Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Escala de Valores

“- Quero pedir que o senhor faça uma experiência com a gente. Durante dez dias, dê-nos somente legumes para comer e água para beber. No fim dos dez dias, faça uma comparação entre nós e os jovens que comem a comida do rei. Então, dependendo de como estivermos, o senhor fará com a gente o que quiser.
O guarda concordou e durante dez dias fez a experiência com eles. Passados os dez dias, os quatro jovens israelitas estavam mais sadios e mais fortes do que os jovens que comiam a comida do rei.” (Daniel 1:12-15)

Os versículos acima nos trazem o aspecto da escala de valores a que nos submetemos em nossas vidas. Daniel e seus amigos tinham um compromisso com Deus. Em vez de se submeter à ordem do rei cegamente, alterar suas prioridades e perder sua unção, dons e chamado, escolheram manter sua escala de valores.

Este exemplo é muito atual e serve plenamente para nossos dias. Há uma quantidade muito grande de casais que chegam para Telma e para mim para tratarmos seus relacionamentos em que houve uma mudança na escala de valores, acarretando diversos tipos de problemas no casamento.

Muitos maridos dedicam-se tanto ao trabalho que não desejam desenvolver sua vida espiritual. Da mesma maneira, muitas esposas dedicam-se tanto à casa e aos filhos que se esgotam e não se relacionam com seus maridos.

Mas o que é o trabalho para o homem senão trazer o sustento para sua família e celebrarem isto?

O que é ter filhos e cuidar da casa senão deixar tudo em ordem para viverem em harmonia e alegria quando estão juntos?

O que seria da vida aqui na terra se não tivermos a certeza da salvação?

Portanto, devemos tratar de objetivos a serem alcançados e não de nos envolvermos com as coisas que acontecem no meio do caminho e esquecer da principal.

Daniel identificou qual era o objetivo do rei e fez algo nesta direção que permitiria manter sua devoção a Deus e foi bem sucedido. Ele poderia ter se perdido no caminho, aceitando a comida do rei e tirando Deus da posição principal da sua vida.

O que move nossas vidas são as nossas prioridades. Estas, são definidas pelos nossos princípios, interesses do momento e também pelo nosso perfil de comportamento. Independente disto, há uma escala de valores a ser atendida que, se negligenciada, trará consequências para nós e para os que nos cercam.

A primeira prioridade de qualquer pessoa deve ser o relacionamento com Deus. Este ponto está seriamente abalado nos dias de hoje. Queremos nos conectar com todas as pessoas ao redor do mundo, menos com Deus. Para compensar fazemos muitas atividades assistenciais ou na igreja, para aliviar a nossa consciência. Este ativismo religioso ou social não significa que temos intimidade com Deus. Cada um de nós necessita ler a bíblia e orar. Sem isto não nos santificaremos e não veremos a Deus.

A próxima prioridade é o nosso lar, sendo que nosso cônjuge vem antes dos filhos. Preciso atender às necessidades de meu cônjuge, pois é parte integrante de mim mesmo (…uma só carne… Gênesis 2:24). Nosso filhos são pessoas e devemos dedicar tempo a cada um deles de maneira individual, conforme suas características e capacidades, tratar diferentes de maneira diferente. O objetivo aqui é ensiná-los a amar a Deus e refletirem Seu caráter em suas vidas.

Somente então é que temos a prioridade do trabalho. O marido deve fazer o melhor no seu trabalho/profissão. Deve tomar o cuidado de que isto não tome o lugar de Deus e da família em sua vida, pois iria desequilibrar sua vida como um todo. Também deve ver seu trabalho como uma bênção e não como uma maldição. Os homens foram feitos por Deus bem robustos para toda atividade laboral, física e emocional. Suportam muito bem a pressão diária e conseguem chegar em casa e se relacionar com a família, desde que tenham buscado a Deus primeiro. O marido deve ajudar nas tarefas domésticas, isso não lhe diminui a masculinidade, mas demonstra amor pela sua família e esposa. Esposos leiam: Tito 3:6¨-8, II Reis 23:25, Gên 3:19 e Prov. 14:23.

As esposas devem cumprir com suas responsabilidades como esposa e mãe. Também devem cuidar dos extremos, assim como o homem. Manter a casa limpa e em ordem não significa que o marido e os filhos não possam se sentir à vontade na casa, por outro lado, não devem ser negligentes quanto ao cuidado com o lar. Esposas, leiam Tito 2:3-5. Se a esposa trabalha fora, inevitavelmente ela continuará com as atividades domésticas. Essa não é uma visão machista, pois, mesmo com o marido auxiliando, a maior parte desta atividade acaba com ela, enquanto do sustento é do marido.

Em seguida temos a prioridade ministerial. Esta compreende o uso dos dons que Deus nos concedeu para o crescimento e edificação da igreja. Nunca poderemos deixar de cumprir esta prioridade dando como desculpa as anteriores. Se colocarmos cada prioridade na sua devida escala de valor, faremos tudo sem nos cansarmos e ainda Deus nos edificará ao exercermos o ministério.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Qual a situação atual das nossas prioridades de vida?
  • Quais serão suas atitudes práticas para ajustar esta situação?

“Pai celestial, consagro a Ti a minha vida e o meu lar. Peço que Seu Espírito venha me auxiliar a colocar as prioridades de vida em ordem para usufruir das bençãos que o Senhor concede àqueles que estão guardados em Ti. Toca-me para que eu tenha ações práticas que promovam a harmonia em todos os lugares em que esteja. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Aprendendo a Amar

“Assim, Jacó trabalhou sete anos para poder ter Raquel. Mas, porque ele a amava, esses anos pareceram poucos dias.” (Gênesis 29:20)

Esta palavra tão pequena – AMOR, leva-nos a tantas situações na vida e mostra-se por muitas facetas diferentes no nosso dia a dia. Usamos para as mais diversas situações, podendo até duas pessoas estarem falando e expressando amor, sendo que a interpretação e a expectativa podem ser totalmente diferentes e até desconhecidas pelo outro.

O processo de desenvolver nossos relacionamentos ou de restaurá-los, passa pela maneira como amamos. E isto num sentido mais amplo e completo exige que conheçamos as mais distintas faces do amor.

Em grego existem 5 palavras para o que se relaciona a amor, enquanto no português apenas uma, e quando a usamos pode significar muitas coisas. Vamos conhecer estas diferenças e passará a ficar mais claro o que acontece com cada um de nós quando dizemos – “eu te amo”.

EPHITUMIA – desejo forte, fixar-se em desejar sexualmente. Esta expressão envolve nossa sexualidade e na vida conjugal devem, marido e mulher, sentir e desenvolver um forte desejo físico entre si. Este amor é expresso através da intimidade física e resulta em prazer para ambos.

Precisamos conhecer a nossa sexualidade e a de nosso(a) parceiro(a), pois os mecanismos que despertam o interesse sexual é diferente para o homem e para a mulher. Nossa postura deve ser de demonstrarmos ao nosso cônjuge que o amamos despertando seu desejo por nós.

A sociedade moderna tem se fixado neste tipo de amor como sendo suficiente, esquecendo-se das demais necessidades humanas.

EROS – amor romântico, apaixonado. É o desejo ardente de empenhar-se na felicidade do ente amado. Nos impulsiona a não medir esforços para estarmos com o outro e expressar nossos sentimentos.

Este amor é muito visível nos casais de jovens namorados. Para exemplificar, certo dia quando namorava a Telma, estava um frio muito intenso em Curitiba, em torno de 5ºC, e eu só poderia ir à sua casa de moto. Pois bem, não deu outra, me enchi de blusas e fui. Cheguei gelado e nem fiz conta disto, só queria estar junto dela.

Muitos, depois que casam param de agir assim, pois tem a falsa impressão que é algo que não faz mais parte da vida, como algo que passou, teve fim, e perdem boas oportunidades com seu cônjuge. Para expressarmos este amor precisamos conhecer nossas necessidades e carências emocionais e afetivas.

STORGE – amor refúgio e segurança. Este amor satisfaz a necessidade que temos de participar de um círculo íntimo, onde as pessoas se interessam umas pelas outras e são leais entre si. É o que chamamos de sentimento de lar. É um local aonde podemos nos despir de nossas máscaras e sermos aceitos como somos.

Enquanto eros funciona como um combustível para alimentar nossas emoções, storge vem para edificar os alicerces do nosso relacionamento e nos dar estabilidade emocional, independente das circunstâncias.

Desenvolver este amor leva tempo, é lento, inicia com a fidelidade em aliança e nos leva a desfrutar de uma vida sadia.

É por isto que escutamos casais falando um ao outro:

— Eu te amo! Diz ela se referindo ao amor storge – segurança e refúgio ou phileo – amigo, companheiro.

— Eu também te amo meu bem! Diz ele se referindo ao amor ephitumia – desejo forte e ardente.

Quer dizer, ela pede atenção e segurança e ele está respondendo com sexo. Dai ela diz:

— Você só pensa nisso!

Ao final, ministra ao marido e desenvolvem a sexualidade, pois os bons amantes suprem primeiro as necessidades de segurança e amizade da sua esposa. Nestes momentos, os maridos devem suprir as necessidades amorosas de sua esposa para que, em seguida, possam também ser supridos das suas.

PHILEO – amor amigo, companheirismo. Todos possuem a necessidade de ter amigos, fazer coisas juntos, passar tempo junto e dividir sonhos, planos e pensamentos. É um amor com capacidade de guardar confidências, serem leais, cordiais e afetuosos.

O desenvolvimento deste amor gera cumplicidade de vida entre marido e mulher. Quando não desenvolvido, estes vão procurar outras formas de preencher este espaço, através de amigos, parentes ou filhos.

Precisamos desenvolver este amor com nosso cônjuge. Marido e mulher deveriam se considerar como o primeiro e maior amigo, com o qual possuem prazer em sonhar, planejar e executar coisas juntos.

AGAPE – amor sacrificial, incondicional. Este é um amor alimentado pela vontade e não pelas emoções. Sua poderosa natureza e fonte é o próprio Deus. Este é o fruto do Espírito em todo aquele que tem Jesus como Senhor e Salvador de sua vida, é um privilégio dos filhos de Deus.

Este amor se manifesta de forma incondicional, inesgotável, generosamente e sem medida. Este amor é aquele que consolida e harmoniza o perfeito ajuste entre todas as faces do Amor Integral.

Resumindo: Ephitumia desenvolve nossa sexualidade; Eros cria amantes; Storge nutre nosso lastro emocional; Phileo cria amigos e gera cúmplices e Agape é o presente de Deus aos seus filhos.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tenho demonstrado amor ao meu cônjuge?
  • Desenvolvemos todas as facetas do amor em nossa vida conjugal?

“Pai celestial, ensina-me a amar verdadeiramente e expressar meus sentimentos de maneira que meu cônjuge se sinta amado(a). Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Como Resolver os Conflitos

“Saber dar uma resposta é uma alegria; como é boa a palavra certa na hora certa!” (Provérbios 15:23)

Se porventura você está envolvido em um conflito conjugal neste momento, você deve ter atitudes que auxiliem a sair desta situação.

Para começar seja um bom ouvinte e não responda antes da outra pessoa terminar de falar, senão você pode passar por uma pessoa encrenqueira.

Antes de mais nada defina o problema. Algumas vezes são discordâncias de opinião sobre um tema que pode ser resolvido abrindo mão de parte a parte sobre pequenas coisas, enquanto há vários pontos em que concordam sobre o mesmo assunto. Logo, ao definir o problema e os pontos em que concordam/discordam, poderão trabalhar o conflito com mais tranquilidade e facilidade.

Certas situações nascem de uma contribuição nossa, ou de uma atitude nossa, portanto, reconheça quando tiver feito isto e dê sugestões de como pode resolver a situação criada. Assuma suas atitudes e as consequências dela.

Não devemos nos recolher irados ao leito, a cada dia devemos resolver o que for surgindo, pois senão a conta de débito emocional irá aumentando e um dia você pode explodir.

Não se envolva em desentendimentos, é possível discordar de algo sem brigar, sem envolver-se emocionalmente com a situação. Alguns preferem ficar sem falar, usam o silêncio para ofender, outros respondem com raiva, outros resmungam, culpam ou criticam seu cônjuge. Estas atitudes apenas aumentarão o conflito, sem resolvê-lo.

Se alguém lhe fizer uma confissão, diga-lhe que o perdoa, e não traga mais este assunto à tona para seu cônjuge ou para quem quer que tenha lhe confessado. Devido a isto, procure falar sempre toda a verdade nestes momentos e o outro lado pergunte o que queira saber a mais do que foi falado, e depois encerrem o assunto.

Sempre que cometer um erro ou um pecado, confesse-o. Não procure guardar seu pecado confessando apenas a Deus e entendendo que está tudo resolvido. Não está, e cedo ou tarde poderá vir à tona de alguma forma, causando um problema maior.

Certa vez, Telma e eu atendemos um casal no grupo de Aliança, um dos cursos da Universidade da Família que ministramos. Ele cometera o pecado do adultério. Tinha confessado a ela e orado a respeito, mas o perdão não fora completo. Como resultado, o coração dela estava amargurado e estava vivendo sem desfrutar da alegria. Para resolver seria necessário voltar ao assunto para concluir o processo de cura.

Pois bem, a ferida estava tão doída que não quiseram voltar ao assunto para resolver e retirar a carga dos ombros. Chegaram a abandonar o curso, pois este levantaria muitas situações não resolvidas as quais não queriam mexer. Haviam estabelecido uma posição de tênue equilíbrio que os mantinha estáveis, mas que a qualquer problema surgido poderia fazer desabar toda a aparente harmonia existente entre eles.

Sobretudo escolha a melhor hora para falar. Quando aconselhamos casais que estão em conflito sério, esta é uma das primeiras medidas que devem considerar. Mesmo que haja um pecado a ser confessado, primeiro confesse a Deus e em seguida peça-lhe que prepare o coração do seu cônjuge para receber esta informação e, quando surgir o momento, faça o que deve ser feito, com amor, humildade e um coração arrependido.

Certo casal que orientamos viveu esta situação e ele passou a orar pelo melhor momento de confessar seu pecado à sua esposa. No final do ano, viajaram de férias para a casa dos parentes em outro estado, e tudo corria bem, até que após o Espírito Santo falar com a sua esposa, ela entendeu toda a situação e veio até ele dizendo o que já sabia e então foi o momento dele confessar e acontecer o perdão entre eles.

Foi dolorido, mas extremamente saudável. Hoje aquela família está plenamente restaurada e em harmonia.

Mas lembre-se, não importa o que será falado, o amor sempre deve estar presente, senão a melhor das notícias pode se tornar algo duro.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tenho agido em relação aos conflitos?
  • Tenho sido transparente com meu cônjuge?

“Pai celestial, ensina-me a agir da maneira correta frente aos conflitos. Que eu seja um agente de paz e harmonia nos meus relacionamentos. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Aprendendo a Lidar com Conflitos

“Como dizem as Escrituras Sagradas: ‘É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa.'” (Efésios 5:31)

O conflito conjugal é algo que acontecerá inevitavelmente, queiramos ou não, pois é natural numa situação em que há duas pessoas que são completamente diferentes no modo de pensar e agir, um homem e uma mulher.

Por outro lado, o texto acima deixa claro que podemos nos tornar um. Evidentemente, somente duas peças que se encaixam podem ser juntadas e se tornar uma. São diferentes à primeira vista, mas ao aprenderem a lidar com estas diferenças de maneira criativa e amorosa, desenvolvem uma cumplicidade, parceria e unidade como nunca se viu.

Existem algumas táticas que os casais normalmente utilizam no seu relacionamento para “encarar” os conflitos. Algumas são positivas e outras nem tanto. Algumas levam a bons resultados e outras criam uma situação que será ingovernável no futuro.

Muitos tentam evitar o conflito numa tentativa de que este desapareça ou se resolva sozinho com o tempo. Esta fuga não só não resolve o problema como mais tarde pode trazê-lo de volta aumentado. Muitos maridos evitam a famosa “DR – discutir o relacionamento” o quanto podem a ponto de poder gerar uma grave discussão conjugal no futuro. Outros se recusam a reconhecer que há algo a ser trabalhado pelo casal.

Alguns procuram manter o conflito de forma que não cause problemas, por exemplo: estabelecer um acordo de convivência pacífica por causa dos filhos. Vivem de aparências para evitar o confronto e a solução da situação.

Outro tanto quer aumentar o conflito incluindo mais assunto na conversa. Envolvem outras pessoas, levam a discussão para outras áreas do relacionamento, fazem ameaças, usam expressões carregadas de termos que exageram o que o cônjuge fez. Isto, quando não abrem o arquivo de lembranças e começam a falar do passado e de outras situações correlatas. É como abrir um daqueles arquivos de pastas suspensas de escritório em que estão catalogadas as diversas situações vividas e incluir na discussão. Nesta hora sai cada coisa que dá até medo de falar.

Telma e eu ministramos a um casal certa vez, em que o marido já estava chateado pela quantidade de vezes que a esposa falava sobre determinado tema ocorrido no passado. Faltava a ela perdoar a situação vivida e, na falta do perdão, seu coração ficou amargo e o tema ficou recorrente. Logo que percebemos isto oramos com ela para que pudesse perdoar os atos do seu marido. Foi um santo remédio para ela, que passou a ficar mais leve de alma e mais bonita de rosto. Bem que a Palavra diz em Provérbios 15:13 que a alegria embeleza o rosto. Ele por sua vez, também aumentava o conflito e passou a agir de maneira errada para se vingar dela. Infelizmente a situação para eles não acabou bem, pois se machucaram demais antes de podermos intervir e os desdobramentos da situação criada tornou o convívio quase impossível.

Deveriam ter agido como uma pequena parcela faz, reduzir o conflito. Estes procuram uma forma de resolver a questão, desejando solucionar e não ganhar uma queda de braço com o cônjuge. Isto exige humildade e reconhecimento dos seus erros, o que muita gente não se permite devido ao orgulho de querer estar certo, mas é melhor perder uma discussão e ganhar o relacionamento do que o inverso.

Para reduzir o conflito, quebre o problema em partes menores e solucione por partes, esta estratégia torna mais fácil resolver o problema. Também pode pedir mais informações ao seu cônjuge sobre o ponto de vista dele(a) sobre o assunto, o que vai facilitar compreender o porquê da situação, e sobretudo, evite cair na tentação de usar palavras grosseiras e rotular seu cônjuge. Isto só aumentará o conflito, além de ser um tremendo desrespeito.

Quando soluciona um conflito, cada um cresce como pessoa, e o casal se torna uma só pessoa, caminhando na direção de um relacionamento harmonioso, alegre e frutífero.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como temos lidado com os conflitos?
  • O que deveríamos passar a fazer para sermos uma só pessoa?

“Pai celestial, ensina a nos comunicarmos melhor a cada dia através da atuação do teu Santo Espírito em nossos corações. Desejamos desenvolver um relacionamento que vale a pena ser vivido, ajuda-nos neste sentido. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Comunicando

“Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva.” (Tiago 1:19)

A comunicação entre duas pessoas, homem e mulher, que pensam e agem diferentemente leva-os a experimentar situações peculiares durante a mesma.

Sabemos que para nos comunicarmos bem precisamos passar pelo ouvir, pelo falar e pela expressão de sentimentos.

A mulher sempre foi ensinada a expressar seus sentimentos sem receio, pois então será mais feminina, dizem. Por outro lado, o homem é criado e treinado para esconder seus sentimentos, pois o ditado popular diz “homem não chora”.

Esta diferença na criação faz com que a comunicação da mulher seja cheia de sentimentos, enquanto a comunicação do homem é superficial. Naturalmente podem existir casos diferentes, mas cito o mais comum, pois além da criação há os traços de personalidade de cada um, que também influenciam.

É muito comum ouvirmos casais dizendo que um não entende o outro, algo como:

– Você não entendeu nada do que eu queria dizer!

Mas o versículo acima nos dá uma orientação segura de como agirmos para que a comunicação seja eficaz.

Precisamos ser prontos para ouvir. Há o exemplo de Deus que nos ouve porque nos ama e somos importantes para ele. Ele sabe tudo, até o que iremos falar, mas aguarda falarmos, é paciente. Ele atribui valor a cada um de nós. Ora, se Deus nos ouve, não podemos nós também expressarmos nosso amor ouvindo?

Ouvir ativamente é bem diferente de apenas deixar os sons chegarem aos ouvidos. Nós não nascemos sabendo como fazer isto e, portanto, precisamos aprender e cultivar esta arte.

Uma atmosfera de aceitação facilitará bastante para que o outro se sinta disposto a se abrir e falar dos seus sentimentos com clareza, ao contrário de um ambiente de cobrança e imposição.

Use os olhos nos olhos e além disto, procure: esclarecer, refletir, observar o outro e perguntar sabiamente. Isto vai auxiliar na comunicação.

Sejamos tardios para falar. Quer dizer, reflita bem ao ouvir, para que não caia na armadilha de falar a primeira coisa que vem à mente e depois se arrepender disto.

É preciso ouvir e compreender bem antes de responder ao outro. O muito falar pode ser uma forma de esconder nossos sentimentos e opiniões, ou de impor nossas ideias e ganhar a discussão impondo nossa vontade. O diálogo pressupõe que os dois falem.

Isto me lembra um caso peculiar. Um dia estava orando ajoelhado ao lado da cama, quando ouvi uma voz muito forte e definida que falava comigo. Assustei-me inicialmente e pensei que estavam interferindo na minha oração. Foi assim duas vezes, quando então ouvi a doce voz do Espírito Santo me dizendo:

– Quando você conversa com alguém é só você quem fala?

– Não, o outro também. Respondi.

– Pois então, eu quero falar com você!

Que susto! Deus queria falar comigo e eu não deixava por falar demais, precisava ficar quieto quando Ele falava. Acabei recebendo orientações preciosas para minha vida, as quais uso até hoje.

Mas o silêncio pode significar uma forma de frustrar o outro, evitando falar de seus sentimentos e opiniões.

O versículo diz também que sejamos tardios para nos irar. A ira por si só não é pecado, mas a ira mal expressada certamente é pecado. A Palavra nos diz que podemos irar mas não pecar.

Ao pecarmos quando irados, haverá consequências sobre nossa vida. Moisés por exemplo, perdeu a possibilidade de entrar na terra prometida por causa da ira. Fez tudo certo, mas errou no final e perdeu esta bênção.

Isto me lembra um episódio bastante interessante ocorrido comigo e com a Telma. Algumas vezes no nosso relacionamento conjugal nós não agíamos exatamente da maneira como se espera de uma pessoa cristã, conforme lemos acima. Apesar de nos darmos muito bem, de vez em quando acontecia de ficarmos de “bico”” um com o outro por coisas muito simples.

Pois bem, aconteceu assim.

– Amor, vou pegar a escadinha e vou subir no telhado para arrumar aquela telha que está quebrada faz tempo! – Digo isto me achando o super-homem, pensando em resolver esta questão bem fácil e rápido.

– Aquela escadinha é pequena, será que dá certo? Cuidado para você não cair. Diz a Telma toda preocupada comigo, enquanto eu digo para mim mesmo “quem ela pensa que é para me chamar a atenção, eu vou tomar todo o cuidado e NÃO vou cair”.

Vou lá, pego a escada, arrumo no local e subo. Mas só depois de estar em cima da escada é que percebo que o chão recém encerado não será capaz de segurá-la. Neste momento já estou com o alçapão aberto e com as mãos no forro, quando a escada começa a deslizar embaixo dos meus pés.

Imediatamente seguro com as mãos no alçapão para não cair e as pernas ficam no meio dos degraus da escada. Deve ter sido uma cena bastante engraçada para quem olha de longe. Então, movo as pernas o suficiente para que a escada termine de cair, pois não terei como usá-la. Mas ao terminar de cair a escada desce arranhando toda a minha canela. Neste momento nada mais me resta senão me soltar do alçapão e cair embaixo, desviando da escada.

Telma só escuta o barulhão da escada caindo e dá aquele grito de exclamação típico das mulheres:

– O que aconteceu? Você está bem?

Claro que eu não estava bem: minhas canelas esfoladas, as paredes sujas, o chão encerado estava riscado, a telha continuava quebrada, e o principal, meu orgulho estava ferido!

Então penso comigo mesmo “é, deveria ter pego a escada maior mesmo ou talvez ter apoiado diferente”. Neste momento ela está bastante preocupada com o barulho e quer saber o que aconteceu. Então desço e digo:

– Meu bem, a escada escorregou! Digo isto com uma cara de quem queria acertar mas no final deu tudo errado e ainda está com as canelas doendo e precisa dar o braço a torcer. E fico pensando “espero que ela não me chame a atenção por isto”.

Telma nesta hora olha para mim, escuta o meu relato do que aconteceu e pensa assim: “se eu falar que eu disse que não ia dar certo ele vai ficar chateado e vamos perder o dia, o que faço?!”, pergunta ela ao Espírito Santo. Então é tocada em seu coração, recebe uma estratégia e lhe diz:

– Meu bem, desculpa e um beijinho resolve tudo! E sorriu para mim.

Nesta ela me pegou de surpresa, pensei. Esta atitude dela é nova. Imediatamente eu sorri para ela, pedi desculpas e é claro, dei um beijinho, e o dia permaneceu em harmonia.

Deste dia em diante, sempre procuramos uma alternativa melhor a qualquer situação que se apresente em nosso dia a dia, além de ter sido o modo que pudemos praticar em nosso casamento o que diz em Provérbios 15:1 “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tem sido a nossa comunicação?
  • Como podemos criar um ambiente mais propício para nos expressarmos?

“Pai celestial, ensina a nos comunicarmos melhor a cada dia através da atuação do teu Santo Espírito em nossos corações. Desejamos desenvolver um relacionamento que vale a pena ser vivido, ajuda-nos neste sentido. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Abandonando Vínculos

“Portanto, deixará o homem a seu pai, e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão uma só carne.” (Gênesis 2:24)

Existem três áreas em que um casal deve abandonar vínculos para que possa desenvolver um relacionamento conjugal sadio. São eles: físico, financeiro e emocional. Este ato de abandono os leva a assumir uma nova posição.

O deixar físico significa literalmente sair da casa dos pais. Hoje em dia é tão comum filhos viverem na casa dos pais até os trinta, usufruindo do que os pais lhe proporcionam, sem sequer se preocupar com as necessidades deles.

Por outro lado, há muitos que se casam e se sentem tão bem acolhidos no ninho, que é a casa dos pais, que se permitem morar no mesmo local.

Meu pai e minha mãe moraram na casa da minha avó materna por alguns anos após se casarem. Isto deixou marcas profundas na minha mãe, que se lembra até hoje dos desaforos que recebeu naquela época.

Não importa que seja uma casa humilde e simples, bem ou mal localizada, mas deve estar a uma distância suficiente para que os pais não interfiram no relacionamento do casal.

Em seguida é necessário o deixar financeiro. É preciso que o casal saia da dependência econômica dos pais. O marido deve assumir seu papel de provedor trazendo o necessário à manutenção familiar. Naturalmente que a esposa pode e deve auxiliar o marido nisto, mas a primeira responsabilidade é dele e não dela.

A sociedade brasileira é pródiga em casais que são mantidos por mulheres. Nada contra, são guerreiras, mas é responsabilidade do homem, que está se esquivando disto e jogando o peso para ela.

Nada impede aos pais ajudarem de vez em quando numa necessidade eventual, afinal estão se firmando, aprendendo a andar sozinhos. O casal deve enfrentar suas lutas, às vezes errando às vezes acertando, chorando e se alegrando juntamente.

O deixar emocional também é importante. Aqui vemos muitos casais totalmente dependentes de outras pessoas, normalmente das mães. São filhos bebezões que por qualquer coisa vão para o colo da mãe, e filhas emocionalmente dependentes de suas mães, que acabam confidenciando seus problemas a elas quando, na verdade, deveriam enfrentar e resolver junto com seu marido.

Via de regra esses maridos, de tão mimados, acabam trazendo problemas ao seu casamento, assim como essas filhas.

O casal precisa assumir suas decisões, enfrentar seus problemas lidando com a responsabilidade e consequências disto. Esta é a marca de um casal emocionalmente maduro, que cresceu e aprendeu a assumir seus desafios, confiando em Deus.

Ao realizar estas quebras de vínculos, o casal passa a assumir uma nova posição. Deixa ser meu e teu e passa a ser nosso. Quem não passou por este deixar de maneira completa não entende a palavra nosso.

Abandonar estes vínculos permite que o casal estabeleça uma nova relação. E esta será forte e permanente na mesma medida da intensidade destes abandonos.

Há necessidade do casal assumir as suas próprias responsabilidades, em especial o marido. Muitas mulheres falam isto aos seus maridos, mas eles entendem como implicância delas. Se não assumirem, haverá um acúmulo de problemas que poderá levar o casal a um conflito muito sério.

A Palavra de Deus fala claramente sobre deixar para que possam viver como uma só carne, portanto é algo que o casal cristão deve fazer. Por outro lado, entendam que o ato de deixar não é uma negação de amor aos pais. O processo de sair do ninho e formar o seu próprio lar deve ser feito sempre com muito amor, carinho e compreensão por parte dos filhos e por parte dos pais.

Há a necessidade de sair do ninho da infância e mocidade para poder voar mais alto e cumprir o plano de Deus para o seu casamento. Plano este de desafios e conquistas vitoriosas.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Em qual destas áreas precisamos melhorar?
  • Confiamos que Deus está no controle e nos ajudará no casamento?

“Pai celestial, desejamos cumprir com o que diz na tua palavra. Auxilia-nos a deixar tudo que impede que possamos progredir como casal e desfrutar das tuas bênçãos ilimitadas. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Aprendendo a se Comunicar

“Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.” (Jó 42:5)

Toda comunicação é baseada no processo de transmissão verbal ou não verbal de uma informação de uma pessoa para outra.

Muitos se comunicam falando e gesticulando. Em casa nós brincamos com o fato de que um de nossos filhos gesticula bastante para falar e damos muitas risadas com isto. Parece que ele não consegue falar sem mexer suas mãos. Aliás, não conseguimos enxergá-lo falando sem que mexa suas mãos, passou a ser sua marca registrada e facilita compreendermos o que diz.

Mas além disto, a mensagem é importante e podemos comunicá-la em níveis diferentes.

O nível superficial é quando conversamos com alguém sem nenhum envolvimento ou comprometimento, principalmente sem emitir opinião ou sentimentos. Mais ou menos como aquelas conversas que dois minutos depois nem sabemos o que foi falado. Neste estágio ninguém tem receio de ser rejeitado, pois a conversa é muito limitada.

Já no nível descritivo, nos limitamos a descrever fatos ou relatar o que outras pessoas fizeram. Mesmo assim ainda não criamos nenhum tipo de envolvimento e, no máximo, expressamos nossa opinião a respeito de determinado assunto. Aqui muitas pessoas transitam tentando compreender o que os outros pensam sobre determinado assunto de forma a conhecê-las e saber se podem compartilhar algo sem serem rejeitadas.

Caminhando nestes níveis, chegamos no compartilhar de ideias e sentimentos. Neste estágio ainda preservamos parte de nossa intimidade e revelamos apenas o que nos parece oportuno ou que não será objeto de rejeição por parte da outra pessoas e, ao mesmo tempo, não nos ocasionará feridas. Normalmente nos preservamos em relação aos assuntos que nos são importantes e que, se forem atingidas, poderão nos trazer dor e algum tipo de desajuste interno.

O último nível que chegamos é a comunicação total. Então passamos a compartilhar nossos sentimentos e emoções. São relacionamentos baseados na honestidade e abertura completa. Aqui corremos o risco de sermos criticados ou rejeitados pela outra pessoa. Isto mostra-se bastante ameaçador para qualquer pessoa, mas é um nível necessário a todo ser humano, apesar de não poder ser desenvolvido em todos os nossos relacionamentos. Por outro lado, é essencial para o sucesso da vida conjugal.

Muitos casais jamais chegam a desenvolver um nível de comunicação adequado que permita se conhecerem e viverem bem. Eu glorifico ao meu Deus que, desde cedo, colocou no meu coração e no da minha esposa desenvolvermos um nível de comunicação adequado.

Conheço muitos casais que viveram décadas juntos sem se comunicarem adequadamente. Isto os privou de uma vida alegre e gerou problemas sérios no relacionamento, a ponto de levar a uma crise. Somente por não se comunicarem bem.

Muitas vezes os casais passam o dia inteiro trabalhando fora e quando chegam em casa sequer falam sobre seu dia. Aqui em casa desenvolvemos a prática que aprendemos nas aulas de casais que ministramos.

A ideia consiste em quando nos encontramos ao final do dia fazermos duas perguntas bem simples um ao outro:

— O que aconteceu de melhor para você hoje?

— O que aconteceu de pior para você hoje?

Ao fazer cada uma das perguntas o outro deve escutar ativamente a resposta e apoiar tanto quanto necessário. Em seguida o outro cônjuge faz a primeira pergunta ao outro, que responde.

Somente depois é que fazemos a segunda pergunta, que dependendo dos acontecimentos do dia pode exigir que o cônjuge ministre ao coração do outro aquilo que seja necessário para que alcance a paz.

Isto tem funcionado muito bem e nos leva a compartilhar nossos sentimentos e emoções um ao outro. Experimente!

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Qual tem sido o nosso nível de comunicação?
  • Você se sente seguro para compartilhar seus sentimentos e emoções comigo?

“Pai celestial, ajuda-me a comunicar-me mais e melhor. Que eu tenha um coração que permita ouvir sem se zangar e apoiar meu cônjuge com amor. Que nós possamos desfrutar de um novo nível de comunicação e de relacionamento. Amém!”

Luis Antonio Luize

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – A Comunicação Eficaz

“De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês? Elas vêm dos maus desejos que estão sempre lutando dentro de vocês. Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus.” (Tiago 4:1,2)

Em nossa época temos experimentado um desenvolvimento sem precedentes da ciência. Meu filho mais novo, por exemplo, sequer chegou a conhecer o videocassete. Quando mostrei a ele uma fita VHS ele achou engraçado e disse:

— Como é grande! Deve caber muito mais que num DVD, né?

Para nós isto soa engraçado, mas para ele fazia todo o sentido. Da mesma maneira, há situações que hoje são consideradas totalmente diferentes de antigamente. Por exemplo, usar uma carroça num grande centro urbano. Muitos pensariam que não há a necessidade disto, pois existem inúmeros outros meios de transporte.

Da mesma forma que nos transportes, nas telecomunicações houve avanços incríveis e hoje a grande maioria usa um celular e isto é muito natural.

Observem que estes avanços sempre se somam aos anteriores e há progresso nisto.

Por outro lado, quando observamos as relações humanas e a comunicação entre nós, parece-nos que os avanços não existiram ou foram muito pequenos. Ao observarmos uma pessoa adulta nascida no início do século XX e outra pessoa adulta de nosso tempo, não veremos tanta diferença nos aspectos da comunicação interpessoal.

Todos os avanços que uma pessoa obtém durante sua vida, acabam ficando com ela mesma ou no máximo com as pessoas que estão próximas a ela.

E, para que um relacionamento conjugal dê certo, é necessário uma boa comunicação. Telma e eu temos encontrado muitos casais que enfrentam dificuldades somente porque se comunicam mal, sendo isto fonte de discórdias e até de separações. Amam-se, mas não se entendem.

Precisamos aprender princípios práticos que possam nortear nossas vidas, sempre com o trato do Espírito Santo, que nos ajuda em tudo.

Jesus é para nós um exemplo no trato interpessoal, mas apesar Dele ser o Príncipe da Paz, Ele nos disse que neste mundo teríamos aflições e dificuldades. Nos disse também que havia passado por isto, vencido e conquistado uma posição de destaque.

Todas as questões de relacionamento que passamos e vencemos são assimiladas em nosso interior, crescemos, amadurecemos e prosseguimos em nossa caminhada. Mas quando perdemos a batalha em determinada área, passamos a ser presas, e quanto mais alimentamos a situação, mais complicados ficamos.

O próprio Jesus nos garantiu que nos deixaria sua paz. Uma paz com características, condições e poder de derrubar barreiras e dissenções entre as pessoas.

Se temos esta paz, precisamos então desenvolver em nosso interior a intenção de ter um bom relacionamento.

Já vi alguém com a intenção de ser bem sucedido ter dificuldades, mas também os vi sendo vitoriosos sempre, pois nunca desistiram de reiniciar.

A bíblia sempre trata de relacionamentos questionando nossas atitudes interiores e as características das pessoas envolvidas. Nós, por outro lado, somos acostumados a nos relacionar dando ênfase aos atos externos e às ligações afetivas que temos com as pessoas.

Portanto, o bom relacionamento sempre vai exigir determinação, esforço e algumas habilidades, e por isso mesmo vai demandar tempo.

Mesmo entre cristãos, a boa comunicação não acontece automaticamente. É necessário que haja desejo de entender-se bem. Para isto, é preciso ouvir cuidadosamente, observar, compreender a si mesmo e ao outro.

Começar a conversa querendo ganhar algo ou a discussão, já começou mal. É preciso evitar comentários maldosos que visam somente machucar o outro e não levará a nenhuma melhora na comunicação.

Também devemos evitar as explosões emocionais, procure ter autocontrole, freie sua língua um pouco e se comunique corretamente. Isto tudo vai demandar um aprendizado, mas vocês serão abençoados e desfrutarão de um outro nível de relacionamento, que vale a pena ser vivido.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Nosso nível de comunicação está adequado?
  • No que precisamos aperfeiçoar nossa comunicação?

“Pai celestial, que eu possa me comunicar bem com meu cônjuge e com todos à minha volta. Ensina-me a crescer e amadurecer nesta área para que possa conquistar uma posição de vitória no meu relacionamento conjugal. Amém!”

Luis Antonio Luize