Mário Fernandez

Novidade de Vida – Oração

Jabez orou ao Deus de Israel: “Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores”. E Deus atendeu ao seu pedido. (1Crônicas 4:10)

Tenho visto muita gente que deixa de prosperar na vida por timidez ou covardia. São pessoas que não investem na sua carreira, não se aprimoram e, principalmente, são pessoas que não correm riscos. Normalmente, essas pessoas acabam sendo igualmente medianas e pouco ousadas na vida espiritual também. O exemplo de Jabez é inspirador, por que ele simplesmente pediu para Deus fazer dele um homem rico e protegido, tipo da coisa que a gente acaba não pedindo por achar errado. E o texto diz que ele conseguiu isso mesmo, Deus atendeu o seu pedido. Que interessante!

Eu não quero, nem vou, fazer apologia ou doutrina de pedir o que quiser para receber, mas com certeza estou crendo que não aprendi a pedir o que posso ter. A mim é certo que a questão em jogo aqui não é o que é certo ou errado pedir, como também não é a época para pedir. Estou convencido de que tudo se trata de ser ou não ser alinhado com o que Deus quer para minha vida. Uma vida renovada, de gente que nasceu de novo, que homens e mulheres cujo foco é glorificar a Deus – tem de ser uma vida que pede o que Deus quer que peça e por isso, não por outro motivo, é atendido. Daí fica fácil, eu só peço o que tenho certeza que vou receber e nunca vai dar errado. Como se simples e fácil fossem sinônimos…

A pergunta que vale a reflexão: como saber o que Deus quer realmente? Como desvendar o mistério? Como acertar a mira?

Esse é o lado do assunto que faz as pessoas se afastarem de Deus e concluírem que o caso não tem solução. Eu sei, pensei assim por muitos anos. Já fui do tipo que cria que os mistérios de Deus eram exclusivamente Dele e jamais alguém poderia saber o que fazer a não ser indo naquela linha central e inespecífica de “se está na Bíblia está certo”. Isso é verdade, mas é muito pouco. Meu querido, se o Salmo 25:14 estiver na sua Bíblia há esperança para todos nós. Deus revela Seus segredos, Seus desígnios, Seus desejos, Suas vontades. Não todos, nem tudo, não de forma irrestrita. Mas revela. Tiago 1:5 diz que se carecemos de sabedoria, de conhecimento, de inteligência, de esperteza – devemos pedir ao Único que pode dar e Ele dará, desde que seja para usar de modo que O glorifique.

Meu querido, Jabez foi atendido na sua oração nem tanto porque pediu algo adequado mas, com certeza, por que pediu o que era adequado para ele. Nosso desafio é caminhar com o Senhor de maneira íntima, como gente que foca Nele, que quer glorificar o Seu nome. Nessa caminhada, se andarmos de maneira acertada, saberemos o que pedir e o que fazer.

E me permita mais um comentário: eu também passei bons anos da minha vida pensando e dizendo que isso era coisa de super-homens de Deus e que para mim estava distante demais. Confesso que mal arranhei a superfície, mas já experimentei o suficiente para saber que funciona e é para todos nós. Nada que matar o ego e ter tempo com Ele não resolva. Sai muito caro, mas funciona…

“Senhor, não me permita acomodar no cinzento do meio-termo se há um lugar com a Tua luz para eu viver. Me ajuda a entender a Tua vontade específica para que eu nem deseje o que não é para mim.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Os Pais São Como Espelhos

“Meu filho, preste bem atenção no que eu digo e siga o exemplo da minha vida.” (Provérbios 23:26)

Sabemos que os filhos aprendem ao observar o comportamento e não apenas pelo que ouvem, mesmo porque sua capacidade de compreender a linguagem desenvolve-se posteriormente nas suas vidas.

Lembro-me bem de quando nasceu nosso quarto filho. Sempre foi o centro da atenção, pois era 16 anos mais novo do que a primeira e 11 anos mais novo do que o caçula até então.

Como de costume ganhou diversos brinquedos, inclusive um elefante de plástico que tinha um telefone de discar. Volta e meia ele estava com o brinquedo quebrado, pois o fio do monofone de plástico estava solto do elefante. Lá ia eu arrumar o cordão do telefone. Pouco depois estava solto de novo.

Foi assim até que a Telma entendeu o que estava ocorrendo. Diferente dos demais, este nasceu num período em que o telefone sem fio e o celular já eram muito usados, e claro, estes não possuem fio que os liguem a um aparelho fixo. Pois bem, para imitar os seus pais, ele simplesmente arrancava o fio do telefone para ficar igualzinho ao papai e à mamãe falando ao telefone.

Esta situação tão simples ilustra o poder dos nossos atos para formar o comportamento de nossos filhos. Hoje mesmo ele me disse que tem alguns ichtusbramiguinhos seus que falam palavrão e ele não gosta. Eu lhe perguntei:

— Filho, quem foi que ensinou eles a falarem assim?

— Sei lá, papai! Ele me respondeu.

E completei a ele que provavelmente eram seus pais, que deviam se comportar assim em casa e ele aprendeu. A fruta não cai muito longe do pé!

Assim como os pais, a sociedade está cheia de espelhos para nossos filhos. Temos a escola, os amigos, a televisão, os professores e as mudanças culturais e geracionais. Estas muitas forças também moldam nossos filhos.

Atualmente a televisão é o que mais intoxica nossas casas com a cultura que nos impõe através de filmes, desenhos e seriados. A Telma sempre tirou tempo para assistir ao programa das crianças junto com elas, para saber o que estava sendo dito.

Não foi nem uma nem duas vezes que ficou assustada com o que estava sendo propagado por estes programas. O que fazer numa situação destas? Proibir?

De maneira nenhuma! O caminho é ensinar o que é certo e mostrar porque aquilo é errado. Desta forma, além de você estar formando a opinião deles, também estará fortalecendo-os para que possam saber como se comportar em novas situações.

Admiro a sabedoria que o Senhor concedeu à minha esposa neste aspecto. Ela chamava os amiguinhos deles para ir em nossa casa e deixava-os brincar a vontade. Fazia bolo e suco e era a maior diversão. Criava para eles um ambiente em que podiam se desenvolver e relacionar entre si de forma saudável.

Algumas destas crianças acabaram se perdendo e outros continuam firmes, mas todos eles, sem exceção lembram-se daqueles dias em casa e como isto os marcou para sempre.

Há alguns dias um de nossos filhos encontrou um desses amigos no Rio de Janeiro e foi uma grande alegria para ambos. Este rapaz pôde testemunhar de como sua vida foi influenciada pela educação que acabou recebendo pelo relacionamento de amizade que desenvolveram naqueles tempos e a orientação recebida em nossa casa.

Quanto à bebida alcoólica, sempre preferimos mostrar o que é e o seu poder de influenciar negativamente uma vida, mostrando a progressão do vício e suas consequências.

Quando aprendiam algo errado fora de casa e resolviam colocar “as manguinhas de fora” a primeira pergunta da Telma para eles era:

— Quando foi que você viu seu pai fazendo assim?

Graças a Deus o bom testemunho permitia que esta pergunta fosse fator de mudança de comportamento deles.

Nossos filhos podem ser influenciadores ou influenciados, e nossas atitudes são fundamentais para definir o seu comportamento. Observe seus filhos e você terá um belo retrato de como VOCÊ age. Pense nisto!

“Senhor, me ajuda a ser um pai/mãe de acordo com o teu coração, que eu possa estabelecer um relacionamento saudável com meus filhos. Que a minha família passe a ser uma referência em santidade e bondade, começa esta obra a partir de mim. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Retidão

“pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens.” (2 Coríntios 8:21)

Numa nova vida em Cristo não tem mais lugar para picaretagem, pilantragem, trambicagem ou seja lá que nome que seja dado para esse espírito que algumas pessoas manifestam. Fazer o que é certo quando tem alguém olhando nem é tão difícil, mas algumas pessoas não se dão conta de que o Senhor tudo vê, portanto os olhos dos homens são o menor problema.

Viajei recentemente de carro e rodei 2.000km em 3 dias, dirigindo, sozinho. Carro alugado, música tocando, 14 horas para ir. Imagine o cenário e pergunte-se: a estrada tem limite de velocidade? Tem faixa contínua onde não pode ultrapassar? Tem carros e caminhões na contramão? Tem trechos em obra? Tem locais de velocidade mais baixa? Tem gente andando devagar demais?

Se sim para qualquer das perguntas então haja paciência. Meu irmão, se eu “sentasse a botina” chegaria pelo menos uma hora antes. Mas me propus a andar no máximo, no máximo, 10% acima do limite da estrada, apenas pela tolerância do velocímetro. Que desafio!! Mesmo para um motorista experiente como eu, a tentação de acelerar nas retas é intensa especialmente “se não tem polícia nem radar”. Mas é justamente aí que somos provados verdadeiramente – se só fizermos o certo para não sermos punidos, demonstramos sintomas da velha vida.

Meu querido, isso é um mero exemplo. Se eu tocar no assunto de mentir para o imposto de renda, de ajeitar relatórios para encaixar resultados, estacionar em vagas reservadas, elogiar o carro na hora de vender, pagar propina pra evitar multa… Misericórdia, eu já pequei tanto nesse tipo de coisa em outras épocas de minha vida que só posso me envergonhar. Temos que deixar isso para trás, viver uma vida na qual temos cuidado de fazer somente o correto.

Veja que isso implica seguir toda e qualquer lei civil do nosso país de residência, desde que não fira a Palavra de Deus, por mais idiota que a lei pareça. Com toda decepção com governantes, temos que pagar imposto, é o certo. Podemos e devemos pelejar por leis justas e honestas, mas enquanto vigentes temos de obedecer “também aos olhos dos homens”. Não podemos simplesmente ignorar o que sabemos e fazer o que tivermos vontade, isso é o errado.

Mas isso também implica falar a verdade para todas as pessoas, ainda que isso nos prejudique, por que é o correto a ser feito. Temos de ajudar os pobres e desfavorecidos, temos de orar por nossos governantes, temos que oferecer a outra face e andar a segunda milha, porque isso é o correto. É uma luta contra o ego, pois tendemos a só querer fazer o que nos gera reconhecimento ou satisfação.

Eu não sou iludido, sei que não é nada fácil. Eu não sou perfeito, caio nessas coisas também. Eu não sou inocente, conheço a realidade. Mas tenho consciência do que é certo e uma vontade enorme de acertar, de fazer o correto, de ir além do mínimo. A pior desculpa que podemos dar é “todo mundo faz” por que isso nos coloca na média da média. Quem não se destaca da média merece o nome medíocre e isso não é o que o Senhor espera de nós.

“Senhor, me perdoa por ignorar o que sei ser o correto. Não quero mais menosprezar Teu ensino e Tua Palavra. Me ajuda, me dirige e me fortalece para não ser apenas mais um no meio do povo.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Cuidado com os Liderados

“Então disse Judá: Já desfaleceram as forças dos carregadores… então pus o povo, por famílias… dispus-me e disse… não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa.” (Neemias 4:10-14)

Algum tempo atrás, uma amiga da família nos contou uma situação que aconteceu. Ela estava passando um período familiar difícil pois o marido estava com problemas de saúde e um filho, dependente de drogas, estava em crise. Por isso, acabou ficando uns dois meses sem participar das atividades da igreja. Um domingo ela fez um esforço e foi ao culto. Quando estava entrando na igreja, o seu supervisor de célula chegou para ela, sem lhe perguntar nada sobre o que estava passando, e disse: “Então, a sua célula já está pronta pra multiplicar? A multiplicação tem que ser este mês pois temos que atingir as metas!”. E continuou andando sem nem dar a ela tempo de responder.

Neemias tinha uma meta: restaurar os muros e reedificar a cidade. Ele dependia das pessoas para isso, pois não poderia fazer isso sozinho. Na verdade não faria sentido fazer isso sozinho, pois o objetivo era restaurar a cidade para que essas mesmas pessoas vivessem nela e glorificassem ao Senhor com suas vidas ali. Mas a sua meta não obscureceu a sua visão para as necessidades das pessoas.

Ele foi alertado para o fato de que as pessoas estavam sobrecarregadas e ele sabia das ameaças de serem atacados durante a reconstrução. Tendo isso em vista, ele reestruturou o trabalho de maneira que as famílias ficassem juntas. Isso teve dois propósitos (1) ter as famílias juntas dava aos trabalhadores a certeza de que estavam seguras, pois estavam debaixo do seu olhar (2) motivava o trabalhador a defender o lugar onde estava com mais ânimo. Depois de fazer esta reestruturação, Neemias animou ao povo, estimulando-os a confiarem no Senhor e lutar por suas famílias, que eram o que de mais precioso tinham.

Já frequentei igreja onde os jovens eram ensinados a ignorar os seus pais para correrem atrás de atingir as metas. Conhecemos pessoas que deixaram de participar da vida e dos eventos da família para ficarem onde os seus “líderes” determinavam. A justificativa? Tinham que trabalhar para o crescimento do reino. O problema era que não ficou muito claro de quem era o reino que estavam construindo.

O verdadeiro líder sabe que tudo que se faz visa atingir as pessoas. As instituições são criadas para servir as pessoas e as primeiras pessoas a usufruírem do que está sendo construído deveria ser as que participaram da sua construção. Atingir meta sem que todos os que contribuíram sejam abençoados e terminem melhores do que começaram é fracasso do mesmo jeito que se não atingisse.

Pode até ser que no nosso sistema injusto (e algumas igrejas estão implantando sistemas muito injustos) de avaliação acabemos promovendo aqueles que atingem metas apesar de abusarem de outras pessoas para isso. Mas não significa que Deus olhe para essa situação e aprove. Na verdade, se você ler bem a Bíblia verá que esta atitude é condenada.

Neemias sabia que a sua mão de obra era justamente as pessoas para quem a cidade estava sendo reconstruída. Ele tratou de adequar o plano de trabalho para eles tivessem segurança e motivação.

Lembre-se, você só é líder se tiver alguém que o segue e que o ajuda a executar seus sonhos. Você só será líder de verdade se o sonho realizado também puder ser usufruído por aqueles que o ajudaram. Caso contrário, você só estará usando eles.

“Senhor, ajuda-me a ser honesto comigo mesmo e me avaliar se, como líder, eu tenho sido cuidadoso com as pessoas que têm me ajudado a construir o sonho que me deste.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Quero Filhos

“Mas, antes que chegue aquele grande e terrível dia, eu, o Senhor, lhes enviarei o profeta Elias. Ele fará com que pais e filhos façam as pazes para que eu não venha castigar o país e destruí-lo completamente.” (Malaquias 4:5,6)

Já escrevi para vocês como foi o pré-nupcial meu e da Telma alguns artigos atrás. E como segundo os médicos seria quase impossível eu gerar filhos.

Bem, aprouve a Deus termos quatro filhos e a Telma preside uma Casa Lar que abriga vinte crianças abandonadas. Quando digo a alguém que tenho quatro filhos as pessoas se assustam, pois a maioria hoje está preocupada apenas consigo mesma e não deseja ter muitas preocupações com filhos. Querem ter tempo para si mesmo, para aproveitar a vida.

Mas sou muito feliz com estes filhos que o Pai Celestial nos concedeu. Certa vez, em uma viagem a trabalho, estava indo para o almoço com algumas pessoas, e quando disse que tinha quatro filhos, a advogada da outra empresa me perguntou com muita naturalidade:

— São todos do mesmo casamento?

Fiquei chocado com a pergunta. Sinceramente não esperava uma pergunta deste tipo. Claro que ela não foi indelicada e tampouco grosseira, foi de fato educada, pois da maneira como anda a sociedade hoje, isto ocorre muito. A questão é que nós defendemos a família da maneira como Deus a instituiu e somos considerados pessoas estranhas, o que faz sentido, pois devemos ser separados dos conceitos do mundo.

O primeiro livro de Samuel conta a história de uma mulher que queria ser mãe mas não podia gerar filhos (1 Samuel 1). Ana foi aos pés de Deus e nos dá o maior exemplo que toda mãe deveria seguir – dedicou seu filho a Deus.

Temos orado com muitas mulheres que desejam ter filhos e a primeira pergunta que fazemos é qual a motivação deste casal para ter filhos. A família está cobrando um netinho? Os casais amigos querem um amiguinho para o seu filho? Busca da satisfação pessoal?

Ana queria muito um filho, pois era humilhada por Penina. Sua motivação tinha um quê de satisfação, provar algo ao seu marido. Ela alcançou o desejo do seu coração somente quando consagrou o filho a Deus. Em alguns casos creio que haja um mover de Deus nos casais que não podem ter filhos, que aguarda-os se inclinarem para Ele e consagrarem sua família.

Espera-se que estas crianças geradas com tanto desejo, sejam muito bem tratadas, educadas com amor, levadas à casa de Deus, cuidadas e que se gaste mais tempo com elas, numa atitude de gratidão a Deus pelo bem recebido.

Deveriam ser criadas sabendo que são amadas por seus pais e pelo Pai Celestial. Terão segurança no andar, no falar, no caminhar e saberão sua identidade e destino bem cedo nas suas vidas.

A Telma, cuidando do lar de crianças, vê muitas situações terríveis que os pais infligem às crianças. Estes dias nós dois choramos por três crianças pequenas que foram agredidas pelo pai e quase mortas. A Telma passou o dia no pronto-socorro atendendo-as e depois foram inseridas no lar de crianças para ficarem a salvo dos pais.

Todo filho é um presente especial, que devia ser aguardado como algo sublime da parte de Deus para um casal, e da mesma forma ensinado no caminho em que deve andar.

Mas alguém só pode dar o que tem. Muitas vezes o pai e a mãe também não receberam amor de seus pais e estão mais carentes do que seus filhos.

É preciso invocar a presença de Jesus na sua família, para que Ele possa vir converter os corações dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Isto significa transpor as barreiras existentes e iniciar um relacionamento saudável entre pais e filhos.

Deixe Jesus agir em seu coração. Ao ouvir aquela voz no teu íntimo que te pede para escutar seu filho, faça isto, é Jesus que está te ajudando a se aproximar dele e estabelecer uma amizade.

“Senhor, me ajuda a estabelecer um relacionamento saudável com meus filhos. Que Teu Santo Espírito me traga sabedoria para lidar com cada situação que surge no dia a dia dos relacionamentos entre pais e filhos, de forma alcançar uma família abençoada. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Peneira

“Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.” (Lucas 22:31-32)

Em um determinando evento em que eu estava servindo, um homem comentou “nessa turma parece que todos têm histórias cabeludas para contar“. Confesso que, no momento, o comentário me soou antipático ou crítico, mas com graça e favor de Deus pude entendê-lo melhor. Ele estava comentando sobre o fato de todos nós termos sido duramente provados na vida, com perdas, dores, decepções, doenças, etc. Uma vida em novidade vai ser peneirada.

O que significa peneirar? Por que Satanás vai querer peneirar um discípulo? Soa aos meus ouvidos como algo doloroso, forçado. Peneirar, tecnicamente falando, é colocar alguma coisa à prova através de uma medida previamente definida mas não creio que isso seja fisicamente falando. Com base na intercessão que Jesus afirmou ter feito (que a fé não desfalecesse) deve ser algo de alma, algo relacionado à fé. Se assim for, poderia ser algo parecido com o que aconteceu no dia da crucificação, tendo Pedro sido provado ao dizerem que ele era seguidor de Jesus. Tem uma canção (já ficando antiga) que começa dizendo “cada vez que a minha fé é provada, Tu me dás a chance de crescer um pouco mais”. Isso para mim é peneira, como as “histórias cabeludas”.

Pensando por esta linha, tudo que potencialmente pode abalar a nossa fé pode ser encarado como peneiramento de Satanás: decepção com a liderança, enfermidade, crise financeira, falta de reconhecimento no ministério, traição, problemas amorosos, falsas amizades, desemprego, humilhação, fracassos – é uma lista interminável. Tudo isso causa feridas de alma, tira nosso foco, deixa-nos com o vigor comprometido e consequentemente nossa fé pode ser abalada. É natural, mas talvez seja justamente este o problema, pois devemos aprender a andar no sobrenatural, deixando o natural para trás. Ainda que nossa carne clame por um palavrão, devemos louvar. Ainda que nosso ego implore por uma “briguinha” devemos amar. Isso, meu querido leitor, é passar na peneira ileso.

Será que somente Jesus poderia ter intercedido por Pedro? Naquele momento e para aquela situação eu creio que sim, mas devemos admitir que hoje todos nós somos peneirados de alguma forma. Eu, pelo menos, me sinto frequentemente peneirado. MAS tenho pessoas que intercedem por mim e isso faz TODA A DIFERENÇA. Há poucas semanas orei com um irmão precioso que pediu ajuda pois sua carreira profissional estava desafiando sua paciência. Frequentemente pessoas me procuram pedindo oração. Estabelecemos aliança entre nós, os líderes, no sentido de cobrir as vidas uns dos outros em oração. Ainda estamos muito longe da perfeição, mas temos feito algo.

Nosso desafio, meu querido, é descobrir quem está sendo peneirado e em que área, para rogar para que sua fé não desfaleça, agindo assim como verdadeiros imitadores de Jesus Cristo.

“Senhor, me perdoa por perder o foco no momento em que sou peneirado. Ensina-me a viver andando por fé e não permitindo que as provas sejam peneiras que me reprovem, mas ao contrário, que me fortalecem.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Aliança

“Por acaso, duas pessoas viajam juntas, sem terem combinado antes?” (Amós 3:3)

Tudo em nossa vida começa com uma aliança.

Primeiro, devemos ter aliança com Deus para estarmos juntos Dele aqui e na eternidade. Muitos dizem ser de Deus mas não possuem aliança com Ele, de verdade, nunca pensaram que precisariam fazer isto.

Quando estamos em paz com alguém, não há discussão, desentendimento e brigas. Mas ao entrar a inimizade, esta traz consigo uma série de coisas ruins para um relacionamento.

Entre nações também é assim, a ponto de que se há um tratado de paz, escreve-se um acordo de entendimento mútuo, e as nações vivem em paz.

Em relação a Deus, este acordo se dá quando nos colocamos sob a autoridade de Deus. Pelo que lemos nos evangelhos, o próprio Jesus disse que para estarmos em paz com Deus devemos fazer a Sua vontade e aceitar o sacrifício dele por nós. Só então entramos na Nova Aliança de Deus para com os seres humanos.

Segundo, precisamos ter aliança e acordo com nosso cônjuge. Para termos uma vida conjugal saudável e de acordo com os princípios bíblicos, precisamos estar em comunhão em nossa casa.

A aliança significa que daremos nossa palavra para nosso cônjuge para o resto da vida, ou como diz a autoridade religiosa, “até que a morte os separe”. Quer dizer, entrar na vida a dois para não sair.

Agora, viver juntos mas se dando mal traz uma péssima qualidade de vida. Imagine-se fazendo uma aliança para toda a vida e não querer se dar bem com a pessoa com quem se comprometeu. Será um desastre, além de uma tristeza para ambos e para quem mais estiver perto.

Estar em acordo e não ter aliança significa um casamento em que os cônjuges se entendem mas não possuem compromisso um com outro.

Para que o casamento seja de acordo com o que Deus planejou, um oásis de bênção, alegria e frescor, é necessário acordo, ou seja, aliança.

Assim, é necessário um aceitar o outro como é, com suas qualidades e defeitos, sabendo que todos nós caminhamos para a perfeição em Cristo através da santificação, o que ainda não alcançamos.

Quando a Telma e eu iniciamos nosso namoro, o que mais fazíamos era ajustar nossas ideias e pensamentos. Cada encontro era uma oportunidade de conversarmos sobre cada ponto de vista e então definirmos como nós dois juntos iríamos tratar o referido tema na nossa casa.

Assim, ela falava como funcionava na casa dos seus pais determinado assunto e eu falava sobre minha casa. Em seguida discutíamos os prós e contras de cada método e definíamos o que para nós dois parecia ser o mais acertado do nosso ponto de vista e do ponto de vista bíblico.

Desta forma fomos desenvolvendo um acordo entre nós em muitas áreas. Isto foi importante, pois para mim havia certas questões que a esposa deveria realizar e para ela havia pontos que o marido deveria atender. Foi muito gostoso ouvirmos um do outro as coisas que estavam no coração de cada um e que estavam de acordo com o nosso sonho um para com o outro.

Passamos a conhecer melhor a forma de pensar um do outro e então saber quem era a pessoa que estaria ao nosso lado pelo resto da vida.

Hoje já temos mais tempo juntos do que vivemos solteiros, e aqueles assuntos que discutimos de maneira saudável no namoro agora são substituídos por outros temas que vão surgindo ao longo da caminhada, pois a vida não para, ela é dinâmica.

O fato de termos um acordo em aliança não significa porém que deixamos as situações passarem por nós sem serem analisadas ou discutidas, mas sim que as discutimos com a maturidade e seriedade necessárias a cada momento.

Pois, se iniciarmos bem, mas não continuarmos com a comunicação aberta, as questões mal resolvidas irão se acumulando e vai ter um momento de explosão, o que não será nada bom. O ideal é iniciar e terminar bem, mas é melhor terminar bem apesar de ter começado mal, do que começar bem e terminar mal. Isto significa que sempre é tempo de mudar para melhor. Então resolva cada problema na hora que surgir, sempre com amor, assim continuarão a viagem juntos, conforme deseja Nosso Pai Celestial.

“Senhor Jesus, manifesto meu desejo de estar em Aliança contigo através do Seu sacrifício na cruz e entrar em aliança (acordo) com meu cônjuge. Para isto, desejo perdoar todas as atitudes do meu cônjuge que me desagradaram, assim como peço perdão pelos meus atos impróprios para com meu cônjuge. Senhor, aumenta o amor pelo meu cônjuge, religa-me contigo e com a minha família. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Ações de Graças

“Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças” (Efésios 5:4)

Nesta meditação quero me ater ao positivo do que o apóstolo Paulo nos incentiva neste versículo – as ações de graças. Nem preciso explicar o que sejam obscenidades e conversas tolas, pois quero me ater ao positivo. Se nos dedicarmos fiel e firmemente às ações de graças, não sobrará tempo nem vigor para os inconvenientes.

Se as ações são de graças, a primeira coisa que precisamos é gratidão. Ser grato é reconhecer e externar de alguma forma este reconhecimento, por algo que foi feito. Não se agradece por algo que sabemos que não existe, nem por algo que não damos valor. O sentimento de gratidão portanto é algo que precisa vir de dentro pra fora e mais ainda, precisa ser alimentado. Alimentamos nosso senso de gratidão observando as obras de Deus ao nosso redor, como também ouvindo testemunho que quem foi abençoado e, principalmente, lendo na Palavra de Deus as maravilhas que Ele fez. Alimentamos nossa gratidão mantendo na memória aquilo que nos dá esperança, nutrindo confianças nas Promessas do Pai. Nossa gratidão não vai crescer espontaneamente, nem assistindo televisão ou ficando pendurado na internet e coisas do gênero – coisas que apesar de até poderem abençoar, não creio que levem à gratidão.

Depois, não menos importante, vem a humildade. Quem se acha bom demais não reconhece o que “outros” fazem. Isso é trágico, por que vem daí a incapacidade de reconhecer que é Deus Todo Poderoso quem nos dá vida, ar para respirar, nos dá tudo o que precisamos e ainda mais. Quem não sente gratidão deve examinar seu coração de maneira sincera, pois existe uma chance real de ter uma raiz de orgulho que o está impedindo de reconhecer o quanto Deus é maravilhoso em todas as Suas obras. Uma pessoa humilde pode ter uma autoestima considerável e ainda assim reconhecer que não poderia ter criado os céus e a Terra. Ser humilde não é, nem nunca foi, sinônimo de anulação ou depressão. O mesmo Senhor Jesus de Nazaré disse “sou manso e humilde” e disse “toda autoridade Me foi dada no céu e na Terra”. É preciso equilíbrio.

Finalmente, para não deixar passar em branco, há o bom senso. Uma comparação simples entre duas coisas permite uma percepção simples das diferenças entre elas; já uma comparação bem detalhada permite uma percepção bem detalhada. Com que comparamos as obras de Deus? Com que comparamos seus feitos? Sinceramente, devemos nos examinar melhor. Tenho conversado com algumas pessoas incrédulas e percebido que instintivamente, ainda que não de forma explícita, comparam as obras de Deus com as obras dos homens e muitas vezes com as suas próprias. É como dizer “eu faria melhor do que Deus”. Voltamos ao ponto da humildade, sim, mas perdemos o bom senso. Uma coisa é dizer “Deus não é como homem para mentir” e outra coisa é dizer “Deus não liga para mim”. Na primeira a comparação é para identificar, na segunda é apenas uma afirmação que pode ser entendida como uma afronta, pois Deus disse que nos ama. É preciso ser razoável e ter bom senso, isso não é pecado. Se assim procedermos, seremos mais gratos a Deus, pois a constatação da razão é de que nada se compara a Ele e seus feitos.

Sejamos agradecidos, em vez de gastar nosso tempo com tolices.

“Senhor, me perdoa por não perceber ou não reconhecer Tua boa mão sobre nossas vidas. Eu quero melhorar nisso, preciso da Tua ajuda. Ensina-me a ser agradecido em vez de tagarelar sobre o que não edifica. Preciso de Ti.”

Mário Fernandez