Mário Fernandez

Criatividade ou Fé?

“Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (Marcos 6:37 ARA)

Jesus me fascina. Mesmo sabendo que não entenderiam a ordem ou a teriam por impossível, Jesus ordena alimentar uma multidão que com certeza eles nunca tinham visto, muito menos liderado. Mas gostaria de meditar no impasse, na incapacidade de achar solução.

Poderíamos esperar que eles se ajoelhassem e orassem para surgir um caminhão de comida – seria bem espiritual. Poderíamos esperar até que Jesus ordenasse que não tivessem fome, o que seria ainda mais espiritual. Faltou criatividade? Talvez. Faltou fé? Sem dúvida.

Me parece que nós somos muito parecidos com os discípulos neste ponto. Tendemos a olhar para nossos líderes com uma daquelas perguntas do tipo “o senhor está gozando de mim?”. Outras vezes, simplesmente tiramos o time de campo em silêncio (ou não) e fica tudo sem solução. Deus só precisa de uns poucos pães para fazer um milagre – e nós de umas migalhas de fé.

Talvez nem devêssemos ser criativos e sim receptivos. Ao invés de ouvir a voz de Deus queremos criar alguma coisa, mas o criador é Ele. Isso se chamaria fé, claro. Temos de lembrar os ingredientes da receita: desafio, ordem, matéria prima e solução. Neste caso temos multidão com fome (desafio), o dai-lhes vós de comer (ordem), cinco pães (matéria prima) e a distribuição (solução). Quantas vezes Deus propôs algo assim diante de nós?

É chegado um tempo de gerarmos uma fé em nós que não seja contemplativa, de ler a Bíblia e achar bonito. Precisamos ler, entender e praticar. Precisamos enxergar os 5 pãezinhos e com a fé ver neles uma multidão alimentada. Fé para ser fé tem de gerar movimento, ação, provocar resultado. Nada triunfalista, apenas sair do lugar e alimentar os famintos, sejam eles físicos ou espirituais.

“Pai, eu estou cansado de ter ideias brilhantes que não servem para nada, ao mesmo tempo que pessoas ao meu redor morrem de fome. Ensina-me a ter um tipo de fé que me faz criativo na solução das coisas.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Motim

“Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!” (Números 14:2 ARA)

Sempre que um grande líder do povo de Deus está desempenhando sua função, precisa tomar uma decisão: crescer e incomodar os acomodados; ou sujeitar-se à mesmice e à mediocridade. Moisés, em todas as vezes, optou por crescer. Neste caso, vemos uma empreitada difícil, pois os espias enviados traziam notícias trágicas.

De fato a terra era boa, como o Senhor havia descrito, mas além de leite e mel manava armas e soldados gigantes. Que decepção. Que erro. Voltemos ao Egito. Exceto por Josué e Calebe, os demais espias queriam que o circo pegasse fogo. Eu já vi esta mesma cena, respeitadas as proporções inúmeras vezes.

Os amotinados são massa de manobra, levados por uns poucos que olharam os gigantes da terra e as cidades fortificadas, como se isso fosse maior que a promessa de Deus. Homens como Moisés dão suas vidas diariamente em congregações de todos os tamanhos para que o Reino de Deus seja pregado e pessoas sejam alcançadas com a salvação. Mas claro, precisam ser freados e atrapalhados por aqueles que só veem dificuldades. É preciso ter atitude, postura, discernimento.

Se o Egito representa o mundo e Canaã o paraíso, imagine reescrever o versículo acima como “quem dera tivéssemos ido para o inferno”. É forte! Mas é a atitude de muitas pessoas de esquecem a promessa de Deus por aquilo que veem com os olhos humanos. O justo viverá pela fé e não pelas circunstâncias. O servo fiel de Deus será guiado por Ele e não por seus olhos. A promessa de Deus, se for realmente dEele, nunca se desvanece, não tem data de validade, e só não se cumprirá se eu não quiser.

Voltemos nossos olhos ao Senhor, Sua Palavra que está na Bíblia, Suas promessas, Seu caráter. Esqueça os gigantes e fortalezas. Marche com toda força na direção que Deus orientou. É vitória garantida.

“Senhor, sem ser triunfalista eu quero ter uma atitude de vencedor, mas sei que para isso só o Senhor pode me indicar a direção. Ajuda-me a ser que o Senhor deseja que eu seja, independente do que vejo com meus olhos.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Esperança

“Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar.” (2 Coríntios 3:12 ARA)

A clareza de Paulo para entender algumas coisas me causa admiração e este texto foi um dos tais. Por que ficaríamos nós perdendo nosso tempo para falar do Reino de Deus para as pessoas se nossa esperança não estivesse no Senhor? Sem ter esperança acesa e mantida no Senhor, muitas coisas perdem o sentido, inclusive falar para as pessoas. Há de se recordar ainda que na época em que este texto foi escrito, falar de Jesus Cristo era sentença de morte, fosse pelo Império Romano ou fosse pelos judeus fanáticos da época.

Trazendo para os nossos dias e dentro da realidade brasileira, provavelmente falar de Jesus para as pessoas não implique em muito mais do que alguma zombaria e motivo piada em rodinhas de colegas. Eventualmente, em alguns lugares específicos, pode ser motivo de inimizade e desentendimento por parte de outros grupos com uma percepção espiritual diferente. Raramente, pelo menos no Brasil, deve haver algum tipo de perseguição mais explícita. Mesmo assim, com grande pesar, percebo que a maioria dos evangélicos não abre a sua boca para falar de sua fé, ou proclamar seu salvador pessoal.

Podemos atribuir isso a uma gama de fatores, mas tenho meditado que a esperança aqui mencionada por Paulo tem se esfriado, juntamente com o amor pela obra de Deus. Afinal, estamos no século XXI e a tão “urgente” volta do Senhor ainda não aconteceu. E claro, a ciência a cada dia tem sido mais enfática em explicar “tudo”. Com isso, temos sido cada vez mais racionais e menos esperançosos. Mentiras do inimigo, não creia nelas.

Tenha em si a esperança da glória do que é permanente, Jesus Cristo, O filho do Deus vivo, ressurreto dentre os mortos para viver eternamente entronizado a desta do Pai. Sirva-se de ousadia por conta desta viva esperança. Abra sua boca e diga a todos que não forem surdos que Jesus é teu Senhor – quer queiram ouvir quer não queiram. No mais, é viver na esperança de em breve tudo isso se tornar desnecessário, pois o Senhor está às portas.

“Senhor, talvez eu realmente não seja eloquente ou carismático para falar para multidões, mas de um em um eu posso fazer muita coisa. Encoraja-me.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Sustento

“E, quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei.” (Isaías 46:4 NTLH)

Ouvi algo sobre este versículo há poucos dias que me chamou a atenção. Sabemos que Deus é o Senhor de nossas vidas em todas as suas fases, mas tendemos a achar que Ele é mais ativo quando somos jovens e temos mais desafios a serem vencidos. Me ensinaram a ter respeito pelos cabelos brancos desde pequeno e hoje que os tenho (aliás, em abundância) percebo o motivo.

Conforme os anos passam precisamos do Senhor na mesma medida em que durante as fases mais tenras de idade, mas de forma diferente. Na infância, precisamos de proteção por conta da inocência e imprudência. Na adolescência, pela instabilidade emocional e pelas muitas indecisões e ansiedades. Na juventude e maturidade, pelos muitos desafios e responsabilidades. Mas na velhice, quando já fracos, com os mencionados cabelos brancos, precisamos do Senhor para nos carregar. Muitas vezes é puramente poético, outras nem tanto.

Seja pela dificuldade de manter-se profissionalmente ativo ou pelo distanciamento dos demais familiares, o Senhor é nosso fiel sustentador. É desagradável falar da velhice para os mais moços, mas semeamos hoje nossa velhice com nossas atitudes, amizades, hábitos de vida e cuidados com saúde. Aleluia, o Senhor é conosco em todas as fases. Seja você amado leitor um jovem ainda com muito pela frente, ou já uma pessoa experiente, não importa – o Senhor é contigo.

Mas o que me ocorre é que, dados os acontecimentos e o adiantado do calendário, possivelmente nossa geração ou a próxima não conhecerão a morte porque serão arrebatados. Isso me alegra e chega a me criar ansiedade, pois o que mais desejo neste mundo é servir ao meu Senhor, mas desejo ainda mais do que isso é estar com Ele pela eternidade. Onde não há choro nem lágrima, imagine. Onde o Senhor não precisa nos sustentar porque tudo é perfeito. Isso também, amados, se semeia ainda neste dia e neste momento, servindo ao Senhor em amor.

“Pai, obrigado por me fazer perceber que Tu és o dono de todas as fases da vida e da mesma forma. Ensina-me a ser grato a Ti de forma mais efetiva e apropriada.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Liberdade

“Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?” (João 8:33 ARA)

Ótimo exemplo de um diálogo mal sucedido – Jesus falando de uma liberdade e eles de outra. Para piorar, os judeus aqui em questão falaram uma bobagem de ordem histórica. Já haviam sido escravos do Egito, da Assíria, da Babilônia e naquele exato momento eram oprimidos por Roma. Como assim “jamais fomos escravos”? Nem mesmo no sentido literal isso seria verdade.

O que acontece é que eram pessoas que estavam tendo um primeiro contato com Jesus e ainda despreparadas, falavam coisas que eram mera inércia de suas tradições. Assim também muitos hoje, em nossas igrejas, na melhor boa vontade do mundo (quero eu crer) acabam falando e se comportando como sabem, por falta de mais tempo de caminhada com Cristo.

O problema todo é que o rumo da conversa se perdeu horrivelmente nos próximos versículos, pois o que deveria ser um ensino virou um debate. O cerne da questão foi o assunto de sempre – não reconhecer o pecado como pecado. Para aqueles homens, Jesus estava errado e eles estavam certos. Chegaram a dizer que ele tinha demônio, uns 15 versos adiante. Prisioneiros do pecado agem como prisioneiros, não conhecem a verdadeira liberdade.

Precisamos tirar disso duas lições importantes: primeiro, nem sempre o que sabemos e temos por convicção será de Deus e portanto precisa ser examinado diante da única régua que mede fielmente as coisas de Deus – a Bíblia, a Palavra de Deus. Isso pode acontecer com qualquer um de nós que prefira prevalecer com sua palavra sem atentar para a Sua Palavra. Segundo, quem é liberto pela verdade de Cristo, pratica as obras de Cristo. O texto todo é muito claro em relação a isso – ser de Jesus não é frequentar igreja, nem dar dízimo, nem orar e nem mesmo ser pastor. Ser de Jesus é fazer as coisas como Jesus quer que sejam feitas, mesmo tentando e nem sempre conseguindo por não ser perfeito.

Vida com Deus é vida de liberdade para agir certo, livre da escravidão do erro.

“Pai, mostra-me o que devo mudar em meu modo de viver e em minhas atitudes para que eu, de fato, transpareça que sou Teu. Ensina-me a andar nos Teus caminhos.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Escondido

“Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado.” (Lucas 8:17 ARA)

Ainda que o assunto tenha tendência a ser polêmico, precisamos mencionar que há pessoas que desconhecem este versículo, ou julgam que a elas ele não se aplica. Digo isso porque tenho ouvido e testemunhado incontáveis vezes em que pessoas tem grande cuidado em não falar palavrão e não se comportar mal diante de mim, afinal sou pastor. Mas tem a maior cara-de-pau de aprontar de tudo diante do Pai que tudo conhece, tudo vê e tudo sabe.

Se os nossos atos íntimos depõe contra nossa santidade e nossa retidão diante de Deus, que diferença faz alguém mais saber? A quem será que pensamos estar enganando se agirmos assim? Se considerarmos que o salário do pecado é a morte, não podemos evitar pensar que pecar em oculto é como tomar veneno sem ninguém saber e achar que, com isso, não fará mal. Tolice.

Quando agimos assim fazemos um mal tremendo a nós mesmos. Devemos buscar retidão diante de Deus primeiramente na intimidade, onde só Ele nos vê, para depois buscar aceitação e aprovação por parte das pessoas que nos cercam – primeiro o mais importante. Se alguém mais ficou sabendo ou não, é um detalhe de aparência e nada tem a ver com a essência do problema.

Isso nos ajuda a entender porque Jesus nos diz que desejar a morte de um irmão é homicídio e cobiçar a mulher alheia já é adultério. O estado pecaminoso da alma, para Deus, já consiste em pecado mesmo que o ato não seja concretizado. Ademais, sempre temos de lembrar que circunstancialmente o ato não aconteceu AINDA, mas está a caminho. Para alguns mais afortunados, talvez tenha Deus provido um enrosco ou desvio para não permitir a consumação.

O que resta a nós é uma mensagem muito conhecida: santificai-vos pois amanhã o Senhor fará maravilhas. Se não der tempo e formos arrebatados antes, a maravilha será maior ainda. Se der tempo, que bom. O que não podemos é ficar parados no meio do caminho.

“Senhor, eu não ter do que me envergonhar diante de Ti, mas para isso preciso ser purificado de dentro para fora e somente Tu podes fazer isso. Ajuda-me.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cooperação

“E, tendo-os saudado, contou minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério.” (Atos 21:19 ARA)

Eu conheço pastores que são adeptos e favoráveis ao discipulado, assim como outros que o julgam desnecessário. Da mesma forma, conheço pastores que amam cooperar com outras igrejas e receber ajuda, sejam da mesma denominação ou de outras, como há os que preferem não se misturar. A grande verdade que este texto nos mostra é que o apóstolo Paulo contou minuciosamente aos demais apóstolos o que Deus fizera por seu ministério.

Eu sempre considero que Paulo é um exemplo muito, mas muito mesmo, superior a mim na grande maioria dos assuntos. Não posso falar por mais ninguém além de mim, pois eventualmente haverá alguém que se julgue superior a Paulo. Mas tenho total certeza e convicção que ele preferiria cooperar, não apenas por causa deste versículo como por outros.

Há de se considerar que os tempos são outros, que muitas coisas aconteceram, mas é muito estranho fazer a obra de Deus no estilo “carreira solo”. Considero tão agradável e produtivo cooperar que não imagino diferente. Paulo contou minuciosamente os acontecimentos, como se tivesse obrigação de prestar contas a eles. Na verdade, por consideração ao Senhor, tinha mesmo.

Nota-se a cada dia que os grandes homens, tanto líderes eclesiásticos quanto empresariais, são participativos. Já se foi o tempo de trevas onde esconder informações e monopolizar decisões assegurava emprego para executivos e pastores. Hoje valoriza-se, novamente, a gestão do pessoal e dos conhecimentos, destacando-se aqueles que tem habilidade para mobilizar as equipes e proporcionar oportunidades. Paulo era assim? Tudo indica que sim.

O que temos a perder fazendo a obra de Deus de forma cooperativa? Penso que nada, a não ser um monopólio que, a rigor, nem deveria existir, pois o Senhor é Deus e não nenhum de nós. Se for de fato assim, então por quê? Sugiro começarmos a conversar mais, compartilhar mais e cooperar mais. Não será isso que falta para acelerar o glorioso dia que ansiamos?

“Pai, sem Tua misericórdia eu não sou nada e com certeza o Senhor ama a outros líderes como ama a mim. Ensina-me a compartilhar para edificação e a cooperar para juntos ganharmos almas para Ti.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Casamento

“Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne.” (Marcos 10:7-8 ARA)

Quando o assunto é casamento que vai mal, geralmente o ponto central são as brigas. Há obviamente os casos de adultério, violência, bebedeira, marido que não quer trabalhar, mulher que não cumpre suas tarefas – mas as brigas são de longe a maior incidência de reclamação.

Por que brigam? Simples e cristalino como água pura. Porque NUNCA entenderam este texto bíblico. Salvo alguma esquizofrenia, uma pessoa “normal” tem um único caráter e um único posicionamento moral. Uma pessoa não briga consigo mesma, salvo algum distúrbio. Uma pessoa equilibrada vive primeiramente em paz consigo mesma e dedicada à sua própria satisfação e realização.

Assim deveria ser o casamento, pois ao me tornar um com minha esposa não tenho mais motivo pra brigar – somos um, estaria brigando comigo. Ao me dedicar à minha satisfação olho para o UM que formamos juntos e não somente para a minha metade. Ao tentar ser feliz, quero fazer feliz ao UM que formamos.

A pergunta que não quer calar é como se tornar um no mundo em que vivemos. Bem, sem Deus é impossível. O favor e a graça de Deus permitem isso, proporcionam unidade. Assumir uma missão de embaixador do Reino de Deus neste mundo, olhar para as coisas do alto, acumular tesouros no céu. Tudo isso ocupa o lugar das brigas. O resto se resume a diálogo, comunicação, troca de expectativas, e muita muita muita vontade de acertar. Trata-se de ceder, abrir mão agora para ganhar depois.

A compreensão do que é viver neste mundo para Deus sufoca o egoísmo e faz do casamento uma aliança duradoura e prazerosa em todos os sentidos. Claro, para viver do meu jeito natural e pelos valores deste mundo, é só trabalhar para ganhar dinheiro para ter dinheiro para gastar para ter de ganhar mais ainda (não coloquei as vírgulas de propósito, isso deixa as pessoas sem ar).

“Deus amado, sei que o Senhor tem planos para todo mundo, mas as vezes não consigo entender o meu. Ajuda-me a encontrar minha linha de caminhada neste mundo para que, quer casado quer não, eu viva para Te agradar.”

Mário Fernandez