Vinicios Torres

Tempo de Morrer

“Tudo tem o seu tempo determinado, há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer;” (Eclesiastes 3:1,2)

Quando se lê essa passagem imediatamente vem a mente o tempo da nossa vida e, provavelmente, é isso mesmo que o autor quisesse se referir: a duração da nossa existência. Mas, o restante do arrazoado do texto nos permite interpretar de uma maneira um pouco mais livre.

Podemos entender que para todo o propósito que se estabeleça durante a nossa vida, há tempo para eles nascerem, ou seja, quando começamos a perseguir e realizar o propósito estabelecido, seja um projeto, uma etapa na vida escolar, uma carreira profissional. Tudo isso tem um tempo de começar, ou de nascer.

O propósito, uma vez atingido, realizado ou conquistado, chega a seu fim. É hora de ele morrer. Chegou o fim de seu tempo. É o momento de resignificar, redirecionar ou procurar outro propósito.

No decorrer da minha vida vi diversos ministérios e projetos que agonizaram por não compreender essa dinâmica. Não compreenderam que era hora de morrer. Era o momento de entender que ou o propósito já não existia mais ou o ministério/projeto se mostrava inadequado para seguir adiante. Neste momento final deve-se tomar a decisão do que fazer: extingue-se o projeto simplesmente, ou conjuga os recursos e esforços a outro projeto que seja mais relevante.

Há 19 anos iniciamos o envio das mensagens devocionais por esta canal, porque entendia a importância do cristão estar se expondo à Palavra de Deus periodicamente, de maneira sistemática e disciplinada. A ideia inicial era enviar um e-mail diário, mas a prática demonstrou que não seria efetivo. Decidimos então enviar 3 vezes durante a semana. Entendemos que esse propósito era relevante pois naquela época a internet ainda tinha poucos recursos de boa qualidade e o acesso das pessoas a eles era mais difícil.

O tempo passou e hoje o que não falta é disponibilidade de materiais, de mensagens, cursos, vídeos, etc. Antigamente, um cristão ouvia uma pregação duas vezes por semana na igreja; hoje, ele ouve duas em cada período do dia pela internet.

Entendi, então, que o propósito para o nosso serviço de devocionais já não existe mais.

Assim como nosso projeto foi iniciado é importante que ele seja corretamente encerrado. Creio que durante o tempo que estivemos ativos muitas pessoas foram tocadas, orientadas, estimuladas em sua fé e compromisso com Deus e Sua Palavra. Considero, por isso, que o propósito foi atingido.

“ICHTUS Devocional – Uma Parceria Diária com Deus” termina.

O site permanece e a nossa lista continua ativa. Usaremos ela para comunicar os novos propósitos que Deus nos colocar no coração.

Vinicios Torres

Pr. Mário Fernandez

Mário Fernandez

Dono – A Noiva de Cristo

“Pois Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém” (Romanos 11:36)

Devemos reconhecer que os idiomas, as línguas, são ‘entidades’ subjetivas e dinâmicas – de certa forma são vivas. Neologismos são praticamente constantes, termos caem em desuso (ou denunciam que estamos ficando velhos), gírias se acomodam às novas realidades. Não tem como ser diferente, sempre foi assim, e para ser sincero acho que esse dinamismo é necessário. 200 anos atrás não havia celular, internet, televisão, automóvel, avião, foguete.

Mas uma sequela ou efeito colateral desinteressante que acontece nessa caminhada, é que alguns termos importantes perdem sua força. Talvez o significado se mantenha, mas o peso se perde. Palavras que hoje tem a capacidade necessária para expressar uma ideia com todo seu vigor, décadas ou séculos depois, torna-se banal. Exemplifico com termos como ‘amor’, ‘serviço’, ‘família’, ‘homem’, e, não se escandalizem, ‘Deus’. Hoje quero meditar numa destas palavras de peso perdido que é ‘SENHOR’.

A palavra senhor significa ‘dono; possuidor; proprietário; patrão’ e escolhi este versículo em particular porque ele mostra uma abrangência ímpar no merecimento de Jesus em relação a simplesmente todas as coisas. Se todas as coisas são Dele – Ele é o dono (Senhor). Se todas as coisas são por Ele – Ele é o proprietário (Senhor). Se todas as coisas são para Ele – Ele é o possuidor (Senhor). Note que na cultura hebraica sempre que se diz algo 3 vezes se faz um uso superlativo. Por exemplo ao dizer ‘santo, santo, santo’ isso significa ‘santíssimo’. Se dizemos ‘senhor, senhor, senhor’ estamos dizendo Senhor dos senhores. Só resta mesmo dizer “A ELE A GLÓRIA”.

Se na nossa geração, em nossos dias, pudermos compreender a profundidade e o peso de uma colocação como essa, nossa vida e relacionamento com Jesus só podem melhorar. Ele é mais do que o dono, Ele é o dono dos donos – Senhor dos senhores, portanto. ELE É O CARA, sempre foi, continua sendo e sempre será. Isso tem implicações na prática e no cotidiano de todos nós. Não posso detonar meu corpo porque é Dele, não posso maltratar esse planeta porque é Dele, não posso atrapalhar a igreja porque é Dele. Devo servi-lo porque sou Dele. Minha vontade não importa porque minha vida é Dele. A noiva pertence ao Noivo, a noiva pertence ao Cordeiro e as bodas se aproximam.

Te convido a reconhecer o senhorio Daquele que é o único digno e merecedor de todas as coisas. Não apenas com palavras e com canções, mas com atitudes, renúncia, declaração práticas de amor, serviço, dedicação, ofertas de santidade. A Ele a glória e a honra por todo sempre.

“Senhor, não me permita esquecer ou tirar do foco que tudo Te pertence, portanto eu Te devo tudo. Me ajuda a aprender a demonstrar meu reconhecimento.“

Vinicios Torres

Seu melhor ainda está por vir

“Se você estiver em busca de sua chamada ou perseguindo de todo o coração o propósito de sua vida, se você se encontrar envolto nos braços amorosos do Pai celestial ou então de joelhos, desesperado, lembre-se de que Ele é o Deus onisciente, onipotente e sempre gracioso de ontem, hoje e para sempre. Ele é digno de confiança e fiel em todas as coisas.

Permaneça neste caminho, meu amigo. Siga Jesus, e o Senhor o coroará com a sua bondade. Você tem uma herança incrível no nome de Jesus, um montanha para subir e um caminho para desbravar como pioneiro. Você tem um caminho de fé que é todo seu, uma zona de graça que espera que você ocupe. O caminho árduo e a vergonha do seu passado não são páreos para o nome de Jesus, para o seu poder de cura e para a sua chamada santa. Os dons e talentos únicos que você tem foram devidamente talhados para trabalhar o propósito de Deus nesta geração, e sua vida ampla, espaçosa e ordenada por Deus está esperando que você participe dela agora mesmo! Viva, ame e lidere como Jesus, e a sua vida na terra e no céu refletirá a glória contínua de Deus em todas as coisas!

Não há dúvida de que o seu melhor ainda está por vir!”

(Brian Houston; Viva Ame Lidere; CPAD)

Estas são as últimas palavras do livro “Viva Ame Lidere”, de Brian Houston, fundador da Igreja Hillsong, da Austrália, famosa pelas músicas cantadas por igrejas em todo o mundo.

Leia, pense nelas, medite e aproprie-se delas.

Comece hoje a viver a vida eterna: andando na presença de Deus hoje e continuando na presença dele para sempre.

Vinicios Torres

Como Você se Sente Quando Vê o Mal?

“De mim se apoderou a indignação, por causa dos pecadores que abandonaram a tua lei.” (Salmo 119:53)

“Torrentes de águas nascem dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei.” (Salmo 119:134)

“O meu zelo me consome, porque os meus adversários se esquecem da tua palavra.” (Salmo 119:139)

“Vi os infiéis e senti desgosto, porque não guardam a tua palavra.” (Salmo 119:158)

O Salmo 119 é um maravilhoso poema de um salmista que expressa um amor ardente e apaixonado pela Palavra de Deus. Não tem como não ler esse salmo com o coração aberto e não sentir a pulsação do coração do salmista quando declara seu amor à palavra e à lei de Deus. Esse amor pela Palavra o leva a uma comunhão íntima com Deus.

Recentemente, meditando neste Salmo saltou-me aos olhos o sentimento que o salmista expressa em relação àqueles que se recusam a guardar a Palavra de Deus e a viver conforme as suas leis.

Indignação, tristeza, desgosto e raiva. Sentimentos que sempre somos orientados a não ter e não guardar dentro de nós.

Mas sentimentos são reações emocionais. Eles acontecem como reação a algo que somos expostos ou que nos acontecem. Os sentimentos brotam a partir do que temos no interior, que afetado pelo que experimentamos forma e manifesta os sentimentos como resposta.

Causou-me tristeza quando percebi que ouço notícias e mais notícias de crimes, maldades, corrupção, manipulação e o máximo que faço é dizer: a humanidade é assim mesmo…

Vejo na reação do salmista uma motivação completamente diferente. Ele se entristece e sofre porque as pessoas rejeitam e abandonam Deus e a sua palavra. É como se ele expressasse o sentimento do próprio Deus: a tristeza de ver seus filhos longe.

O que você sente ao ver as pessoas longe de Deus? Que sentimentos brotam de você ao saber das ações daqueles que resistem a Deus e rejeitam as suas leis?

Quando nossos corações começarem a sentir a dor do salmista, então estaremos prontos a agir para fazer que o Evangelho chegue àqueles que precisam e para ensinar-lhes a guardar e obedecer à Palavra de Deus.

“Senhor, faça me apaixonar por Ti e pela tua Palavra a ponto de desejar que todos te conheçam e te obedeçam.“

Mário Fernandez

Obras – A Noiva de Cristo

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2Timoteo 3:16,17)

Não podemos confundir as coisas. De tanto insistir nesse assunto as vezes me pego repetitivo. As chamadas “boas obras” são boas até no nome, nada de errado com elas, necessitamos delas, nos beneficiamos delas – são boas. Mas para efeito de salvação, de justificação diante de Deus, ou simplesmente como meio para qualquer coisa é absolutamente inútil, sem valor, indiferente. Então para que servem se é assim?

Pois bem, eis a confusão. Confundir a entrada com a saída em qualquer processo é um erro clássico, que leva muitas pessoas a agirem mal e isso não apenas em relação ao Reino de Deus. Uma coisa é a farinha outra coisa é o pão. Não é pelo fato de termos farinha que necessariamente temos o pão. Se temos o pão, não podemos tirar dele a farinha. Vamos explicar.

A salvação vem unicamente da fé, portanto no sentido humano nada podemos fazer para que mereçamos a salvação de Jesus Cristo. É um ato de fé, uma decisão, mas baseado em algo que já está feito e não pode ser desfeito. Imaginando que eu queira fazer as coisas do meu próprio jeito, por exemplo ser salvo sem Jesus, e tente substituir isso por obras e mais obras – por boas que sejam elas não justificarão meu pecado e não me farão cidadão do Reino de Deus. Temos uma lista enorme de versículos que corroboram esta afirmação. Somos salvos pela fé na obra salvador de Jesus Cristo e nada mais.

O que ocorre é que uma vez salvos, somos tornados em nova criatura, ou seja, nossa natureza passa de carnal para espiritual. Como novas criaturas e agora espirituais, mudam coisas internas e externas na nossa vida. Nas coisas externas temos o palavreado, por exemplo e as atitudes. Entre estas atitudes, aparecerão ações que pela lógica seriam desnecessárias ou desfocadas do nosso interesse pessoal. Doar comida, por exemplo, mesmo para pessoas que ‘não merecem’. É neste ponto que aparecem as boas obras – como consequência da salvação e não como motivo ou causa para ela.

Eu simplificaria dizendo que quem é salvo é sensível às necessidades de outros, por isso se dedica a atos altruístas, não egoístas. O versículo que escolhemos nos ensina que a Escritura nos torna aptos para isso, e por este motivo devemos conhecer as Escrituras – como se já não tivéssemos motivos suficientes para isso. Esta é a explicação.

Mário Fernandez

Amor e Justiça – A Noiva de Cristo

“Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Romanos 2:4)

Uma das polêmicas teológicas mais ‘polêmicas’ é essa tensão entre amor e justiça. Alguns dizem e pregam que Deus é amor portanto basta amá-lo e pode tocar sua vida como quiser. Outros pregam que Deus é justo portanto a salvação está sempre por um fio. Afinal, como podemos compreender isso do ponto de vista de uma noiva prometida, com as bodas se aproximando?

Primeiramente, vamos notar que o texto fala nas riquezas de Deus expressas em bondade, tolerância e paciência – méritos abundantes e decisivos. Se nos atermos a tolerância podemos até equivocadamente aniquilar o inferno, pois Deus poderia dar uma segunda chance e a todos perdoar no momento em que quisesse. De fato poderia mesmo, mas não o fará porque Sua Palavra revelou que não o fará e Ele é fiel em tudo que diz. Mas Sua tolerância é uma riqueza e não deve ser desconsiderada, portanto sempre teremos uma oportunidade de sermos tolerados – mediante arrependimento, como veremos a seguir.

Por outro lado inegavelmente justiça é parte integrante do Seu caráter e temos inúmeros textos de referência mencionando isso. Mas podemos simplesmente ler um versículo a mais do que acabemos de ler e veremos que um adiante, já no verso 5, temos uma sentença muito pesada para corações obstinados – a ira de Deus sendo ‘acumulada’ sobre nós. Obviamente tudo tem seu contexto e suas condicionantes, pois quem não tem coração obstinado está livre disso.

O ponto chave aparece no final do texto. A bondade é o que leva ao arrependimento, palavra esta aliás bem mal entendida. O termo grego “metanóia” significa mudança de mente, troca de disposição mental, inversão de valores – ou seja, transformação. É um reflexo produzido pela bondade de Deus e não uma decisão a ser tomada. Eu não consigo mais praticar aquilo que é contra o ‘justo’ de Deus, pois a sua bondade me constrange. Para simplificar, imagine que Ele está sempre olhando, cercado de uma legião de anjos que também estão olhando – como fazer algo que eu sei que é errado? Pois é assim que é.

O equilíbrio é o segredo de qualquer relacionamento bem sucedido e não será diferente no caso das bodas do Cordeiro. Chegaremos diante do Noivo um dia, mas passaremos pelo julgamento. Grandes e pequenos, jovens e velhos, ricos e pobres. Quem estiver salvo não será condenado portanto seguirá para as bodas. Note o equilíbrio, muito razoável.

Minha sincera oração é que o Senhor nos faça perceber que não o seguimos e nem o obedecemos por medo, mas por constrangimento por tanta bondade. Alguns vão chamar isso de amor.

“Senhor, não me permita perder de vista que minha vida e meus atos devem refletir minha percepção da Tua bondade para comigo.“

Vinicios Torres

Não Só Por Gripes e Resfriados

“Para Deus todas as coisas são possíveis.” (Mateus 19:26)

Enquanto orava hoje pelo nosso País passou-me o pensamento de que muitos de nós temos dificuldade de crer que Deus possa fazer a transformação de uma nação. Gostaríamos de acreditar nisso, gostaríamos de que isso realmente acontecesse, mas temos dificuldade de orar com a convicção de Deus possa fazer acontecer.

Foi aí que me passou pela cabeça que somos crentes de gripes e resfriados, dores de cabeça e ciáticos estragados. Oramos para Deus nos livrar de incômodos diários e temos problema em nos engajar em “orações estratégicas”, por situações de longo prazo e amplo alcance.

  • Que Deus é esse que pode curar uma pessoa mas não pode curar uma nação?
  • Que Deus é esse que pode livrar a família de um bêbado e não pode livrar a nação de um déspota?
  • Que Deus é esse que pode te abençoar com um aumento de salário mas não pode fazer prosperar um país?

Se Ele pode fazer por um por que não pode fazer por todos?

Eu sei que temos problemas estruturais, pecados nacionais e incrédulos.

Mas me lembro de Abraão perguntando a Deus se destruiria um lugar se tivessem justos vivendo nele. E Deus lhe respondendo que enquanto achasse justos vivendo lá Ele não destruiria aquele lugar. (Gênesis 18:16-33)

Lembro de Jeremias, falando como voz de Deus, para que o povo orasse pela paz e prosperidade do lugar onde moravam, e eles estava no meio da idólatra e ímpia Babilônia quando Deus lhes falou isso. (Jeremias 29:7)

Meu querido e minha querida, deixemos de criticar a situação atual e creiamos de coração no poder infinito do nosso Deus e Pai e nas suas promessas de que ouviria as nossas orações feitas em nome de Jesus.

Oremos pela transformação do nosso País e para que, como nação, trilhemos os caminhos da retidão e da justiça.

“Senhor, desperta-me para a responsabilidade de afetar o destino do meu país e do nosso povo, clamando pela Tua intervenção através da minha oração.“

Vinicios Torres

Sobrevivência

“…Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba.” (João 7:37)

Você já ficou com sede a ponto de passar mal? Eu já, e sem perceber. Quando nos mudamos e fomos morar no Distrito Federal, muitas pessoas nos advertiam a aprender o hábito de andar com garrafinhas de água para que estivéssemos sempre nos hidratando, pois o clima extremamente seco no inverno provoca desidratação.

Certo dia comecei a passar mal, sentindo tonturas e enjoos, parecia com aquilo que as pessoas que sofrem de labirintite me contavam que sentiam. Com dificuldade fui para casa, apreensivo da possibilidade daquele mal estar piorar enquanto estava no trânsito.

Quando cheguei em casa e contei pra minha esposa como estava, ela imediatamente perguntou: “Tomou água hoje?“. E eu percebi que por causa da correria do trabalho havia me esquecido disso. Bastou um copo dágua fresca para o mal estar ir embora.

A maioria de nós está “desidratada” e “desnutrida” espiritualmente e, por consequência, nossas vidas emocionais e físicas estão sofrendo os efeitos dessa situação. O problema é que deixamos a correria da vida esconder de nós o verdadeiro motivo disso. Sofremos achando que o problema é um, quando o motivo do mal estar é outro.

Sentimos sede de Cristo e da Sua presença, sentimos fome do Pão do Céu, e achamos que é o estresse do trabalho, a pressão da escola ou as dificuldades de um relacionamento. Deixamos que os “sintomas” nos enganem se fazendo passar pelos motivos. A verdade é que por faltar a comunhão com Deus em oração e Sua orientação através da Sua Palavra, nos deixamos levar pelas preocupações da vida.

Nesse momento, nos sentimos cobrados a orar mais e a ler a Bíblia, como se fossem mais tarefas a serem acrescentadas a já longa lista de coisas a fazer. E agora como isso vai trazer alívio, nem tempo tenho para fazê-los?

Mas essa frase do escritor Philip Yancey, esclarece esse ponto:

“Levei anos para perceber que a oração é um privilégio, e não um dever; para ver a leitura da Bíblia como uma fonte de vida, e não uma obrigação.” (Philip Yancey)

Conversar com Deus em oração não é a obrigação de gastar tempo com alguém qualquer. É o privilégio de estar com Aquele que nos ama a ponto de entregar Seu filho para morrer em nosso lugar e que tem todo o poder de transformar todas as coisas. Ler a Bíblia não é gastar tempo lendo um romance qualquer, mas alimentar-se dAquele que se entregou na cruz por nós, porque João 1:1-3 diz que Jesus é o Verbo (a Palavra).

Comemos e bebemos fisicamente para sobrevivermos fisicamente. E a nossa vida espiritual, como estamos levando?

“Senhor, reconheço o privilégio que tenho de poder beber da água da vida de Cristo, através da oração e da leitura da tua Palavra. Alegro-me pela vida que recebo de Ti.”