Luis Antonio Luize

Receber e Confessar – A Mudança Começa em Mim

Hoje em dia há muita gente hipócrita por aí, que dizem uma coisa e fazem outra. Na sua origem a palavra hipócrita significa “alguém que usa uma máscara”, um ator, alguém que desempenha um papel. Na antiguidade, cada vez que um ator trocava de personagem também trocava de máscara, uma espécie de disfarce para se proteger. O mesmo sentido ainda permanece hoje.

Num sentido genérico, é aquele que professa um princípio, mas age diferente do mesmo. Também pode indicar aquele que possui uma certa convicção no coração mas que declara outra com a boca.

O número dos que se dizem seguidores de Jesus mas que demonstram um comportamento inadequado é bastante alto. Creem que devem abençoar, mas sua boca profere palavrões e maldições contra todos que estão por perto.

Estas pessoas creem que Cristo é seu Salvador, mas não confessa e vive de acordo com isso. Nós precisamos levar uma vida compatível com a nossa confissão em Cristo.

Estes dias aconselhava um jovem casal, já com filho, vivendo juntos mas com idas e vindas no relacionamento. Eu os aconselhei que tomassem uma decisão e vivessem de acordo com isto, ou seja, casem-se, pois aquilo que confessamos torna-se um compromisso.

Não confessar seu voto é não assumir compromisso com seu cônjuge. Assim também são muitas pessoas envolvidas com seu trabalho secular que não revelam serem crentes em Jesus, pois seu mau comportamento no trabalho não lhes permite isso. Máscaras.

A confissão pode promover o bem ou o mal. Jefté fez um voto precipitado. Poderia ter confessado seu erro e retirado a palavra, mas preferiu seu orgulho à ter sua filha. Herodes fez o mesmo em relação a João Batista, pois entregou a cabeça dele à filha de Herodias, mesmo não desejando fazê-lo.

Mas quando reconhecemos e confessamos nossa situação, alcançamos a misericórdia de Deus.

Muitos não recebem as bênçãos de Deus sobre suas vidas porque se sentem inferiores ou indignos, mas a palavra diz que Deus não nega bem algum aos que andam retamente.

Se após crermos não confessarmos com nossa boca e formos capazes de recebermos o que Deus tem para nós, nossa crença perde o sentido.

Quero dizer, creia em Jesus, confesse-o andando retamente e dando um bom testemunho para os de dentro e para os de fora, e então receba o que Deus lhe reservou.

José tomou posse de tudo o que Deus lhe deu e prosperou. O sonho não foi ideia de José, mas de Deus, e ele o recebeu com fé. O primeiro capítulo de Gênesis está escrito “Deus disse” e tudo se fez, o Espírito trouxe à existência o que Deus determinou.

O que nos dá condições de receber as bênçãos do Senhor é o fato de Jesus ser digno delas ao comprá-las para nós através de Seu sacrifício na cruz.

Estas riquezas de Deus estão à nossa disposição quando as recebemos pela fé, pois o receber é mediante fé que confessamos.

Confie que Deus suprirá suas necessidades. Creia que Ele fará grandes coisas por você, e então receba estas bençãos do Senhor sobre sua vida.

PARA EXERCITAR

  • Tenho confessado a minha fé através do meu comportamento?
  • O que posso fazer para passar a agir de acordo com minha fé em Cristo?
Vinicios Torres

Resgatando Esaú

Continuando a releitura da história de Jacó que comecei há alguns meses, gostaria que nós prestássemos atenção em alguém que sempre é lembrando pela lambança que fez.

Não tem como falar de Esaú sem lembrar de sua malograda decisão de vender o seu direito de primogenitura. A própria Bíblia o apresenta como exemplo a não ser seguido por causa disso. Ela diz que Esaú “desprezou” a bênção que lhe estava reservada.

Você pode ver os outros artigos a respeito em:

Mas também com Esaú as pessoas se concentram em seus erros e perdem de vista as coisas boas que podem ter acontecido. A vida toda eu tive de Esaú uma má visão, achava que ele tinha amargado o resto da vida as consequências dos seus erros e de suas atitudes.

No entanto, ao pensar sobre as promessas de Deus para Abraão de que ele teria uma descendência grande e abençoada, não pude deixar de pensar que Esaú fazia parte dela. Ele perdeu a herança e o privilégio do Messias vir da sua linhagem, mas era filho do descendente de Abraão.

Quando percebi isso, lembrei que, quando Jacó volta para a terra de Canaã, para a casa de seu pai, 20 anos depois de sair para buscar uma esposa, ele temia que seu irmão ainda guardasse rancor. Para tentar apaziguá-lo, Jacó envia parte de seu gado e de seus pertences como presente para Esaú. Quando Esaú chega onde Jacó estava, ele abraça Jacó e eles choram.

Em seguida Esaú pergunta o que eram todas aquelas coisas que ele tinha visto pelo caminho e Jacó responde sem reserva que era para ser bem recebido por ele. Então Esaú dá uma resposta maravilhosa:

Eu tenho muito! Guarde para você o que é seu.”

Naqueles tempos, o primogênito recebia uma porção dobrada da herança da família, mas naquele episódio Isaque ainda era vivo, portanto a herança ainda não havia sido dividida. De onde Esaú conseguiu tanto e como abandonou o ódio ao irmão para recebê-lo tão bem?

A chave para compreender isso está em Gênesis 27:40, quando em prantos pede ao pai uma bênção, já que o irmão havia recebido a que lhe era destinada. Isaque prediz que a sua vida será de dificuldade e sofrimento e que ele estava destinado a ser inferior ao irmão.

A menos que ele mudasse as atitudes para com a vida.

O versículo 40 da tradução “Almeida Corrigida e Revisada Fiel” é uma das poucas em português que traduz este versículo da mesma maneira que a maioria das versões em inglês: “quando te assenhoreares”. Traduzindo para o linguajar mais cotidiano: quando você se tornar senhor de si mesmo, quando você aprender a controlar seus sentimentos e instintos, quando você tiver domínio próprio.

O que Isaque estava dizendo para Esaú é que enquanto ele não tivesse domínio de si e vivesse tomando decisões irresponsáveis baseadas em sentimentos momentâneos e passageiros, ele teria uma vida difícil e se sentiria inferior ao irmão. Mas quando ele crescesse emocionalmente e tomasse as rédeas da vida chegaria o dia em que este jugo de desigualdade e inferioridade lhe seria tirado.

A Bíblia registra, em Gênesis 28:6-9, que esta mudança começou em Esaú logo depois que ele viu Jacó sair em viagem para buscar esposa. Ele reconheceu a obediência de Jacó e o fato de que suas esposas não satisfaziam o que seus pais consideravam como importante. Sua primeira ação, foi buscar uma esposa entre seus parentes, de maneira que pudesse trazer alguma harmonia entre a sua casa e a de seus pais.

A julgar pelas palavras de Esaú no encontro com seu irmão 20 anos depois, podemos chegar à conclusão de que ele “tornou-se senhor de si mesmo” a tempo de experimentar a liberdade e a prosperidade prometida à descendência de Abraão.

Podemos tirar uma lição importante da vida de Esaú e da sua resposta à profecia de seu pai. Apesar de alguns de nós nos identificarmos com o estilo de vida impetuoso, agitado e aventureiro de Esaú, em relação às coisas importantes da vida, à Palavra e às promessas de Deus, devemos exercitar o auto-domínio.

Nas palavras do apóstolo Paulo, devemos evidenciar o fruto do Espírito chamado domínio próprio. Das sementes desse fruto brotarão liberdade e prosperidade.

“Senhor, rendo-me ao teu Espírito Santo para que em minha vida se manifeste o fruto do domínio próprio e eu seja conhecido como alguém que te obedece sempre e experimenta a sua bênção abundantemente.”

Crédito da foto: Esau and Jacob reconcile (1844) – Francesco Hayez – The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM, 2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH.

Mário Fernandez

Passividade – Vivendo o Evangelho

Interessante observar como as pessoas ao nosso redor, dentro da nossa congreção (ou igreja local), encaram essa coisa de tomar a sua cruz. Já ouvi algumas barbaridades que nem vou reproduzir aqui, mas tem algumas ideias que merecem meditar.

Uma vez uma senhora comentou que seu marido alcoólatra era sua cruz a carregar. O pastor perguntou “e quando ele se converter, a irmão não terá mais cruz?“. Outra vez uma pessoa, muito simples no seu jeito, comentou que cruz era qualquer coisa que Deus desse e ela não gostasse. Eu perguntei “como faz pra saber se foi Deus que deu?“. Entre essas e outras tantas, precisamos entender que o verso escolhido nos fala claramente sobre “tomar” sua cruz, portanto independente do que seja seu conceito de cruz – é preciso ter atitude e andar em frente.

Em um dicionário li o seguinte “Passividade é acreditar que tudo o que está posto é como deveria ser e nada pode ser feito para alterar.” Isso meu querido leitor, é exatamente o que eu chamaria de contrário, inverso ou antônimo de tomar a sua cruz.

Tomar uma atitude é deixar a passividade de lado, coisa que está faltando para boa parte dos cristãos/evangélicos do nosso tempo, independente de qual seja sua opção teológica, denominação ou região onde vive. Dentro e fora do Brasil, um número enorme de membros de igreja congregam debaixo da liderança de homens que, preparados ou não, são praticamente tudo que estas pessoas têm de Deus em suas vidas. Por quê? Porque estão apassivadas, sentadas, acomodadas, alienadas, conformadas. A religiosidade não é uma virtude, é um vício. A espiritualidade não é sinônimo de religiosidade, por mais que para alguns possa parecer que sim.

A intimidade com Deus vem com esforço, dedicação, foco, busca, renúncia (muita renúncia) e sacrifício. Já parou para pensar que se não sangra nem queima, talvez não seja sacrifício? Já parou para pensar que a necessidade de esforço foi determinada por Deus em Gênesis 3, quando ele disse que o homem teria de trabalhar, nem tudo daria certo? mundo, aflições… lembra?

Deixar a passividade é tomar atitude positiva, é fazer (contrário de não fazer), é agir (contrário de não agir) e abençoar (contrário de só querer ser abençoado). Deixar a passividade é buscar uma forma de ser canal de Deus no mover sobre a Terra, independente de suas limitações. Viver um evangelho autêntico, genuíno, sem ser “aguado” exige uma atitude sem passividade.

Ser passivo é aceitar o que vem de Deus e reagir ao que vem contra Ele. Passividade portanto é semente de mornidão e isso é muito muito mau para qualquer um. O evangelho não é um conjunto de regras, portanto mais do que tudo é necessário olhar para a Palavra de Deus como sendo mais do que um conjunto de códigos a serem seguidos – é uma riqueza de princípios, histórias, palavras de consolo, incentivos, exemplos (bons e maus), referências, enfim é um tesouro ilimitado. Por isso mesmo, ficar passivo (ou fatalista) não pode nos aproximar de Deus em nada, pois todo tesouro precisa ser explorado.

Para viver o evangelho é preciso agir e reagir. Sair do quadradinho, ir além do mínimo, fazer algo mais, surpreender. Estas coisas são limitadas pelas regras. O evangelho é o Poder de Deus portanto não pode ser limitado.

Deus nos abençoe.

Luis Antonio Luize

O Poder do que Falamos – A Mudança Começa em Mim

Nós ministramos a casais e pessoas que necessitam de cura emocional. É frequente encontrarmos pessoas com o coração ferido por algum acontecimento. Algumas vezes foram atitudes de um ou de outro, até de ambos, que os jogaram numa situação de crítica e rancor.

Para resolver isso, só o perdão mútuo. Tudo aquilo que nós confessamos nós nos comprometemos. Ao confessar seus atos e sentimentos, comprometeu-se em fazer diferente. Foi assim com José que confessou seu sonho à família e firmou sua fé e o seu futuro.

Entretanto, o perdão resolve a questão, diria, em 90% dos casos, pois sempre existe alguns para os quais parece não surtir o efeito esperado.

Nestes casos, quando vamos mais a fundo para identificar porque não resolveu para eles, descobrimos que uma das razões é que não falaram tudo que devia ser falado, ou seja, guardaram algumas ofensas ou atos consigo mesmos e não alcançaram a vitória, o que demonstra falta de sinceridade.

Outra razão para isto é que simplesmente não creram no perdão que foi pronunciado. É como alguém que acabou de receber a Cristo em seu coração e não tem certeza se seus pecados foram perdoados. Ora, a bíblia diz que são perdoados, portanto é necessário ter fé, crer, senão seremos incrédulos.

Temos que fazer a nossa parte. Tudo na vida precisa ser balanceado. O arrependimento é contrabalançado pela fé, o ato de crer pelo de receber, a ternura é harmonizada pela firmeza. Tudo na vida precisa ter equilíbrio.

Logo, as palavras que proferimos são uma expressão de quem somos. A nossa vida é feita de escolhas e construída a partir das palavras que falamos.

Em nosso país temos falado que todo mundo é corrupto, o que tem levado muita gente de bem a corromper-se. Esta palavra tem feito estragos em nossa nação e em nosso povo. Todos parecem apenas querer tirar algo para si não se importando com o outro. E fazemos isto nos negócios, nos relacionamentos, com Deus e com quem nos cerca.

As palavras podem criar coisas boas ou más. Elas podem edificar ou destruir.

Sempre que cremos em algo que falam para nós, seja bom ou ruim, aquela palavra nos leva àquilo que foi falado. Ou ainda, quando que falamos/confessamos algo com a nossa boca, faremos aquilo. É notório quando aconselhamos pessoas que falaram:

— Nunca serei como meu pai!

Fatalmente fará as mesmas coisas e quando perceber se encontrará na mesma situação, feito refém da sua própria boca. Mas se esta mesma pessoa perdoa seu pai e confessa, seguirá sua vida em paz.

Quando você tem um sonho, confesse-o a quem ama. Estes virão te apoiar com palavras, receba estas palavras com fé e coloque-se em marcha em direção à concretização do sonho.

Foi assim que Deus fez comigo quando, em torno dos 13 anos, disse que queria dominar a arte de construir um computador, algo impensável no interior do estado do Paraná na década de 70. Minha família me apoiou e aos meus vinte anos havia concretizado este sonho.

José também confessou à sua família, que neste caso não deu crédito, mas ele não deixou a descrença descer ao coração e continuou sua caminhada e concretizou seu sonho.

Deus vai fazer o mesmo na sua vida, declare o sonho que Deus lhe deu, envolva-se com ele e se tornará realidade, independente da situação à sua volta.

PARA EXERCITAR

  • Tenho confessado com minha boca coisas boas?
  • O que posso fazer para passar a proferir bençãos a todos que me cercam?
Luis Antonio Luize

Prática – A Mudança Começa em Mim

O problema central hoje em nosso país é justamente falar uma coisa e fazer outra. Nossos lideres estão cheios de conhecimento do que fazer mas não fazem. Falam aos quatro ventos o que é certo e fazem o que é errado.

Facilmente entendemos, o que importa não é se sabemos determinada coisa, mas se a colocamos em prática. Temos quatro níveis nesta vida em que podemos viver:

Nível da Suposição – é quando não sei algo, mas faço uma idéia a respeito. Formo a minha opinião sem a comprovação dos fatos. Poderei no futuro descobrir que estava errado.

Nível do Conhecimento – este vem do fato em si, ou seja, observamos o que acontece ou vivenciamos e então adquirimos o conhecimento. De qualquer forma, ainda não o praticamos, apenas sabemos que qual é a verdade.

Nível da Prática – é quando transformamos o conhecimento em ação. Isto é bom, mas se fizermos uma vez só não irá fazer parte de nós, pois nós humanos precisamos fazer algo repetidas vezes para que se torne um hábito.

Nível da Perícia – este é o patamar que todos precisamos atingir sobre algo que passamos a conhecer. É neste nível que podemos fazer a diferença.

Em relação ao amor de Deus Pai pela humanidade, que deu seu Filho Unigênito por nós, temos muita gente nestes quatro níveis. Temos alguns que supõem que Cristo morreu, mas não experimentou os benefícios da sua morte. Já outros conhecem e reconhecem que Cristo morreu por eles, passou a conhecer o amor de Deus, mas resigna a isto.

Outra parte até já praticou o amor alguma vez, mas está quase se esquecendo de como foi isto, enquanto há uma parcela que tem praticado diariamente, habitualmente e tem feito a diferença nesta vida.

Mas apenas o conhecimento não é suficiente, é preciso ter valores e princípios. Imagine alguém que possui um conhecimento prático, mas valores e princípios deturpados. Teremos uma pessoa de alta capacidade capaz de atos terríveis. O contrário também é verdadeiro, alguém com conhecimento, valores e princípios alinhados à Deus, teremos então uma pessoa que marca uma geração.

Quando temos a Cristo, nosso conhecimento, valores e princípios passam a alinhar-se Nele, o que inicia em nós um processo chamado de santificação. Não é um processo simples e rápido, pois é como se todo um edifício fosse reposicionado em outra direção, exige tempo, esforço e determinação.

Ao concluir este processo na nossa vida seremos muito usados por Deus em Seus maravilhosos e perfeitos propósitos, ao passo que uma parte de nós ficará apenas no nível do conhecimento pela falta da prática constante.

Certo dia, Jim e Joy Dawson, um casal abençoado que trabalha na JOCUM, encontraram-se com uma pessoa e Joy lhe disse algo que mudou a sua vida:

— Deus está lhe dando a possibilidade de ser um dos poucos cuja vida foi uma benção em suas mãos, ou um dos milhares que o decepcionaram.

E para ser um destes poucos, você precisa alcançar um nível mais elevado de prática, valores e princípios. Procedendo assim você também vai adquirir a autoridade para liderar a sua vida e a daqueles que estão próximos a você. Influenciará mais do que será influenciado.

PARA EXERCITAR

  • Tenho praticado a verdade com princípios e valores?
  • O que posso fazer para adquirir autoridade e liderar?
Vinicios Torres

O Senhor é o Senhor do Fácil e não do Difícil

Nestes tempos de dificuldades você também tem enfrentado a tentação de buscar soluções nos métodos humanos? Basta assistir a um telejornal para ver que a vida de hoje carece de soluções e somos tentados a acreditar que qualquer coisa que seja possível para resolver algum dos nossos problemas ou problemas da nação devem ser bastante complicados. Desanimamos só de pensar em procurá-las.

Mas já lhe passou pela cabeça que os métodos de Deus podem ser mais fáceis?

Nesses últimos meses, fui encorajado a crescer na fé através de uma série de mensagens que tenho escutado de um pastor da Guatemala. Elas estão em espanhol e apenas indicar o endereço não ajudará a muitos. Sendo assim decidi traduzi-las em áudio. É um exercício bom para mim e pode ajudar você também.

A primeira é sobre o poder da oração, a mais simples solução para os nossos problemas e ansiedades, e a mais negligenciada. Tenho sido abençoado com algumas revelações dessas mensagens e desejo compartilhar com você.

Ouça e comente conosco o que ela te ajudou.

ouça o áudio: https://www.ichtus.com.br/download/vt-001-O_Poder_da_Oracao.mp3

Mário Fernandez

Coerência – Vivendo o Evangelho

Independentemente de nosso estilo, gosto, preferência ou maneira de agir. Indepentendemente daquilo que pensamos e que, por conseguinte, nos leva a agir. Mesmo independentemente de nosso posicionamento teológico. Temos de ser coerentes com aquilo que cremos e com a fé que professamos. Viver o evangelho é ser coerente, pois o evangelho não é uma ação ou conjunto de regras, é um estilo de vida a ser vivido.

Se no nosso código de entendimento (alguns chamam de ‘doutrina’, outros de ‘fé e ordem’) temos de ter clareza sobre aquilo que cremos e devemos manter nossa caminhada alinhada com esse código. Se, por exemplo, congregamos em uma igreja mais pentecostal, com manifestações mais acaloradas e ‘barulhentas’ isso deve nos satisfazer diante de Deus e deve nos manter nutridos espiritualmente. Se por, outro lado, a situação for de um comportamento mais comedido e formal, com menos manifestações externas/visíveis, desde que isso alimente e mantenha na linha – tudo certo, nada errado.

O que realmente é problemático, e talvez isso ajude a entender o momento em que vivemos, é atacarmos o que não conhecemos, ou ficar ‘babando’ com algumas coisas que acontecem no prédio ao lado mas não tendo coragem de embarcar junto – e o pior de tudo, se somos daqueles que mudam de discurso dependendo de com quem estamos conversando.

O evangelho não é a igreja, nem a denominação, nem o pastor, nem o estilo, nem a teologia, nem a religião. O evangelho é o PODER DE DEUS, e Deus não cabe em nada disso nem junto nem separado. Eu procuro viver de modo coerente com o que creio, independentemente de ser isso o ‘estilo A’ ou o ‘estilo B’. Praticar aquilo que cremos, do modo que cremos, pelos motivos que cremos (ou pelo menos professamos crer) é uma obrigação nossa como servos de Deus. Viver o evangelho é viver de modo coerente. Veja que o versículo escolhido fala em conciliar o espírito com o entendimento. Seja isso 50-50 ou não, é imprescindível que seja coerente, equilibrado ao nosso paladar, mas principalmente – levado a sério e não com leviandade.

Pode até parecer que isso não dá resultado, mas me permita discordar. Recentemente ouvi um testemunho comovente de uma pessoa que entregou seu coração à Cristo e referiu-se a uma pessoa que “não desistiu de mim, sempre andou certinho e nunca falou besteira”. Creia-me, o testemunho da coerência impressiona e faz bem para todos.

Deus nos abençoe.

Luis Antonio Luize

Inversão – A Mudança Começa em Mim

Muito se tem falado sobre liderar e servir, inclusive tem aquele ótimo livro “Liderança Servidora”, de James C. Hunter, o qual tive o prazer de participar de uma palestra e ouvi-lo, recomendo.

Você pode ver este tipo de liderança em ação nos evangelhos, que registram a atuação de Jesus Cristo em nosso meio. É um tipo de liderança totalmente diferente da usual em que há alguém dando ordens e os outros devem apenas obedecer.

Se observarmos as empresas que dão certo, veremos que todas elas procuram servir bem ao seu cliente. Seja uma revenda de carros, seja a fábrica, uma igreja que serve, etc. Quanto mais uma organização ou alguém serve aos demais, maior se torna.

Um pai de família que cuida da sua própria casa está demonstrando esse amor e sua grandeza. Ele lidera servindo à esposa e aos filhos. Mas não confunda servir com ser escravo. Quando servimos, fazemos por liberalidade, por amor, enquanto a escravidão é involuntária.

É interessante que há um contraponto ao servir com amor, que é o querer com egoísmo. Deus desde o princípio deu do que Ele é para formar o mundo, e continuou dando mesmo quando pecamos, pois enviou Seu filho para morrer em nosso lugar, já que Ele mesmo, Deus, havia definido as leis e teria que haver remissão dos pecados com derramamento de sangue.

Bem, Ele continuou amando e enviou Seu Filho, Jesus, para morrer por nós. O grande e supremo Deus servindo por amor a nós. Agora, observe o coração do maligno, do reino de Satanás. Este sempre desejou ter o que não lhe pertencia, ou seja, quis o lugar de Deus. Isto se chama cobiça e egoísmo.

Logo, o amor é um atributo do Reino de Deus, enquanto a cobiça, do reino de Satanás. O amor deseja dar e servir, enquanto a cobiça deseja ter e receber a satisfação própria.

Foi usando este princípio que Salomão julgou a causa daquelas duas mulheres, em que uma havia perdido seu filho à noite por se deitar sobre ele. Não havia testemunhas, somente elas. A que havia perdido seu filho não se importava em que o outro fosse cortado ao meio, enquanto aquela que era a mãe verdadeira, preferia dar o filho inteiro à outra do que vê-lo morto. Sua disposição de abrir mão do filho era a sua prova de amor, e Salomão, reconhecendo isso, lhe devolveu o filho.

Invariavelmente quando nos procuram para receber orientação no casamento observamos que um dos cônjuges está insatisfeito por não ter o que deseja ou da forma que deseja. Dificilmente escuto alguém dizer que amou e não foi correspondido.

Existem tantos casais que desejam mudar um ao outro, num processo egoísta de satisfação própria, o que tem levado muitos à derrota. Mas quando há o interesse em que o outro seja bem cuidado e feliz, há a construção de uma família.

No trabalho é a mesma coisa, se aquilo que é necessário ser feito é feito, certamente o trabalhador será reconhecido pelo seu patrão, exceto por questões econômicas extraordinárias.

Certo pregador uma vez disse “Parei de praticar o que prego e agora estou pregando o que pratico”. Não importa o que sabemos ou pregamos, o que vale mesmo é o que praticamos. Estes dias disse a uma pessoa: “Olha, não adianta conhecer a bíblia toda e não colocar em prática, é preferível praticar o pouco que conhece.” A pessoa se assustou por escutar isto, mas é isto mesmo, o pouco praticado é melhor que o muito sem atitude.

O mundo hoje está cheio de conhecimento e de discurso, é como aquele político em época de eleição que promete “mundos e fundos” e após ser eleito, desaparece. Como aqueles casais apaixonados que prometem amor eterno e logo após o casamento perdem o interesse.

Não devemos andar da mesma forma, mas sim aplicar à nossa vida o exemplo maravilhoso de liderança servidora em amor de Cristo Jesus. Pratique o servir em amor e transforme sua vida.

PARA EXERCITAR

  • Tenho sido egoísta em meus relacionamentos?
  • O que posso fazer para passar a servir em amor?