Vinicios Torres

Com Ações de Graças 2

“Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano. Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” (Lucas 17:15-18)

Sílvia, uma de nossas leitoras, pergunta: “será que é possível fazermos algo (materialmente) em ação de graça?” A resposta é: sim.

A passagem acima conta que dez leprosos foram curados por Jesus e estavam indo apresentar-se ao sacerdote quando um deles percebeu que já estava curado. Ele ficou tão cheio de gratidão por ter sido alvo da misericórdia de Deus que voltou para agradecer e dar glória a Deus.

Quem tem um coração cheio de gratidão não consegue ficar com isso preso dentro de si, tem de expressar. De que maneira se faz isso? Depende. Cada um faz conforme o seu coração se expressa melhor. No caso do ex-leproso, foi voltar e adorar a Jesus e lhe agradecer.

Abraão, ao vencer os cinco reis em batalha, deu os dízimos da conquista a Melquisedeque. Davi, ao receber a água fresca trazida pelos seus valentes, derramou-a em oferta ao Senhor. O mesmo Davi, em gratidão a Deus pelas vitórias recebidas, doou riquezas e material suficiente para que seu filho Salomão construísse o templo em Jerusalém. A mulher na casa de Simão, consciente do perdão recebido de Jesus, ungiu-o derramando perfume valioso sobre a sua cabeça.

Note, porém, que essas ações foram todas feitas após o reconhecimento da bênção recebida pois foram resultados da gratidão que tinham em seu coração.

“Senhor, não quero ser como os nove ex-leprosos que não reconheceram a Tua graça. Quero demonstrar a minha gratidão, tanto com minhas palavras como com os meus bens e minha vida.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Com Ações de Graças

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4:6 ARA)

Algumas pessoas me questionaram, na mensagem anterior, sobre o significado da expressão “com ações de graças” nesta passagem. A palavra grega traduzida por “ações de graças” aqui é “eucaristia”, que significa agradecimento ou o reconhecimento cheio de gratidão das misericórdias de Deus.

O apóstolo Paulo está dizendo nesta passagem que todas as vezes que revelarmos a Deus o nosso coração, pela oração, devemos fazê-lo conscientes que só podemos fazer isso por causa da Sua graça e da Sua misericórdia; e este reconhecimento deve encher o nosso coração de gratidão.

Não é apenas agradecer por que sabe que a oração está sendo ouvida e terá resposta. É agradecer pelo privilégio de poder orar, de saber que apesar de pecador pode, pelo poder de Cristo, chegar-se à presença de Deus e ser objeto da misericórdia divina.

Pessoas ansiosas não agradecem, pois estão obcecadas pelo que lhes provoca a ansiedade. Mas se você descansar na misericórdia divina pode agradecer por tudo o que Ele faz, o que Ele deixa de fazer ou o que Ele permite que se faça. Você será capaz de agradecer a Deus tanto nas boas situações como nas situações ruins.

“Senhor, eu quero expressar como sou grato pela sua salvação e misericórdia cada vez que eu orar”.

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Oração Verdadeira

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4:6 ARA)

Está com o coração dolorido com alguma dificuldade ou problema atualmente? Está desempregado, com uma doença grave ou com um problema aparentemente sem solução?

Pois o apóstolo Paulo está lhe incentivando, da mesma maneira que fez aos Filipenses há dois milênios: não se deixe vencer pela ansiedade e preocupação, em vez disso, derrame-se na presença de Deus e traga a Ele tudo aquilo que lhe pesa no coração.

Há um grupo de pessoas que acredita que Deus não se importa com o que está acontecendo conosco e com os nossos queridos e defende que não somos privilegiados para sermos atendidos por Ele enquanto o restante da humanidade permanece abandonada. Eu não sei de que maneira Deus está cuidando do restante da humanidade, mas quanto a mim vou aceitar o convite de Paulo, pois ele o fez na perspectiva de alguém que, por muitas vezes, teve suas petições ouvidas e experimentou a intervenção de Deus nas mais variadas situações da sua vida.

A expressão que Paulo usou (“sejam conhecidas”) significa que devemos declarar diante de Deus os nossos pedidos, revelando as nossas necessidades, como que permitindo a Deus ter acesso ao nosso interior. A oração e a súplica são os instrumentos que usamos para fazer essa revelação.

Quando nossas orações forem profundas assim é certo que teremos respostas a elas na mesma proporção que o apóstolo Paulo experimentou.

“Senhor, eu quero ser sincero contigo e ao orar revelar o meu verdadeiro desejo interior.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Não Fareis Segundo as Suas Obras

“Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos.” (Lv 18:3 ARA)

Meditando sobre este texto percebi a associação dele com o livro dos Juízes. Se você já leu o livro dos Juízes perceberá que ele apresenta um padrão: o povo vive bem e decide passar a viver conforme o seu próprio pensamento. Deus então permite que os inimigos oprimam o povo de Israel e depois de algum tempo este se arrepende e se volta para o Senhor, que então os livra.

Cada vez que o povo voltava a viver de acordo com os costumes dos egípcios ou dos povos cananitas iniciava-se o período de decadência e opressão. Quando o povo voltava a viver de acordo com a instrução de Deus recebia a libertação e passava a viver em segurança e experimentar a bênção.

Fico imaginando quanto nós temos perdido da bênção e proteção de Deus por tentarmos fazer as coisas “à moda do Egito” ou da maneira “cananéia”. Jesus nos ensina uma forma revolucionária de viver, que vai decididamente contra a forma mundana de se fazer as coisas, e nós decidimos resolvê-las da mesma forma que o mundo.

Confiamos que o dinheiro nos dá a segurança, que o emprego será eterno, que a força física nos garante, que o plano de saúde evitará a morte, que o jeitinho vai resolver o problema, que o suborno vai abrir as portas, que a política vai nos fazer prosperar, que se conseguirmos um pouco mais de poder seremos, conforme ouvi de um pastor envolvido em escândalo político, “capazes de fazer ainda mais pelo Reino de Deus do que fizemos até aqui.”

Tudo isso é seguir os estatutos do Egito e de Canaã.

Precisamos reconhecer que a maneira de Deus é melhor mesmo que não entendamos. Precisamos crer que os seus resultados serão melhores mesmo que pareçam mais demorados. Precisamos permanecer firmes até o fim para vermos os resultados completos e não desistir no meio do caminho e nos voltarmos para os métodos mundanos achando que do modo de Deus as coisas estão indo lentas demais.

Quebrantemos o coração e arrependamo-nos da nossa falta de confiança em Deus e na sua proposta para a nossa vida.

“Senhor, perdoe-me a falta de confiança, quero render-me à tua direção e ser fiel em cumprir o teu propósito.”

Vinicios Torres

Vinicios Torres

Aprendendo com a Mudança

“Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos.” (Lv 18:3 ARA)

Quando estamos num processo de mudança, é interessante observar que podemos tentar permanecer os mesmos, mesmo mudando. Temos a tendência natural a procurar estabilidade, faz parte das nossas defesas psicológicas assegurar que as coisas aconteçam de maneira previsível. Quem vive mudança constante acaba sofrendo um estresse além do consegue suportar.

Mas, mesmo quando a mudança é inevitável, necessária até, temos essa tendência de querer fazer as coisas do mesmo jeito que sempre fizemos. Raras vezes isso é possível. Além das óbvias mudanças geográficas, há também as mudanças sociais e psicológicas que precisam acontecer. Querer fazer tudo exatamente do mesmo jeito é receita para frustrações e problemas.

A própria passagem do tempo provoca esse mesmo fenômeno. Você já não pode mais fazer as coisas hoje da mesma maneira que fazia há dez anos. Algumas não são possíveis, outras não convém mais. É sinal de imaturidade, ou até de insensatez, não acompanhar essa mudança natural na vida.

Quando Deus tirou o povo de Israel do Egito deu instruções específicas: não farás lá como fazia aqui. Foi inclusive além, dizendo que quando chegassem lá, não era para fazer nem como os de lá. Ou seja, nem de um jeito nem de outro, mas do jeito dEle.

Na nova situação (seja ela geográfica ou não) Deus quer dirigir e ensinar como devemos proceder. Ele deseja nos mostrar a maneira melhor de viver, desfrutar a presença dEle e ser instrumentos de bênção para aqueles que Ele pode alcançar através de nós.

Mudanças são inevitáveis. Muitas delas é o próprio Deus que inicia, com o propósito de que busquemos nEle a sabedoria e a direção.

“Senhor, que eu tenha a humildade de entender que as mudanças são a oportunidade de aprender a maneira nova que queres que eu viva.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Confusão

“Em tudo o que vos tenho dito, andai apercebidos; do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça de vossa boca.” (Êxodo 23:13 ARA)

Posso estar sendo sentimental demais, mas fico entristecido quando vejo alguns “tristemunhos” por aí. O irmão fica 28 minutos falando da vida que levava, dos problemas que arrumou na bebedice, na feitiçaria, no adultério. Menciona nominalmente uma dúzia de espíritos malignos e pecados específicos. Depois, em 15 segundos, respira fundo e diz algo como “tudo isso ficou para trás, Jesus me transformou, aleluia”.

Tudo bem que este texto é do Antigo Testamento e tem um contexto centralizado e específico, mas eu creio que este princípio é eterno. As coisas velhas passam, ficam para trás. Meu amado, é para esquecer o nome dos antigos deuses, das antigas tranqueiras, dos antigos embaraços. Não se ouça da nossa boca o que não for para edificação. Podemos testemunhar sobre o que o Senhor fez e mencionar muito resumidamente pelo que passamos, mas os detalhes são sórdidos e merecem o anonimato. Creio, de coração, que ficar falando do problema glorifica-o.

Se você estiver discipulando alguém e quiser deixar claro o que acontece com quem peca, numa esfera de um-a-um, tome ainda cuidado para não exagerar. Mas não se ouça mais da tua boca o nome dos velhos deuses. Não se orgulhe do que foi no passado, mas do que o Senhor o tornará no futuro. Não fique remexendo no passado, profetize um futuro. Não fique vivendo acorrentado às memórias, semeie dias novos e uma história reescrita.

Tire a confusão da linguagem e semeie concordância, harmonia e unidade. Isso não havia na velha vida nem ao servir aos velhos deuses. Só o Senhor é Deus, e temo pelo juízo sobre alguns que mais exaltam suas mazelas. Saia dessa, meu irmão.

“Senhor, uma coisa eu quero aprender: esquecer as coisas que para trás ficam e prosseguir unicamente para o alvo.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Resgate

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais,” (I Pedro 1:18)

Só quem já perdeu alguma coisa entende o verdadeiro significado de resgate. Deus nos perdeu para o pecado já na origem, nos dias de Adão, motivo pelo qual providenciou um resgate, uma salvação, uma redenção. Muito mais do que simplesmente correr atrás de um prejuízo qualquer, o Pai olhou para nós como uma perda inaceitável, impossível de contabilizar.

Quando um carro é roubado ele pode ser resgatado, por exemplo por meio de um seguro bancário que permitirá, ao menos supostamente, comprar outro igual ou pelo menos equivalente. Quando uma vida se perde, nada deste mundo servirá ou terá valor para resgate. Podemos também, os mais afortunados, resgatar um valor aplicado ou depositado num banco. Mas note que esse valor já era seu, portanto esse resgate é um tipo de devolução.

Deus nos resgatou da morte eterna e isso não foi pago com ouro ou com prata. Isso deveria nos inspirar a dar valor no que tem valor. Vivo uma fase de minha vida na qual os bens materiais tem cada vez menos importância e creia, não é por tê-los em excesso. Nada me falta, o Senhor me sustenta, mas a cada dia e mês que se passa, dou menos valor às coisas que não poderei levar comigo quando for “promovido”. Nosso resgate era de morte e portanto tinha de ser pago com sangue.

Essa vã maneira de viver que Pedro menciona faz referência a toda uma vida e um sistema que são mundanos, passageiros e temporais, independente de época ou de tendências. Vivemos um materialismo globalizado, creio eu, nunca visto antes. As relações humanas são cada vez menos humanas. E ainda assim nos dias de Pedro era vão.

Nosso desafio é encontrar o valor do resgate pago por nós e reverter isso em gratidão, que só vejo ser possível de se expressar em uma vida de santidade, de valores fundamentados no Reino de Deus. Este é meu alvo, te convido a ser também seu.

“Deus amado, eu entendo que o Senhor me ama e me resgatou a preço caríssimo. Ensina-me a viver uma vida que corresponda a isso.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Dia Mau

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” (Efésios 6:13 ARA)

Se há dia mau, é por que há dia melhor. A gente quer ser otimista, olhar tudo com fé na vitória, focar no Reino vindouro, não se deixar abalar, deixar as circunstâncias de lado e seguir sorridente… Mas atire o primeiro analgésico quem nunca se deprimiu ou desanimou diante de um dia ou semana difícil.

Há tempos e ciclos na vida da gente em que os dias são literalmente maus: nada dá certo, chove no dia “errado” e faz sol tarde demais, a gente erra o assado justo com a visita mais chique, o terno não entra, o computador não liga e o carro falha. Mas preste atenção: não existe vida ruim, embora posssa haver algum dia ruim. O coração da gente pode se apertar num dia, dois, três, uma semana – mas amanhece um dia e a alma se dá conta do dom da vida, da misericórdia recém renovada, da alegria que vem pela manhã. O choro termina, meu irmão, pode ter certeza. A época do Natal para mim foi marcada muitos anos por tristezas e disssabores. Mas aleluia, eu comemoro o fato e não a data – meu Redentor vive, nasceu para morrer por mim.

Foco e concentração é tudo quando se tem um objetivo e todo cristão tem um alvo. O dia mau existe, é uma realidade, está aí para nos aperfeiçoar em santidade e paciência. Mas não é e nunca deve ser o foco da vida de ninguém, por mais turbulento que seja. Por sofrido que seja. Por apavorante que possa ser, o Senhor é Soberano e tem para nós dias melhores à frente. Foque no melhor, esse é o alvo, apesar do que esteja acontecendo agora.

O foco é no alvo e o alvo é o Reino Celestial, assentado com Cristo. Vida vitoriosa neste mundo sim, com certeza. Mas não imaginemos que isso é vacina contra dissabores e encrencas que tiram nosso ânimo e por vezes nosso fôlego. Eu sei o quanto os dias podem ser maus, creia-me. Mas meu desânimo não me vence, não me supera, pois maior é Aquele que está em mim.

“Deus amado, perdoa minha fraqueza de ânimo quando as dificuldades superam minha força. Fortalece-me e ensina-me a ser mais forte em Ti.”

Mário Fernandez