“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28:19,20)
Fiz questão de tomar este texto, das diferentes narrativas que a Bíblia oferece, pois além de ser o mais conhecido oferece também o caráter mais impositivo de todos, ou seja, é o que mais se parece com uma ordem. Não vou discutir a exegese e evocar os termos gregos, quero ficar no básico, ou o que está aos olhos.
Jesus em seu ministério fez muitas coisas. Nem todas foram registradas por escrito, como bem disse o apóstolo João no final de seu evangelho. Mas de tudo que Jesus fez, podemos resumir em poucos pontos para entender mais facilmente:
- Ensinou as Escrituras (aqui incluímos falar sobre o Reino de Deus, sobre o Pai, etc)
- Orou por enfermos (inclusive ressuscitou mortos)
- Expulsou demônios
- Operou milagres e maravilhas (multiplicou pães, acalmou tempestade, etc)
No texto paralelo de Marcos temos a afirmação de que sinais seguiriam os que cressem e são os mesmos 4 pontos. Em Mateus 5 em diante no chamado “sermão do monte” vemos os mesmos pontos. Neste texto de Mateus 28 temos basicamente a mesma coisa.
De onde tiramos a ideia de que é preciso uma preparação ou um ensaio ou uma qualificação para cumprir uma ordem dada por Deus? Se a ordem é “ide” ou “fazei discípulos” é discussão semântica, temos uma ordem a cumprir. Quem nos dá o direito de decidir por nós mesmos quando estamos prontos para obedecer???
Eu tenho em minhas mãos uma Bíblia cheia de referências, textos, ensinos, histórias e mandamentos que me apresentam claramente o que devo fazer. Não encontrei nenhuma referência do tipo “quando se sentir pronto”. No livro de Josué não tem nada como “vai aquecendo que vamos invadir Jericó”, pelo contrário, é mais como “santificai-vos [agora] pois amanhã [data marcada sem opção] o Senhor fará maravilhas”. É como se o trem do mover de Deus fosse passar e a opção que temos é embarcar ou não, nada mais. Se embarcar arque com as consequências e se não embarcar preste contas disso ao dono do trem.
Meu querido, ao ler esta meditação pense no seguinte: Deus só te pedirá o que te é impossível se Ele mesmo te capacitar para tal de forma sobrenatural. Nem mais, nem menos. O impossível para nós é normal para Ele. O nosso normal para Ele é nojento, é carnal, é desse mundo, é imundo. A decisão NUNCA deve ser se estou pronto para orar com os doentes ou para ensinar o Evangelho, mas sim se quero obedecer ou não pois o demais vem dele. Simples assim? Sim, simples assim!
Deus sempre pediu para pessoas fazerem mais do que eram capazes e muitas delas de fato fugiram disso. Outras disseram “se o Senhor não for conosco então não nos tire daqui” o que em outras palavras seria “o que Senhor está pedindo é impossível então faça porque eu não conseguirei”. Mas obedeceram. Fizeram. E não me refiro a Jesus, estou falando de um Davi adolescente matando um gigante experiente, de um Gideão amedrontado liderando exércitos, de um Pedro iletrado curando com a sombra, de um Elias sozinho e desarmado derrotando 850 profetas, de um Felipe pregando a um eunuco sobre batismo no meio de um deserto.
Eu creio sinceramente que é chegado um tempo de pararmos de teorizar e tomarmos uma decisão sincera se queremos [desejamos] ou não obedecer o que Deus já ordenou claramente. Sem profetadas, sem revelações e revelamentos, sem chão tremer, sem ventania, sem nada disso – apenas porque está na Bíblia e não estou fazendo, mas sei que deveria fazer. Eu creio que a hora é agora para abrirmos a porta do templo e deixar aberto enquanto tiver um doente para orarmos. De acordarmos mais cedo para orar, de dormir mais tarde para ler a Palavra, de olhar menos filme e escrever mais da história da nossa geração.
“Senhor, perdoe por resistir aos Teus chamados. Inúmeras vezes eu poderia ter obedecido e não o fiz. Fortalece-me para que eu seja obediente pois isso é melhor do que adorar.“
Pastor Mário:
O preparo torna a pessoa mais qualificada para desempenhar sua função. Contudo, não impede de cumprir o seu papel no mundo, mesmo sem preparação humana. No final das contas o que vale mesmo é se a pessoa obedeceu ou não ao que Deus agendou para ela.
Gostei imenso de ler o seu belo artigo.
Saudações em Cristo,
João Mendes
Parabéns pela mensagem.Realmente devemos deixar as palavras de lado e começar a agir.
I – Identidade de quem servimos
D- Direção para seguir os passos do mestre
E – Empenho e dedicação para proclamar
Pastor Mario Fernandez obrigado pelo Senhor lhe capacitar para esta OBRA grandiosa que e levar a CRISTO de uma maneira tao simples mais que e efetivamente proveitosa para os seus servos. Que Deus pel seu ESPIRITO possa cada dia lhe oferecer este alimento as suas ovelhas.Obrigado e a minha oracao em nome de Jesus