“Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo.” (2 Coríntios 4:10)
Eu tenho ouvido, nesses meus quase 30 anos de evangelho, diversos apelos para entregar a vida a Jesus. Tenho ouvido inúmeros apelos para missões, chamados para dar a vida em favor do evangelho. Conversei com dezenas de missionários que arriscaram, e ainda arriscam, suas vidas em favor da salvação dos perdidos. Participei de várias iniciativas que com sacrifício e dedicação enviaram homens e mulheres mundo afora, alguns para nunca mais voltar.
Mas este versículo tomou cor e cheiro diferente. Para mim, o apelo aqui é para, não necessariamente morrer por Jesus, mas para viver para Ele. A pergunta que ainda ecoa dentro da minha alma é: se é para entregar a vida para Jesus, que diferença faz viver ou morrer, desde que seja para Ele?
A diferença que faz é o testemunho, é o impacto, é a marca, é o sinal, é A diferença. Eu vejo uma conexão poderosa deste versículo no “em nosso corpo” com Jesus dizendo “toma tua cruz”. O elo que une tudo é a cruz. O toque de sentido em tudo é a cruz. O que nos diferencia dos demais escravos é que quem nos comprou o fez para liberdade e não para escravidão. Servimos por amor e por gratidão, não pelo preço em si que foi pago, embora este seja muito elevado.
A vida de Jesus precisa ser revelada em nosso corpo e isso nos ajuda a entender por que vivemos dias tão conturbados. A prostituição, a idolatria da beleza, as impurezas, os descuidos com o corpo, enfim todo tipo de mancha que colocamos em nossa vida ofusca a vida de Jesus em nosso corpo. Temos de evidenciar um Cristo vivo e não uma lembrança distante de um nazareno qualquer, filho de carpinteiro. O morrer de Jesus em nosso corpo é sinal de santidade = separação deste mundo. Lutamos contra tentações e até mesmo provocações, diariamente. Não temos como escapar de ser tentados, mas podemos parar de procurar e principalmente podemos resistir para não cair.
Eu gosto de ser prático em todas as coisas, neste caso também. Ter no corpo as marcas não é tatuagem, não é cicatriz, não é feiura nem beleza – é usar o corpo para perambular pelo planeta Terra de modo diferenciado, que evidencia a presença do Senhor com atitudes, com gestos, com sinais visíveis, com respostas amorosas, com negação ao pecado e aos desejos da carne.
Se não for para viver assim, independente do ofício que sustente nossa vida, então realmente morrer é a próxima opção dessa lista. Invariavelmente, os grandes referenciais do cristianismo entenderam isso ao longo do tempo e da história. Agora é a nossa vez e o nosso tempo. E é um desafio e tanto.
“Senhor, me ajuda a manter o foco em Ti e na Tua vida em mim. O que não quero é perder o foco. Obrigado por me ensinar a viver Contigo pela Tua Palavra.”
Mário Fernandez
Muito boa mensagem e estas frases resumem bem o que devemos assimilar: “Temos de evidenciar um Cristo vivo e não uma lembrança distante de um nazareno qualquer, filho de carpinteiro. O morrer de Jesus em nosso corpo é sinal de santidade = separação deste mundo. Lutamos contra tentações e até mesmo provocações, diariamente. Não temos como escapar de ser tentados, mas podemos parar de procurar e principalmente podemos resistir para não cair”.
Pastor Mário:
A assimilação de Jesus, dos seus ensinamentos, do evangelho puro implica a morte do eu, que deve ser materializada no corpo. quando tal ocorre a vida do Mestre é revelada no corpo. E assim, guardadas as proporções, Deus passa a ter cara, cheiro e pele.
Servimos por amor e gratidão… Essas palavras responderam a um antigo questionamento. Obrigada.
Muito boa a mensagem que nos deixou acima, querido Pr. Mário Fernandes. Que Deus o siga usando para nos abençoar com tão boa palavra de Deus…