Mário Fernandez

Novidade de Vida – Sensibilidade

“Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” (Colossenses 3:15)

Visitei um amigo dias atrás em sua casa. Não é um amigo de longa data, na verdade de bem pouco tempo. Apresenta a esposa, o filho menor, convida para o café, fomos juntos ao culto em sua igreja. De modo quase litúrgico, no final do culto – comer em algum lugar, claro! No meio da conversa a pergunta “como treinar o ouvido para escutar a voz de Deus?”

Essa pergunta, talvez não tenha sido bem nestas palavras, me despertou uma santa curiosidade, sadia, de pensar a respeito e confesso que ainda estou com isso em mente. Mas a vida de um homem transformado por Jesus é assim mesmo, entre questões para meditar e desafios para vencer, as vitórias vêm vindo para edificar. Parece que não chegarei tão cedo a uma conclusão, mas algo Deus me tem falado.

Temos de aprender a diferenciar nossa empolgação e satisfação de alma daquilo que é a paz de Cristo. O juiz do nosso coração deve ser inconfundivelmente claro, pois as dúvidas no levam para o muro da indecisão e fica mais complicado para Deus agir, não por que Ele não possa ou não queira, mas por que nós resistiremos ainda mais a ouvir. Quando aprendemos a diferenciar a nossa paz da paz Dele, começamos a ouvir melhor a Sua voz.

Não sei explicar com palavras, mas quando Deus dá paz em algum assunto o tipo de certeza é diferente – Deus está falando. Às vezes é do lado bom, às vezes um alerta para o perigo, às vezes uma direção, uma confirmação. O importante é notarmos que isso tem um motivo que o apóstolo Paulo deixou claro – não fomos chamados para perder a paz.

Recentemente assuntos profissionais caminharam na direção de roubar a minha paz e por fraqueza eu acabei sendo abalado. Foram dezenas de noites mal dormidas (ou nem dormidas), angústia de alma no nível mais extremo e a paz se esvaiu. O resgate do Senhor veio ao clamar não para sair da encrenca, mas para restaurar minha paz. Quando o Senhor falou, o caminho se abriu, a estratégia apareceu e, como que por um milagre sobrenatural, tudo ficou nítido. É inconfundível. Bastou começar a tomar as atitudes do Senhor e tudo começou a mudar, começando pelas noites de sono.

Meu querido, para ser sensível à voz de Deus, precisamos, antes de tudo, conhecê-Lo. Depois, precisamos conviver com Ele. Depois, precisamos analisar tudo que ouvimos. Depois, aprender a treinar a diferenciar a paz comum da verdadeira paz. O resto é história sendo escrita.

“Senhor, quero viver Teus propósitos para minha vida ainda que isso implique em negar minha vontade e abrir mão de coisas. Me ensina a ouvir Tua doce voz para viver a Tua paz.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Firmeza

“Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno”. (Mateus 5:37)

Tem custado extremamente caro na minha vida não manter o meu ‘sim’ sendo positivo, assim como meu ‘não’ negativo. Minhas negativas que são trêmulas e representam ‘talvez’ me colocaram em encrencas muito sérias este ano. Estou pagando caro, tanto financeiramente, quanto emocionalmente, em relacionamentos, ministerialmente, socialmente e até mesmo, porque não admitir, espiritualmente.

O Senhor me ensina nesse tempo de forma dura, amarga, severa, insistente, firme – mas muito amorosa. Quando minhas forças parecem exauridas, o Senhor vem em meu socorro. Quando a alma se angustia até a morte, eu lembro do nosso irmão mais velho que passou por isso e nos deixou exemplos para serem imitados.

A vida de um homem renovado, nascido de novo, em novidade de vida, precisa passar por tempos de forja, de aprimoramento, de aperfeiçoamento, de sofrimento. Sem isso por mais que tenha havido princípios e educação desde a base, o caráter sempre será incompleto. Se foi assim com Moisés, com Eliseu, com Elias, com Jeremias, até mesmo com o Senhor Jesus foi necessário um tempo de deserto.

Isso não pode ser evitado mas pode ser abrandado severamente com uma vida e uma conduta onde o sim é sim e o não é não. Não pode haver talvez na vida de homens renovados por Deus. A legalidade que se estabelece com alianças mal feitas, com acordos indevidos, com displicência e descaso, mesmo os mais simples atos de irreverência – tudo isso cobra seu preço mesmo que não consigamos perceber ou sentir seus efeitos.

Vivo dias em minha vida e minha família em que os preços subiram demais e as margens de erro diminuíram muitíssimo. Dá para entender, afinal na caminhada com Cristo ou crescemos ou caímos e pela graça e favor de Deus eu não caí. Crescimento faz o nível subir e o padrão aumentar. Quem entender isso vai pagar o preço do crescimento, quem não entender vai pagar o preço da estagnação ou pior – da queda.

São dias em nosso país e no mundo em que vivemos, onde não se estabelece quem fale a verdade mas quem seja mais convincente. Numa ação judicial são as provas que contam e não a verdade em si. O Reino de Deus é o único lugar onde a verdade é absoluta, onde há um Rei dos Reis e um Soberano.

Sejamos nós os esquisitos, diferentes, estranhos, pode chamar como quiser. Desde que mantenhamos um sim que significa sim e um não que significa não. Vamos manter nossa palavra para crescer diante Daquele que é o Único que dá valor à verdade como nenhum outro. A Ele seja o louvor, a glória a honra e a majestade pelos séculos dos séculos.

“Senhor, me ajuda a não vacilar quando meu sim tender a talvez e meu não seja um ‘quase’. Me fortalece para fechar as brechas que minhas palavras abrem no mundo espiritual. Preciso da Sua ajuda.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Implicância

“Eliabe, o irmão mais velho de Davi, ouviu-o conversando com os soldados. Então ficou zangado e disse:— O que é que você está fazendo aqui? Quem é que está tomando conta das suas ovelhas no deserto? Seu convencido! Você veio aqui só para ver a batalha! — O que foi que eu fiz agora? — perguntou Davi. — Será que não posso nem fazer uma pergunta?” (1 Samuel 17:28,29)

Davi era o último de 8 irmãos em sua casa e, pelo que nos relata a Bíblia, era deixado de lado pelo seu pai e por seus irmãos. No capítulo anterior à esta passagem, observamos Samuel indo à Belém para ungir Davi como rei.

Jessé e sete de seus filhos estavam reunidos para o sacrifício, menos Davi. Entretanto, este era o escolhido por Deus, que estava trabalhando para seu pai como se fosse um empregado, pois não tinha o direito de estar junto aos demais.

Como era o mais novo, talvez fosse deixado de lado como alguém que não precisava ficar junto deles, pois era criança. Quando eu era criança os demais chamavam os pequenos que não sabiam brincar ainda de “café com leite”, pois é, Davi era mais ou menos assim naquela casa.

Pois bem, Samuel pediu que chamassem a Davi e este foi ungido rei. No episódio citado, vemos que seu pai enviou os três filhos mais velhos para lutar na guerra, ficando com os outros cinco em casa.

Observamos que quatro deles não são sequer citados, enquanto Davi é o responsável por levar alimentos e trazer mensagens ao pai, já idoso. Provavelmente os demais irmãos estavam trabalhando nas atividades da propriedade que possuíam em Belém.

Eliabe, o irmão mais velho de Davi, chama a atenção dele quando o vê conversar com os soldados e fica irado. Mas é de se pensar porque se acendeu a ira dele contra o irmão. Davi estava ali para levar alimentos para eles e levar notícias ao pai, que havia pedido isto.

Irar-se contra ele demonstra que havia uma implicância dos irmãos para com ele. Está claro que a tarefa de cuidar das ovelhas era de Davi e se estava ali as ovelhas estavam sozinhas ou com algum empregado do seu pai. O temor de que algo de errado acontecesse com as ovelhas leva Eliabe a implicar com Davi do porquê não estava em sua tarefa.

Seu irmão imaginou que o objetivo de Davi era ver a batalha somente e que estava ali passando tempo, distraindo-se. É muito mais fácil criticar o outro do que olhar para si mesmo e resolver o que esteja incomodando tanto.

Davi entretanto, tinha um objetivo, queria a vitória de Israel. Devemos observar que quando Davi foi ungido rei, a Bíblia nos diz que ele foi cheio do Espírito de Deus.

A questão portanto, parece ser a de que havia desde o nascimento de Davi algo que o distinguia dos demais irmãos, que era a unção de Deus. Esta unção o levava a fazer coisas destemidas, corajosas, como outra pessoa da sua idade não faria. Isto por si só deixava as pessoas a sua volta desconfiadas, pois não compreendiam o que estava acontecendo.

Sempre que há alguém em nosso meio que faz algo inesperado, pode gerar em nós muitos sentimentos diferentes.

No ambiente do lar acontece da mesma forma. Em muitas famílias vemos irmãos, e até mesmo pais, implicando com um dos filhos. Tudo que aquela pessoa faz é errado ou tem segundas intenções.

Isto talvez se origine do fato de que amamos nossos irmãos, pais e filhos e desejamos que estes não errem como nós erramos. Em outras palavras, queremos super protegê-los e tentar impedir que cometam erros na vida.

Logo, o que está em questão não é o que a pessoa que amamos faz, mas sim o que nós detestamos em nós e vemos reproduzido no outro. É como estarmos em frente a um espelho e nos vermos agindo. Imediatamente a nossa autocensura nos freia, mas não conseguimos impedir que o outro faça, pois o indivíduo é outro, é diferente.

Nos resta criticar o ato na esperança de que não o repitam o que também reafirma nossa própria conduta atual e esperada no futuro.

Eliabe é que estava lá para assistir a batalha, pois não teve a coragem de lutar com o gigante.

Fica claro no texto que a motivação de Davi era vencer enquanto a de Eliabe era proteger a si e a seu irmão.

Parece-me melhor que em vez de implicarmos com nossos familiares e amigos, deveríamos examinar as nossas próprias motivações, algo mais ou menos na linha do que Jesus disse: “antes de tirar o cisco do olho do teu irmão, retire a trave do seu olho”.

“Pai amado, quanto mais me aproximo de Ti, mais posso examinar meu estado e ter certeza que ainda mais preciso de Ti. Perdoa-me por tantas situações em que impliquei com as pessoas à minha volta e não olhei para mim mesmo. Ajuda-me a crescer e amadurecer de forma que alcance um coração sábio. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Obediência

“Aquele que diz: ‘Eu o conheço’, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.” (1 João 2:4)

Fico impressionado com os dias em que vivemos e com esta geração em que aprouve ao Senhor me colocar para conviver. Tempos de imediatismo, egoísmo, avareza, inverdades, frieza espiritual – em contraste com uma igreja de grande pluralidade, crescimento numérico expressivo, mas de pouca relevância. Isso é, no mínimo, curioso.

Penso eu que dentro da realidade natural, não há muito bons sinais à nossa frente. A desobediência aos princípios naturais está degradando o planeta, escasseando seus recursos, distribuindo renda de forma cada vez menos adequada e por aí adiante. O que pensar? Adianta ser alarmista? Dentro da realidade sobrenatural, o fim se aproxima e as profecias vão se cumprindo uma por uma. Os dias que foram preditos como os últimos se caracterizam ao nosso redor. Adianta ser alarmista?

De fato, o ponto em questão é que hoje até mesmo um ateu solta um “deus te abençoe” ou “deus me livre”, intencionalmente escritos com letra minúscula pois não creio que estes se refiram ao Deus a quem eu sirvo. Mas será que nós o conhecemos? Será que servimos tolamente a algo ou alguém que pouco ou nada se importa conosco? O questionamento não pode estar do lado errado. Deus é Deus e continuará sendo, tanto para os que Nele crerem como para os incrédulos, somos nós os mortais e o ponto fraco da relação. A expressão de conhecimento que João nos traz com relação ao Pai é pela obediência.

Quando pensamos em mandamentos, não podemos fugir de pensar num conjunto de regras e códigos de conduta, decisões, posturas e critérios. Sendo assim, temos também de considerar sua organização e hierarquia. Há mandamentos mais importantes e menos importantes, com consequências maiores e menores, tanto para obedecer como para desobedecer. Neste ponto, me dou à liberdade de estabelecer um paralelo e uma interpretação pessoal. Se os mandamentos têm ordem de grandeza e importância, isso provavelmente define também a profundidade do conhecimento. Ou seja, se eu cumprisse totalmente os mandamentos eu seria 100% conhecedor e conhecido Dele (mas apenas Jesus de Nazaré foi assim). Se eu cumpro fortemente o maior dos mandamentos, tenho mais conhecimento com Ele do que negligenciar o maior e cumprir os menores. Assim penso eu.

Se esta linha de raciocínio for válida, temos um problema. Olhando para o meu coração, não me é penoso não roubar, honrar meus pais, não cobiçar a vizinha… mas quanto a amar temos um problemão. Não basta amar a Deus, devo fazê-lo SOBRE ou ACIMA de todas as coisas, e isso vai incluir minha vontade e meu ego. Os dois mandamentos que resumem a lei são amar e amar. Isso não pode ser imposto por força, como os demais (com uma arma na cabeça qualquer um fala a verdade ou guarda o sábado ou não mata ou não adultera!).

Novidade de vida é viver a verdade, em verdade, pela verdade, repleto de verdade. Isso se consegue obedecendo Seus mandamentos, como expressão de conhecimento Dele.

“Senhor, me ajuda a desejar a obediência para a minha vida, de modo diferente do que fui até hoje. Quer ser verdadeiro diante de Ti e quero ser conhecido do Senhor. Me ajuda e me ensina.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Resistência Ativa

“… resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7)

Quando se fala em resistência qual é a imagem que lhe vem à mente? Na minha, imediatamente aparece um lutador de boxe acuado em um canto do ringue protegendo-se dos golpes do adversário, resistindo até o momento em que o sino toca o final do assalto.

Durante muitos anos, toda vez que se falava em resistir ao diabo, eu transportava essa imagem para o campo espiritual. O diabo “descendo a lenha” na igreja e nós, lá, resistindo, aguentando firmes às suas investidas, orando intensamente pedindo a misericórdia de Deus para que esse ataque termine o mais rápido possível. O inimigo sabe que, se conseguir manter você acuado, ele poderá continuar golpeando-o até você se cansar e desistir.

No entanto, existe outra forma de resistência pouquíssimo falada e ainda menos praticada, a resistência ativa. A resistência ativa é aquela em que você não fica parado se protegendo, como o lutador de boxe acuado no canto do ringue. É aquela em que você reage, indo para cima do inimigo e contrariando as suas intenções. Em vez de ficar se protegendo no canto, o lutador empurra o seu adversário e inicia uma sequência de ataques. Não é isso que o adversário espera; o que ele quer é manter você imóvel para que ele tenha o controle da luta.

No campo espiritual, a resistência ativa se dá quando nós reagimos às investidas do inimigo praticando o contrário dos seus intentos. Se ele nos arma uma situação onde alguém nos machuca com a intenção de nos mandar para as cordas da mágoa e do ressentimento, nós o resistimos perdoando. Se ele nos coloca em situação de odiar alguém, nós o resistimos amando. Se alguém é ríspido conosco, nós seremos amorosos e suaves.

Em muitas situações a resistência terá de ser individual. Mas, em outras circunstâncias, a família ou a igreja deverá resistir coletivamente às investidas do inimigo. Quando houver desânimo para orar, resistir sendo fiel ao propósito de continuar orando. Quando houver desânimo para participar dos cultos, resistir indo e participando com entusiasmo. Quando a pregação do evangelho se torna restrita por qualquer motivo, devemos seguir o exemplo dos apóstolos: “importa obedecer a Deus do que aos homens” e continuar pregando a Palavra independentemente das consequências.

Ao resistir ativamente ao inimigo, não apenas não o deixamos no controle da luta, como também seremos abençoados com a vitória que nos foi garantida por Cristo na cruz.

(Mensagem enviada originalmente em 22 de Agosto de 2005)

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – A Sabedoria Divina

“Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.” (Êxodo 34:6,7)

O versículo acima foi extraído do contexto dos dez mandamentos quando Moisés intercede diante de Deus pelo povo e recebe as novas tábuas da lei.

Moisés afirma que Deus é bom, mas que a maldade dos pais recai sobre os filhos até a terceira e quarta geração. Ele não trata da culpa do pecado, mas das consequências do pecado.

Fico mais admirado a cada dia de como nosso Deus criou todas as coisas e nos deu informação de tudo de que precisamos para evitar males em nossas vidas e em nossas famílias. Atualmente tem havido muitas notícias que confirmam o que temos relatado na bíblia há milhares de anos.

Por exemplo, a revista da Academia Americana de Pediatria publicou o artigo “The Association of Telomere Length With Family Violence and Disruption”(1), ou em tradução livre, A Associação do Comprimento dos Telômeros com a Violência Familiar e Traumas.

Os telômeros (do grego telos, final, e meros, parte) são a parte final do cromossomo. Estes são proteções para garantir que o DNA seja transferido para as novas células de forma correta e não hajam mutações ou degradações. Estudos anteriores relacionaram o encurtamento dos telômeros a riscos elevados de doenças cardíacas, obesidade, declínio cognitivo, diabetes, doenças mentais e piores condições de saúde de forma geral na vida adulta.

A pesquisa foi realizada por: Stacy S. Drury, Emily Mabile, Zoë H. Brett, Kyle Esteves, Edward Jones, Elizabeth A. Shirtcliff e Katherine P. Theall. Estes atuam na Universidade Tulane, EUA, e outras.

Os cientistas selecionaram 80 crianças de 5 a 15 anos que viviam na cidade americana de Nova Orleans. Colheram amostras do DNA destas crianças e entrevistaram seus pais e mães para saber sobre como era a vida dessas crianças em seus lares e os tipos de adversidade às quais elas haviam sido expostas durante sua criação.

“Quanto maior o número de exposições que as crianças sofreram ao longo da vida, mais curtos eram seus telômeros, mesmo depois de levar em consideração fatores como status socioeconômico, educação materna, idade dos pais e idade da criança”, afirma Stacy Drury, diretora do Laboratório de Genética Comportamental e do Neurodesenvolvimento, na Universidade Tulane, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo.

O resultado do estudo mostrou que crianças que vivem em famílias marcadas pela violência doméstica ou traumas como suicídio ou prisão de um dos membros pode ter seu DNA afetado pelo acontecimento. Também mostrou que eventos traumáticos eram mais prejudiciais para meninas, mais propensas a ter os telômeros encurtados. De acordo com os pesquisadores, os lares são importantes alvos para a intervenção com objetivo de reduzir o impacto biológico dos traumas em crianças.

Não é a toa que os governos têm procurado intervir na forma como as famílias criam seus filhos, pois estudos como estes mostram que o convívio familiar pode afetar até a genética dos filhos, resultando em gerações problemáticas.

Em Êxodo 20:12 lemos: “Respeite o seu pai e a sua mãe, para que você viva muito tempo na terra que estou lhe dando.” Está claro que Deus nosso pai conhece muito bem a natureza humana, afinal foi Ele quem nos criou, e há muito tempo tem nos ensinado como proceder para evitar que nós e nossos filhos sejamos atingidos de maneira negativa.

Neste momento você pode estar se perguntando:

— Mas pastor Luis, eu já agi de maneira errada, que faço agora?

Ou então:

— Pastor, meus pais deixaram marcas negativas na minha criação. O que faço?

Peça perdão pelos seus atos, pelos sentimentos que despertou em seus filhos e pelas consequências sobre suas vidas. Mas se você foi atingido pelos atos de seus pais, então perdoe-os e leve à cruz de Cristo, que sara nossas feridas.

Pois como diz em Isaías 53:5: “Mas ele [Jesus] foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.”

Ao confessarmos a Jesus nossos pecados e/ou perdoarmos nossos ofensores, no contexto desta pesquisa e do versículo acima, entendemos que até o nosso DNA é sarado. Aleluia!

Glória ao Deus Todo Poderoso que criou todas as coisas, nos ensinou e enviou Jesus para nos conceder a cura.

(1) Texto original: https://pediatrics.aappublications.org/content/early/2014/06/10/peds.2013-3415

Publicado na revista Veja: https://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/traumas-familiares-podem-afetar-dna-das-criancas

“Pai amado, a cada dia nos surpreendemos mais e mais com a Tua infinita sabedoria. Desejo me submeter à Tua sabedoria e autoridade para alcançar uma família estruturada e feliz. Tu que vais além do conhecimento e do entendimento humano, vem em meu auxílio curar minha vida e a dos meus. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Gratidão

“Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.” (1Tessalonicenses 5:18-19)

Uma das coisas mais tristes que escuto as pessoas dizerem é que não sabem qual é a vontade de Deus para suas vidas. Isso me entristece, pois nada deveria ser mais importante na vida de uma pessoa, mas também me entristece porque eu tenho a mesma dúvida tantas vezes em situações específicas que me consolaria se fosse só comigo. Mas não é.

Obviamente, algumas coisas são individuais, mas temos uma vontade de Deus geral para todos nós expressada neste versículo que deveria nos ajudar a nos orientar. Para vivermos em novidade de vida, em vez de perguntar “será que isso é da vontade de Deus?” poderíamos nos perguntar “será que isso me deixará grato a Deus?” É uma abordagem diferente que nos leva ao mesmo lugar mas por outro caminho, pois tendo gratidão daremos graças e isso sempre será da vontade de Deus em Cristo Jesus, para todos nós.

Nosso imediatismo nos leva na contramão e nos faz pensar que a vontade de Deus tem que ser o que eu quero, o que me interessa neste momento, o que me alegre imediatamente ou, o pior de tudo, algo que sei que vai contra as Escrituras mas me agrada. Vivemos uma vida corrida demais, atarefada demais, intensa demais. Nossos filhos mal nos conhecem, nossos casamentos não são firmados na rocha, nossos empregos são frágeis, nossa fé é superficial. Será esta a vontade de Deus? Não creio e, claro, estou falando em linhas gerais e há exceções.

Se tivermos uma mente renovada, pensaremos mais para frente, entendendo que os sacrifícios de hoje serão minha gratidão de amanhã, ser previdente semeia meu futuro, ser cauteloso me poupa de stress, ser obediente me dá proteção, ser generoso me enriquece, dar é melhor do que receber, dizer não para os desejos me abençoa…. hoje é semente, amanhã serão ações de graças. Se a sua carne deseja isso e para você funciona bem, me permita te dar os parabéns pois a minha só age contra isso. Meus instintos e desejos naturais vão na direção oposta e luto diariamente para dominá-los.

Quer saber a vontade de Deus para situações específicas de sua vida? Um negócio, um relacionamento, uma compra, um curso, uma carreira, uma decisão qualquer? Meça com sinceridade o quanto isso vai semear ações de graças no futuro e subtraia disso a imediata alegria no seu coração. O saldo é uma boa medida do que provavelmente acontecerá. Grande saldo = grande chance de ser de Deus. Baixo saldo = baixa chance. Saldo negativo, meu querido, prefiro nem comentar.

Deus nos abençoe a todos nós, vitoriosos pré-datados perambulando por um mundo perdido.

“Senhor, as ações de graças precisam passar a ser mais do que uma prática em minha vida, mas uma medida da Tua vontade para mim. Tem misericórdia de mim e me ensina a viver para Ti mais e mais.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Ouvindo a Voz de Deus – Começando com as Pequenas Coisas

“A intimidade do SENHOR é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança” (Salmo 25:14).

Recentemente, enquanto estava ouvindo uma mensagem que falava, entre outras coisas, sobre como ouvir a voz de Deus, o pregador explicava como na maioria das vezes nós ignoramos Deus nos falar por não compreendermos como Ele faz isso. Ficamos muitas vezes esperando uma manifestação grandiloquente da parte de Deus como a aparição de um anjo, uma voz vinda do céu ou uma luz cegante que nos faça cair do cavalo. Todas essas coisas aconteceram na Bíblia e somos levados a crer que podem ocorrer conosco também. Mas na maioria das vezes não é assim que acontece.

Jesus declarou um princípio que se aplica a praticamente todas as áreas da nossa existência: aquele que for fiel no pouco também será fiel no muito, mas o que não for fiel no pouco, também não será fiel no muito (Lucas 16:10). Ou seja, se não honramos e obedecemos a Deus em pequenas coisas, não devemos esperar que experimentaremos grandes manifestações da sua parte.

Devemos aprender a obedecer à voz de Deus quando Ele nos fala ao coração e nos induz a fazer a sua vontade. Paulo ensina que é Ele “quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar” (Filipenses 2:13).

Muitas vezes, após períodos de oração e busca de comunhão com o Senhor, sentimos vontade de fazer algo que na verdade não é a nossa vontade própria. Olhamos para aquele desejo ou pensamento que nos surge na cabeça e perguntamos de onde ele veio, pois nos conhecemos e sabemos que normalmente não desejaríamos aquilo.

Pense em quantas vezes:

  • Você sentiu vontade de procurar alguém e se reconciliar após um rompimento de relacionamento?
  • Passou pela sua cabeça o pensamento de ligar para alguém?
  • Lembrou-se de alguém que não vê há muito tempo e se preocupou sobre o seu estado?
  • Lembra-se frequentemente de um problema e fica incomodado com ele?
  • Toda vez que ora por um determinado assunto uma solução lhe vem à cabeça e fica se perguntando por que ninguém fez aquilo ainda?

Essas “impressões”, “pensamentos” e “desejos” podem parecer coisas pequenas ou indesejáveis e ignoramos que é Deus agindo em nós. Se resistirmos e desobedecermos perdemos a oportunidade de conhecer a voz do nosso Pastor e de segui-lo (João 10:27), incapacitando-nos a experimentar um relacionamento mais profundo com Deus. Se obedecermos, abrimos novos caminhos, teremos novas experiências e Deus poderá nos confiar os seus pensamentos mais profundos.

“Senhor, ensina-me a ‘identificar’ a Sua voz e obedecê-la. Que o nosso relacionamento cresça até a intimidade que o salmista afirma.”

Vinicios Torres