Mário Fernandez

Finanças – Multidão Ganha-pão

“Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.” (Mateus 14:17)

Um princípio muito negligenciado ou desconhecido na vida financeira se chama passividade. Como se explica que no meio de uma multidão de milhares de homens só havia cinco pães? Por que esse povo todo não se preveniu para sair ao campo? E se nem esse menino tivessse trazido os pães?

Independentemente dos aspectos estratégicos de uma situação destas, devemos aprender que multidão, povão, é assim mesmo – vive na passividade e não se previne. Isso meu querido, é um princípio de finanças essencial para prosperar. Quem fica na passividade não vai além de ganhar um pedaço de pão, enquanto que os poucos que são pró-ativos tem pão para repartir. Note que a multidão não tem nem nome, enquanto que o personagem central é o dono do pão.

Quando nossa vida profissional e financeira fica estagnada, devemos avaliar se não ficamos passivos, esperando o pedaço de pão nos chegar às mãos. Quem ganha pão não progride, fica limitado. É preciso superar, crescer, avançar, progredir. Não estamos mais na idade média e, exceto por questões extremas, a maioria das pessoas pode fazer algum curso, aprender algo novo, melhorar seu trabalho, conhecer novas técnicas, procurar novas oportunidades. Financeiramente falando parar é morrer.

Dias atrás conversava com minha esposa e lembrávamos que nossa fase de maior fartura financeira foi quando chegamos em Curitiba, mas o salário daquela época hoje não paga nosso aluguel. Se passaram 19 anos, imagine se eu ficasse parado no tempo.

Não devemos confundir ganância e avareza com ambição. Ambicionar algo melhor é saudável e necessário; exagerar não.

Se queremos prosperar, devemos sair da multidão e de sua passividade, mudando para uma posição ativa e abençoadora.

“Senhor, me ensina a mudar de atitude e colocar em primeiro lugar as ações abençoam não somente a mim, mas aos demais. Não quero mais ser passivo.”

Mário Fernandez

8 thoughts on “Finanças – Multidão Ganha-pão

  1. Avatar Airton disse:

    Pastor Mário:

    A reflexão me estimula a sair da zona de conforto e ir mais além. Conquistar outros espaços. Avançar. Navegar por mares nunca dantes navegados. Muito grato pelo impulso de buscar a perfeição humana.

  2. Avatar ANA disse:

    Sobre o fato que o povão não se preveniu: e se essa multidão não tinha nada no celeiro? se fossem pessoas necessitadas e pobres?
    Penso que o foco da passagem bíblica citada é o milagre que Jesus fez, se todos estivem de barriga cheia ou com reserva não haveria milagre.

    Sobre ambição é saudável, mas o significado:
    s.f. Desejo desmedido pelo poder, dinheiro, bens materiais, glórias etc; cobiça:
    Obstinação intensa para conseguir determinado propósito; vontade de alcançar sucesso; pretensão:
    (Etm. do latim: ambitio.onis)
    Sinônimo de ambição: anelo, anseio, avidez, cobiça, desejo, sede e sofreguidão
    Antônimo de ambição: desprendimento
    O que me chamou atenção foi o antônimo que é desprendimento, e penso que assim deve ser quanto as coisas terrenas, a bíblia fala totalmente ao contrario de fazer a nossa parte e Deus faz a dEle…

    Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
    ( não pde para o mês inteiro, ou seja ter reservas)

    “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.
    Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.
    Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.

    “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

    “Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante do que a roupa?

    Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?

    Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?

    “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem.
    Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.
    Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?

    Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’

    Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.

    Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.

    Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”.
    Mateus 6:11-34

  3. Avatar Jonas H. Pires Jr. disse:

    Maravilhosa palavra pastor Mário.
    O versículo anterior :
    “Mt 14:16 Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.”
    nos deixa claro as duas classes de pessoas apontadas em seu texto – quem dá e quem recebe. A segunda classe, Jesus acusa em Mt 26:11 que sempre haverá conosco ( se entendemos que nesse contexto “estar na multidão” representa pobreza espiritual). Independentemente da interpretação a missão dos líderes e daqueles que almejam a liderança é “dar pão” – são os que desejam fazer a diferença.
    Claro está que isso é válido em todos os âmbitos : material, espiritual …
    “””SAIR DA MULTIDÃO”””
    Parabéns prezado.

  4. Avatar Eliene Souza Reis disse:

    Boa tarde, Pastor Mario! Excelente lição para nos despertar quanto à necessidade de prosperar naquilo que fazemos como profissionais e como obreiros da Seara. Outra lição importante é a necessidade de andarmos prevenidos em qualquer circunstância. Quando meus filhos eram pequenos eu lhes contava esta passagem, transformando em uma historinha e dizia como a mamãe daquele menino foi cuidadosa com ele. Eu até parafraseava um diálogo da mãe com o menino, enquanto preparava a lancheira dele e comparava o cuidaddo da mãe com o cuidado de Jesus em querer alimentar toda aquela multidão e assim por diante…
    Que Deus o abençoe abundantemente. Grande abraço.

  5. Avatar Maria Dias Marques disse:

    FINANÇAS -MULTIDÃO GANHA PÃO

    Em todos os tempos e em todos os lugares
    Houve essa tendência do povo
    Por alguma necessidade especial,
    Ou pela imposição autoritária de governantes,
    Ou seguindo comandos de ignorantes espirituais,
    Ou pela sede de ouvir a palavra de Deus
    Como no tempo de Jesus,
    Continua acontecendo.
    As multidões são comuns, e não consta
    Na história, outro fato de que alguém,
    Levasse farnel, só aqueles cinco pães e cinco peixes,
    Porque o que preconizava alI
    Era a lição do mestre sobre a multiplicação
    Pela fé…
    Jesus deu aquela demonstração,
    Não para matar a fome do corpo,
    Mas para ensinar, que através da fé,
    Qualquer tipo de fome pode ser superada
    Primordialmente a fome de sabedoria divina.
    Não se ouviu nunca mais falar de outra multidão
    Que ensinasse o que Jesus ensinou.
    A carência máxima das multidões,
    Continua sendo a mesma,
    Fome e sede do conhecimento da verdade,
    O lanche dos peixes e pães foi temporário
    Mas a forma que ele ensinou
    Para suprir qualquer necessidade
    Através da ação com bênção.,
    Permanece até hoje.
    Sem ação abençoada, sem crer que Deus
    É que é o nosso real suprimento,
    Pode levar carretas de peixe e pão
    Que a fome vai continuar…
    Jesus disse: “os pobres sempre os tereis convosco”
    Por duas razões específicas: Porque a diferença
    Entre carente e abastado é óbvia.
    Jesus queria mostrar, com grande sabedoria,
    Que somos iguais, pobre e rico precisam
    Igualmente um do outro.
    O chamado pobre precisa do salário que o
    Chamado rico paga.
    E o chamado rico, sem o trabalho
    Do pobre, fica miserável em pouco tempo.
    As autoridades constituídas, que usam
    Sua empáfia para humilhar o pobre,
    Precisam ser lembradas de vez em quando
    (Não com badernas), mas com a palavra de Deus,
    De que o “gari” é uma personalidade
    Importante na cidade, sem o seu trabalho
    O mau cheiro começa a inebriar os poderosos narizes…
    Tem que haver o trabalho de todos,
    Cada um amando e dando de si mesmo,
    Numa comunhão do entendimento de que
    Precisamos uns dos outros,
    Que somos todos iguais em carência,
    E todos precisamos saber confiar e segurar
    Nas divinas mãos!

  6. Avatar Edilmar disse:

    Prezado irmão Mário, tenho muito apreço por seus textos, tanto que há anos venho guardando-os em minha caixa de e-mails. Como cristão e profissional que trabalha diretamente com o “povão” como você os chama, ao ler seu texto fiquei indagando-me sobre a suposta passividade deles. Eles seriam realmente passivos ou foram apassivados pela situação de exploração social a que são submetidos? Ser pró-ativo seria suficiente para superar as dificuldades quando se é colocado numa situação de desigualdade perversa como é na nossa sociedade?
    Há um outro detalhe no texto que precisa ser visto: o fato de o “o povão” seguir Jesus por longos caminhos já não era um indício da pro-atividade do “povão” que ansiava dias melhores, palavras de esperança ou quem sabe um milagre por parte do Mestre amante e autor da vida.
    A afirmação dessa suposta passividade também pode ser questionada pela atitude do Mestre que não podia prosseguir deixando aquela multidão sedenta de vida com fome. Será que Jesus faria essa mesma análise a respeito do “povão”? As palavras dele no sermão do monte (Mt 5) nos dão pistas de sua opinião a respeito daquela multidão.
    Se existe alguém passivo seria mesmo o “povão” ou os discípulos de Jesus que lhe sugeriram despedir a multidão sabendo que havia cinco pães e dois peixes que aos treze alimentariam suficiente? Não seríamos nós cristãos muitas vezes passivos diante da necessidade, da dor, da fome do outro?
    O que é mais fácil: assumirmos o desafio de partilhar o que temos com o outro que necessita ou culpá-lo (responsabilizá-lo pelo fato de em dado momento não ter o que comer? Seria mesmo o povão os passivos?
    Por fim, costumo chamar esse acontecimento de milagre da partilha, pois no contexto e no texto não aparece o verbo multiplicar, mas partilhar, o que demonstra a pró-atividade de Jesus querendo ensinar aos doze seguidores egoístas como devemos ser pró-ativos e partilhar o que temos com o outro no gesto de quem se compadece da multidão e não o de quem a despede e a manda se virar.
    Enfim, o que poderíamos fazer para evitar esses processos de apassivamento do povo.
    O cuidado de Jesus com a multidão me fala muito mais do que qualquer outro discurso.

  7. Avatar Bruno dos Santos disse:

    Prezado Irmão,
    Este assunto é muito complexo e creio, exige uma reflexão mais abrangente para não causar equivoco no seu entendimento.
    Realmente muitos de nós ficam na pasiividade e não tem nenhuma ambição ,no sentido bom da palavra.
    Mas como ficam os que confiam no Senhor e se empenham de todas as formas possíveis e imagináveis se aprimorarem para colher os frutos do seu esfôrço, sem contudo lograr êxito?
    Conheço Irmãos sinceros, tementes à Deus e que agem corretamente em busca de um bom padrão de vida, materialmente falando , mas no entanto não conseguem a tal “prosperidade.”.Muitos são competentes, falam vários idiomas,etc.contudo….esperam no Senhor.
    Contudo por conhecerem a verdade e entendendo as Escrituras que afirmam que nem só de Pão viverá o homem, não se abalam. Entregam o seu caminho ao Senhor ,confiam nEle e o mais Ele fará.Como diz o Salmista ,numa tradução livre :Nunca ví os que confessam que Jesus Cristo é o Senhor , passarem por necessidades…
    Penso que é assim…salvo juizo melhor.
    No Amor de Cristo,
    Bruno dos Santos

  8. Avatar tiago thorlby disse:

    Para o Filho do Pai Criador do Céu e da Terra, multiplicar pão e peixe nem milagre é!
    Milagre foi convencer o rapaz a partilhar o pouco que tem para o bem de todos!!
    Partilhar: eis o desafio à nossa fé no Deus Partilhado – Pai, Filho, Espírito Santo!!!

    Partilhar … num país que mais concentra terra e riqueza no mundo
    Partilhar … num país que tem estruturas para garantir esta concentração
    Partilhar … num país onde os ricos ficam cada vez mais ricos às custas dos pobres que ficam cada vez mais pobres

    É para cada cristão e cristã ter na cabeceira: “Senhor, vivo e moro e trabalho no
    país que mais concentra bens no mundo. Senhor, ao menos hoje, que eu saiba fazer a diferença para que venha a nós o Vosso Reino – assim na terra, como no céu.”

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