“Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?” (Mateus 7:4 ARA)
Vou tomar este texto por base, ainda que o assunto seja ligeiramente fora do eixo. Tenho sido procurado ultimamente pelos inquietos membros de igrejas locais que gostam de polemizar, com o velho assunto do que pode e o que não pode no culto, o que é mundano e o que não é. Aparentemente tudo começou por conta de um grupo de coreografia.
Antes de sair tomando partido, permitam-me dizer que não tenho lado nesta questão. Não sou a favor da coreografia, na mesma intensidade que não sou contra ela. Isso vale para ritmos musicais, teatro, instrumentos musicais e etc. A questão central a mim parece ser muito mais o que nos impede de ver claramente o cisco do que o olho em si.
Se a expressão de adoração do meu irmão é de uma forma que se pode compreender e não desabona o evangelho, que lhe seja permitido, mesmo que eu não goste ou não concorde. A questão é discutir o que é moralmente correto e edificante e o que não é, não discutir se o costume A ou B é mundano ou não é. Falar ao celular e dirigir automóvel não são costumes mundanos? Quem inventou o celular ou o automóvel o fez para glória de Deus? E a internet? E as roupas de marca?
Nossa adoração deve ter expressão clara como um recado que precisa ser dado, mas a Deus. Se os demais ao nosso redor não podem dizer amém, convém fazê-lo sozinho ou não esperar apoio e participação. Se não temos o que oferecer como elemento de adoração, de nada vale discutir se é costume mundano ou não. Já vi pessoas envergonhando a Cristo enquanto oravam publicamente assim com já vi silêncios extremamente irreverentes.
A hora é de questionar a essência das coisas e não mais suas formas. O tempo é pouco e tem gente demais indo para o inferno enquanto discutimos coisas que não mudam a vida de ninguém.
“Senhor, tem misericórdia de nós, tão críticos que somos. Ensina-nos Deus a te adorar como Tu mereces sem criticar a adoração de nossos irmãos.”
Mário Fernandez
gostei muito dos comentarios, e crei que Deus tem nos abensoado muitos. obrigado pelo apoio.
Tenho dois filhos adolecente, Gabriel e Izabela, que todos os Sabados estam na Igreja Arena Jovem, louvando, dancando, paticipando de coreografia e teatro em adoração a Deus. No começo fiquei apreensivo com o que vi e o que eles me contavam, mais hoje agradeço a Deus por ver meus filhos e tantos jovens adorando a Deus. Deus sabe como operar em suas vidas e conhece cada coração.
“visão clara”A propositura É CLARA eCURTA, o problema é que não discutimos coisas essenciais do reino de Deus e do reino dos ceus, coisas estruturais e que perpetuam para a eternindade.- Belo trabalh0-pr MC Chrispim
Gostaria de citar nosso irmão Paulo (Rom.14:14):
“Eu sei, e disso estou persuadido no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura”.
Ou seja: todas as coisas são puras para os puros; porém para os de mente impura, tudo fica impuro.
Neste mundo ja vi de tudo quanto é forma de expressão de adoração e louvor. Se tem algum resultado prático e eficaz como evangelização é questionável.
Os adolescentes e jovens amam participar de coreografias, danças, teatro ou qualquer outro meio utilizado para esse propósito (evangelização), que no final acaba se tornando uma espécie de entretenimento – uma forma dentro de uma fôrma.
Se pudéssemos estar presentes num culto evangélico numa tribo africana, feito por africanos, muitos ficariam horrorizados com a manifestação de culto deles.
Como disse um conhecido pastor: O que empresta sentido às coisas (música, dança, coreografia e mais um montão de coisas), não são as coisas mesmas, mas o olhar de quem projeta naquilo o seu próprio coração – a sua formação, a “fôrma” onde foi gerado.
Na igreja em que congrego há uma orquestra infantil de sinos que se apresenta em ocasiões especiais.
Uma menininha de 5 anos balançava o seu instrumento com muita alegria e estampava isso no seu rostinho lindo, expressando-se de uma maneira tão engraçada que causava risos de alguns da congregação. Eu disse risos, não gargalhadas!
A esposa de um dos pastores levantou-se enquanto as crianças tocavam, foi à frente e tirou a criança do grupo, pois segundo ela (eu soube depois) estava atrapalhando a ordem e “reverência” do culto.
Creio que ela não tem a percepção de que o templo que Deus agora habita é o nosso coração, e não no interior de quatro paredes de tijolos pintadas, nem nas fôrmas e formas.
Talvez na cabeça dela a criança estivesse se comportando mundanamente e assim, contaminando o ambiente. Ou talvez na cabeça dela Deus pudesse se enfurecer com aquele comportamento anti-litúrgico.
É o fim da picada o que essa irmã fez!
Enquanto não entendermos que música é música, gosto é gosto, público é público, estaremos sempre preocupados com coisas sem importância.
O que precisa ser discernido neste e outros contextos é que “o que entra pela boca (ou os ouvidos e olhos) não é o que contamina o homem, mas o que sai do coração/mente do homem”.
Obs: Não estou falando de libertinagem!
Quando adolescente, e isto já faz alguns anos, pois tenho 54, a igreja onde servia ao Senhor adotava Teatro. Para muitos aquilo era uma profanação. Fui rei, sacerdote, mendigo, pastor, mago, profeta e muitos outros. Só Deus sabe o quanto isto foi relevante para manter um adolescente para me manter uma geração de jovens caminhando com Cristo até hoje e ter a maioria deles no ministerio. Portanto, que nossos jovens façam coreografia!
Paz!
(Miquéias 6:6) – Com que me apresentarei ao SENHOR, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano?
Se todos se aplicassem mais em ler as escrituras e se preocupassem em saber oque Deus requer de si, tudo ficaria muito melhor.
Que Deus nos de sabedoria e tenha misericórdia de nós.
Valdir Damada