios registrou: “O preguiçoso morre desejando muitas coisas porque se nega a trabalhar” (Provérbios 21:25 – NTLH).

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Filho de Davi, tem misericórdia

Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas.
E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno.
Então, ele clamou: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Lucas 18:35-37

Há alguns anos eu escrevi uma música sobre a oração do Senhor (Pai Nosso). O título era “The Perfect Prayer” (A Oração Perfeita). Ela é perfeita simplesmente porque foi o próprio Jesus quem a ensinou. Mas existe ao menos mais uma oração perfeita nos Evangelhos e nós a encontramos aqui: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”

Nós devemos ver esta história a partir da perspectiva do primeiro século. Todos acreditavam que o homem era cego porque tinha feito alguma coisa para merecer isso. Obviamente ele tinha pecado, e pecadores não mereciam mais nada. Quando nós entendemos isso, nós começamos a ver que os discípulos à frente da multidão se sentiam perfeitamente justificados quando tentavam silenciar aquele homem.

APLICAÇÃO: Quem você considera mais merecedor da atenção de Deus? Quem você considera menos merecedor? Reflita no fato de que Jesus parou para atender aquele que a multidão considerou menos merecedor.

Michael Card. Devotions from Studio. July 2008. Show 330.

Vinicios Torres

Não Espere

“eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2 Coríntios 6:2b)

Enquanto nós precisamos aprender a esperar em Deus, precisamos aprender também que existem coisas que não devemos esperar.

Infelizmente, temos a tendência de buscar as boas coisas, as bênçãos de Deus, e tentar receber tudo sem esforço ou sem pagar o preço devido.

O que, por exemplo, não deveríamos esperar para fazer?

Não devemos esperar para nos arrepender dos pecados que cometemos. O pecado nos separa de Deus (Is 59:2) e não há motivo justo no mundo pelo qual devemos esperar para nos arrependermos e restauramos a nossa comunhão com Ele.

Não devemos esperar para fazer o bem. Paulo nos diz que se não desanimarmos em fazer o bem certamente colheremos o resultado da nossa semeadura (Gl 6:9). Se ficarmos analisando antes de fazer o bem pode ser que percamos a oportunidade de fazê-lo no tempo certo.

Não devemos esperar para amar. A Bíblia diz que Deus é amor (1 Jo 4:8; 1 Jo 4:16). Paulo nos alerta que tudo passará, mas o que vai permanecer é o amor (1 Co 13:13). Esperar para quê? Amemos então.

Não devemos esperar para orar. Paulo insiste conosco que devemos orar sem cessar (1 Ts 5:17). Se orar é conversar com Deus, que companhia melhor para passar o tempo? Isso sem contar que através da oração e intercessão estaremos ajudando a mudar o mundo.

Não devemos esperar para proclamar a Palavra de Deus. Paulo, de novo ele, nos dá o exemplo de alguém que anunciava a vontade de Deus aos homens em qualquer hora e em qualquer lugar (2 Tm 4:2).

Não devemos esperar para obedecer a Deus. Não obedecer é o mesmo que desobedecer, ou rebelar-se. A Bíblia compara rebeldia ao pecado da feitiçaria e obstinação (teimosia) a idolatria (1 Sm 15:23). Deixemos de ser cabeças duras e obedeçamos a Deus e Sua Palavra.

Enquanto aprendemos a confiar em Deus esperando o Seu agir no tempo e lugar certos, não esperemos mais para fazer o que é nossa responsabilidade e privilégio fazer.

“Ó Deus amado, dá-nos a coragem de esperar em Ti o que tiver que ser esperado e mais coragem ainda para Te obedecer já!

Vinicios Torres