“Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” (João 13:14-17)
Uma das coisas que temos visto acontecer com muita intensidade na igreja de hoje é o uso dos relacionamentos apenas para atingir um determinado fim.
Antigamente (isso é, há uns poucos anos) éramos ensinados que somos servos de Jesus Cristo, o Senhor, e que deveríamos seguir o seu exemplo e servir ao nosso próximo em amor (João 15:12). Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos quando o mundo reconhecesse o amor com que nos amássemos uns aos outros (João 13:35).
Atualmente, somos tudo, de reis e príncipes a administradores e líderes, que temos que conquistar as pessoas para nos seguirem e fazerem parte da nossa “turma” (substitua turma pelo nome que você costuma ouvir). As pessoas devem ser convencidas a obedecerem o método que foi implantado na igreja independente de compreenderem o motivo pelo qual fazem o que fazem.
Não sou contra métodos. Ao contrário disso, estudo processos empresariais e sei a otimização e o aumento da eficiência que um método bem definido pode trazer a qualquer organização. O problema é quando o método substitui o relacionamento na igreja.
O método pode ajudar a encher a igreja. Mas o método não cura feridas, não satisfaz a solidão, não consola a tristeza, não muda o caráter. Essas coisas só acontecem com relacionamentos profundos e amorosos, que geralmente levarão bastante tempo para se consolidarem.
Junto com o relacionamento, a oração constante e consistente uns pelos outros trará a cura, o consolo e a mudança desejada diretamente do trono do Altíssimo.
Como tem sido a sua experiência de grupo na sua igreja? Tem sido de relacionamento vivo ou de processo mecânico? Você ora regularmente pelas pessoas com quem se relaciona em seu grupo?
Obrigada pela mensagem. Nos incentiva a prosseguir conforme a Palavra nos ensina. Na célula a que pertenço, além das reuniões semanais, ficamos em contato e oramos uns pelos outros de acordo com as necessidades que nos são apresentadas.
Realmente o que vemos são o valor que se dá as instituições acima das pessoas.
Muito bom o texto, estava sentindo falta dos emails. Mais uma vez obrigado.
Muito bom o despertamento!
Graça e paz Pr. Vinicius, Tinha muito tempo que não recebia sua mensagem. Realmente faz muita falta. Quando a mensagem de hoje, somente como comentário mesmo, pois acho muito difícil mudar o estado atual das coisas, principalmente porque o que o sr. sabiamente expos, é um fato que todos os líderes e igualmente os que possuem pelo menos um pouco de entendimento sabem estar acontecendo em todos os ministérios praticamente. O distanciamento de indivíduos que se satisfazem, ou pelo menos demonstram certa satisfação em ser simplesmente membros de igrejas. O “ser” membro de um ministério hoje, se resume em assistir aos cultos, louvar, dizimar, ofertar e quando muito concordar com tudo que lhe é tão “gratuitamente” oferecido. Todos sabem da importância da comunhão, do partilhar, mas isto são teorias cristãs que não se aplicam na pratica. E mesmo que se queira, existe pouca abertura de uns para com os outros, não somente para fazerem, como para receberem. Dentro das igrejas, é um tal de “pega na mão do irmão”, “dá um abraço nele”, “dá paz do Senhor” e inumeráveis outros “ciclês” evangélicos. Mas fora é cada um para si, que cada que “leve sua cruz”. Parece que é simples, mas como bater na porta da casa de um irmão e dizer para ele que foi ali para bater um papo, tomar um cafezinho, se o tal irmão provavelmente está totalmente envolvido em seus próprios problemas? Assim como não conseguimos tomar a iniciativa os outros também não conseguem dar o primeiro passo. Aí ficamos, na história que precisamos orar mais, ler a Bíblia mais, ir a igreja mais, dizimar mais, ofertar mais e mais e mais e muitos outros mais. Mas e o amor? o levar as cargas dos outros e levar a sua própria carga? Dificilmente conseguimos um nível de comunhão em que cheguemos a condição de apenas oferecer o ombro, a mão ou o que for necessário ao irmão sem veladamente tentar mostrar a ele que o que ele está passando provavelmente é algum pecado, uma brecha ou mesmo uma falta de fé. É como Jó. Os amigos dele queriam consola-lo com acusações, mas o que ele precisava mesmo era apenas quem chorasse com ele toda a sua dor. Assim ainda é hoje, mas esbarramos em pelo menos dois problemas: Um é a própria capacidade de discernir quem ou quando alguém está realmente necessitando. O segundo é a desconfiança natural em não “poder confiar em ninguém hoje em dia”. Mas como mudar isso? Todos sabem o que fazer e não o fazem. Todos se sentem incomodados, mas continuam “levando a vida”. Sinceramente creio que um único caminho, seria começar tudo de novo. Isto é, voltar as origens lá de “Atos 1:8″. Mas quem? Como? Quando?” Onde?”. Esse é o problema, pois para isso teria que “derrubar esse templo edificado não em quarenta e seis anos, mas em milênios”. Quem sabe uma nova comunidade diferente de tudo que se vê hoje, mas muito parecida com que se via antes. Mas volta a pergunta: “Quem? Como? Quando?” Onde?”. Vemos por exemplo, Caio Fábio x Silas Malafaia x Paulo Junior x Ricardo Godin x Macedo x Valdomiro x etc, x etc, x eu x o sr. e etc, e etc,. E onde isso vai dar? Acho que em lugar nenhum…