Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Casamento é Interdependência

“Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.” (Efésios 5:21)

Muito se tem dito e escrito a respeito do casamento, sendo que algumas vezes se chega a conclusões erradas devido à análise isolada dos papéis e responsabilidades do marido e da esposa.

O texto do capítulo 5 de Efésios é muito rico sobre este tema e deve ser analisado na sua completude e não de forma isolada.

Bastante se fala sobre a submissão da esposa ao marido, mas antes de tratar das responsabilidades de cada um o apóstolo Paulo inicia tratando da submissão mútua, ou seja, que ambos são iguais diante de Cristo Jesus e devem se submeter um ao outro.

Se não houver esta sujeição à Cristo, tudo o mais que possa ser dito a este respeito não passa de um acumulado de regras sem sentido que somente nos levará à ruína.

Além disto, este conjunto de orientações é analisado de forma intercalada pelo apóstolo. Por exemplo, não há como entender a submissão da esposa ao marido sem analisarmos o caráter de liderança que se exige do marido.

O fato é que a vida conjugal com seus princípios e mandamentos para o marido e para a esposa não podem ser tratados de forma isolada, pois são a face de uma mesma moeda. Uma face de uma moeda não pode existir sem a outra face – sem uma das faces não há moeda.

Tanto esposo quanto esposa possuem a mesma posição em Cristo, são filhos de Deus, claro que, desde que sejam cristãos autênticos, tendo nascido de novo em Cristo. Portanto, são iguais em Cristo, sem distinção, podendo também cada um ter os seus dons espirituais. Naturalmente, o Deus Todo-Poderoso lhes dará dons complementares para que possam fazer mais no Reino de Deus quando em unidade.

Relativamente a isto, são irmãos em Cristo e devem também amar-se com a característica do amor fraternal, que é bastante tratado na Palavra de Deus. Significa que no dia bom, os cônjuges devem amar-se um ao outro com alegria. No dia mal, devem exercer o mesmo amor de Deus Pai que nos concedeu Jesus quando éramos inimigos Dele e estranhos. Quando fazemos isto acumulamos brasas vivas sobre a cabeça do nosso cônjuge, o que será benção para nós e para o casamento.

Quando chegamos às funções e responsabilidades, começa uma distinção. A Palavra cita o marido como cabeça do lar e a esposa como auxiliadora. Observe que há uma necessidade natural de que as funções sejam distintas, senão não se conseguirá obter a unidade. É assim em qualquer local onde reúnem-se algumas pessoas para realizar algo.

E o casamento tem como objetivo, entre outros, de criarmos em um lar amoroso os nossos filhos sendo exemplos de amor e compreensão mútua.

As responsabilidades também são distintas, de forma que não haja sobreposição de atividades e tampouco atividades não realizadas que deixariam lacunas no lar.

Ao esposo cabe liderar, amar, alimentar e cuidar. Hoje em dia, muitos maridos têm se esquivado desta responsabilidade, amedrontados pela incerteza futura, esquecendo-se de que este papel é comparado ao de Cristo, e que Ele mesmo auxilia o marido a cumprir seu papel.

De outra parte, à esposa cabe submissão à liderança, o respeito e a beleza interior e exterior, sendo esta semelhante à uma noiva, que se prepara para encontrar o noivo, o qual compara-se à igreja de Cristo.

Alguns podem se sentir desconfortáveis com esta lista de responsabilidades, mas explanarei cada uma delas mais à frente e ficará claro o sentido, o contexto e a importância de cada uma.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho assumido minha função no casamento conforme a Palavra?
  • O que posso fazer para me ajustar à orientação da Palavra?

“Pai celestial, que meu relacionamento conjugal esteja plenamente alinhado à Sua vontade e à Sua Palavra. Reconheço que durante algum tempo andei longe disto e acumulei situações indesejáveis e difíceis sobre meu casamento. Que com Seu auxílio eu possa me realinhar ao teu plano. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Como Sair de Dívidas

“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza. O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.” (Provérbios 11:24,25)

Quando já estamos numa situação financeira complicada, a primeira coisa a fazer é parar de gastar, ou, como dizem, se estiver num buraco pare de cavar.

Na maioria das vezes que ficamos maus financeiramente é porque gastamos além da conta, raramente há outros motivos para isto. Sugiro aqui alguns passos simples para ajudar neste momento.

Procure sair da dívida – você precisa assumir o compromisso com você mesmo de querer sair da situação e pagar o preço que for necessário para isto, ou seja, viver com menos durante um bom tempo. Serão alguns meses ou anos “magros”, mas você parará de gastar e aprenderá a viver com menos. Você vai se surpreender em saber como pode viver com menos! Tenha disciplina, isto lhe ajudará nesta caminhada.

Estabeleça prioridades nas compras – jogue fora todo o orgulho e compre somente o necessário. Aprenda a distinguir entre necessidades e desejos. Faça perguntas a você mesmo:

  • Necessito?
  • Posso pedi-lo, ganhá-lo ou pegar emprestado?
  • Serviria um menos sofisticado ou mais simples?
  • Posso comprar usado?
  • Comparei preços?
  • Consultei meu cônjuge?
  • Já dei a Deus a oportunidade de me prover?

Não tome dinheiro emprestado – você está procurando sair das dívidas, não as aumente ainda mais. Viva com o que tem recebido e só.

Pague tudo que é devido – seja honesto em seus negócios e na sua palavra e pague tudo. Negocie com os credores, é muito melhor receber uma visita ou ligação de alguém dizendo que quer pagar e deseja negociar do que “sumir”. Esta fidelidade pode e deve começar a ser exercida na contribuição a Deus e sua obra.

Faça um plano financeiro familiar – envolva a família na elaboração deste plano. Discuta-o com seus familiares e apliquem o plano em conjunto. Você ficará impressionado de como até as crianças vão entender e te ajudar neste período. Esta honestidade e transparência com seus familiares fará com que te respeitem ainda mais.

Já cheguei a fazer uma planilha com 24 meses de informações de entradas e saídas para organizar nossas finanças, o que foi muito importante para nós naquele período.

Não se esqueça da Palavra de Deus e das suas promessas – o versículo acima é a chave da vitória para nós. Quando observamos algumas culturas, vemos que são muito diferentes da nossa. Aqui no Brasil, todos procuram pagar o menos possível para tudo e não se dá algo, mas ao contrário, queremos sempre receber algo. Isto é diferente na cultura norte americana, por exemplo.

Um amigo me disse que foi a um restaurante lá estes dias, e um militar reformado que havia lutado numa guerra estava jantando ali. Quando ele foi pagar a sua conta, três homens se anteciparam e não permitiram que ele pagasse, quando souberam que uma quarta pessoa já havia pago a conta dele.

Que interessante, honraram àquele que havia defendido a nação para que eles não precisassem lutar. Aqui sequer damos valor a quem nos defende.

O povo de Israel também dava voluntariamente a Deus e aos sacerdotes e eram muito abençoados. Mas nosso povo tem o entendimento de que isto será um sacrifício e retém.

Logo, siga todos os passos acima e faça um propósito com Deus de ser generoso para com o que Ele já lhe pediu e com aquilo que Ele vier a lhe pedir. Não tenho dúvidas de que você será abençoado, pois é uma promessa Dele.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como as dívidas tem afetado meu relacionamento?
  • O que posso fazer para sair das dívidas o quanto antes?

“Pai celestial, te peço que me ajude a sair das dívidas. Te peço perdão por ter me envolvido em despesas desnecessárias que comprometeram minhas finanças e meu relacionamento. Tomo a decisão de rever minha maneira de agir em relação às finanças e à generosidade. Me dê toda a sabedoria e disciplina necessárias para isto. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Seja um Grande Credor

“O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta.” (Provérbios 22:7)

Os mais antigos são unânimes em dizer aos mais jovens que a vida hoje é mais fácil, que no passado não se tinha tanta facilidade como temos atualmente. Era difícil ter as coisas, era muito suado.

Esta facilidade deve-se às linhas de crédito que estão disponíveis ao consumidor. Antigamente os bancos eram poucos e as financeiras idem. Para ter uma casa havia uns dois bancos no máximo em que se podia financiá-la e não era nada fácil e nem barato.

Ao longo do tempo os bancos foram aperfeiçoando seus métodos, a legislação a respeito de empréstimos mudou, e as financeiras descobriram como recuperar seu patrimônio para que os bancos não perdessem dinheiro. Com isto, ampliaram-se as linhas de crédito, facilitando a obtenção de bens móveis e imóveis, duráveis e de consumo, e o acesso e disponibilidade a estes passou a ser mais comum.

O objetivo das financeiras e bancos, naturalmente, é obter lucro. Para isto, normalmente capta dinheiro de quem tem e precisa investir, pagando em torno de 0,5% a 1,5%/mês, isto para a poupança e aplicações conservadoras. Do outro lado, empresta para um financiamento a 1,7% a 14%/mês, desde financiamento de carros até cheque especial/cartão de crédito.

A diferença destes dois valores fica com o banco, que trabalha com o dinheiro destas pessoas. Não é a toa, que os bancos estão tendo lucro sobre lucro num momento em que nossa economia está vacilante e o desemprego aumentando.

Com estas facilidades de acesso ao crédito que dispomos hoje, podemos fazer um bom ou mal uso. O bom uso é poder adquirir os bens essenciais e de acordo com as nossas possibilidades, escolhendo as linhas de crédito mais baratas e que estejam de acordo com as nossa possibilidades.

Por outro lado, se não tivermos sabedoria em utilizar aquilo ao qual temos acesso, poderemos nos tornar escravos. Você já deve ter ouvido notícia de pessoas que deviam tanto que resolveram, num momento de fraqueza, dar cabo da sua vida pela impossibilidade de pagá-las; um caso extremo e que jamais deve ser seguido. Mas também ouviu ou sabe de pessoas até próximas que estão mergulhadas em compras pouco úteis, desnecessárias ou imprudentes, por exemplo: vou comprar um carro, então escolho o melhor tipo, o mais caro e parcelo a dívida com uma grande prestação.

Isto é a receita para o desastre, a menos que disponha de uma renda mensal suficiente para isto. Mas se é um assalariado, como fica caso tenha um revés? É preciso refletir para não comprometer o orçamento doméstico só para satisfazer um desejo supérfluo ou por posição social.

Ao fazer assim, muitos tem ficado “atados” ao seu credor e não conseguem mais nem dormir direito. As finanças são um dos maiores fatores de divórcio em muitos países.

Não quero com isto te dizer para não usar os recursos de crédito disponíveis, mas que faça bom uso. Por exemplo, se vai comprar um carro, guarde o dinheiro da entrada para que possa financiar o restante sem juros ou com juros muito baixos, os menores possíveis, e compre um modelo adequado ao bolso da sua família. Quer dizer, faça as contas e não compre por impulso.

Na época do Antigo Testamento, em que o provérbio acima foi escrito, já se emprestava dinheiro, e a juros altos, assim como na época em que o apóstolo Paulo escreveu o texto de Romanos 13:8 em que ele nos exorta a dever apenas o amor.

Portanto, precisamos aprender a lidar com o dinheiro e dividir nossas decisões com nosso cônjuge porque dois pensam melhor do que um, e façam tudo em acordo. Orem juntos e peçam orientação de Deus, que pode vir na forma de uma paz interior e, além disto, consulte alguém que conheça mais do assunto. Tenho certeza que vocês se sairão muito melhor na vida financeira, serão mais felizes, evitarão desentendimentos, serão menos ansiosos sobre o dia de amanhã e, sobretudo, serão servos apenas de Jesus e credor de muito amor daqueles que o rodeiam, inclusive do seu cônjuge.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como minhas decisões econômicas afetado meu relacionamento?
  • O que posso fazer para ter mais sabedoria em minhas compras a prazo?

“Pai celestial, te peço que me dê a sabedoria necessária para dirigir minha vida financeira. Ensina-me e me dê a humildade de buscar conselho com meu cônjuge e com uem for necessário, antes de tomar uma decisão. Te peço perdão por todas as vezes em que não agi assim, e que tudo se torne novo em mim a partir de hoje. Quero ser livre em nome de Jesus. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Vida Simples

“Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que são de fora e não dependam de ninguém.” (1 Tessalonicenses 4:11, 12)

O consumo é uma atividade econômica fundamental em uma sociedade que produz bens e serviços, ou seja, que produz e distribui. Os economistas desenvolveram inúmeras teorias a respeito do consumo e concluíram que há muitas pessoas que desejam algo e, se este item é escasso, então o preço será alto, se por outro lado existe em abundância, então o preço será baixo.

Ora, se existe mercado para um produto ou serviço, então pode-se produzir ainda mais abrindo novas fábricas, gerando empregos e novos negócios. O passo seguinte é quando este mercado já possui muitos competidores que precisam “brigar” pelos clientes, então iniciam-se as propagandas de divulgação e a criação da “necessidade” na mente do cliente com o objetivo de que consuma ainda mais, precisando ou não.

Assistimos a novas propagandas do produto, sempre com belos atores em paisagens deslumbrantes, passando a impressão de que ao consumir aquele produto seremos iguais ou ao menos nos sentiremos da mesma forma, ou ainda, passar a imagem de que vivemos assim.

As embalagens são coloridas para chamar a atenção e serem compradas. Os aparelhos eletrônicos são aperfeiçoados a cada dia com novas funções e capacidades.

Como a marca da nossa sociedade é o consumo e o supérfluo, somos inseridos nisto com muita facilidade, de fato, as novas gerações nascem dentro deste contexto e lhes parece normal consumir.

O fato é que muita gente tem se perdido e se iludido pelas propagandas e belas embalagens, achando que precisa de algo que não tem o menor sentido para si e sua família, a não ser trazer dificuldades econômicas, dívidas, preocupações e mais trabalho para pagar o excesso de gastos.

Quem nunca comprou algo que achava tão necessário, ou que era uma pechincha, uma oportunidade e quando chegou em casa colocou num canto e usou uma vez só? Talvez não fosse tão caro, mas para não ser usado é caríssimo!

É o marido que deseja um carro novo com mais opcionais para que possa mostrar aos amigos que está bem e se sentir bem, assim como a esposa que, podendo ou não, compra aquele vestido, sapato e bolsa para um evento porque não pode ficar mal perante a sociedade ou que muda seu corpo para se ajustar ao padrão imposto pela mídia.

É o modelo novo do smartphone que passa a ser necessário, porque o anterior não traz determinada função desconhecida e desnecessária até ser lançada, mas que então é prioridade máxima.

Quem vive assim está numa espécie de escravidão. No entender da maioria das pessoas da nossa época, quem vive de maneira simples demonstra fraqueza e incapacidade.

Você pode pensar que se possui dinheiro suficiente, que mal tem em comprar muitas coisas? Nenhum mal, mas se estas compras são para saciar algo dentro de você que uma compra aplaca por um tempo apenas, precisando comprar de novo logo depois, então te digo que está numa espécie de vício de comprar, e isto se chama consumismo.

Muitas famílias já foram tremendamente prejudicadas por este vício, seja dele ou dela, levando à ruína as finanças familiares e pessoais.

Precisamos estar atentos para não cair nos apelos da mídia e buscar orientação do alto para sairmos deste círculo vicioso e estarmos satisfeitos com aquilo que temos, sem ansiedade, excessos e preocupações desnecessárias.

E lembre-se, só há uma pessoa que consegue saciar nossa sede de maneira permanente, é Aquele que nos dá a água da vida, Jesus Cristo. Como Ele próprio disse: “Quem beber desta água nunca mais terá sede”. Que estejamos saciados buscando a Ele em oração todos os dias e assim viverão bem em família e darão bom testemunho aos de fora.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como o consumismo tem afetado meu relacionamento?
  • O que posso fazer para viver de maneira simples?

“Pai celestial, te louvo por suprir minhas necessidades, perdoe-me por buscar paz fora de Ti, pois somente Tu é a fonte de vida e paz. Ensina-me a depender somente de Ti e viver uma vida de acordo com a Tua Palavra, em nome de Jesus. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Um Caso Extraconjugal Custa Caro

“Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras. Fique longe dessa mulher; não se aproxime da porta de sua casa, para que você não entregue aos outros o seu vigor nem a sua vida a algum homem cruel, para que estranhos não se fartem do seu trabalho e outros não se enriqueçam à custa do seu esforço.” (Provérbios 5:7-10)

O site de adultérios Ashley Madison foi “hackeado” algumas semanas atrás e os nomes das pessoas envolvidas foram revelados. Há muita gente que se diz justa e temente a Deus envolvida nisto.

A questão da traição é antiga e traz resultados terríveis aos relacionamentos conjugais e às famílias. Há pouco tempo soube de um jovem casado com uma bela esposa e com uma filha que se enamorou por uma outra mulher.

Foi embora de casa de maneira ruidosa e violenta para ficar com a outra. Pouco meses depois esta mulher o rejeitou, não quis mais ficar com ele, cansou-se, e ele não foi mais aceito em sua casa devido à sua falha.

Não vou entrar no mérito se ela deve ou não perdoá-lo, mas sim analisar os efeitos devastadores do ato dele.

Aconselho pessoas que, anos após serem afetados por decisões deste tipo, ainda guardam mágoas e rancores. Nós simplesmente não somos capazes de mensurar o que causamos nas pessoas ao nosso redor quando tomamos decisões erradas, como a infidelidade.

Quando tomamos decisões financeiras, sempre compartilhamos com quem confiamos e fazemos contas para ver se conseguiremos pagar o que compramos ou em que investimos. Por que é que não fazemos o mesmo quando se trata de nossa família?

A infidelidade irá custar muito mais do que alguém possa pensar inicialmente. A maioria perde a sua reputação, pois nossa cultura não concorda com a imoralidade e principalmente com a infidelidade.

Muitos casos amorosos iniciam no trabalho e acabam com a carreira profissional. No caso daquele rapaz que citei, ele perdeu o emprego e isto pode custar o seu também.

Além disto, um caso amoroso custa caro, e sem emprego vai ser difícil manter isto escondido. Os advogados que tratam de divórcios não são baratos, e não pagar pensão é uma das poucas coisas que levam alguém à prisão neste país.

Após um caso amoroso, a família poderá ser destruída, pois assim dizem as estatísticas levantadas pelo IBGE a que tive acesso recentemente. Se o casamento sobreviver à infidelidade, serão gastas muitas horas de arrependimento e perdão, aconselhamento, curas e restauração para curar as cicatrizes.

Os filhos também serão afetados. Eles ficarão confusos, machucados e no meio disto tudo carregando um fardo que ninguém deveria carregar.

Seus relacionamentos de amizade serão afetados e você perderá muitos amigos próximos e chegados que não concordarão com o seu ato. Alguns poderão ficar do lado da sua esposa, outros podem ficar frustrados e com raiva a ponto de não querer ficar ao seu lado.

Muitos iniciam um caso porque recebem uma carga emocional alta neste novo relacionamento, mas rapidamente sua saúde emocional será afetada. Um caso normalmente dura em torno de seis meses, mas os efeitos negativos duram por muito mais tempo, até anos, sendo que outros nunca conseguem apagar da memória e do coração.

Alguns levam uma vida dupla, outros guardam como segredo por toda sua vida, mas o custo emocional disto é altíssimo, portanto um caso custa muito caro emocionalmente.

Um caso também vai custar o seu legado. Pensem nos seus netos e como seu ato irá afetá-los no futuro e como você será lembrado depois que se for. Haverá desapontamento ou alegria ao lembrarem de você?

Agora, o mais importante é que um caso irá custar a sua alma. Se você é um cristão você sabe que infidelidade é um pecado muito sério. Deus nos criou para sermos fieis, mas apesar de nós vivermos em mundo falho, não podemos ser ingênuos. Nada destrói nossa alma, vida e legado mais rápido do que a infidelidade.

Mas há esperança para quem está em um caso amoroso. Apesar daquele rapaz não ter obtido perdão, também sei de muitos casais que superaram este fato através da confissão, perdão e novo posicionamento.

Através da graça e amor de Deus e um arrependimento profundo, seu casamento pode ser restaurado, creia nisto.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho andado disponível emocionalmente?
  • Como problemas não tratados tem afetado meu relacionamento?

“Pai celestial, te louvo por ter me criado em fidelidade. Perdoa-me por todas as vezes em que de alguma maneira fui infiel. Tem misericórdia de mim, perdoa-me e ajuda-me a reconstruir meu lar. Peço que guarde meu coração para que nunca mais peque contra Ti e contra meu cônjuge. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – A Síndrome do Rabo de Pavão

Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. (Hebreus 13:5)

O pavão, conhecido por sua longa cauda verde e azul em forma de leque, sempre chamou a atenção por ter um dos cortejos mais bonitos do reino das aves. Uma cauda com muitos olhos, longa e colorida demonstra que o pavão está saudável e forte.

Nossa sociedade, competitiva como é, alimenta-se da síndrome do rabo de pavão. Observamos isto quando uma pessoa quer mostrar à outra que possui bens mais bonitos do que ele. Vemos instaurado um culto ao belo e para alcançar este padrão vale tudo.

Tudo é feito para se mostrar superior ao outro, para se exibir mais para a sociedade. Assim, obterão mais respeito e valor das pessoas. Dia destes, Telma e eu fomos visitar uma irmã da nossa igreja que havia ganhado um bebê.

Pois bem, ela é advogada e precisou ir ao fórum realizar certa atividade. Com uma bebê pequena em casa, acabou saindo rapidamente. Ao chegar ao fórum, o recepcionista lhe perguntou se já possuía cadastro, ela disse que sim e lhe passou o número da identidade. Ele não encontrou o registro e então ela pegou sua carteira da OAB para que fizesse o cadastro. Ao perceber que era uma advogada, o atendente ficou preocupado por não estar dando-lhe o tratamento adequado. Ele não conseguiu identificar sua posição porque ao sair apressadamente de casa, ela não se vestiu como de costume.

O mesmo já ouvi de muitas pessoas que, por alguma razão, estavam bem vestidas e foram melhor atendidas nos lugares em que foram. Isto já deve ter ocorrido com você também.

Esta situação é tão forte em nossa sociedade, que a grande maioria das pessoas procura seguir os padrões financeiros dos outros ou do grupo social a que pertencem.

Se a família tem condições de manter este padrão, tudo bem, mas se não tem, acaba entrando numa ciranda financeira para que possa impressionar os que estão ao seu redor e assim sentir-se aceito, amado e respeitado, o que na maioria das vezes compromete o orçamento doméstico.

Este comportamento, de querer ter sempre mais em vez de querer ser alguém, é o mesmo comportamento que Lúcifer teve nos céus e vemos isto muito claro nas escrituras quando ele tentou a Jesus.

Satanás diz claramente que todos os reinos da terra são dele, ou seja, que ele possui poder e autoridade, e que estava disposto a entregar tudo a Jesus, bastava adorá-lo.

Muita gente tem se perdido nestes dias ao ver o rabo do pavão, e tem se deixado levar pelos padrões da sociedade e entregado sua alma, seus filhos, casamento e tudo o mais para um destino terrível.

Outro dia minha esposa viu na rua um carro da marca Jaguar e nossos meninos estavam juntos com ela no carro. Ficaram intrigados em saber onde uma pessoa que possui um carro tão caro vive e, movidos por sua curiosidade, resolveram ir atrás para tentar ver sua casa.

Como ia na mesma direção deles foram atrás e logo o carro entrou na garagem de uma casa simples, que nada tinha de especial. Aquele homem tinha um ótimo carro e uma casa muitíssimo mais barata e simples que seu carro.

É disto que estamos falando, quando é melhor mostrar aos outros que se está bem em vez de viver bem. Não creio que pessoas deste tipo tenham paz em seus corações, pois nunca estarão saciadas. Sempre será preciso encontrar algo a mais e conquistar mais um pouco.

Precisamos voltar à essência, o que passa por simplesmente estarmos contentes com aquilo que temos e parar de consumir tudo e de tudo.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho procurado mostrar mais do que sou?
  • Como esta atitude tem afetado meu relacionamento?

“Pai celestial, te louvo pelo que me tem dado. Sei que o Senhor jamais irá deixar o justo perecer, portanto, me ensina a andar conforme Tua palavra de vida, que me satisfaz em todos os aspectos. Que meu viver e proceder possam ser de acordo com Teus padrões de fé. Te peço, prospera-me em justiça. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Quero Ficar Rico Rápido!

“Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.” (Provérbios 30:7-9)

A área financeira influencia o casamento em grande medida, pois além de ser necessária para a sobrevivência, também acaba por revelar os sentimentos e emoções mais profundos existentes em nós, ou ainda, pode corromper o bom costume e a moral. O crescimento financeiro rápido e sem muito esforço pode trazer consequências desastrosas para a pessoa e o seu lar.

Se o ganho é muito rápido, vai desenvolver um falso valor a respeito do trabalho e como este é ajuntado. Tudo que envolve dinheiro exige um certo risco. Quem poupa e investe seu dinheiro sabe que cada tipo de investimento tem um risco diferente e, portanto, um ganho diferente. Quanto mais risco mais ganho, quanto menos risco menos ganho. Por exemplo, a poupança traz uma remuneração muito baixa, mas é segura, investir em ações é muito arriscado, pode subir muito e ganhar bem acima de outros investimentos ou ainda descer bastante e perder o que se investiu. Isto é o risco do negócio.

Em relação ao trabalho não é diferente. Se arriscamos pouco não corremos qualquer risco e ganhamos nesta medida. Se somos arrojados podemos ter ganhos superiores, entretanto, este arrojo nunca deve colocar em jogo nossos princípios e valores.

Temos muitos exemplos para citar neste caso, desde uma pessoa que se torna um traficante e passa a ter ganhos excepcionais, maiores do que qualquer investimento, mas o risco é além do que se deve aceitar, pois seus princípios e valores morais e éticos foram ultrapassados e está fora da lei dos homens, além de que a lei de Deus já foi quebrada no coração há muito tempo.

Outro caso é o daquelas pessoas que dão ou aceitam suborno, corrompendo-se para ter ganhos superiores. Há que se dizer que nada fica escondido por muito tempo, toda a verdade vem à tona cedo ou tarde. É o que temos assistido atualmente nos noticiários. Pessoas que aparentemente eram tão ilibadas e respeitadas de repente perdem todo o prestígio e correm o risco de serem presas. Ultrapassaram os limites da moral e da ética.

Quem faz isto passa a entender que não há ganho sem haver perda para o outro. É por isto que temos uma divisão de renda tão injusta no mundo. Por isto, a pobreza poderá trazer degradação de valores nos menos favorecidos, levando-os a enriquecer através do roubo, vingando-se da injustiça social, mas perdendo seu bem mais precioso.

Este processo, quando inicia, traz ganhos e perdas e leva estas pessoas a se afastarem daqueles que mais ama e lhe são caros, pois trilha um caminho de morte, ao qual a maioria das pessoas de bem não deseja. Muito antes disto acontecer, seus valores morais, éticos e de fé já foram corrompidos, já se afastou de Deus. Seu casamento poderá estar em dificuldades, pois sua forma de pensar e agir mudou, talvez sua esposa já não o reconheça, pois passa a ter atitudes diferentes. Como um abismo chama outro, este novo grupo de “amigos” lhe trará outras coisas para conhecer desta vida fácil, como por exemplo o adultério.

Seu pêndulo da moral e ética foi para um extremo perigoso e, para compensar, estas pessoas demonstram um outro lado também extremo, passam a ser religiosas e viver uma vida de aparência tanto do ponto de vista espiritual como conjugal. Vão com certa regularidade à igreja, mas não para adorar a Deus, senão para justificar seus atos e poder dizer à sua consciência que continuam do lado de Deus e da família. Talvez até deem ofertas generosas à comunidade, mas isto jamais aplacará o que sentem dentro de si.

Precisamos é dar Graças a Deus pelo que temos recebido da parte dele, pedir que amplie nosso entendimento para crescermos na justa medida e aprender a viver com isto, mantendo nosso coração guardado para Ele na eternidade.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho tido muito ou pouco ganho?
  • Como este ganho financeiro tem afetado meus relacionamentos?

“Pai celestial, te louvo pelo que me tem dado. Sei que o Senhor jamais irá deixar o justo perecer, portanto, me ensina a andar conforme Tua palavra de vida, que me satisfaz em todos os aspectos. Que meu viver e proceder possam ser de acordo com Teus padrões de fé. Te peço, prospera-me em justiça. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Onde Está sua Segurança

“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros.” (Romanos 13:8)

Uma área em que ocorrem muitos atritos numa família diz respeito ao dinheiro e seu uso. O uso incorreto pode gerar discussões, desentendimentos, brigas e divisões no seio familiar. Além disto, as finanças têm tomado grande parte das preocupações familiares.

Quando se trata de heranças deixadas pelos pais aos herdeiros, ouvimos como muitas famílias têm se dividido e se afastado por causa da questão da divisão dos bens. Um acredita que merece mais do que outro, que por sua vez se acha no direito de ficar com a melhor parte.

Um dia desses andava por uma rua no centro da cidade de Curitiba e vi um terreno muito bom em uma localização excelente, e uma placa afixada no muro informando que a área era objeto de inventário em andamento.

Meu pai, certa vez, comprou uma casa e posteriormente veio a saber que não conseguiria averbá-la, pois estava em inventário a muitos anos e alguns dos herdeiros já tinham morrido e os filhos e netos não se acertavam sobre isto. Acabou desfazendo o negócio pois não tinha como transferir a casa para si.

Mas esta briga por bens não se limita àqueles que possuem muito, pois vai desde os grandes conglomerados até a divisão de móveis velhos no fundo de um barraco simples.

É uma questão que não envolve quantidade, mas sim a falsa ilusão de que o melhor para suas vidas pode estar em jogo naquela situação. São corações enganados pela sua ganância em ter o que é de outro e sem esforço.

Tem uma máxima que diz que a primeira geração amealha, a segunda desfruta e a terceira destrói o legado financeiro. Segundo a Family Business Network (FBN), apenas 33% das empresas sobrevivem à segunda geração, enquanto apenas 5% à terceira geração, e isto também é verdade em relação ao patrimônio da família. Você certamente deve conhecer alguém que herdou muito do seu pai e acabou com tudo rapidamente.

O dinheiro e os bens materiais tanto podem ser fonte de bênção como de maldição, tudo depende da maneira como lidamos com isto. As finanças devem suprir nossas necessidades. A vida moderna tem mudado isto bastante, ao ponto de, esta semana, ter lido um artigo que dizia serem necessários quase 2 milhões de reais para manter um filho até o final da faculdade.

Além disto, as posses podem sinalizar sucesso, poder, posição social, segurança emocional, prestígio, independência e outros significados. Perguntei certo dia a um empresário o que o fazia estar sereno diante das dificuldades da vida, e ele me respondeu que era o fato de ter uma certa quantia guardada que permitiria viver bem caso acontecesse algo extraordinário na sua vida.

Sua segurança estava no dinheiro que possuía no banco. Há pouco tempo fiz uma viagem internacional e tive a oportunidade de pregar numa igreja por lá e comentei sobre minha experiência naquele país.

Sentia-me seguro por onde ia, havia policiamento em todo lugar, a lei era respeitada. Sentia que podia trabalhar, ganhar e utilizar bem, e mesmo quem trabalha em áreas simples pode viver bem, ter uma boa casa e um bom carro. Tudo a preço acessível.

Com esta combinação, facilmente o dinheiro e o estado passam a ser deuses, pois suprem as necessidades das pessoas. E neste cenário, quem precisa de Deus?

Esta tem sido a pergunta que aqueles que possuem bastante tem se feito, assim como meu amigo empresário, que está seguro no que possui.

Por outro lado, Jesus disse que veio para dar vida em abundância, no que devemos entender como qualidade e não quantidade. A maioria das pessoas deseja ter ou tem quantidade, mas a qualidade de vida é péssima. Vamos desde mendigos mesquinhos até a ricos esnobes. É claro que há exceções e conheço muita gente boa, mas o fato é que precisamos escutar a nós mesmos, nossas intenções e desejos e levar a Cristo, somente assim poderemos ser saciados pelo que Ele nos tem dado.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tenho lidado com as finanças?
  • Tenho qualidade de vida?

“Pai celestial, sou grato por tudo que o Senhor me tem dado. Peço que possa ter sempre abundantemente mais de tudo que precise, mas acima de tudo, que possa desfrutar da vida plena em Cristo Jesus. Amém!”

Luis Antonio Luize