Vinicios Torres

Por amor

“Segui o amor…” (1 Coríntios 14:1)

“Richard, sete anos, era o penúltimo de nove filhos. Embora nunca lhe tivesse faltado atenção, tinha suas pequenas tarefas domésticas. Em uma tarde de sábado, três dias antes do Natal, minha mãe se apressava como de costume, para ultimar os preparativos. Ela pediu a Richard que subisse para engraxar os sapatos dela de domingo. Daí a pouco, Richard desceu trazendo os sapatos, orgulhoso por seu trabalho. Minha mãe ficou tão satisfeita que meteu a mão na bolsa e lhe deu 25 centavos. Vinte e cinco centavos eram quase um tesouro naquela época, especialmente a três dias do Natal, mas Richard parecia confuso. Olhou o dinheiro, pegou os sapatos e, em silêncio, subiu as escadas. Poucos minutos depois, minha mãe subiu correndo para trocar de roupa. Ao meter os pés nos reluzentes sapatos, seus dedos do pé direito toparam em algo. Ao perceber o incômodo, ela rapidamente puxou um chumaço de papel de dentro do sapato, desembrulhou-o e a moedinha de 25 centavos caiu de dentro. Escritos com garranchos de um menino de sete anos havia as palavras, ‘Fiz por amor’.”

– Margaret Baillargeon, citada em “Sucesso”, de Zig Ziglar.

“Deus amado, quero, como teu filho, te servir por te amar.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Atitude de Fé

“E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes…Se o SENHOR se agradar de nós, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel.” (Números 14:6-8 ARA)

Fico imaginando o quanto de fibra tinham estes dois homens. Eram 12 os espias, um de cada tribo, mas 10 deles eram contrários e incitaram o povo todo. Restou Calebe da tribo de Judá e Oséias da tribo de Efraim (a quem Moisés chamou Josué). Note que o motim já estava armado e já se falava em escolher um capitão para regressar ao Egito, quando eles disseram para prosseguir. Não foram apedrejados por muito pouco, só porque apareceu a glória de Deus ali.

Note que os vitoriosos têm atitude naturalmente minoritária. É duro crer no discurso do “todos somos vencedores” sem olhar o conceito de vitorioso. Se falarmos de salvação e herança com Cristo, estamos falando de algo sobrenatural. No que toca ao natural, a minoria tem atitude de vencedor.

Outro ponto a ser valorizado é que Josué acaba sendo o sucessor de Moisés na direção do povo todo. Deus honrou sua atitude, embora fosse ele apenas um dos espias. Calebe, que parece menos expoente, traz consigo uma marca pouco percebida: é da tribo de Judá. Assim como o Leão, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, Calebe vem da tribo cujo nome significa “louvor”, ainda que a tribo dos adoradores era a de Levi.

Nós temos de Deus uma herança a ser resgatada, mas ao contrário do que alguns têm pregado, está na glória eterna e não neste mundo. Podemos e devemos viver nesse mundo de forma digna e pacífica, até porque ter riquezas deste mundo não é pecado – amar estas riquezas é pecado. Mas NINGUÉM herda coisa alguma se não for em busca do seu tesouro no lugar e com o procedimento correto. Costumo dizer que o fato de haver muito dinheiro em qualquer agência bancária não me dá o direito de entrar ali e pegar o quanto eu quiser.

Poucos são os Josué e Calebe, mas posso assegurar que vale a pena ser um deles. Grandes coisas o Senhor fez por meio deles e pode fazer por meio de mim e de você. Basta ter a atitude correta – a de fé.

“Pai, ensina-me a não olhar em volta e sim para Ti. Independente de todos estarem contrários, quero me focar na Tua Palavra.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Gripe A, Furacões e Pré-sal

Estamos vivendo tempos verdadeiramente assustadores.

Ligamos a televisão e vemos notícias de epidemia de Gripe A, furacões, aviões caindo, cidades sendo inundadas e destruídas pela força da chuva e o vento.

O pior de tudo é quando isso sai da televisão e entra na nossa casa. Recentemente, a Gripe A saiu dos jornais e veio parar na minha cidade, no meu trabalho, na escola do meu filho. O pânico era real. As pessoas assustadas, não saiam mais de casa. Eventos foram cancelados. Cada tosse, cada espirro foi motivo de grande preocupação. Graças a Deus, o frio começou a ir embora e com ele o vírus da Gripe A. As coisas, aos poucos, estão começando a voltar ao normal.

Há algumas semanas, um furacão atingiu nosso estado (Santa Catarina). Cidades conhecidas foram devastadas. Conversando com um amigo que mora perto dos lugares atingidos, ele relatou o medo que sentiu quando os ventos começaram. Pessoas morreram nessas cidades, e outras, perderam suas casas e seus móveis.

São coisas que nos abalam profundamente, porque são fenômenos que não podemos controlar. Estão totalmente fora do nosso poder. E o pior de tudo, é que destas coisas foram criadas por nós mesmos.

O que dizer dos fenômenos naturais então? Os tsunamis, os furacões, as chuvas torrenciais, os terremotos… não seriam essas coisas resultados da própria ação do homem na natureza, com a destruição desenfreada das florestas e dos recursos naturais? Enquanto o governo, os políticos e os empresários estão extasiados e interessadíssimos no Pré-sal, a Amazônia continua a ter seus índices de desmatamento em elevação. Não há fiscalização eficaz e muito menos conscientização da população. Isso sim deveria ser motivo de envio para o congresso de projeto de lei em regime de urgência. Mas a prioridade, como sempre, é o lucro, a ganância, o poder.

Em meio às doenças e aos desastres naturais sobre os quais não temos mais controle, existe o Salmo 46:

“Deus é o nosso Refúgio e a nossa Força (poderoso e impenetrável) uma ajuda bem presente e verdadeira no tempo de tribulação. Por isso nós não temeremos, embora a terra se mova e as montanhas sejam lançadas para o meio do oceano; embora o mar ruja e se agite, e as montanhas se abalem pela sua braveza. Selah (pare, e pense calmamente sobre isso!)” (Salmo 46: 1-3, versão da Bíblia Amplificada).

O salmo fala justamente de desastres naturais, de coisas que podem vir sobre nós as quais não podemos evitar, porque afinal, habitamos em um mundo que jaz no maligno.

No entanto, este texto nos desafia. Nos desafia a colocarmos nossa confiança em Deus, que é ajuda certa no meio da tribulação, no meio destes problemas e situações que fogem do nosso controle. Como esta ajuda vai acontecer? Bom, isso eu não sei, porque pode ser de várias formas: através de um amigo, de algum recurso, de paz no coração quando tudo estiver caindo ao seu redor…

Mas a ajuda é presente, porque Deus é presente.

Em meio ao caos criado pela humanidade, Deus se faz presente.

Despertou-me especial atenção o tempo verbal que consta do texto: DEUS É. Não Deus foi ou será. DEUS É refúgio e fortaleza. Embora a terra se mova e os tsunamis ocorram, Deus não foge, Deus não abandona. Deus permanece como Rocha Eterna. Não se move. Apenas está lá, inabalável, pois nada, nem Gripe A, nem terremoto, nem tsunami pode nos separar do amor de Deus.
Interessante, é que Jesus já nos tinha alertado sobre estes acontecimentos há muito tempo:

“Nação se levantará contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu.” (Lucas 21:10,11).

É tempo de confiar em Deus, pois Ele sabe todas as coisas. Por isso é que os 3 primeiros versos do Samo 46 terminam com a expressão “Selá”, que significa “pare e pense calmamente sobre isso”.
Que a Paz de Deus que excede todo o entendimento guarde o teu coração.

Juliana Nader
Concórdia-SC
https://aprenderpraticarensinar.blogspot.com

Vinicios Torres

Cultura redimida

“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia
enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e
diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos;” (Apocalipse 7:9)

As nossas expressões culturais são muito significativas. É interessante
observar como a partir do conhecimento da região ou da cultura onde a pessoa
foi criada é possível se deduzir diversas características das pessoas. Não é
regra absoluta, claro. A cultura cria identidade e comunidade, duas
necessidades essenciais do ser humano.

É interessante observar também que Deus em nenhum momento sugere se desfazer da cultura para homogeneizar a todos em um grande yogurte mundial. Na sua visão do fim último de todos os tempos, o apóstolo João vê chegar a Deus pessoas “de todas as nações, tribos, povos e línguas”, indicando que até o fim a humanidade se organizará assim e assim Deus usará isso para alcançar a todos com o Seu evangelho (Mt 28:19).

É pena que muitos, ao se converterem a Cristo, convertam-se também a outra cultura que não é a dele nem a dos seus ao redor. Às vezes, isso faz com que o novo convertido converta-se em estranho para os seus próprios vizinhos, chegando a dificultar o próprio testemunho da sua conversão.

Permitamos que Deus ao nos converter a Si através de Cristo, use a nossa cultura convertida a Ele como instrumento para divulgar o Seu amor.

Vinicios Torres

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Recentemente, recebi do Sérgio Pavarini o “Sarmo 23 dos Minero” e ao mostrar ao Pr Mário suas veias gaúchas pulsaram mais fortes provocando-lhe os brios: se os mineiros têm uma versão do Salmo 23 os gaúchos não podem ficar atrás. Arregaçou as mangas e pôs-se a traduzir o Salmo nos sentimentos da gauchada. O resultado está aí:

Salmo 23 dos Gaúchos

O senhor é meu patrão, em nada me desfalcam
Me apincha sossegado no pampa esverdeado
Me leva na sanga dágua buena
Me refresca o peito
Troteio com Ele na picada dos homem-de-bem porque somos chegado
Mesmo que eu troteie nas valeta dos defunto
Nada me ressabeia nem me envareta porque Tu anda junto
Me guarda com sova de mango
Monta uma churrascada na cara dos argentino
Me lambuza de graxa até enjoá
Até bater com a cola na cerca e descansá a sete palmo
Fico buenacho e sossegado feito agua-de-poço
Porque pro rancho do grande patrão é que to indo
E lá fico até o sol nunca se ponha mais

Mario Fernandez

Que tal se alguns de vocês não se animam a fazer versões do Salmo 23 nas
características das suas regiões? Bem que eu queria ver o Salmo na versão do
cordel nordestino. Se você fizer ou souber onde tem, mande-nos para que façamos
uma coletânea do Salmo 23 nas expressões culturais brasileiras.

Mário Fernandez

Criatividade ou Fé?

“Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (Marcos 6:37 ARA)

Jesus me fascina. Mesmo sabendo que não entenderiam a ordem ou a teriam por impossível, Jesus ordena alimentar uma multidão que com certeza eles nunca tinham visto, muito menos liderado. Mas gostaria de meditar no impasse, na incapacidade de achar solução.

Poderíamos esperar que eles se ajoelhassem e orassem para surgir um caminhão de comida – seria bem espiritual. Poderíamos esperar até que Jesus ordenasse que não tivessem fome, o que seria ainda mais espiritual. Faltou criatividade? Talvez. Faltou fé? Sem dúvida.

Me parece que nós somos muito parecidos com os discípulos neste ponto. Tendemos a olhar para nossos líderes com uma daquelas perguntas do tipo “o senhor está gozando de mim?”. Outras vezes, simplesmente tiramos o time de campo em silêncio (ou não) e fica tudo sem solução. Deus só precisa de uns poucos pães para fazer um milagre – e nós de umas migalhas de fé.

Talvez nem devêssemos ser criativos e sim receptivos. Ao invés de ouvir a voz de Deus queremos criar alguma coisa, mas o criador é Ele. Isso se chamaria fé, claro. Temos de lembrar os ingredientes da receita: desafio, ordem, matéria prima e solução. Neste caso temos multidão com fome (desafio), o dai-lhes vós de comer (ordem), cinco pães (matéria prima) e a distribuição (solução). Quantas vezes Deus propôs algo assim diante de nós?

É chegado um tempo de gerarmos uma fé em nós que não seja contemplativa, de ler a Bíblia e achar bonito. Precisamos ler, entender e praticar. Precisamos enxergar os 5 pãezinhos e com a fé ver neles uma multidão alimentada. Fé para ser fé tem de gerar movimento, ação, provocar resultado. Nada triunfalista, apenas sair do lugar e alimentar os famintos, sejam eles físicos ou espirituais.

“Pai, eu estou cansado de ter ideias brilhantes que não servem para nada, ao mesmo tempo que pessoas ao meu redor morrem de fome. Ensina-me a ter um tipo de fé que me faz criativo na solução das coisas.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Motim

“Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!” (Números 14:2 ARA)

Sempre que um grande líder do povo de Deus está desempenhando sua função, precisa tomar uma decisão: crescer e incomodar os acomodados; ou sujeitar-se à mesmice e à mediocridade. Moisés, em todas as vezes, optou por crescer. Neste caso, vemos uma empreitada difícil, pois os espias enviados traziam notícias trágicas.

De fato a terra era boa, como o Senhor havia descrito, mas além de leite e mel manava armas e soldados gigantes. Que decepção. Que erro. Voltemos ao Egito. Exceto por Josué e Calebe, os demais espias queriam que o circo pegasse fogo. Eu já vi esta mesma cena, respeitadas as proporções inúmeras vezes.

Os amotinados são massa de manobra, levados por uns poucos que olharam os gigantes da terra e as cidades fortificadas, como se isso fosse maior que a promessa de Deus. Homens como Moisés dão suas vidas diariamente em congregações de todos os tamanhos para que o Reino de Deus seja pregado e pessoas sejam alcançadas com a salvação. Mas claro, precisam ser freados e atrapalhados por aqueles que só veem dificuldades. É preciso ter atitude, postura, discernimento.

Se o Egito representa o mundo e Canaã o paraíso, imagine reescrever o versículo acima como “quem dera tivéssemos ido para o inferno”. É forte! Mas é a atitude de muitas pessoas de esquecem a promessa de Deus por aquilo que veem com os olhos humanos. O justo viverá pela fé e não pelas circunstâncias. O servo fiel de Deus será guiado por Ele e não por seus olhos. A promessa de Deus, se for realmente dEele, nunca se desvanece, não tem data de validade, e só não se cumprirá se eu não quiser.

Voltemos nossos olhos ao Senhor, Sua Palavra que está na Bíblia, Suas promessas, Seu caráter. Esqueça os gigantes e fortalezas. Marche com toda força na direção que Deus orientou. É vitória garantida.

“Senhor, sem ser triunfalista eu quero ter uma atitude de vencedor, mas sei que para isso só o Senhor pode me indicar a direção. Ajuda-me a ser que o Senhor deseja que eu seja, independente do que vejo com meus olhos.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Esperança

“Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar.” (2 Coríntios 3:12 ARA)

A clareza de Paulo para entender algumas coisas me causa admiração e este texto foi um dos tais. Por que ficaríamos nós perdendo nosso tempo para falar do Reino de Deus para as pessoas se nossa esperança não estivesse no Senhor? Sem ter esperança acesa e mantida no Senhor, muitas coisas perdem o sentido, inclusive falar para as pessoas. Há de se recordar ainda que na época em que este texto foi escrito, falar de Jesus Cristo era sentença de morte, fosse pelo Império Romano ou fosse pelos judeus fanáticos da época.

Trazendo para os nossos dias e dentro da realidade brasileira, provavelmente falar de Jesus para as pessoas não implique em muito mais do que alguma zombaria e motivo piada em rodinhas de colegas. Eventualmente, em alguns lugares específicos, pode ser motivo de inimizade e desentendimento por parte de outros grupos com uma percepção espiritual diferente. Raramente, pelo menos no Brasil, deve haver algum tipo de perseguição mais explícita. Mesmo assim, com grande pesar, percebo que a maioria dos evangélicos não abre a sua boca para falar de sua fé, ou proclamar seu salvador pessoal.

Podemos atribuir isso a uma gama de fatores, mas tenho meditado que a esperança aqui mencionada por Paulo tem se esfriado, juntamente com o amor pela obra de Deus. Afinal, estamos no século XXI e a tão “urgente” volta do Senhor ainda não aconteceu. E claro, a ciência a cada dia tem sido mais enfática em explicar “tudo”. Com isso, temos sido cada vez mais racionais e menos esperançosos. Mentiras do inimigo, não creia nelas.

Tenha em si a esperança da glória do que é permanente, Jesus Cristo, O filho do Deus vivo, ressurreto dentre os mortos para viver eternamente entronizado a desta do Pai. Sirva-se de ousadia por conta desta viva esperança. Abra sua boca e diga a todos que não forem surdos que Jesus é teu Senhor – quer queiram ouvir quer não queiram. No mais, é viver na esperança de em breve tudo isso se tornar desnecessário, pois o Senhor está às portas.

“Senhor, talvez eu realmente não seja eloquente ou carismático para falar para multidões, mas de um em um eu posso fazer muita coisa. Encoraja-me.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Sustento

“E, quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei.” (Isaías 46:4 NTLH)

Ouvi algo sobre este versículo há poucos dias que me chamou a atenção. Sabemos que Deus é o Senhor de nossas vidas em todas as suas fases, mas tendemos a achar que Ele é mais ativo quando somos jovens e temos mais desafios a serem vencidos. Me ensinaram a ter respeito pelos cabelos brancos desde pequeno e hoje que os tenho (aliás, em abundância) percebo o motivo.

Conforme os anos passam precisamos do Senhor na mesma medida em que durante as fases mais tenras de idade, mas de forma diferente. Na infância, precisamos de proteção por conta da inocência e imprudência. Na adolescência, pela instabilidade emocional e pelas muitas indecisões e ansiedades. Na juventude e maturidade, pelos muitos desafios e responsabilidades. Mas na velhice, quando já fracos, com os mencionados cabelos brancos, precisamos do Senhor para nos carregar. Muitas vezes é puramente poético, outras nem tanto.

Seja pela dificuldade de manter-se profissionalmente ativo ou pelo distanciamento dos demais familiares, o Senhor é nosso fiel sustentador. É desagradável falar da velhice para os mais moços, mas semeamos hoje nossa velhice com nossas atitudes, amizades, hábitos de vida e cuidados com saúde. Aleluia, o Senhor é conosco em todas as fases. Seja você amado leitor um jovem ainda com muito pela frente, ou já uma pessoa experiente, não importa – o Senhor é contigo.

Mas o que me ocorre é que, dados os acontecimentos e o adiantado do calendário, possivelmente nossa geração ou a próxima não conhecerão a morte porque serão arrebatados. Isso me alegra e chega a me criar ansiedade, pois o que mais desejo neste mundo é servir ao meu Senhor, mas desejo ainda mais do que isso é estar com Ele pela eternidade. Onde não há choro nem lágrima, imagine. Onde o Senhor não precisa nos sustentar porque tudo é perfeito. Isso também, amados, se semeia ainda neste dia e neste momento, servindo ao Senhor em amor.

“Pai, obrigado por me fazer perceber que Tu és o dono de todas as fases da vida e da mesma forma. Ensina-me a ser grato a Ti de forma mais efetiva e apropriada.”

Mário Fernandez