Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Um Caso Extraconjugal Custa Caro

“Agora, então, meu filho, ouça-me; não se desvie das minhas palavras. Fique longe dessa mulher; não se aproxime da porta de sua casa, para que você não entregue aos outros o seu vigor nem a sua vida a algum homem cruel, para que estranhos não se fartem do seu trabalho e outros não se enriqueçam à custa do seu esforço.” (Provérbios 5:7-10)

O site de adultérios Ashley Madison foi “hackeado” algumas semanas atrás e os nomes das pessoas envolvidas foram revelados. Há muita gente que se diz justa e temente a Deus envolvida nisto.

A questão da traição é antiga e traz resultados terríveis aos relacionamentos conjugais e às famílias. Há pouco tempo soube de um jovem casado com uma bela esposa e com uma filha que se enamorou por uma outra mulher.

Foi embora de casa de maneira ruidosa e violenta para ficar com a outra. Pouco meses depois esta mulher o rejeitou, não quis mais ficar com ele, cansou-se, e ele não foi mais aceito em sua casa devido à sua falha.

Não vou entrar no mérito se ela deve ou não perdoá-lo, mas sim analisar os efeitos devastadores do ato dele.

Aconselho pessoas que, anos após serem afetados por decisões deste tipo, ainda guardam mágoas e rancores. Nós simplesmente não somos capazes de mensurar o que causamos nas pessoas ao nosso redor quando tomamos decisões erradas, como a infidelidade.

Quando tomamos decisões financeiras, sempre compartilhamos com quem confiamos e fazemos contas para ver se conseguiremos pagar o que compramos ou em que investimos. Por que é que não fazemos o mesmo quando se trata de nossa família?

A infidelidade irá custar muito mais do que alguém possa pensar inicialmente. A maioria perde a sua reputação, pois nossa cultura não concorda com a imoralidade e principalmente com a infidelidade.

Muitos casos amorosos iniciam no trabalho e acabam com a carreira profissional. No caso daquele rapaz que citei, ele perdeu o emprego e isto pode custar o seu também.

Além disto, um caso amoroso custa caro, e sem emprego vai ser difícil manter isto escondido. Os advogados que tratam de divórcios não são baratos, e não pagar pensão é uma das poucas coisas que levam alguém à prisão neste país.

Após um caso amoroso, a família poderá ser destruída, pois assim dizem as estatísticas levantadas pelo IBGE a que tive acesso recentemente. Se o casamento sobreviver à infidelidade, serão gastas muitas horas de arrependimento e perdão, aconselhamento, curas e restauração para curar as cicatrizes.

Os filhos também serão afetados. Eles ficarão confusos, machucados e no meio disto tudo carregando um fardo que ninguém deveria carregar.

Seus relacionamentos de amizade serão afetados e você perderá muitos amigos próximos e chegados que não concordarão com o seu ato. Alguns poderão ficar do lado da sua esposa, outros podem ficar frustrados e com raiva a ponto de não querer ficar ao seu lado.

Muitos iniciam um caso porque recebem uma carga emocional alta neste novo relacionamento, mas rapidamente sua saúde emocional será afetada. Um caso normalmente dura em torno de seis meses, mas os efeitos negativos duram por muito mais tempo, até anos, sendo que outros nunca conseguem apagar da memória e do coração.

Alguns levam uma vida dupla, outros guardam como segredo por toda sua vida, mas o custo emocional disto é altíssimo, portanto um caso custa muito caro emocionalmente.

Um caso também vai custar o seu legado. Pensem nos seus netos e como seu ato irá afetá-los no futuro e como você será lembrado depois que se for. Haverá desapontamento ou alegria ao lembrarem de você?

Agora, o mais importante é que um caso irá custar a sua alma. Se você é um cristão você sabe que infidelidade é um pecado muito sério. Deus nos criou para sermos fieis, mas apesar de nós vivermos em mundo falho, não podemos ser ingênuos. Nada destrói nossa alma, vida e legado mais rápido do que a infidelidade.

Mas há esperança para quem está em um caso amoroso. Apesar daquele rapaz não ter obtido perdão, também sei de muitos casais que superaram este fato através da confissão, perdão e novo posicionamento.

Através da graça e amor de Deus e um arrependimento profundo, seu casamento pode ser restaurado, creia nisto.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho andado disponível emocionalmente?
  • Como problemas não tratados tem afetado meu relacionamento?

“Pai celestial, te louvo por ter me criado em fidelidade. Perdoa-me por todas as vezes em que de alguma maneira fui infiel. Tem misericórdia de mim, perdoa-me e ajuda-me a reconstruir meu lar. Peço que guarde meu coração para que nunca mais peque contra Ti e contra meu cônjuge. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Herança Conjunta

“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:17)

Outro dia ao meditar na “chave” da herança de Jesus como sendo a cruz, este texto me saltou aos olhos. Existe uma condicionante aqui muito clara, não sei como não a tinha percebido tão plenamente até hoje. A condição é assim: somos herdeiros, SE somos filhos. SE COM ELE padecemos, com Ele somos recompensados. Até aí é simples e quase uma leitura basta. Mas a carta foi escrita por Paulo, um judeu estudado e conhecedor das Escrituras Judaicas. Ele aqui usou uma técnica poética de rima de conteúdo, ou seja, ele disse a mesma coisa duas vezes com palavras diferentes. Sob esta ótica ser filho = padecer com Ele e herdeiros = glorifcados.

A cruz é o inequívoco e unânime símbolo do sofrimento de Cristo por nós, com aspectos substitutivos, vicários, expiatórios, etc. Mas também é o símbolo da nossa filiação em Deus através de Cristo. Pela cruz Jesus padeceu, se com Ele padecemos com Ele seremos glorificados. Se com Ele padecemos temos a nossa parte da herança assegurada por promessa do Pai.

Acho interessante perceber esse tipo de conexão, pois ela afeta aspectos práticos da vida de cada um de nós. Malcomparando, eu sempre penso num casamento. Quando ocorre um casamento, habitualmente a mulher assume o sobrenome do marido, ou no lugar de seu sobrenome original ou em adição à ele. Se a igreja é a noiva de Cristo, que sobrenome assumiremos nas bodas? Interessante pensar nisso. Quando conversei com algumas pessoas sobre isso, ouvi respostas das mais variadas. Embora meio previsível, eu tenho uma sugestão – deveríamos nos chamar “salvo na Cruz”. Eu seria “Mário Salvo na Cruz”.

A despeito do tom de piada, veja que o versículo diz com clareza que somos herdeiros se formos filhos e seremos glorificados se padecermos com Cristo. Minha conclusão é simples: nossa certidão de nascimento no Reino está na Cruz, assim como nossa “certidão de casamento” para as bodas do Cordeiro.

Mas e o aspecto prático? Vejamos. Uma mulher de respeito quando se casa muda de comportamento. Usa aliança, menciona seu conjuge, mude de sobrenome, sai da casa de seus pais, assume algumas tarefas e obrigações para com seu marido, passa a sair acompanhada pelo marido. E nós? Somos igreja, noiva prometida do Senhor, será que estamos nos comportando como tal?

Minha visão de hoje é que a igreja, de uma forma geral na minha geração, perdeu a percepção de noiva a caminho das bodas, portanto perdeu a percepção da filiação divina. Isso, meu querido, compromete seriamente a herança no Reino. Quem não é filho não tem herança. Isso ajuda a entender locais cheios de gente com coração vazio, movimento para todo lado mas poucas mudanças reais, gente com sofrimento que já devia ter superado.

É chegado um tempo de reavaliar nosso compromisso com o Senhor, pois a cruz nos exige isso. Sem compromisso não tem Reino. O prejuízo é totalmente nosso. Deus não deixará de ser quem Ele é, não será abalado nem prejudicado.

“Senhor, me ajuda a resgatar a percepção e o senso de responsabilidade para com a minha herança em Cristo. Quero ser um filho que orgulha o Pai.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Perdoe as Pessoas Não Suas Ações

Fui profundamente tocado ao ler um texto do Dr. Jim Denison no qual ele relata como sua perspectiva do perdão foi ampliada. Fiz uma tradução livre e compartilho com você.

Texto: EI, Kayla Mueller e Perdão – Dr. Jim Denisson

Abu Bakr al-Baghdadi dirige uma organização que matou mais de 3.000 pessoas no ano passado. O Estado Islâmico (EI) crucificou recentemente 74 crianças por não jejuar corretamente durante o Ramadã. Decapitou vítimas, afogado outros em gaiola, e queimou outros vivos. Segundo o The New York Times, o grupo tem escravizado e vendido milhares de mulheres como escravas sexuais. Tudo sob a liderança de al-Baghdadi.

E agora ele está na notícia por motivos pessoais, e pela sua imoralidade abominável também. Kayla Mueller trabalhava na ajuda humanitária e foi capturada em agosto de 2013, quando saía de um hospital na Síria. Ela ficou em poder do Estado Islâmico por 18 meses e foi morta no início deste ano. Agora descobrimos que ela foi estuprada repetidamente por al-Baghdadi, que fez dela sua escrava sexual pessoal.

O que devem estar sentindo seus pais? Sua família e amigos? E as famílias das mulheres que ainda se encontram em poder do grupo de al-Baghdadi? Quando eu vejo o rosto ou o nome deste criminoso na notícia, eu sinto um repulsa profunda por ele. Você não acha?

Eu sei que a Bíblia me diz várias vezes para perdoar meus inimigos. Jesus nos ensinou “amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). Mas, se Kayla Mueller fosse minha filha, como eu poderia perdoar o homem que fez essas coisas horrivelmente indizíveis com ela?

Pense em uma pessoa cujo pecado sem arrependimento tem prejudicado você. Você sabe que você deve perdoar. Você sabe que abrigar raiva machuca mais você do que machuca a pessoa que o magoou. É como beber veneno e esperar que a outra pessoa morra. Mas, ainda assim, parece tão injusto. Esta pessoa te machucou e agora é sua a responsabilidade de perdoar as ações ou as palavras que te feriram.

Na verdade, não é.

Em uma devocional de Craig Denison que li ontem, fiquei impressionado com o título: “Perdoe a pessoa não suas ações.” Sua devocional me levou por um caminho filosófico que eu não tinha trilhado antes. Eu percebi que o perdão é uma construção relacional que requer um objeto apropriado à sua natureza. Em outras palavras, eu não posso perdoar uma cadeira, mesmo se eu quebrar meu tornozelo ao tropeçar nela. Da mesma forma, eu não posso perdoar uma palavra, mesmo que ela fira meus sentimentos. Eu não posso perdoar uma ação física, mesmo no caso dela quebrar meu nariz. Eu só posso perdoar a pessoa que fala a palavra e comete a ação.

Eu achei essa visão extremamente útil. Deus não nos pede para perdoar pecados terríveis como aqueles perpetrados por Abu Bakr al-Baghdadi. Ele não perdoa pecados, em vez disso, perdoa o pecador. Quando Estevão estava sendo apedrejado até a morte, ele perdoou os homens e não suas ações (Atos 7:60). Jesus fez o mesmo na cruz (Lucas 23:34).

O perdão não significa que Abu Bakr al-Baghdadi não deve enfrentar a justiça por seus crimes horripilantes. Ele deve, sem dúvida. Isso significa que podemos entregar a vingança à justiça de Deus promulgada pelos homens e pelo julgamento divino (Romanos 12:19). Podemos pedir a Deus que nos ajude a perdoar não os crimes, mas os criminosos.

E nós podemos trabalhar para curar um mundo de criminosos. Antes de ser capturada, Kayla Mueller escreveu uma carta para sua família na qual ela disse: “Algumas pessoas encontram Deus no amor, eu encontrei Deus no sofrimento. Eu sei, já há algum tempo, que o trabalho da minha vida é usar as minhas mãos como ferramentas para aliviar o sofrimento.”

O perdão é uma ferramenta para aliviar o sofrimento. Como você vai usá-lo hoje?

Fonte: (https://www.denisonforum.org/cultural-commentary/1850-isis-kayla-mueller-and-forgiveness)

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – A Síndrome do Rabo de Pavão

Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. (Hebreus 13:5)

O pavão, conhecido por sua longa cauda verde e azul em forma de leque, sempre chamou a atenção por ter um dos cortejos mais bonitos do reino das aves. Uma cauda com muitos olhos, longa e colorida demonstra que o pavão está saudável e forte.

Nossa sociedade, competitiva como é, alimenta-se da síndrome do rabo de pavão. Observamos isto quando uma pessoa quer mostrar à outra que possui bens mais bonitos do que ele. Vemos instaurado um culto ao belo e para alcançar este padrão vale tudo.

Tudo é feito para se mostrar superior ao outro, para se exibir mais para a sociedade. Assim, obterão mais respeito e valor das pessoas. Dia destes, Telma e eu fomos visitar uma irmã da nossa igreja que havia ganhado um bebê.

Pois bem, ela é advogada e precisou ir ao fórum realizar certa atividade. Com uma bebê pequena em casa, acabou saindo rapidamente. Ao chegar ao fórum, o recepcionista lhe perguntou se já possuía cadastro, ela disse que sim e lhe passou o número da identidade. Ele não encontrou o registro e então ela pegou sua carteira da OAB para que fizesse o cadastro. Ao perceber que era uma advogada, o atendente ficou preocupado por não estar dando-lhe o tratamento adequado. Ele não conseguiu identificar sua posição porque ao sair apressadamente de casa, ela não se vestiu como de costume.

O mesmo já ouvi de muitas pessoas que, por alguma razão, estavam bem vestidas e foram melhor atendidas nos lugares em que foram. Isto já deve ter ocorrido com você também.

Esta situação é tão forte em nossa sociedade, que a grande maioria das pessoas procura seguir os padrões financeiros dos outros ou do grupo social a que pertencem.

Se a família tem condições de manter este padrão, tudo bem, mas se não tem, acaba entrando numa ciranda financeira para que possa impressionar os que estão ao seu redor e assim sentir-se aceito, amado e respeitado, o que na maioria das vezes compromete o orçamento doméstico.

Este comportamento, de querer ter sempre mais em vez de querer ser alguém, é o mesmo comportamento que Lúcifer teve nos céus e vemos isto muito claro nas escrituras quando ele tentou a Jesus.

Satanás diz claramente que todos os reinos da terra são dele, ou seja, que ele possui poder e autoridade, e que estava disposto a entregar tudo a Jesus, bastava adorá-lo.

Muita gente tem se perdido nestes dias ao ver o rabo do pavão, e tem se deixado levar pelos padrões da sociedade e entregado sua alma, seus filhos, casamento e tudo o mais para um destino terrível.

Outro dia minha esposa viu na rua um carro da marca Jaguar e nossos meninos estavam juntos com ela no carro. Ficaram intrigados em saber onde uma pessoa que possui um carro tão caro vive e, movidos por sua curiosidade, resolveram ir atrás para tentar ver sua casa.

Como ia na mesma direção deles foram atrás e logo o carro entrou na garagem de uma casa simples, que nada tinha de especial. Aquele homem tinha um ótimo carro e uma casa muitíssimo mais barata e simples que seu carro.

É disto que estamos falando, quando é melhor mostrar aos outros que se está bem em vez de viver bem. Não creio que pessoas deste tipo tenham paz em seus corações, pois nunca estarão saciadas. Sempre será preciso encontrar algo a mais e conquistar mais um pouco.

Precisamos voltar à essência, o que passa por simplesmente estarmos contentes com aquilo que temos e parar de consumir tudo e de tudo.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho procurado mostrar mais do que sou?
  • Como esta atitude tem afetado meu relacionamento?

“Pai celestial, te louvo pelo que me tem dado. Sei que o Senhor jamais irá deixar o justo perecer, portanto, me ensina a andar conforme Tua palavra de vida, que me satisfaz em todos os aspectos. Que meu viver e proceder possam ser de acordo com Teus padrões de fé. Te peço, prospera-me em justiça. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Ceia

“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” (1 Coríntios 11:26)

Confesso que nunca tinha pensado na cruz durante a ceia, embora sempre que falamos em corpo e sangue remetemos facilmente para o cenário da morte na cruz. Recentemente, participando da ceia em uma igreja que fui visitar, Deus falou comigo sobre algo que eu nunca havia dado atenção. Já ministrei algumas ceias em minha vida, mas sempre foquei no perdão, no sacrifício, na substituição e no sangue derramado.

Notemos que a ceia é, de forma muito clara, uma forma de anunciar a morte do Senhor E a sua volta. A conexão entre a morte e a volta fez um sentido adequado. Quem poderá voltar sem ter ido? A vinda faria sentido sem a cruz? Jesus arrebatado entre os anjos sem passar pela cruz teria sentido? Como podemos ver o que estamos esperando se nem cremos plenamente no que já nos foi dado? Eu resumiria dizendo que a cruz é a conexão entre a vinda de Jesus e Sua Volta.

Jesus foi prometido no Antigo Testamento dezenas de vezes, mas segundo alguns estudiosos sua volta é prometida 318 vezes no Novo Testamento. Se a primeira promessa se cumpriu, por que a segunda não se cumpriria? Afinal, por que no nosso tempo parece tão difícil crer que Jesus voltará? Será apenas porque se passaram 20 séculos? A mim parece que não. Além de ser sinal dos últimos tempos, a perda da perspectiva da cruz como ponte para a Salvação por meio da fé em Jesus Cristo, roubou do povo a perspectiva clara de que Ele voltará. Isso nos ajuda a entender por que alguns grupos abandonaram a ceia, outros fazem dela um ato praticamente exotérico de tão complicado e mistificado, e para outros é simplesmente algo na agenda. A perspectiva se perdeu, o significado ficou aguado, o resultado é a mornidão que facilmente encontramos pelos quatro cantos da Terra.

A mim pouco importa o posicionamento teológico sobre a volta de Cristo e toda Escatologia envolvida, pois o ponto focal é claro e brilhante: Ele voltará. Cedo ou tarde, desse ou daquele modo, precedido ou sucedido de eventos, nada disso é mais importante do que o fato de que Ele voltará, SIM. Ao tomarmos parte na ceia, anunciamos que Ele veio até que Ele volte. Ao tomarmos a ceia somos parte desse sacrifício nos tornando um com Ele. Ao participarmos da ceia declaramos para quem quiser ouvir “Ei, eu creio em Jesus Cristo que morreu por nós na cruz, e ELE VOLTARÁ”.

Meu querido leitor, pense comigo por um instante: Paulo repete as palavras do Senhor ao escrever aos Coríntios, certo? Basta conferir nos evangelhos. Mas, o detalhe é que Jesus estabeleceu isso e proferiu estas palavras antes de morrer. Ou seja, também foi uma promessa de algo vindouro.

Para mim, portanto, a cruz é tão parte da ceia quanto o pão e o vinho, pois na última ceia do Senhor Ele anunciou claramente que morreria e isso se deu na cruz. Anunciamos a Sua volta por que é verdade, Ele voltará. Eu não estaria aqui sem o perdão oferecido por aquele sacrifício tão grande.

Na próxima oportunidade que participar da ceia, seja quando e onde for, te convido a meditar no que ela promete, com a mesma dedicação com que pensamos no que ela representa. Maranata.

“Senhor, eu não quero ser abençoado pela metade. Se a Tua Palavra é clara que Jesus voltará em breve, eu preciso crer nisso de todo meu coração. Ensina-me a valorizar essa promessa.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Três Coisas que Jesus Diria aos Usuários do Ashley-Madisson

Se você não sabe do que se trata o site Ashley Madisson não fique triste, pois não perdeu nada. No entanto, devido às consequências do que aconteceu com ele, a mídia acabou lhe dando destaque.

Para aqueles que não conhecem, o site Ashley Madisson se propõe a ser um serviço de contato para pessoas que desejam ter relacionamento extraconjugal. É isso mesmo: adultério é o nome certo da coisa. O lema deles é “a vida é curta, tenha um caso.” Sempre prometeram discrição total e segurança. Mas, recentemente um grupo de hackers conseguiu invadir o sistema e divulgou os dados de milhões de usuários do site.

Confesso que eu não estava dando atenção ao caso, pois todo mês tem algum vazamento de informação e segredos são revelados ou a privacidade de alguém é violada. Mas ao saber que pessoas chegaram o ponto de tirar a vida por não suportar a vergonha de ter seus atos revelados me fez parar para pensar: o que Jesus diria para as pessoas que se associaram ao site?

Lembre-se, o site tem o propósito de ajudar quem quer quebrar a sua aliança conjugal, ou seja, ajuda pessoas a se tornarem hipócritas vivendo vidas duplas, que propositadamente mentem para seus cônjuges. Não é acidental, é intencional.

Neste caso, eu tenho dificuldade de enxergar um Jesus paz e amor, pasteurizado, sorridente, olhando com olhar meloso. Ao ler os evangelhos e ver como ele tratou os hipócritas do seu tempo com firmeza, baseado na verdade, penso que Jesus os olharia com a mesma firmeza e lhes diria:

“Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.” (Lucas 12:2)

O site sempre prometeu que tudo o que fosse “negociado” através dele seria mantido em sigilo, mas o princípio por traz deste versículo é que Deus fez o universo para andar na luz, ou seja, em verdade e transparência. Por isso, não adianta intencionar manter o pecado em segredo, mais cedo ou mais tarde, ou ele será denunciado ou o próprio pecador se revelará em busca de perdão e alívio para sua culpa.

“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes {no sangue do Cordeiro} para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros…” (Apocalipse 22:14,15)

Jesus também deixa claro que a consequência última dos que resolvem se manter no pecado do adultério é a separação eterna de Deus. Esta é uma verdade que poucos gostam de ouvir, principalmente nestes tempos de meias palavras e pouco compromisso que vivemos. As pessoas querem viver do jeito que bem entendem e depois querem impor a Deus seus torcidos conceitos de justiça esperando que Ele os aceite nos termos deles. Jesus, porém, avisa no Apocalipse que, independente de como você pense, no último dia serão os termos Dele que definirão quem entra e quem fica de fora.

“Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (Atos 3:19)

Arrepender-se é reconhecer que os seus caminhos estão errados e que você precisa parar de ir para onde está indo e tomar outro caminho. No caso, o caminho é voltar-se para Deus para ter seus pecados perdoados, reconhecendo que o sacrifício de Cristo na cruz foi em seu lugar.

Não importa se o meio para o pecado foi o site Ashley Madisson ou qualquer outro site. Pode nem ser através da internet. O que importa é que a Palavra de Deus garante que o pecado será revelado. Em vez procurar o adultério, façamos como José, que se manteve fiel a Deus e fugiu do pecado.

“Senhor, eu quero andar na luz, com verdade e integridade. Ajuda-me a permanecer fiel tanto a Ti como à minha esposa e família.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Quero Ficar Rico Rápido!

“Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus.” (Provérbios 30:7-9)

A área financeira influencia o casamento em grande medida, pois além de ser necessária para a sobrevivência, também acaba por revelar os sentimentos e emoções mais profundos existentes em nós, ou ainda, pode corromper o bom costume e a moral. O crescimento financeiro rápido e sem muito esforço pode trazer consequências desastrosas para a pessoa e o seu lar.

Se o ganho é muito rápido, vai desenvolver um falso valor a respeito do trabalho e como este é ajuntado. Tudo que envolve dinheiro exige um certo risco. Quem poupa e investe seu dinheiro sabe que cada tipo de investimento tem um risco diferente e, portanto, um ganho diferente. Quanto mais risco mais ganho, quanto menos risco menos ganho. Por exemplo, a poupança traz uma remuneração muito baixa, mas é segura, investir em ações é muito arriscado, pode subir muito e ganhar bem acima de outros investimentos ou ainda descer bastante e perder o que se investiu. Isto é o risco do negócio.

Em relação ao trabalho não é diferente. Se arriscamos pouco não corremos qualquer risco e ganhamos nesta medida. Se somos arrojados podemos ter ganhos superiores, entretanto, este arrojo nunca deve colocar em jogo nossos princípios e valores.

Temos muitos exemplos para citar neste caso, desde uma pessoa que se torna um traficante e passa a ter ganhos excepcionais, maiores do que qualquer investimento, mas o risco é além do que se deve aceitar, pois seus princípios e valores morais e éticos foram ultrapassados e está fora da lei dos homens, além de que a lei de Deus já foi quebrada no coração há muito tempo.

Outro caso é o daquelas pessoas que dão ou aceitam suborno, corrompendo-se para ter ganhos superiores. Há que se dizer que nada fica escondido por muito tempo, toda a verdade vem à tona cedo ou tarde. É o que temos assistido atualmente nos noticiários. Pessoas que aparentemente eram tão ilibadas e respeitadas de repente perdem todo o prestígio e correm o risco de serem presas. Ultrapassaram os limites da moral e da ética.

Quem faz isto passa a entender que não há ganho sem haver perda para o outro. É por isto que temos uma divisão de renda tão injusta no mundo. Por isto, a pobreza poderá trazer degradação de valores nos menos favorecidos, levando-os a enriquecer através do roubo, vingando-se da injustiça social, mas perdendo seu bem mais precioso.

Este processo, quando inicia, traz ganhos e perdas e leva estas pessoas a se afastarem daqueles que mais ama e lhe são caros, pois trilha um caminho de morte, ao qual a maioria das pessoas de bem não deseja. Muito antes disto acontecer, seus valores morais, éticos e de fé já foram corrompidos, já se afastou de Deus. Seu casamento poderá estar em dificuldades, pois sua forma de pensar e agir mudou, talvez sua esposa já não o reconheça, pois passa a ter atitudes diferentes. Como um abismo chama outro, este novo grupo de “amigos” lhe trará outras coisas para conhecer desta vida fácil, como por exemplo o adultério.

Seu pêndulo da moral e ética foi para um extremo perigoso e, para compensar, estas pessoas demonstram um outro lado também extremo, passam a ser religiosas e viver uma vida de aparência tanto do ponto de vista espiritual como conjugal. Vão com certa regularidade à igreja, mas não para adorar a Deus, senão para justificar seus atos e poder dizer à sua consciência que continuam do lado de Deus e da família. Talvez até deem ofertas generosas à comunidade, mas isto jamais aplacará o que sentem dentro de si.

Precisamos é dar Graças a Deus pelo que temos recebido da parte dele, pedir que amplie nosso entendimento para crescermos na justa medida e aprender a viver com isto, mantendo nosso coração guardado para Ele na eternidade.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Tenho tido muito ou pouco ganho?
  • Como este ganho financeiro tem afetado meus relacionamentos?

“Pai celestial, te louvo pelo que me tem dado. Sei que o Senhor jamais irá deixar o justo perecer, portanto, me ensina a andar conforme Tua palavra de vida, que me satisfaz em todos os aspectos. Que meu viver e proceder possam ser de acordo com Teus padrões de fé. Te peço, prospera-me em justiça. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Chave da Herança

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;” (Filipenses 2:8,9)

Interessante como nossa geração tem chaves. Um dia destes vi uma pessoa chegando no hotel onde costumo ficar e tirou 4 ou cinco molhos de chaves, cada um com sete ou oito chaves. O comentário foi algo mais ou menos assim “mede-se a preocupação de uma pessoa pela quantidade de chaves que carrega”. Faz sentido. Mais do que depressa fui contabilizar minhas chaves: 3 chaves de casa, duas de cada escritório, uma do flat, um cartão de acesso, uma de carro… Meu Deus, quanta chave! Jesus só tinha uma: a cruz.

Na verdade Jesus não tinha stress, pois Ele é Deus e não pode ser estressado, mas ele tinha uma chave sim. A “chave” de sua herança era seu foco de atenção e cuidado tal como nossas chaves metálicas de hoje. A cruz foi o ponto chave para que Jesus pudesse mudar sua condição de homem mortal para retornar à Sua condição original de divindade, glorificado e totalmente espiritual, imortal, inatingível. E mais, o texto de Filipenses é muito claro que por causa da morte na cruz, Deus Pai o colocou sobre todos os demais “nomes” – significado claro de identidade.

Vejo nossa geração do início do século XXI de modo meio pessimista, na minha opinião nossa evolução social, humanitária, e até mesmo espiritual, tudo isso está mais para uma regressão do que para um progresso, ao contrário de diversas tecnologias que avançam a passos largos. Somos conquistadores e desbravadores, grandes inventores – mas parecemos regredir como seres humanos em si. Qual é a “chave”? Creio que seja nitidamente a falta de percepção de cruz, do sacrifício de Jesus, da expectativa de Sua volta, da vinda inevitável do Reino de Deus.

Temos uma chave para cada porta, menos para a porta do nosso coração. Eis que estou a porta do vosso coração e bato (porque não tenho a chave). Parece que nós a perdemos.

Quando entendemos, absorvemos e visualizamos a cruz como chave para Jesus ser glorificado e restituído à sua posição original junto ao Pai, o que mais acontece é que entendemos que Ele tinha uma herança à sua espera. Você já leu Romandos 8:17? Somos herdeiros juntamente com Ele. Se para Sua herança a chave era a cruz, qual será a nossa chave?

O mais importante para mim sempre é o recado central, ainda que, por vezes, os detalhes menores nos ensinem muito. Neste texto em particular, o centro da mensagem é a humildade de Jesus se submetendo ao plano do Pai, e onde isso foi dar. Humanamente falando? Deu em morte, ou seja, se deu mal. Espiritualmente falando? Aleluia, Ele ressuscitou e foi glorificado retornando à sua condição original de divindade.

Sejamos humildes e entendamos que a chave para nós é Jesus e para Ele foi a cruz. Teoricamente a mesma chave sempre abre a mesma porta. A nossa herança nos espera.

“Senhor, obrigado por me mostrar que posso confiar em Ti e no cumprimento de Tuas promessas. Me ajuda e me ensina a caminhar com humildade para ser e fazer o que Te Glorifica.”

Mário Fernandez