Mário Fernandez

Fruto do Espírito – Responsabilidade

“Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários” (1 Coríntios 12:22)

Aprendi com um homem de Deus muito respeitado em minha cidade algo que quero compartilhar contigo. Qualquer um de nós, por pequeno que se julgue ou por fraco que demonstre ser, tem um papel a cumprir no Reino de Deus e, portanto, no Corpo de Cristo expresso na igreja local. Ao não fazer isso, ao não desenvolver seu dom, não dá fruto espiritual. Este homem (ou mulher), portanto, está roubando do corpo. Vamos entender.

Não importa se arrancamos um dente, pisamos num prego ou cortamos um dedo da mão – o sangue que sai pelo ferimento é o mesmo, temos um sangue só. Algumas pessoas agem no corpo de Cristo como se houvesse um sangue para o pé e outro para a cabeça, mas isso é mentira e engano. Um ferimento no corpo drena as forças, a saúde e o vigor do corpo todo. Assim é um membro do Corpo de Cristo que não se desenvolve, como um membro ferido do corpo físico.

Como isso pode ser? É simples, embora não seja fácil. Olhe para uma árvore frutífera e observe que na maioria delas, em época de fruta ainda verde (com o fruto em desenvolvimento) vemos que tem galhos com frutas e galhos sem frutas. Os galhos estão igualmente robustos, igualmente cheios de folhas, igualmente ligados firmemente ao tronco. Mas alguns não tem fruto. Somos assim. Alguns de nós estão firmemente ligados, tem a correta aparência (folhas), e até são robustos, mas nada de fruto.

Frutos no Reino de Deus tem de ser frutos divinos: no sentido pessoal podemos listar santidade, retidão, testemunho público da fé, vida de oração, conhecimento bíblico; no sentido externo podemos listar almas ganhas, testemunho prático, ministério, discipulado, práticas piedosas. Não podemos listar como fruto frequência de culto, fidelidade financeira e coisas assim, pois isso é apenas folha – ninguém precisa estar derramando unção de Deus para ir ao culto.

Veja, não quero semear julgamento nem discórdia, mas quero sim provocar questionamento. Roubamos vigor do corpo se fazemos parte dele somente para receber. Cadê nosso fruto?

“Senhor, perdoa-me se sou negligente com meus frutos em algum sentido ou em algum momento. Me ajuda, pelo Teu amor, a melhor quem eu sou Te servindo melhor e dando mais frutos espirituais.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Frutos do Espírito – Fé

“Então Jesus lhe disse: ‘Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram'” (João 20:29)

A Bíblia mostra mais de um tipo de fé: a salvadora (crer em Jesus para salvação), a fé operadora de milagres, a fé confiante, a fé que Deus existe, fé doutrinária… Inegavelmente, contudo, o que todas estas expressões de fé têm em comum é o fato de que todas elas vêm de Deus e são sobrenaturais. Pode haver fé natural, fruto de evidências comprovadas, que nada tem com o Reino de Deus.

Sendo a fé um dom de Deus é um dom espiritual, pois Deus é espírito e nos concede fé por meio do Seu Espírito. Na minha concepção sem fé não se desenvolvem os frutos espirituais, como sendo nosso coração a terra, a Palavra a semente e a fé a água que rega essa horta.

Temos de ter claro que frutos são produzidos pelas árvores e não o contrário, ou seja, eles evidenciam a qualidade da árvore justamente por serem produzidos por ela. Frutos não são o que somos em Deus, mas o que fazemos por Ele e para Ele. Deste modo, crer é um fruto que manifesta algo que fazemos para Deus, não algo que somos Nele.

Crer é um fruto na medida em que entendemos que vai além de simplesmente concordar com algo, mas sim que produz mudança em nós. Quando eu cri em Deus eu mudei, tornei-me outro, nasci de novo, deixei coisas velhas no passado – tanto que usamos a expressão “conversão” que implica transformação. Crer de forma salvadora é fruto pois é uma mudança de vida, de pensamento, de sentimento, de atitude, de destino eterno.

Deste tipo de crer provém frutos declarados na Bíblia como bondade, fidelidade, longanimidade, mansidão e tantos outros que nadam contra a correnteza do nosso temperamento natural. Decorrem também outros dons que produzem outros frutos. Tudo começa crendo. Crer é dar o primeiro fruto: abrir mão de sua vida para servir ao Dono (Senhor) do Reino.

“Senhor, reconheço que tudo que fazes é perfeito embora eu não compreenda ou demore a concordar. Usa Tua bondade comigo e me ensina mais e mais sobre o que devo produzir para Ti.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Orando Como Convém – Provas

“Pois eu lhes digo a verdade: Muitos profetas e justos desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram, e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram.” (Mateus 13:17)

Nos dias em que vivemos, o grupo dos que professam crer em Deus está marcantemente dividido em dois sub-grupos – os que valorizam os sinais e os que não valorizam. Exageros à parte, e considerando apenas este critério, pois poderiamos classificar o povo de várias formas por vários métodos, quero meditar sobre isso.

Dentre os que não valorizam sinais há os extremos que não creem em mais nada que não faça sentido lógico. Não quero julgar, mas no meu entendimento isso é sair do foco. Jesus fez tanta coisa, eu tenho visto tanta coisa. O maior milagre é a conversão, de longe e sem dúvida. Com ele vem curas, vem vícios sendo abandonados e tantas outras libertações (mágoas, arrogância, manias, intolerâncias). Só isso já se encaixa no versículo acima – muitos quiseram ver isso e não viram. Valorizemos o que Deus faz, meu irmão, valorizemos.

Dentre os que valorizam sinais há também os extremos que acham que se a terra não tremer e não “cair fogo do céu” algo está errado. Não quero julgar, mas penso eu que isso também é sair do foco. Fé tem a ver com não ver, embora muitas vezes o milagre seja invisível de fato e vejamos somente o reflexo. Mas é tão bom testemunhar uma cura, um evento forte de perdão, um mover de Deus é algo tão gostoso…

Isso afeta nosso orar pois afeta nosso relacionamento com Deus. Eu tenho orado para ser instrumento da misericórida de Deus pelos perdidos, pelos cativos, pelos sofridos, pelos que perambulam pelo deserto. A Bíblia diz que Deus os ama e Sua misericórdia não tem fim, então me soa imaturidade pedir “tenha misericórdia deles” pois quem tem que agir sou eu. Se eu orar para ser usado e ousado para perceber as oportunidades que certamente tenho, se eu me dispuser a participar e não ficar só assistindo… A coisa muda, os sinais aparecem, veremos e ouviremos, sem exageros e de modo equilibrado.

“Senhor, obrigado por me ensinar a orar como convém, pois meu desejo é Te agradar e Te honrar. Ajuda-me agora a valorizar equilibradamente o que ver e ouvir para Te servir melhor.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Ouvindo a Voz de Deus – Circunstâncias

“Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” (Hebreus 12:7)

Além da Palavra de Deus e da nossa consciência, Deus usa as circunstâncias da vida para falar conosco. Aqui também precisamos estar atentos para reconhecer a voz de Deus. A maioria das pessoas não consegue perceber como Deus fala através das circunstâncias, tanto das boas como das más. Aliás, é normal as pessoas acharem que Deus usa apenas as circunstâncias ruins para falar conosco; talvez pelo fato de que estas sejam as circunstâncias que nos levam a clamar a ele buscando solução.

Para facilitar a compreensão vamos ver três circunstâncias da vida e entender como Deus nos fala nelas:

1. Circunstâncias que são resultado de nossas próprias decisões – decidimos gastar mais do que ganhamos, decidimos não estudar para a prova, decidimos dar tempo para a televisão em vez de para a família, decidimos não economizar ou investir para o futuro. Todas essas decisões, e outras como essas, são sementes lançadas na terra da vida que no futuro nos darão seus amargos frutos, ou não nos darão nada justamente no momento que precisarmos. A Bíblia (veja o livro de Provérbios) diz que devemos buscar a sabedoria para viver bem e tomar boas decisões. Muitas pessoas acham que Deus as castiga ou que o Diabo as oprime quando, na verdade, estão apenas colhendo o que elas mesmas semearam.

2. Circunstâncias que Deus provoca para nos corrigir – Jesus nos ensinou que o relacionamento que Deus quer ter conosco é o relacionamento de pai e filho. Em todos os lugares em que este propósito é mencionado fica claro que Deus quer ter um relacionamento de amor cuidado paternal para conosco. Ele quer cuidar de nós e nos proteger. Mas Ele deixa claro que devemos obedecer-lhe e almejar o crescimento e a maturidade em Cristo.

Quando nos desviamos do propósito de Deus, ele, muitas vezes, faz uso das circunstâncias para nos corrigir. O salmista afirmou “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.” (Salmos 119:71) A correção de Deus tem o propósito de nos fazer voltar a Ele e ao Seu caminho. Esse é um ato de amor dEle por nós.

3. Circunstâncias que Deus nos envolve para Sua glória – Existem circunstâncias em nossa vida que não são fruto de nossa semeadura e não são consequência de nosso pecado, mas mesmo assim nós acabamos sofrendo. Muitos cristãos não conseguem aceitar esse fato, mas Deus pode nos colocar em situações onde o único propósito é que a Sua glória seja manifesta através da nossa vida. Em João 9:1-3, os discípulos questionam a Jesus o motivo para uma pessoa ter nascido cega. Na sua limitada compreensão eles acharam que aquilo só podia ser resultado de pecado. Mas Jesus lhes ensinou que nem tudo na vida se resume a causa e consequência, existe também propósito de Deus. E nesse caso, Jesus afirmou que aquele homem nasceu assim para que o poder de Deus se manifestasse e Ele fosse glorificado.

Está você passando por algo que, apesar de toda análise, você ainda não encontrou motivo para estar passando? Então, pare um pouco e ouça a Deus. Será que Ele não está chamando você para um novo nível de dependência, um aprofundamento na comunhão e a uma maior confiança, a fim de que Ele seja exaltado e glorificado como Deus que é em sua vida?

“Senhor, dá-me sabedoria para viver bem. Ajuda-me a entender a sua correção. Mas, principalmente, glorifica a Ti mesmo em minha vida.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Oração e Atitude

“Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.” (Salmos 66:18 ARA)

A tradução da Bíblia em português Almeida Revista e Atualizada diz, neste versículo, “contemplara a vaidade”; outras traduções dizem “acalentasse o pecado” (NVI), “guardado iniquidade” (Revisada IB), “intentasse o mal” (Católica). Todas falam dessa atitude no coração.

A passagem fala de uma atitude cultivada no interior que, mais dia menos dia, gerará ações. Jesus diz que é do coração que procedem as más ações do ser humano (Mateus 5:19), por isso Provérbios 4:23 nos adverte para guardarmos o coração, pois dele depende toda a nossa vida.

Acalentar, contemplar e guardar são verbos que nos remetem à atitude de manter o pecado escondido no interior. É sobre eles que Jesus advertiu no Sermão do Monte quando lembrou aos que o ouviam a lei que lhes era ensinada pelos religiosos. Enquanto o adultério é o pecado em ação, o desejo impuro é o pecado “acalentado” no coração. Enquanto o assassinato é o pecado em ação, o ódio é o pecado “guardado” no coração.

O salmista nos adverte que a quem tem maus pensamentos Deus não ouve, ou seja, não precisa chegar à ação de fato, basta intenções de maldade para termos nossas orações interrompidas!

Houve uma pessoa que nos prejudicou alguns anos atrás e várias vezes eu afirmei que a havia perdoado. Porém, recentemente, ao ouvir falar sobre o indivíduo e seu sucesso no ministério, senti que algo azedou dentro de mim. Demorei uns dias para ter coragem de reconhecer que não achava justo Deus abençoá-lo se o prejuízo não tinha sido restituído. Percebi que, no meu coração, ainda que não verbalizasse isso, queria que ele sofresse o mesmo prejuízo que nós passáramos. Essa foi uma “intenção de maldade” como o salmista falou. Tive um tempo de oração quando confessei a Deus minha dificuldade com o assunto e disse, com sinceridade, que desejava perdoar de fato, de tal maneira que não mais me doesse lembrar da pessoa ou do acontecido.

Muitas vezes cultivamos atitudes incorretas escondidas na ideia de justiça ou de direito. Se foram injustos comigo ou violaram o meu direito, então eu posso me sentir assim. Posso ficar contemplado o meu desejo de vingança, guardando o meu rancor, acalentando meu mau desejo e intentando o prejuízo do outro, afinal fui eu o prejudicado.

Mas se fizer isso, a única oração que Deus lhe responderá é a do coração quebrantado e contrito, quando você se chegar a Ele reconhecendo seu erro.

“Senhor, quebranta-me já. Mostra-me já o estado do meu coração para que o arrependimento e a contrição aconteçam logo e a nossa comunhão possa ser restabelecida.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Ouvindo a Voz de Deus II

“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.” (Mateus 5:23-24)

Muitas vezes não queremos reconhecer a voz de Deus na nossa vida, pois ela vem em situações as mais estranhas. Ele muitas vezes usa a voz da consciência para falar conosco. A consciência é aquela voz interior que nos avisa que estamos errados, em perigo de tomar uma decisão errada ou a ponto de realizar algo prejudicial. Infelizmente, o sistema mundano tende a tirar-nos a sensibilidade à nossa consciência e, com isso, perdemos a sensibilidade de ouvir Deus em muitas circunstâncias.

A passagem bíblica acima demonstra a situação: o sujeito está vivendo a vida normalmente e em um dado momento sua consciência se desperta e ele percebe que algo não está bem. Neste caso, a pessoa tem a oportunidade de decidir o que fará com este sentimento. Ele pode reconhecer aquele pensamento/sentimento como sendo a voz de Deus a dirigi-lo ao arrependimento, à confissão e ao acerto, ou pode recusar-se a dar-lhe atenção.

Interessante que a passagem diz que a pessoa, sensibilizada, interrompe o que está fazendo, pois a sua atitude não está compatível com as suas ações, e vai acertar o que for necessário. Só daí, com o coração purificado e mente alinhada, ele pode dar continuidade à oferta que está fazendo.

Aquele que percebe Deus falando pela sua consciência e toma atitudes de acordo com ela se tornará cada vez mais sensível a ela. Será cada vez mais fácil reconhecer Deus falando se você obedecê-lo. Mas o contrário também é verdadeiro. Paulo fala a Timóteo que a consciência do homem pode ser cauterizada, ou endurecida (1 Timóteo 4:1-2). Isso acontece com aqueles que, ouvindo Deus falar pela sua consciência não agem de acordo com ela, tornam-se hipócritas, agem de um jeito mas em seus corações pensam de outra maneira e se tornam enganadores, primeiro de si mesmo depois dos outros.

“Senhor, ajuda-me a perceber a Tua voz em minha consciência. Que eu me torne exemplo de obedecer-Te.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Ouvindo a Voz de Deus

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo 10:27)

Muitas pessoas gostariam de saber como podem ouvir a Deus. Algumas acham que isso não é possível, mas Jesus falou que suas ovelhas ouvem a Sua voz e conhecem a voz do seu pastor. Se Jesus disse que é possível então devemos aprender como ouvi-lo e conhecê-lo.

Certa vez o pregador inglês Charles Studd, que foi atleta de sucesso e abandonou a carreira para ser missionário ficou hospedado na casa de um amigo. O amigo notava que todas as noites Charles se levantava, ia à escrivaninha que havia no quarto, folheava a Bíblia várias vezes e depois voltava para a cama. Ele fazia isso várias vezes durante a noite.

Movido pela curiosidade o amigo resolveu perguntar a Charles o que ele tanto procurava na Bíblia aquelas horas da noite. A resposta foi simples e direta: “Estou procurando mandamentos para obedecer durante o dia”.

Este é um estilo de vida que faz diferença! Não apenas obedecer circunstancialmente, mas ativamente procurar ser obediente a Deus. Certamente este foi o segredo da produtividade espiritual deste homem que ficou conhecido como o “homem que obedecia”.

A Palavra de Deus é o meio mais direto com que podemos “ouvir” a Sua voz. Deus registrou nas Escrituras a Sua vontade, o Seu propósito, e através delas podemos receber orientação de como devemos viver. O segredo da Bíblia não está em decifrar significados ocultos dos seus textos e trazer revelações mirabolantes. Mas como Jesus ensinou em Mateus 7:24-27 o segredo é colocar em prática o que se lê.

Não é difícil, basta uma pequena mudança de atitude. Veja só: a próxima vez que você for ler a Bíblia, antes de começar, pare um momento, feche seus olhos e ore a Deus pedindo que Ele fale com você através da leitura que você vai fazer. Então abra a Bíblia no texto pretendendido e comece a ler. Imagine que você está lendo Colossences e chegue ao verso 9 que diz “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. Se você tem o hábito de mentir, certamente você se sentirá incomodado, pois reconhecerá que não está vivendo de acordo com a imagem de Cristo.

Neste momento você está ouvindo Deus falar com você através da Sua Palavra. Ele o está desafiando a colocar em prática o que você está lendo. Então você pode tomar a decisão (ou não) de parar de mentir. Na primeira oportunidade do dia, em que você normalmente mentiria, você então se lembrará do compromisso que fez e poderá mudar de atitude.

No começo não é fácil. Nossos hábitos e estilo de vida atrapalham e os outros podem olhar para nós como se estivessem olhando um marciano. Mas se você perseverar, à medida que a prática se estabelece vai ficando cada vez mais fácil e prazeroso “ouvir” a Deus através da Sua Palavra.

“Senhor, assim com fizeste aos teus discípulos logo após a sua ressurreição abre-me o entendimento da Tua Palavra,e ajuda-me a colocá-la em prática todos os dias da minha vida.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Filhos: Criação e Relacionamento – Santidade e Intercessão

“Terminado um período de banquetes, Jó mandava chamá-los e fazia com que se purificassem. De madrugada ele oferecia um holocausto em favor de cada um deles, pois pensava: ‘Talvez os meus filhos tenham, lá no íntimo, pecado e amaldiçoado a Deus’. Essa era a prática constante de Jó.” (Jó 1:5)

Ainda que Jó tenha vivido muitos séculos antes de nós, seu exemplo merece ser observado. Um pai dedicado e temente a Deus valoriza muito a santidade, a purificação e a integridade de seus filhos diante do Senhor. Ao invés de nos atermos a itens polêmicos e práticas de pouco proveito, muito bem poderíamos focar, assim como Jó, na imagem de nosso filhos diante de Deus.

Me chama a atenção que Jó, com tantos filhos e sendo ele tão rico como descrito, encontrava tempo e priorizava que eles se purificassem. É importante celebrar, banquetear, divertir-se, regozijar-se pelo que Deus nos deu. Mas passado o banquete, Jó mandava chamá-los, note, não eram eles que vinham. O relacionamento saudável entre pai e filho coloca o pai no lugar de pai.

Mas o que realmente me intriga é a menção no final do versículo de que isso era uma prática constante, ou seja, era algo rotineiro. Por mais que tivesse sido feito dezenas ou talvez centenas de vezes, Jó como pai jamais desistiu ou foi relapso com isso. Nunca deixou de fazer e não assumiu a conduta que vemos em muitos pais dizendo “já são crescidos que se cuidem”. Um pai adequado é um pai persistente. Nunca é tarde, nunca será demais, não há nem pode haver exagero quando se trata de purificação, santidade e adoração.

O holocausto oferecido por Jó, mencionado neste texto, representa a adoração e as orações que conhecemos hoje. Era, na época, a forma de adorar e de se aproximar de Deus. Não precisamos ser ricos nem ter 10 filhos como ele, mas podemos cuidar da santidade dos nossos como ele deu exemplo.

“Senhor, obrigado por me mostrar pelo exemplo de Jó que é possivel e adequado que eu me preocupe com os meus filhos, tanto em purificação como em adoração.”

Mário Fernandez