Vinicios Torres

Medo do Futuro – 1/3

Eu me converti a Cristo no início da década de 80. Este foi um período marcado por muitas especulações acerca do fim do mundo e da volta de Jesus, embaladas pela popularidade do livro de Hal Lindsey, “Agonia do Grande Planeta Terra”, em que ele oferecia um cronograma detalhado dos últimos dias do mundo, o que segundo ele aconteceria em pouquíssimos anos.

Praticamente no país inteiro, o assunto mais popular nas igrejas era acerca do arrebatamento iminente da igreja. Discutia-se acerca dos sinais e das evidências que cada dia pareciam mais abundantes. Naqueles dias, se um pregador quisesse fazer sucesso, bastava incluir na sua agenda de pregações uma mensagem acerca do arrebatamento. Se ele tivesse um seminário de vários dias sobre os últimos tempos e o Apocalipse, seria reputado como especialista em escatologia.

Como novo convertido e ávido por aprender as coisas de Deus, eu comia e bebia abundantemente de qualquer fonte que pudesse me esclarecer os mistérios da Palavra de Deus. Cheguei a decorar nomes de povos e de lugares, detalhes históricos; sabia de cor os nomes dos dez países que fariam parte do Mercado Comum Europeu, que seria a sede do governo da besta e do seu anticristo.

Mas havia algo que não me dava paz. Cada vez que um pregador falava sobre o arrebatamento, ele sempre terminava com um apelo manipulador, induzindo medo nas pessoas, colocando sobre elas o peso de que se elas não estivessem perfeitas no momento do arrebatamento elas seriam deixadas para trás. Consigo lembrar claramente as muitas vezes em que ouvi nesses apelos a pergunta: “Se Cristo voltar esta noite, você está preparado?” (Engraçado, para estes pregadores Cristo sempre volta a noite…)

Eu sempre ia dormir com o coração pesado, pois tinha a desagradável sensação de não ser suficientemente perfeito para ser arrebatado. Após essas pregações passava dias sobressaltado com medo de ser deixado para sofrer nas mãos do Anticristo. Eu orava pedindo a Jesus que adiasse a sua volta até que eu conseguisse me aperfeiçoar.

O tempo foi passando, aquela sensação de inadequação persistindo, mas eu fui percebendo que algumas coisas que eu a acreditava que deveriam acontecer não estavam acontecendo. Quando o Mercado Comum Europeu chegou a 12 países, e havia planos de aumentar transformado-se em Comunidade Européia, eu percebi que alguma coisa estava errada naquilo que eu cria. Comecei a perceber que havia fundamentado a minha fé em um sistema imperfeito. Durante algum tempo fiquei sinceramente perdido sobre o que eu deveria crer em relação aos últimos tempos.

Um dia, lendo o Apocalipse, observei uma frase que Jesus disse para uma das igrejas. Ele terminou seu discurso dizendo: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10). Neste dia eu tomei a decisão de não mais me preocupar com o futuro, no sentido de ficar olhando por sinais que me avisassem se a volta de Jesus está próxima ou não. Eu orei pedindo a Deus que me capacitasse a permanecer fiel independentemente das circunstâncias. Depois disso fiquei anos sem ler ou estudar qualquer coisa que se referisse a escatologia. Saiu de meus ombros o peso que sentia pela sensação de não estar pronto. Sabia que o que eu precisava fazer era andar em santidade e procurar crescer a cada dia em comunhão com Deus.

Ontem, lendo Atos dos Apóstolos percebi que essa foi justamente a atitude que o Senhor Jesus esperava dos seus discípulos (Atos 1:4-6). Ao ordenar aos discípulos que fossem para Jerusalém e lá esperassem a descida do Espírito Santo, estes lhe perguntaram se nesta oportunidade ele restauraria o reino político de Israel. Jesus, porém, diz aos seus discípulos que não competia a eles se preocuparem com os tempos que estavam reservados a Deus. Ou seja, os discípulos deveriam preocupar-se em obedecer a Deus e deixar a cargo de Deus a responsabilidade de administrar o tempo em que as coisas deveriam acontecer.

Em relação ao futuro, a nossa única responsabilidade, como discípulos de Jesus, é a de obedecer ao seu último e expresso mandamento, que nós chamamos de a Grande Comissão: “Ide por todo mundo e fazei discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ensinado”. Ponto.

Ainda hoje eu vejo muitas pessoas, igrejas inteiras até, escravizadas pelo medo de serem surpreendidas em um momento em que elas não estão prontas. Uma das tarefas do Espírito Santo é, justamente, a da santificação. Se nós permitirmos, ele agirá em nós transformando-nos cada vez mais a imagem de Cristo, e nos preparando para o grande dia quando nós veremos o nosso Senhor face a face.

Não precisamos temer este dia, pelo contrário, devemos desejar ardentemente que este dia chegue o mais rápido possível.

Vinicios Torres

Vinicios Torres

O Maior Problema com os Menores Pecados

“Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 João 3:6)

“Pecado torna-se um crime, não contra a lei mas contra o amor; significa não apenas quebrar a lei de Deus mas principalmente quebrar o coração de Deus.”
-William Barclay

O que mais me machuca no pecado não é desobedecer a lei de Deus mas quebrar o Seu coração. Pecado não é uma fraqueza ou uma doença. Pecado é uma zombaria da Sua misericórdia e um desdém do Seu amor. Pecado machuca Deus.

Por isso nossas batalhas contra os menores pecados são sempre as maiores. Nosso pecado é uma ofensa ao nosso Deus. A batalha pode significar colocar um fim nas fofocas. Não flertar mais com a esposa do seu melhor amigo. Não dizer mais uma coisa na frente do seu amigo cristão e outra aos seus colegas de trabalho. Pode significar parar também com pecados sutis – controlar seu apetite, dominar suas fantasias e parar de fazer cópias piratas de material protegido por lei.

Parar com os pequenos pecados parece pouco para você? Se for, lembre-se que qualquer pecado é uma escolha de comunhão com o Diabo. E uma vez que o Espírito Santo o tenha convencido de algum pecado… o menor tornou-se o maior.

“Senhor Jesus, eu quero Te agradar. Eu não quero mais dar aos meus pecados nomes suaves e quero parar de fazer coisas que Te desagradam. Dá-me forças para obedecer.”

Joni Eareckson Tada
https://www.joniandfriends.org

(tradução de Vinicios Torres)

Vinicios Torres

Oração e Relacionamentos

“Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.” (João 13:14-17)

Quero agradecer a todos os que responderam ao nosso pedido de oração. Como foram tantos ficou inviável de responder cada um pessoalmente. Cada mensagem recebida foi importante e todas falaram ao nosso coração. O carinho e a atenção demonstrados nos fizeram perceber que mesmo distantes e, na maioria dos casos desconhecidos, temos muitos amigos que se interessam por nós.

Como mencionei no e-mail anterior, uma das coisas que temos visto acontecer com muita intensidade na igreja de hoje é o uso dos relacionamentos apenas para atingir um determinado fim.

Antigamente (isso é, há uns poucos anos) éramos ensinados que éramos servos de Jesus Cristo, o Senhor, e que deveríamos seguir o seu exemplo e servir ao nosso próximo em amor (João 15:12). Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos quando o mundo reconhecesse o amor com que nos amássemos uns aos outros (João 13:35).

Atualmente, somos tudo, de reis e príncipes a administradores e líderes, que temos que conquistar as pessoas para nos seguirem e fazerem parte da nossa “turma” (substitua turma pelo nome que você costuma ouvir). As pessoas devem ser convencidas a obedecerem o método que foi implantado na igreja independente de compreenderem o motivo pelo qual fazem o que fazem.

Não sou contra métodos. Ao contrário disso, estudo processos empresariais e sei a otimização e o aumento da eficiência que um método bem definido pode trazer a qualquer organização. O problema é quando o método substitui o relacionamento na igreja.

O método pode ajudar a encher a igreja. Mas o método não cura feridas, não satisfaz a solidão, não consola a tristeza, não muda o caráter. Essas coisas só acontecem com relacionamentos profundos e amorosos, que geralmente levarão bastante tempo para se consolidarem.

Como você vê esse assunto na sua igreja? Como a sua igreja está tratando para que as pessoas não sintam que caíram dentro de uma máquina?

Vinicios Torres

Fé Contrária

“A fé é a certeza das coisas que se esperam” (Hebreus 11:1)

Recentemente ouvi uma frase que me chamou a atenção e que me fez pensar durante alguns dias. Alguém atendeu o telefone perto de mim e respondeu a uma pergunta do interlocutor de uma maneira curiosa. A pessoa perguntou-lhe se ele iria participar de um evento que iria acontecer dentro de umas 4 semanas e recebeu como resposta a seguinte frase: “Não vai dar, naquela época eu não vou ter dinheiro.”

O que me chamou a atenção foi a maneira determinada como a pessoa disse que não terá dinheiro. Estava decretado. Não havia brecha para mudança na situação. Eu percebi que aquele era um exercício de fé… ao contrário.

Quantas vezes nós não fazemos isso? Desistimos de algo antes mesmo de começarmos, abandonamos um desafio sem nem ao menos tentarmos. Olhamos para o futuro e anulamos o que poderia ser.

Ao afirmarmos a impossibilidade do futuro acontecer acabamos por trazer para o presente uma série de conseqüências: desânimo, porque permanecer animado se não adianta? fraqueza, porque se fortalecer se não trará resultado? comodismo, tudo vai ficar como está pois o futuro não mudará.

Um pensamento interessante a respeito desse assunto é que se crermos que pode acontecer, a chance de acontecer é maior mas não é garantida; mas, se crermos que não pode acontecer, temos 100% de garantia que não acontecerá. Qual você acha que será o resultado do vendedor que, ao ver o cliente entrar na loja, pensa: “Xi, para esse aí não vou conseguir vender nada.”

Precisamos vigiar nossos pensamentos e palavras e analisá-las se estão servindo para alimentar a nossa fé de maneira positiva ou se estão na verdade servindo para boicotar a realização dos sonhos e metas que Deus tem colocado em nossos corações.

“Senhor, como disse Davi,põe um anjo à minha boca para que eu não fale palavras que destruam a minha própria fé.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Deslealdade

“Como dente quebrado e pés sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia” (Provérbios 25:19)

Você já teve a experiência de confiar em alguém que já havia decepcionado você anteriormente e a decepção se repetiu? Você já confiou em alguém que todas as pessoas à sua volta lhe avisaram para não confiar, baseadas em suas experiências negativas anteriores?

É comum acabarmos tendo más experiências com as pessoas que demonstraram alguma forma de deslealdade. Pessoas que lhe deixaram na mão uma vez tem a péssima probabilidade de repetirem a atitude.

Mas como agir em casos assim? De que maneira tratamos as pessoas que nos decepcionam abandonando-nos justamente quando mais precisamos delas?

Você pode arriscar andar com um pé sem firmeza, mas faz isso sabendo que ele pode vacilar e lhe fazer cair. Você pode comer com um dente mole na boca, mas está alerta que o dente pode cair na próxima mordida.

O amor nos faz tentar de novo apesar do desgaste do relacionamento provocado pela decepção. Mas a confiança é vacilante por causa do temor da repetição da deslealdade. Tudo que se fizer será sempre acompanhado do temor de novo abandono ou da próxima traição.

Este temor só será vencido depois de repetidas vezes em que a confiança for correspondida com lealdade. É interessante que basta uma ação negativa para destruir a confiança, mas exigirá muitas vezes anos de ação positiva para restaurá-la.

Se você foi desleal com alguém, não espere ser restabelecido ao mesmo patamar de confiança mesmo que você tenha se arrependido sinceramente e confessado o seu erro. Você vai ter que se esforçar muito para conseguir voltar ao lugar que ocupava no coração da pessoa ferida.

Se você foi vítima da deslealdade perdoe. E se a pessoa reconheceu seu erro dê à ela oportunidades para demonstrar os frutos do seu arrependimento. Só considere a possibilidade de afastar a pessoa do seu convívio quando houver certeza que ela não tem intenção de mudar de atitude.

“Senhor, ajuda-me a perdoar àqueles que me decepcionaram e a permitir que eles demonstrem o seu arrependimento reconstruindo a nossa confiança através do Teu amor.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Incomum

“Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.” (Atos 1:8 NTLH)

Provavelmente lemos ou citamos este versículo centenas de vezes todos os anos. Ao longo de 20 anos de caminhada com Cristo, posso afirmar tê-lo citado ou lido mais de 1.000 vezes, com certeza. Mas Deus tem uma infinita capacidade de nos dar entendimento além da nossa capacidade natural. Este versículo sempre é usado no sentido de missão, chamado ou evangelismo, salvo raras exceções.

Ao ler novamente este verso nesta semana, me dei conta que somos pessoas comuns. Não temos poder, não temos virtude, não temos nada senão uma oportunidade. Oportunidade de receber algo que não é nosso, algo que não poderíamos ter, algo que nem sabemos usar. Oportunidade de receber o poder de Deus através do Seu Espírito.

Isso não nos permite dizer que não somos mais pessoas comuns, pois ainda somos completamente comuns. Somos carne e osso, sangue e água (muita água). Continuamos tendo sentimentos humanos de dor, prazer, medo, paz, frio, calor, amor, ódio – e pecado. Continuamos pecando, muitas vezes ainda por muito tempo em grande quantidade.

Mas passamos a ser pessoas comuns com um objetivo, com uma missão e uma capacitação incomum. Passamos a ser pessoas como Deus, não no sentido de Sua divindade ou perfeição, mas juntos com Ele assumimos o propósito de levar o nome de Jesus a toda criatura ao redor deste enorme mundo. Passamos a compartilhar do Seu Espírito e de Seu poder, ainda que não 100% como foi com Jesus – mas certamente isso é incomum.

Pessoas comuns com uma meta incomum, capacitados de forma incomum. Esta seria uma bela forma de definir a igreja e os cristãos. Pena que ao olharmos para estes grupos, só vemos pessoas comuns. Onde foram parar as partes incomuns desta cena? Vale nossa reflexão.

“Pai, ensina-me a ser comum sem ser mundano, e a ter o Teu senso de propósito para que eu desempenhe Teu chamado em minha vida.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Autoridade IV

“Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do teu povo.” (Êxodo 22:28 ARA)

Interessante voltar a este assunto no Antigo Testamento. Somos tão rápidos e assertivos ao lembrar do primeiro e maior de todos os mandamentos (amarás o Senhor Teu Deus) mas nem sempre sabemos que neste versículo temos algo mais. Não blasfemar contra Deus nem merece explicações, é um assunto bastante pacífico.

Quanto a não amaldiçoar aqueles dentre o povo que se acham investidos de poder e autoridade, aqui chamados simplesmente de príncipes, podemos entender de duas formas distintas. A primeira é no sentido de não levantar a voz contra seus líderes, no sentido de amaldiçoar “ativamente” por assim dizer. Desejar sua ruína, falar mal de sua pessoa, apregoar maldições. O povo evangélico deste tempo é pouco dado a isso, mas convém citar.

Numa segunda ótica, provavelmente mais profunda, devemos nos lembrar que o único nome que podemos dar para falta de bênção é maldição. Então, ao não abençoarmos nossos líderes, estamos automaticamente deixando-os à mercê de serem suas próprias fontes de maldição. Se forem líderes cristãos, menos mal, porque alguém em algum lugar deve estar orando em seu favor (ao menos é o que esperamos). Mas, e aqueles que jamais entenderam a graça salvadora do Senhor? Vamos deixá-los perambulando sem vida? Ou vamos pensar que isso só se aplicava a Israel?

Para não haver dúvida, Paulo cita este texto em Atos 23:5 num contexto 100% neo-testamentário. Há uma regra bem simples e bem básica da interpretação bíblica que nos ensina que quando um ensino ou mandamento do Antigo Testamento é reiterado ou confirmado no Novo, aplica-se a nós.

Diante disso, temos de decidir obedecer ou nos rebelar, pois agora não somos mais desinformados. Cabe a nós agora agir (orar).

“Senhor, eu sinto dificuldade em abençoar pessoas que não julgo merecedoras de crédito. Mas o Senhor me amou enquanto eu ainda estava condenado e quero aprender a agir desta forma.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Mudar o mundo

Gosto de ler um bom livro. Gosto muito de ler biografias, principalmente em primeira pessoa, ou seja, quando o próprio personagem relata as suas experiências e revela os seus sentimentos enquanto passava por elas.

Muito do meu caráter cristão foi formado através do desejo de me tornar semelhante às pessoas de quem li suas histórias: Irmão André, David Wilkerson, David Livingstone. E também pela coragem e exemplos de muitos que, mesmo não sendo explicitamente cristãos, fizeram diferença por aquilo que viveram e realizaram.

Saí da Microsoft para mudar o mundoRecentemente, ao passar pela seção de livros do supermercado, deparei-me com um livro cujo título me chamou a atenção, “Saí da Microsoft para Mudar o Mundo“. Para alguém, como eu, que trabalha na área de informática, o título não podia ser melhor isca.

Não vou repetir o que você pode ler em qualquer resenha. O que me chamou a atenção é a capacidade de transformação que alguém com vontade pode ter. Inspirado por um desafio que encontrou ressonânicia em seu coração, John Wood, começou a fazer diferença com os recursos de que dispunha e a ajuda de parentes e amigos. À medida que obtinha sucesso no nível em que estava, aventurava-se a ir mais longe no próximo projeto.

A “Room To Read“, a ONG fundada por John, hoje exerce influência e transforma vidas em diversos dos países mais pobres do mundo, provendo livros, bibliotecas, laboratórios de informática e bolsas de estudos para meninas.

O religioso completaria: “mas tá faltando o evangelho”. Concordo, a diferença que ele está fazendo se resume a esta vida e falta a dimensão eterna ao seu esforço.

Porém, estamos vivendo um momento de estranho desequilíbrio na igreja. De um lado temos toda uma ala que só se preocupa com o espiritual, e o outro lado, quando se preocupa com a prosperidade, o faz apenas com a sua própria, sem nada realizar para viabilizar a transformação e prosperidade do seu ambiente.

Isso me lembra Jeremias dizendo que não podemos ser prósperos e ter paz sem estar preocupados que nossos vizinhos e nossa cidade também sejam prósperos e desfrutem a paz (Jeremias 29:7).

Gostaria de recomendar o livro e desafiar-lhe a lê-lo com o coração aberto. Quem sabe o que Deus pode inspirar-lhe a deixar para mudar o mundo também?