“Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.'” (Lucas 18:16)
Uma das maneiras mais importantes para preservar e proteger a infância de uma criança é direcioná-la nos caminhos do Senhor. Primeiro, por que isso definirá seu futuro e, se tudo correr bem, sua eternidade. Segundo, por que no Reino de Deus criança tem privilégios especiais de criança. Terceiro, por que quem entende minimamente o Reino de Deus saberá como deixar uma criança ser o que ela de fato é: criança.
Todo tipo de abuso é gerador de problemas e muitas vezes de traumas e danos muito complicados de curar, mesmo ao longo do tempo. Devemos considerar como um comportamento abusivo privar uma criança de ser levada aos pés do Senhor? Alguns consideram que cada pessoa deve ter liberdade para escolher seus próprios caminhos espirituais. Eu pessoalmente não creio assim, pois no meu entendimento as promessas de Deus se cumprem quando cumprimos a nossa parte e nitidamente, sem sombra de dúvida, Jesus disse que o Reino pertence aos semelhantes aos pequeninos.
Para que uma criança seja ensinada a andar com o Senhor é preciso que seus pais, seus familiares, também o façam para poder mostrar mais do que falar. Ao criar nossas crianças no meio do povo de Deus, estamos protegendo-as debaixo da potente mão de Deus, para que o próprio Deus os proteja na fase adulta. Se privarmos uma criança de aprender do Senhor na infância, na fase adulta será espetacularmente mais dificil.
Proteger é livrar de perigos, ameaças, tormentos. Proteger é preservar. Proteger é dar cuidado. Tudo isso cabe completa e perfeitamente no conceito de andar com Deus. Olhemos para nossos pequenos como pedras preciosas e delicadas que precisam de cuidado.
“Senhor, quero olhar para os pequeninos como o Senhor olha, dando a eles o cuidado e a proteção do Teu arraial. Me ajuda a tratar das crianças como o Senhor deseja.”
Mário Fernandez
Pastor Mário:
Chama-me a atenção que o reino de Deus pertence aos que são semelhantes aos pequeninos. Penso que, dentre outras, essas semelhanças são: dependência dos pais; descanso nos pais ; sinceridade; incapacidade de guardar rancor e despreocupação. Que o Pai nos auxilie no desenvolvimento de tais semelhanças.
Comecei a cuidar de crianças desde muito cedo. Com seis anos já cuidava dos meus irmãos menores pois a mamãe tinha câncer terminal e éramos oito filhos. Depois de mim, cinco. Com 11 anos já era professora da EBD. Cuidava deles com amor de criança, com o olhar de Cristo, a intermediação do Espírito Santo. A experiência valeu e assim cuidei de muitas crianças ao logo da vida e apredi muito com elas. Deus me capacitou a criar dois filhos no Caminho que devem andar e ajudar muitos outros filhos a seguirem no mesmo Caminho. Pense numa tarefa edificante! Glória a Deus!
A mensagem de hoje constitui uma orientação excelente para pais, educadores e a sociedade em geral, quanto ao imenso desafio de educar as novas gerações. Estamos vivenciando profunda crise ética, notadamente da ética cristã. Uma questão é reconhecer este fato. Outra, é saber nos preparar para enfrentar esta crise. Como enfrentar o poder das mídias – TV, redes sociais, revistas… que veiculam a naturalização da degradação humana???
É absolutamente necessário ter a clareza dos princípios orientadores da vida cristã. E, nem sempre os pais têm! Buscar esta clareza, construindo-a na família é a grande tarefa do momento. Conhecer tais princípios e integrá-los em nossa vida prática. Assumir o compromisso de defendê-los e vivenciá-los.
Que o Senhor nos capacite para esta missão. Para o reconhecimento de sua soberania!