Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Duas Culturas

“Acima de tudo, amem sinceramente uns aos outros, pois o amor perdoa muitos pecados.” (1 Pedro 4:8)

Os aspectos envolvidos na herança comportamental são bastante profundos e impregnam nossas vidas de uma maneira que muitas vezes sequer percebemos.

Em cada casa a família tem seu próprio jeito de ser e de agir. Alguns pais são conservadores, enquanto outros liberais e um outro tanto moderados. O produto da sua forma de ser e agir são os modos dos filhos.

Se há um filho que sente a necessidade de espaço para poder agir e pensar e está inserido numa família rígida, provavelmente terá dificuldades. Se possuir um certo “jogo de cintura”, vai conseguir absorver estas situações e comportar-se de maneira adequada.

O fato é que cada pessoa é de um jeito e seus filhos não necessariamente possuem temperamento e gostos semelhantes aos dos pais. Isto tudo pode ser fonte de tensões no relacionamento entre pais e filhos e entre os filhos.

Quanto mais pessoas na casa, mais comportamentos diferentes existem, mais relações devem acontecer e mais conflitos podem surgir. Temos dois modos de enxergar isto, por um lado podemos dizer que uma casa em que tenham mais pessoas há mais conflitos e dificuldades ou olhando de um modo diferente e melhor, dizer que numa casa em que há muitas pessoas há mais variedade de situações que proporcionam um crescimento social mais rápido para quem está lá.

Naturalmente, o modo de enxergar vai depender do temperamento e comportamento de cada um de nós.

De qualquer forma, estas interações familiares irão moldar as pessoas da família, de forma a que terão o jeito de agir, pensar e comportar-se semelhantes.

Você já observou uma família que tenha uma característica bem definida e que você poderia dizer qual é a qualidade que marca a todos naquela casa?

É disto que estamos tratando, comportamentos semelhantes de todos os familiares. Estes comportamentos podem ser bons ou ruins, e saiba que todos nós teremos os dois tipos de comportamento em nossa casa. Temos que manter os bons comportamentos e melhorar os comportamentos ruins, assim iremos crescendo.

Quem nos ajuda muito nesta área é o Espírito Santo, que está realizando em cada um de nós o processo da santificação, que nada mais é do que o aperfeiçoamento dos crentes em direção à Jesus. Precisamos deixá-lo agir em nossa casa para que nosso lar cresça a cada dia de forma que, ao olharmos para trás, podemos ver que estamos melhores do que ontem e olhando para a frente tenhamos um objetivo de melhorar ainda mais.

Tendo tudo isto em mente, ao nos casarmos, iremos encontrar uma pessoa que foi criada numa cultura familiar totalmente diversa da nossa.

O convívio do namoro e noivado não é suficiente para entender todos os aspectos desta cultura, mesmo envolvendo-se com a família do futuro. Pensando melhor, a gente até percebe, mas nossos olhos estão fixos no nosso par, a tal ponto que tudo que está em volta é esquecido.

Algumas pessoas chegam a olhar apenas para a beleza externa, esquecendo-se de olhar para a beleza interna, para alma da pessoa. Quem ela é, quais suas qualidades e defeitos e perguntar-se se é o tipo de pessoa com o qual deseja passar junto o resto de sua vida.

De qualquer forma, após casarem-se estão ligados numa aliança indissolúvel entre eles e com os familiares de ambos. Mesmo que tenham levado em consideração os aspectos acima, mesmo assim ainda serão duas pessoas com culturas diferentes que passarão por um período de adaptação.

Muitos pensam que os primeiros anos de casamento são os melhores, e podem ser sim, desde que haja respeito e amor mútuo. Cada um querendo o melhor para o outro e procurando compreender suas atitudes, confrontando amorosa e pacientemente cada situação comportamental diferente e de potencial conflito.

Se esta primeira etapa for bem feita, certamente estarão lançadas as bases de uma relação profunda e duradoura em que a cultura de ambos se fundirão numa nova cultura familiar em que os filhos serão criados.

“Senhor, que eu possa a cada dia me santificar na tua presença, amando meu cônjuge e familiares cada vez mais, transformando-me na expressão viva do teu amor.”

Luis Antonio Luize

4 thoughts on “A Fé Começa em Casa – Duas Culturas

  1. Avatar airton disse:

    Luis Antônio:

    O ensinamento de Pedro é, de fato, desafiante. A junção de duas culturas requer, tanto no início quanto no dia a dia da vida conjugal, perdão constante. Não se pode desprezar essa pratica, sob pena de contrair doença da alma e do corpo. O que deixa a vida insípida e incolor.

  2. Avatar Lorena disse:

    Obrigada pelo texto Luis,
    explica muita coisa que passamos em relacionamentos e principalmente nos dá uma luz apara agirmos melhor nessa etapa da vida.
    Deus abençoe

  3. Avatar Marcia disse:

    Olá, Luiz.
    Gosto muito de suas mensagens, pois são sempre muito edificantes. Achei interessante seu comentário “Muitos pensam que os primeiros anos de casamento são os melhores”, pois são os anos em que mais temos que nos adaptar a tudo, não? Seriam, então, os mais difíceis, mas aí estamos realmente decididos a amar, e o amor nos impulsiona a ser pacientes e superar dificuldades.
    Que o Senhor continue a abençoá-lo com mensagens como esta para que todos sejamos edificados. 🙂

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