Vinicios Torres

Afirmação 2

“Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente.” (Juízes 6:12 ARA)

Um aspecto interessante do diálogo do Anjo do Senhor com Gideão é a maneira como o Anjo trata do sentimento de negativismo e inferioridade de Gideão (Jz 6:11-23).

Já ouvi muitos pregadores criticarem Gideão chamando-o de covarde, medroso, tímido e outras coisas mais. Mas se você olhar o seu contexto entenderá a sua situação. O povo de Israel estava longe de Deus e estava sofrendo ataques dos inimigos e privações há sete anos. Qualquer um que tenha de enfrentar um problema por tanto tempo sem a mensagem da esperança de que o Senhor está com ele, certamente cairá na armadilha da negatividade.

Como o Anjo tratou isso nele? Afirmações. Note que todo o tempo o Anjo foi positivo ao falar com Gideão. Até mesmo quando ele pediu prova, a prova foi dada. Nenhuma crítica ao seu negativismo, mas o Anjo não falou com ele no mesmo tom, foi sempre positivo e desafiador.

Quantas vezes ao nos relacionarmos com as pessoas ao nosso redor caímos na armadilha de enveredar pelos seus comentários negativos acerca de si mesmas e sobre a situação. Ou, quando não queremos chegar a esse ponto, acabamos desistindo de estar com essas pessoas.

Da próxima vez, usemos o método do anjo com Gideão, insistamos em permanecer positivos mesmo depois de sermos questionados com negativismo.

“Senhor, pela Tua força posso ser positivo apesar das circunstâncias, ajuda-me a aplicar essa fé em palavras transformadoras.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Afirmação

“Então, o Anjo do SENHOR lhe apareceu e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valente.” (Juízes 6:12 ARA)

Imagine a cena: Gideão está escondido dos inimigos, tentando rapidamente malhar o trigo em um lugar que não é apropriado para isso. De repente, alguém que ele não conhece aparece perto dele. Qual você acha que seria a reação dele?

Com certeza ele deve ter se assustado pensando ter sido surpreendido pelo inimigo. Mas os seus temores quanto a isso foram dissipados na primeira frase do estranho visitante, “Você é corajoso, e o Senhor está com você!” (Juízes 6:12, NTLH). Ao ouvir isso Gideão se abriu ao diálogo com anjo.

Qual é a primeira coisa que você fala aos seus colegas de trabalho quando os vê a primeira vez no dia? O que diz para alguém quando é apresentado a ele? O anjo do Senhor nos dá um exemplo de como deveria ser a nossa atitude nestes casos: uma afirmação.

Receber alguém de maneira positiva faz com que ela se abra e baixe a guarda que porventura ela tenha. Afirmar uma pessoa faz com que ela tenha uma visão melhor sobre si mesma e sobre quem acabou de falar com ela. As pessoas ficam mais dispostas a cooperar com aquelas de quem receberam uma afirmação.

Se queremos fazer diferença na vida das pessoas precisamos aprender a cativá-las desde o primeiro momento que elas nos encontram. Descubra um motivo para que a primeira frase para aquela pessoa seja algo positivo.

“Deus amado, ajuda-nos a demonstrar o Teu amor pelas pessoas através das nossas palavras.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Entregando as Coroas

“os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:” (Apocalipse 4:10 ARA)

Chamou minha atenção certo dia, ouvindo um grande homem de Deus ministrando a Palavra, o fato dos anciãos depositarem suas coroas. Havia tantos ali, por que justamente eles? Será que é por que leva uma vida para ser coroado? Não meu querido leitor, estou convencido que não. Leva uma vida para aprender a ter a humildade de entregar a coroa.

Custou-me 42 anos de idade, 23 anos de convertido, para eu entender isso. Minha coroa é tudo aquilo que eu conquistei. Meus bens, talentos, títulos, almas, até mesmo dons que desenvolvi depois de Deus ter me brindado com eles. É preciso ser ancião para ter a maturidade de comparecer diante do Trono e depositar sua coroa. Se eu fosse um jovem ainda cheio de vigor (ainda que para glória do Senhor tenho muito azeite na botija), seria indescritivelmente mais fácil encher o peito e requisitar o que é meu por direito. Não seja assim meu irmão, o que merecemos é a morte, salário pelo nosso pecado. Todo restante, melhor que isso, é presente de Deus por graça e favor de Sua parte.

Se nós aprendermos esta verdade e levarmos tudo que conquistamos diante do Pai, entregarmos a Ele, prostrados diante Dele, estaremos demonstrando maturidade, mesmo para aqueles que gozam de poucos anos cronológicos em suas vidas. Não posso aceitar que ancião seja necessariamente alguém velho, mas sim experiente.

Precisamos aprender que a verdadeira vitória não tem qualquer relação com o que conquistamos, onde chegamos ou o que acumulamos. Tem tudo a ver, na verdade, com o que me tornei depois da batalha. Isso vale para quem teve um câncer ou para quem deixou um vício e até mesmo, para glória de Deus, quem parou de mentir. Não importa, meu irmão. Vença em nome de Jesus e torne-se melhor.

“Senhor, obrigado por me mostrar que tenho muito para te entregar, pois tudo vem de Ti. Ensina-me a verdadeira humildade e a verdadeira vitória.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Unção para … repartir

“afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.” (Provérbios 30:8-9 ARA)

Aprendi, confesso que há pouco tempo infelizmente, algo que mudou minha vida no que se refere aos bens materiais. Nunca foi materialista nem ganancioso, mas tenho sim algum apego às coisas materiais.

Não é preciso unção especial de Deus para receber nada. Se alguém quiser me dar dinheiro, posso receber sem problemas. Se quiser me dar um carro, posso aceitar. Se quiser fazer de mim um homem rico, sou bem capaz até de me acostumar com a idéia. Mas isso é importante? É isso que conta? De modo algum.

O que conta é como vou administrar o que receber. Note que o autor aqui não pede muito, embora também não peça pouco. Mas por que não pede muito é a chave. Ele sabia e escreveu que isso seria perigoso pois poderia fazê-lo esquecer do Senhor. Meu querido leitor, é preciso ter muita, mas muita, unção de sabedoria de Deus para gerir os recursos que recebemos Dele.

Agora, se tem uma coisa para qual conheço pouca gente que tem unção é para dar e repartir o que recebeu. A Bíblia tem centenas de textos falando sobre surprir os necessitados, mas parece que isso entrou na lista dos textos banidos das práticas. Ouvi alguém dizendo que para fazer ação social na igreja precisava de chamado ministerial para isso. Uma ova, conversa do capeta! Isso é obrigação de quem foi resgatado do império das trevas e ia parar, literalmente, nos quintos dos infernos. Por que motivo Deus não nos arrebata na conversão? Ou no batismo? É por que precisamos ainda fazer alguma coisa.

Acordemos povo de Deus. Estamos ficando para trás porque a nossa “unção” tem sido para muita coisa menos para usar BEM o que o Senhor nos tem confiado. Ainda é tempo e eu já comecei a mudar meu posicionamento. Junte-se a mim.

“Amado Deus, perdoa-nos por termos sido materialistas e pedido mais e mais daquilo que nem precisamos. O importante é a Tua Presença e se temos isso, queremos ser sábios na administração do restante.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Verdadeira Vitória

“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Romanos 8:37 ARA)

Eu já escrevi devocionais sobre este versículo. Mas recebi de Deus uma nova perspectiva. A verdadeira vitória não é o que conquista, mas aquilo que me torno com o aprendizado da batalha.

Sou mais do que vencedor sempre que me torno o que jamais poderia me tornar, não fosse a oportunidade de ser transformado. Querido, se eu não tivesse ficado doente jamais entenderia o que significa ser curado. Se eu nunca tivesse pregado o evangelho jamais teria vencido corações duros pelo poder de Deus e não teria sequer um filho na fé. Me tornei melhor, mais experiente.

Sou mais do que vencedor sempre que herdo mais do que lutei para conquistar e isso se mostra no que eu me torno. Eu nunca herdei nada, mas imagino que deva ser muito fácil um dia pegar um carro, uma casa ou qualquer outra coisa. Não precisa nem de unção para isso (para usar com sabedoria sim, com certeza). Qualquer bobo consegue receber. Mas o que isso faz comigo? Herdei, sim, honestidade, pontualidade, seriedade e isso é ser transformado. Mas nada disso se compara ao tanto que fui transformado por ter lutado para ser.

Moisés entrou naquele deserto um homem de 80 anos e morreu lá com 120. Mas o Moisés que entrou era pastor de rebanho e o que saiu, vitorioso, era um líder que serve de exemplo para jovens e velhos de todas as nações até os nossos dias. José foi parar no Egito vendido como escravo, foi para cadeia, foi humilhado. Mas quem diria, o presidiário governou o Egito. Ele saiu vitorioso da luta, transformado num administrador e estrategista que não creio que tenha havido igual.

E você? Como tem saído de suas lutas? Apenas ferido, mancado e lambendo feridas? Ou transformado, mais do que vencedor?

“Pai, obrigado por me ensinar pela Tua Palavra que há mais para ser conquistado em Ti. Ajuda-me, pois não sou capaz nem mesmo de perceber Tua mão.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Pagar Impostos

“Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” (Romanos 13:7 ARA)

A maioria das pessoas realmente não gosta de pagar imposto. O problema é pagar sobre valores que não são exatamente “enriquecedores”, o que com certeza faz falta. Tem ainda o problema do retorno, no mínimo questionável. Pagamos pedágio nas estradas, plano de saúde para ter atendimento melhor, educação particular, alarme monitorado para ter mais segurança. Cada escândalo político que a mídia mostra nos deixa com menos vontade de pagar imposto.

Mas a Bíblia não estabelece este discernimento e nos manda pagar a cada um o que é devido. Não podemos pegar um versículo como este e retalhar fazendo dele um Frankenstein segundo nossa conveniência. E a situação do pagamento dos impostos na época em que este verso foi escrito, provavelmente era ainda pior e mais cruel do que hoje. O que devemos fazer então? Pagar a contragosto, por obediência?

Se não pagamos o tributo ou imposto, não fará sentido pagar respeito e honra. Se não pagarmos isso além de sermos desobedientes, no devido tempo não colheremos por não termos plantado. Nem sempre vai ser agradável obedecer, mas sempre vai produzir frutos de justiça diante do Senhor.

O que um povo pacífico e ordeiro como o povo de Deus pode fazer então? Pagar calado como cordeiros indo para o matadouro? Eu não creio assim.

Creio que nosso papel é influenciar os governantes, eleger nossos candidatos, protestar legalmente e promover mudanças sociais dentro da lei para que os impostos sejam melhor distribuídos. Ou pelo menos que os valores que pagamos revertam em nosso benefício. No meu caso gasto 15% do meus ganhos com saúde e mais de 15% com educação para meus dois filhos. Eu pagaria 5% a mais de imposto se tivesse educação pública do mesmo nível e ainda me restaria um bom ganho.

Como fazer isso em meio a uma geração corrupta e de moral decadente? Sendo sal e sendo luz. Pregando um evangelho praticável e de efeitos visíveis. Quem sabe podemos fazer um pouco menos de show e um pouco mais de ação social e de outras ações diretas.

É um desafio e tanto.

“Pai, não quero ser desobediente mas também não quero ser indiferente à injustiça. Ensina-me como agir para ser relevante na minha geração.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Sem Sinais

“E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade.” (João 10:41 ARA)

O ser humano me surpreende. Costumo dizer que quando morrer não terei visto de tudo ainda, porque é muita novidade. Que raio de sinal este povo poderia esperar que João Batista fizesse? Nem dava crédito direito ao que ele dizia, embora isso seja bem típico para os profetas de então. Ainda se a frase fosse ao contrário e enfatizasse a preparação do caminho do Messias, seria melhor.

Mas o ser humano é assim, precisa de algo para agradar seus olhos, sua mente, seu coração – sua alma. Mesmo tendo Deus dado todas as provas da autenticidade do ministério de João Batista, estava dito e escrito, mas não bastava.

Hoje muitos correm atrás de profetadas e milagreiros, pouco se importando se o que eles estão pregando é bíblico ou não. Outros tantos desistem porque tudo que queriam do Senhor era um favorzinho, fosse uma cura ou um reconciliação, por exemplo. E ainda uns há que viciaram no “fogo”. O que há de comum em todos eles é que se não conseguem ver alguma coisa espetacular, recuam ou desistem. Querem ver para crer, mas o evangelho é feito de crer para ver.

A Bíblia define fé como ver o invisível, portanto se sempre precisarmos de alguma coisa pra ver, a fé perde o sentido. Se não temos confiança na mão de Deus mesmo quando não podemos ver nada, estamos mal. Eu não sou contra os sinais do mover de Deus e inclusive tenho participado muito nisso. Me emociono ao ver gente sendo curada, sendo alcalçada pelo evangelho, entregando vida a Cristo, enfim, vários milagres. MAS, não posso depender disso para crer no Deus a quem eu pertenço porque Ele é soberano e se Ele quiser se manifestará no silêncio.

Minha bênção e meu agradecimento a todos os que silenciosamente tem anunciado a Jesus Cristo para este mundo perdido, ainda que como João Batista, sem sinais. Grande é seu galardão.

“Senhor, quero aprender de Ti como depositar a totalidade da minha fé em Ti, sem esperar por sinais, apenas me alegrando e sendo edificado quando eles vêm. Obrigado por ouvir minha oração e me fortalecer.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Sinal

“Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.” (Mateus 27:42 ARA)

O tal do ser humano é espantoso, mas nem sempre no sentido elogioso. Depois de pelo menos 3 anos pregando e operando maravilhas, fazendo milagres, curas, libertações, até mortos ressuscitaram… Que sinal ainda era este necessário para que cressem. Faz-me pensar que se realmente Jesus descesse da cruz ali na frente deles (aleluia, Ele não o fez!) ainda assim não creriam. Dar-lhe-iam uma surra e o pregariam de volta onde estava dizendo ‘aí é teu lugar’. Não, meus irmãos, ali não é Seu lugar.

Nós não somos tão diferentes dos religiosos da época. Nossa memória é igualmente curta e comprometida, se não comprometedora. Nem sempre nos lembramos do que o Senhor já fez por nós e acabamos pedindo mais e mais e mais sinais. Somos falhos, somos humanos. Somos, naturalmente falando, incuráveis das nossas falhas. O que nos sara e nos transforma é o sangue do Cordeiro Perfeito de Deus, que nos regenera (gera de novo) e isso é 100% sobrenatural. Que bom.

Mas, no meio de tudo isso, estamos em processo de aperfeiçoamento. O que devemos atentar ao extremo é justamente para que não pequemos por ficar pedindo para Deus algo que Ele já nos deu. Podemos pedir que sejamos curados fisicamente, mas já não podemos mais pedi-lo como um sinal. Podemos pedir convicção e discernimento, mas não podemos pedir como sinais. Podemos clamar por socorro, mas não para que Deus se mostre para que creiamos. Isso tudo já ficou para trás.

Devemos trocar estes pedidos de sinais por agradecimentos, repletos de gratidão. Anunciar os feitos do Senhor para que os outros creiam, não pedir mais sinais. Ou isso, ou vamos acabar incorrendo no erro de tentar tirá-lo da cruz, e isso, para nós, seria anular o sacrifício que nos salvou.

“Senhor, é tão bom lembrar todas as maravilhas que o Senhor já fez. Ensina-me a valorizar isso de maneira apropriada. Ajuda-me a ter na memória Teus feitos para que outros possam crer.”

Mário Fernandez