Mário Fernandez

Dono – A Noiva de Cristo

“Pois Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém” (Romanos 11:36)

Devemos reconhecer que os idiomas, as línguas, são ‘entidades’ subjetivas e dinâmicas – de certa forma são vivas. Neologismos são praticamente constantes, termos caem em desuso (ou denunciam que estamos ficando velhos), gírias se acomodam às novas realidades. Não tem como ser diferente, sempre foi assim, e para ser sincero acho que esse dinamismo é necessário. 200 anos atrás não havia celular, internet, televisão, automóvel, avião, foguete.

Mas uma sequela ou efeito colateral desinteressante que acontece nessa caminhada, é que alguns termos importantes perdem sua força. Talvez o significado se mantenha, mas o peso se perde. Palavras que hoje tem a capacidade necessária para expressar uma ideia com todo seu vigor, décadas ou séculos depois, torna-se banal. Exemplifico com termos como ‘amor’, ‘serviço’, ‘família’, ‘homem’, e, não se escandalizem, ‘Deus’. Hoje quero meditar numa destas palavras de peso perdido que é ‘SENHOR’.

A palavra senhor significa ‘dono; possuidor; proprietário; patrão’ e escolhi este versículo em particular porque ele mostra uma abrangência ímpar no merecimento de Jesus em relação a simplesmente todas as coisas. Se todas as coisas são Dele – Ele é o dono (Senhor). Se todas as coisas são por Ele – Ele é o proprietário (Senhor). Se todas as coisas são para Ele – Ele é o possuidor (Senhor). Note que na cultura hebraica sempre que se diz algo 3 vezes se faz um uso superlativo. Por exemplo ao dizer ‘santo, santo, santo’ isso significa ‘santíssimo’. Se dizemos ‘senhor, senhor, senhor’ estamos dizendo Senhor dos senhores. Só resta mesmo dizer “A ELE A GLÓRIA”.

Se na nossa geração, em nossos dias, pudermos compreender a profundidade e o peso de uma colocação como essa, nossa vida e relacionamento com Jesus só podem melhorar. Ele é mais do que o dono, Ele é o dono dos donos – Senhor dos senhores, portanto. ELE É O CARA, sempre foi, continua sendo e sempre será. Isso tem implicações na prática e no cotidiano de todos nós. Não posso detonar meu corpo porque é Dele, não posso maltratar esse planeta porque é Dele, não posso atrapalhar a igreja porque é Dele. Devo servi-lo porque sou Dele. Minha vontade não importa porque minha vida é Dele. A noiva pertence ao Noivo, a noiva pertence ao Cordeiro e as bodas se aproximam.

Te convido a reconhecer o senhorio Daquele que é o único digno e merecedor de todas as coisas. Não apenas com palavras e com canções, mas com atitudes, renúncia, declaração práticas de amor, serviço, dedicação, ofertas de santidade. A Ele a glória e a honra por todo sempre.

“Senhor, não me permita esquecer ou tirar do foco que tudo Te pertence, portanto eu Te devo tudo. Me ajuda a aprender a demonstrar meu reconhecimento.“

Mário Fernandez

Obras – A Noiva de Cristo

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” (2Timoteo 3:16,17)

Não podemos confundir as coisas. De tanto insistir nesse assunto as vezes me pego repetitivo. As chamadas “boas obras” são boas até no nome, nada de errado com elas, necessitamos delas, nos beneficiamos delas – são boas. Mas para efeito de salvação, de justificação diante de Deus, ou simplesmente como meio para qualquer coisa é absolutamente inútil, sem valor, indiferente. Então para que servem se é assim?

Pois bem, eis a confusão. Confundir a entrada com a saída em qualquer processo é um erro clássico, que leva muitas pessoas a agirem mal e isso não apenas em relação ao Reino de Deus. Uma coisa é a farinha outra coisa é o pão. Não é pelo fato de termos farinha que necessariamente temos o pão. Se temos o pão, não podemos tirar dele a farinha. Vamos explicar.

A salvação vem unicamente da fé, portanto no sentido humano nada podemos fazer para que mereçamos a salvação de Jesus Cristo. É um ato de fé, uma decisão, mas baseado em algo que já está feito e não pode ser desfeito. Imaginando que eu queira fazer as coisas do meu próprio jeito, por exemplo ser salvo sem Jesus, e tente substituir isso por obras e mais obras – por boas que sejam elas não justificarão meu pecado e não me farão cidadão do Reino de Deus. Temos uma lista enorme de versículos que corroboram esta afirmação. Somos salvos pela fé na obra salvador de Jesus Cristo e nada mais.

O que ocorre é que uma vez salvos, somos tornados em nova criatura, ou seja, nossa natureza passa de carnal para espiritual. Como novas criaturas e agora espirituais, mudam coisas internas e externas na nossa vida. Nas coisas externas temos o palavreado, por exemplo e as atitudes. Entre estas atitudes, aparecerão ações que pela lógica seriam desnecessárias ou desfocadas do nosso interesse pessoal. Doar comida, por exemplo, mesmo para pessoas que ‘não merecem’. É neste ponto que aparecem as boas obras – como consequência da salvação e não como motivo ou causa para ela.

Eu simplificaria dizendo que quem é salvo é sensível às necessidades de outros, por isso se dedica a atos altruístas, não egoístas. O versículo que escolhemos nos ensina que a Escritura nos torna aptos para isso, e por este motivo devemos conhecer as Escrituras – como se já não tivéssemos motivos suficientes para isso. Esta é a explicação.

Mário Fernandez

Amor e Justiça – A Noiva de Cristo

“Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?” (Romanos 2:4)

Uma das polêmicas teológicas mais ‘polêmicas’ é essa tensão entre amor e justiça. Alguns dizem e pregam que Deus é amor portanto basta amá-lo e pode tocar sua vida como quiser. Outros pregam que Deus é justo portanto a salvação está sempre por um fio. Afinal, como podemos compreender isso do ponto de vista de uma noiva prometida, com as bodas se aproximando?

Primeiramente, vamos notar que o texto fala nas riquezas de Deus expressas em bondade, tolerância e paciência – méritos abundantes e decisivos. Se nos atermos a tolerância podemos até equivocadamente aniquilar o inferno, pois Deus poderia dar uma segunda chance e a todos perdoar no momento em que quisesse. De fato poderia mesmo, mas não o fará porque Sua Palavra revelou que não o fará e Ele é fiel em tudo que diz. Mas Sua tolerância é uma riqueza e não deve ser desconsiderada, portanto sempre teremos uma oportunidade de sermos tolerados – mediante arrependimento, como veremos a seguir.

Por outro lado inegavelmente justiça é parte integrante do Seu caráter e temos inúmeros textos de referência mencionando isso. Mas podemos simplesmente ler um versículo a mais do que acabemos de ler e veremos que um adiante, já no verso 5, temos uma sentença muito pesada para corações obstinados – a ira de Deus sendo ‘acumulada’ sobre nós. Obviamente tudo tem seu contexto e suas condicionantes, pois quem não tem coração obstinado está livre disso.

O ponto chave aparece no final do texto. A bondade é o que leva ao arrependimento, palavra esta aliás bem mal entendida. O termo grego “metanóia” significa mudança de mente, troca de disposição mental, inversão de valores – ou seja, transformação. É um reflexo produzido pela bondade de Deus e não uma decisão a ser tomada. Eu não consigo mais praticar aquilo que é contra o ‘justo’ de Deus, pois a sua bondade me constrange. Para simplificar, imagine que Ele está sempre olhando, cercado de uma legião de anjos que também estão olhando – como fazer algo que eu sei que é errado? Pois é assim que é.

O equilíbrio é o segredo de qualquer relacionamento bem sucedido e não será diferente no caso das bodas do Cordeiro. Chegaremos diante do Noivo um dia, mas passaremos pelo julgamento. Grandes e pequenos, jovens e velhos, ricos e pobres. Quem estiver salvo não será condenado portanto seguirá para as bodas. Note o equilíbrio, muito razoável.

Minha sincera oração é que o Senhor nos faça perceber que não o seguimos e nem o obedecemos por medo, mas por constrangimento por tanta bondade. Alguns vão chamar isso de amor.

“Senhor, não me permita perder de vista que minha vida e meus atos devem refletir minha percepção da Tua bondade para comigo.“

Mário Fernandez

Fé – A Noiva de Cristo

“Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’.” (Romanps 1:17)

Uma das coisas mais confusas que tenho presenciado nos dias em que vivemos é a dualidade entre a justiça e o amor. Se Deus é amor (e sabemos que é pois a Bíblia nos revela isso claramete) como Ele pode exercer juízo? Parecem conceitos contraditórios, antagônicos, incompatíveis. Mas não são, pode crer.

O amor é a essência de Deus, é a ‘coisa’ do qual Ele é feito, é o que Ele é. Isso não precisamos ter dúvida. Mas esse amor é absolutamente, completamente, divinamente, perfeitamente SANTO. Assim sendo, é um amor muito muito, muito incompatível conosco, que de santos não temos nada, pois somos essencialmente pecadores. Isso sim é incompatível ao extremo. Ele deseja profundamente nos amar com Seu amor infinito, mas existe uma barreira. Neste sentido, torna-se impossível desfrutar deste amor. Pense como se você estivesse com muito frio, mas muito frio mesmo, e do lado de fora de uma casa quentinha com lareira acesa. Dentro está quentinho, fora está um gelo. A distância são, talvez, apenas um metro ou dois, mas a diferença é enorme. Por quê? Há uma parede, uma barreira, um isolamento. Pois bem, no quentinho do amor de Deus há uma parede de isolamento chamada santidade, que nos separa dEle pois somos pecadores. Tem solução? Claro.

Antes de entender como romper essa separação, precisamos deixar uma coisa clara – o frio é a falta de calor, tal como a escuridão é a falta de luz. A justiça de Deus, portanto, decorre do isolamento ou separação de Seu amor. Não é algo que esteja Nele em essência como o amor, mas é decorrente. O distanciamento do amor de Deus nos lança automaticamente na justiça, tal como o afastamento da fonte de calor nos deixa à mercê do frio.

Existe um elemento que ‘dissolve’ o isolamento e permite recebermos o amor de Deus apesar do que somos e do que não somos (talvez até mais do que não somos). Esse elemento se chama fé. O versículo acima nos fala do evangelho como revelador da justiça de Deus e do inicio ao fim isso é por fé. Veja bem, sendo assim é a fé que nos livra da justiça porque ela nos aproxima do amor, nos permite acessar a fonte do amor. Numa lógica bem simplificada – por fé cremos, crendo recebemos Jesus, recebendo-o o Espirito Santo faz morada em nós, morando em nós intensifica nossa fé e dirige nossa vida. Claro, Ele não nos dirigiria ao caminho errado. Advém disso o perdão de nossos pecados, que impunha separação entre nós e Deus. Fim do problema.

Sendo assim tudo se trata de uma questão de fé. Simples, direto e prático. Obviamente não é fácil de ser vivido, uma vez que as nossas forças limitadas e nossa dificuldade de gerar fé são problemas reais. Mas é possível, sim, para qualquer ser humano crer o suficiente para ser salvo. O evangelho é, antes de tudo, o poder de Deus para salvação. Por isso, e não por outro motivo, este mesmo evangelho revela a justiça de Deus – porque ao não exercer fé nem desenvolver sua santidade por meio da fé, as pessoas se colocam mais e mais distantes da fonte ‘quentinha’ do amor de Deus. Resultado: o frio da justiça.

Esta é uma mensagem para a noiva do Cordeiro. Abra os olhos e veja que desenvolver sua fé é necessidade e não apenas um item a mais. Não é uma coisa boa, é uma coisa vital. Por extensão, quem tiver um pingo de humanidade e sensibilidade levará a mensagem do evangelho adiante para não ver outros cairem no abismo.

“Senhor, não me permita ofuscar Teu amor com minha falta de visão e falta de fé. Me ensina a desenvolver minha fé e leva-la adiante para com isso desenvolver minha salvação com temor e tremor.“

Mário Fernandez

Corpo – A Noiva de Cristo

“E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Efésios 4:11-12)

“Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou.” (Apocalipse 19:7)

Quero aqui agradecer a um irmão em Cristo, leitor destas devocionais, pela inspiração para escrever esta meditação em particular. Não vou citar o seu nome pois não obtive permissão.

Afinal, nós igreja somos ‘CORPO DE CRISTO’ ou somos ‘NOIVA DE CRISTO’? Somos os dois, num certo sentido. Não ao mesmo tempo, mas somos. Me permita explanar.

Do ponto de vista de igreja local e de ministérios, somos sem dúvida o Corpo de Cristo na Terra. Somos a extensão visível e materializada do que Jesus de Nazaré iniciou enquanto encarnado em forma humana. Somos essencialmente aquilo que Ele era durante o tempo que aqui esteve, por trinta e poucos anos. Neste sentido não há dúvidas, mesmo porque desconheço qualquer literatura ou teólogo minimamente sério que discorde. Há outras referências, claro, mas o texto de Efésios 4 já é suficientemente claro.

Mas não podemos negar que a narrativa de Apocalipse 19 se refere aos salvos, portanto a noiva mencionada ali é a igreja. E agora? Simples. No cenário futuro, no porvir, dado que seremos glorificados e portanto transformados em semelhança de Cristo como Ele hoje É, somos sua noiva. Somos o complemento de uma junção espiritual representada pelo casamento, uma união que torna homem e mulher uma só carne e isso representa nitidamente que seremos um com o Senhor. É um mistério? É complicado? Falta entender muitos detalhes? Obviamente que sim, mas por fé cremos que toda Escritura é divinamente inspirada e útil para ensino – portanto por fé cremos que, embora não entendendo completamente, está acertado.

Então, para simplificar, podemos tomar por base que, enquanto neste mundo somos Corpo de Cristo, no porvir seremos a noiva. Mesmo porque, lembremos, na eternidade Cristo não precisa de corpo para se manifestar pois Ele já está lá glorificado. E aqui na Terra Ele não precisa de noiva nenhuma, pois Ele não se manifesta mais aqui e sim na Eternidade. Se ficar mais fáci para entender, pense que somos o Corpo que vai ser a Noiva.

Posso abrir meu coração? Nada disso me preocupa, meu foco não é este. Jesus é o Alpha e o Ômega, Ele é tudo, como diz a moçada “Ele é O CARA”. Se Ele me quer útil para Ele, útil eu serei até o limite de minhas forças. Se Ele prefere me usar em silêncio, me calarei. Se Ele prefere me usar de uma ou de outra forma que seja, isso aqui é tudo passageiro mesmo. Eu vou passar a eternidade com Ele, vou viver com Ele, sou salvo e faço parte de um plano Eterno muito muito maior do que eu e mal posso compreender. Deus nunca prometeu que eu entenderia tudo, mas prometeu que se eu for fiel até a morte receberei a coroa da vida. A mim basta e deveria bastar a qualquer um.

Busque a Deus e cumpra o seu papel, segundo o chamado Dele para sua vida. Seja o que Ele deseja que você seja. Faça o que Ele quer que seja feito e fuja do que Ele não se agrada. A promessa está nisso, o resto é periférico. As bodas do Cordeiro se aproximam e com total certeza tudo que conhecemos passará.

“Senhor, me ajuda a obedecer mais do que a entender Tua Vontade. Como expressão do Corpo de Cristo na Terra tenho missão a cumprir, mas sem Tua Presença não posso, não consigo e nem quero tentar. Me fortalece para Tua Glória.“

Mário Fernandez

Errata: Junte-se a Nós

Prezados irmãos e amigos,

Perdoem-nos, mas erramos a data do evento informada no e-mail anterior: o correto é 19 de outubro a 21 de outubro de 2018, e não de novembro com foi falado.

Agradecemos a alguns irmãos que carinhosamente nos relataram o erro e reforçamos o convite para aqueles que tiverem a oportunidade de participar conosco.

No amor de Cristo, nosso Senhor.

Mário Fernandez

Junte-se a Nós

A estas alturas de 2018 eu somo pouco mais de 30 anos de evangelho e 17 como pastor. Muitos erros, muitos acertos, muitíssimo aprendizado. Em momentos difíceis da caminhada as forças acabaram, o ânimo se foi, o vigor se esgotou – o Socorro bem Presente se fez atuante e a Graça nos alcançou poderosamente nos levantando. Nos momentos de bons ventos, servimos com alegria, edificamos, abençoamos, somamos a favor do Reino – a Graça nos manteve em pé.

Nessa jornada o aprendizado mais precioso para mim foi o de que não podemos nem devemos andar sós. Não fomos desenhados por Deus para isso. Temos de nos unir com gente (homens e mulheres) que sejam de Deus, que sejam compatíveis com a nossa fé e com a nossa intenção de servir. Mas nisso aprendi algo muito valioso – precisamos da diversidade, da diferença, do complemento. Andar com servos que têm dons diferentes dos nossos enriquece e edifica.

Exatamente neste vetor, Deus me presenteou e eu conheci um povo abençoado com quem me aliancei. Temos orado muito, temos servido o tanto que podemos e temos investido nosso tempo, esforço e capacidade no Reino de Deus, independente de placa de igreja. Temos nos amparado mutuamente, temos nos dado cobertura mutuamente, temos crescido em comunhão sem perder nossas identidades individuais e ministeriais. Eu os abençoei muito, estou certo disso, mas fui ainda mais abençoado por eles. Testemunhamos curas extraordinárias, fomos visitados por Deus, recebemos Palavra de Conhecimento, revelações, tanta coisa que chega a ser difícil listar por completo. Tem sido um privilégio e uma alegria andar com essa porção do povo de Deus.

Quero te convidar a nos conhecer e participar de algo sobrenatural que Deus vem realizando ao longo dos anos. Temos um encontro anual em Gramado/RS, que este ano vai acontecer entre 19 e 21 de outubro. Venha adorar conosco, orar conosco, ouvir uma Palavra abençoada direto do Trono de Deus. Somos pastores e líderes sem fama, sem expressão na mídia e sem aspirações a isso. Somos autenticados pelo Eterno, venha conferir. Nosso foco é falar sobre fé, cura, avivamento e, principalmente, sobre a unidade do Corpo de Cristo na Terra – a igreja. Abaixo o link do convite. Este evento não é somente para pastores, mas para todos os que se importam em crescer espiritualmente e aumentar seus contatos com irmãos com quem passarão a eternidade adorando.

Temos hospedagens com preços acessíveis, refeições excepcionais por um preço muito bom e claro, estamos em Gramado-RS.

Junte-se a nós em Derramar das Águas

Mário Fernandez

Funcionamento – A Noiva de Cristo

“Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.” (Romanos 12:4-5)

Eu já devo ter dito isso uma centena de vezes ou mais…. mas estou impressionado com os dias em que vivemos. Ver pessoas almejando posições e poderes no meio político, na carreira militar, dentro de uma multinacional, no serviço público. Tudo isso faz sentido no seu contexto. Mas dentro da igreja eu não consigo me conformar. É o único lugar onde deveríamos querer ser os últimos para chegar primeiro, servir para ter galardão e diminuir para Ele crescer. Inacreditável. Vi coisas que não gostaria de ter visto.

Vi diáconos mudando de igreja porque perderam a posição de líder diaconal. Vi irmãos indo embora porque o pastor local informou que ali eles não iriam pastorear. Vi pessoas preciosas indo embora porque não se achavam dignas da posição para as quais foram convidadas – queriam algo “superior”. Vi pastores mudando de ministério porque aquela congregação não estava à sua altura.

Se isso me entristece imagino o que Deus sente. Sabe queridos, precisamos cumprir funções no corpo de Cristo, que é a igreja, mas também precisamos entender que nem sempre será o que pensamos ou desejamos. Temos de ser movidos por convicção e não por desejo ou necessidade. Não adianta colocar a pessoa errada com o pretexto de que não tem outra – é errado inclusive aceitar o convite. Ou Deus nos dá convicção (Colossences 3:15) ou a resposta é não.

Temos de viver mais por fé e menos por teorias. A noiva do Cordeiro (Ap 19), que é a igreja, precisa aprender que nem tudo será movido pela lógica ou pela razão, diferente das organizações deste mundo. Se não temos a pessoa certa para um determinado ministério na igreja local, oremos ao invés de colocar qualquer um. O Senhor providenciará. Se queremos um determinado cargo, oremos e aguardemos Deus confirmar, pois Ele não é Deus de confusão. Se algo precisa ser feito e temos dúvidas ou impasses, oremos até que Deus fale com quem tem que falar. É fé, não é utopia. Já vivi situações assim suficientes para escrever um livro de testemunhos.

A moral da história e o cerne de tudo é que a igreja (se preparando para as bodas do Cordeiro) precisa de fato se preparar e nisso tem funções a cumprir e papéis a ocupar. E não se iluda, serão pessoas como eu e você que farão isso, dentro de suas capacidades mas principalmente dentro de um chamado e convicção que deverá necessariamente vir de Deus.

Quem me conhece pessoalmente sabe, que eu prego num culto de santa ceia com a mesma alegria de servir do que limpo um banheiro, passo um pano no chão ou ajudo na cozinha. Lavo pratos e oro por enfermos com o mesmo entusiasmo. Sou incapaz de achar que tenha algo para fazer na igreja local para a qual eu não seja digno, no sentido de achar que sou bom demais para fazer algo. Por quê? Porque Jesus fez o pior e mais sofrido e eu não sou nada. Mas não me peça para fazer algo que ocupe um papel relevante sem eu ter pelo menos uma noite para orar e buscar confirmação de Deus. Não importa se é para pregar amanhã de noite ou ajuda na cozinha domingo. Tento ser movido por fé. Aliás, pobre de mim, tenho tentado ouvir a voz de Deus até para escolher o caminho no trânsito, mas ultimamente nada tem sido fácil.

Vamos focar nisso e deixar de lado o que não importa. A noiva precisa se preparar e tem pessoas demais se perdendo pelo caminho. Não engrossemos esta lista.

“Senhor, me ensina e fortalece para aprender a decidir por Ti e não por mim mesmo. Não quero ser movido pelos meus desígnios mas pelos teus.“