Mário Fernandez

Cruz – Inimizade

“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo,” (Filipenses 3:18)

Nessa fala, Paulo está discursando sobre seguir exemplos e ter uma conduta condizente com a fé que professa. Fico imaginando como isso seria algo de peso diferente do que compreendemos atualmente, especialmente pelo fato de não terem a revelação da Bíblia tal como temos hoje. Mas se tem algo que não creio que mudou nesse tempo todo é o que significa a palavra “inimigo”.

Notavelmente, o sentido de amigo parece que mudou ou está em mutação, mas o de inimigo não. Por definição inimigo é qualquer coisa ou pessoa cujas ações voluntárias/involuntárias se somam ao contrário do interesse de outrem. Um dos conceitos que eu li falava em sintonia diferente, outra em tirar do foco, outras mencionaram maldade e ódio. Tremendamente aplicáveis todos eles.

Inimigo da cruz, portanto, é qualquer coisa ou pessoa que aponte em outra direção do que a cruz, ou melhor, do que Deus quer mostrar com a cruz e através dela. Posso dizer então que inimigo da cruz é quem desvia o olhar da cruz. Perspectivas como essa me ajudam a entender que quando Deus nos mostra alguma coisa, o mínimo de inteligência que devemos demonstrar é prestar atenção, analisar, meditar, estudar e se dedicar para entender.

Já ouviu discursos falando de um Jesus que parece que não foi para a cruz? Um Jesus que cura, que faz prosperar, que consola, que liberta, que muda a vida, que deixa tudo melhor, que é vencedor. Tudo isso é 100% verdade, mas nada disso É JESUS, nada disso é a cruz e nada disso substitui a cruz. Aliás, Jesus só é e faz tudo isso por causa do Seu sacrifício na cruz. Sem a cruz, ou o que aconteceu nela, nada disso teria autoridade para acontecer. Sempre que o discurso for de um evangelho facilitado ou sem sacrifício, a inimizade com a cruz aparece patente. E como disse o apóstolo Paulo, é de chorar.

O problema não é gostar ou deixar de gostar, nem tampouco concordar ou deixar de concordar. O problema é entender o que as Escrituras Sagradas dizem claramente. Cada vez que leio Isaías 53, Filipenses 2, Mateus 28, Apocalipse inteiro – quanto mais leio mais me convenço de que sem cruz não tem evangelho, não tem salvação e me perdoem a franqueza, mas Jesus não é quem Ele É. Não é necessário ser apaixonado pelo tema como eu, mas sem sombra de dúvida é indispensável entender o que é inimizade com a cruz, pois isso é grave. Uma coisa é dar menos ênfase, outra é tirar do foco completamente e portanto se estabelecer como inimigo.

Outro ponto a ser enfatizado é que éramos outrora inimigos de Deus, ou seja, nossa condição de inimizade com Ele era antes da cruz, portanto o sacrifício de Jesus deve servir como elemento pacificador entre nós e o Pai – nunca de inimizade.

Não posso concluir sem dizer que Jesus foi muito claro em relação a um aspecto hoje pouco valorizado: quem não é comigo, é contra mim (inimigo!). Posicionemo-nos, portanto.

“Senhor, não me permita ser negligente com algo tão claro. Se a inimizade contigo através da cruz é tirar os olhos de Ti, me ajude a fixar o olhar em Ti, no Teu Reino e na Tua Palavra.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Onde Está sua Segurança

“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros.” (Romanos 13:8)

Uma área em que ocorrem muitos atritos numa família diz respeito ao dinheiro e seu uso. O uso incorreto pode gerar discussões, desentendimentos, brigas e divisões no seio familiar. Além disto, as finanças têm tomado grande parte das preocupações familiares.

Quando se trata de heranças deixadas pelos pais aos herdeiros, ouvimos como muitas famílias têm se dividido e se afastado por causa da questão da divisão dos bens. Um acredita que merece mais do que outro, que por sua vez se acha no direito de ficar com a melhor parte.

Um dia desses andava por uma rua no centro da cidade de Curitiba e vi um terreno muito bom em uma localização excelente, e uma placa afixada no muro informando que a área era objeto de inventário em andamento.

Meu pai, certa vez, comprou uma casa e posteriormente veio a saber que não conseguiria averbá-la, pois estava em inventário a muitos anos e alguns dos herdeiros já tinham morrido e os filhos e netos não se acertavam sobre isto. Acabou desfazendo o negócio pois não tinha como transferir a casa para si.

Mas esta briga por bens não se limita àqueles que possuem muito, pois vai desde os grandes conglomerados até a divisão de móveis velhos no fundo de um barraco simples.

É uma questão que não envolve quantidade, mas sim a falsa ilusão de que o melhor para suas vidas pode estar em jogo naquela situação. São corações enganados pela sua ganância em ter o que é de outro e sem esforço.

Tem uma máxima que diz que a primeira geração amealha, a segunda desfruta e a terceira destrói o legado financeiro. Segundo a Family Business Network (FBN), apenas 33% das empresas sobrevivem à segunda geração, enquanto apenas 5% à terceira geração, e isto também é verdade em relação ao patrimônio da família. Você certamente deve conhecer alguém que herdou muito do seu pai e acabou com tudo rapidamente.

O dinheiro e os bens materiais tanto podem ser fonte de bênção como de maldição, tudo depende da maneira como lidamos com isto. As finanças devem suprir nossas necessidades. A vida moderna tem mudado isto bastante, ao ponto de, esta semana, ter lido um artigo que dizia serem necessários quase 2 milhões de reais para manter um filho até o final da faculdade.

Além disto, as posses podem sinalizar sucesso, poder, posição social, segurança emocional, prestígio, independência e outros significados. Perguntei certo dia a um empresário o que o fazia estar sereno diante das dificuldades da vida, e ele me respondeu que era o fato de ter uma certa quantia guardada que permitiria viver bem caso acontecesse algo extraordinário na sua vida.

Sua segurança estava no dinheiro que possuía no banco. Há pouco tempo fiz uma viagem internacional e tive a oportunidade de pregar numa igreja por lá e comentei sobre minha experiência naquele país.

Sentia-me seguro por onde ia, havia policiamento em todo lugar, a lei era respeitada. Sentia que podia trabalhar, ganhar e utilizar bem, e mesmo quem trabalha em áreas simples pode viver bem, ter uma boa casa e um bom carro. Tudo a preço acessível.

Com esta combinação, facilmente o dinheiro e o estado passam a ser deuses, pois suprem as necessidades das pessoas. E neste cenário, quem precisa de Deus?

Esta tem sido a pergunta que aqueles que possuem bastante tem se feito, assim como meu amigo empresário, que está seguro no que possui.

Por outro lado, Jesus disse que veio para dar vida em abundância, no que devemos entender como qualidade e não quantidade. A maioria das pessoas deseja ter ou tem quantidade, mas a qualidade de vida é péssima. Vamos desde mendigos mesquinhos até a ricos esnobes. É claro que há exceções e conheço muita gente boa, mas o fato é que precisamos escutar a nós mesmos, nossas intenções e desejos e levar a Cristo, somente assim poderemos ser saciados pelo que Ele nos tem dado.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tenho lidado com as finanças?
  • Tenho qualidade de vida?

“Pai celestial, sou grato por tudo que o Senhor me tem dado. Peço que possa ter sempre abundantemente mais de tudo que precise, mas acima de tudo, que possa desfrutar da vida plena em Cristo Jesus. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Escárnio

“‘O Cristo, o Rei de Israel… Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos!’ Os que foram crucificados com ele também o insultavam.” (Marcos 15:32)

Quem de nós, no lugar de Jesus, teria suportado calado tamanho deboche sem reagir e sem fazer “valer os seus direitos”? Imagine ser o dono de tudo e ver seus empregados menos dignos de confiança zombando e fazendo mau uso de tudo. Imagine estar certo e ouvir calado acusações sem fundamento. Imagine colocar sua missão acima de seus interesses a tal ponto de sacrificar sua própria vida. Isso foi o escárnio da crucificação, sendo muito simplicista e reduzindo a poucas palavras algo bem maior.

Inegavelmente isso foi necessário para que nos momentos seguintes, quando deu Seu último suspiro, Ele fosse reconhecido como verdadeiro Filho de Deus. Esse contraponto faz parte do cenário. Mas, e quanto a nós, em que somos alcançados?

Além de sermos chamados a tomar cada um a sua cruz, sermos imitadores Dele, viver como Ele viveu, além de todos estes aspectos, temos de aprender aqui uma lição. Aquele que se deixa humilhar será exaltado, desde que seja em justiça e dentro da missão de Deus. Precisamos lembrar que de Deus não se esconde nada, então fingir ou fazer vista grossa é uma ideia ruim.

Não adianta agir errado, dar mau testemunho, fazer coisas repreensíveis, usurpar de autoridade – depois querer ser “o cara”. Mas faz muita diferença aguentar desaforo estando certo para que no momento seguinte a verdade seja revelada e o verdadeiro justo seja reconhecido. Eu já vivi isso algumas vezes, mais do que gostaria para ser sincero. Dei-me por derrotado e na verdade estava como que grávido da vitória sem perceber. Deus tinha um alvo claro, eu tinha certeza. Outras vezes perdi a bênção por que não me foquei no alvo e o processo me cegou.

Não adianta também bancar o “panaca” relevando situações em que estamos simplesmente sendo explorados. É preciso sabedoria para diferenciar as coisas. É perfeitamente correto fazer valer seus direitos, mas cuidado – nesse rompante alguns têm perdido de ser abençoados apenas por se afobar em provar que estão corretos.

Jesus não teve pressa, tinha clareza de seu alvo. Para ressuscitar precisava morrer antes, para ser exaltado precisava ser humilhado antes, para reinar precisava servir antes, para ser adorado precisava ministrar antes, para sentar à destra do Pai teve de sofrer antes.

Se tivermos clareza de nosso alvo, bastará olhar em frente e ver tudo que surgir como obstáculo a ser superado. Simples assim. Com esta perspectiva é fácil entender quando se calar e quando se impor. O alvo nos define.

Qual é seu alvo?

“Senhor, agradeço por me mostrar que mesmo sendo humilhado posso estar no caminho certo. Ensina-me a discernir as situações para saber como agir.

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Nunca Mais o Mesmo

Estava andando de carro com o som ligado sem prestar muita atenção para as músicas que estavam tocando quando fui atraído pelo seguinte refrão, cantado pela Fernanda Brum:

“Quem já pisou no Santo dos Santos

Em outro lugar não sabe viver

E onde estiver clama pela glória

A glória de Deus”

(Fernanda Brum – O Que a Tua Glória Fez Comigo)

Lembrei-me que muitos anos atrás afirmei durante uma pregação que “quem experimenta o amor e o perdão de Deus de verdade nunca mais volta a ser a mesma pessoa”. Na verdade o apóstolo Paulo afirma isso quando diz: “Assim, se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisa antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (1 Coríntios 5:17).

Experimentar o amor e o perdão de Deus deixa marcas “inapagáveis” na estrutura de uma pessoa. Ainda que queira abandonar o Senhor e deixar de andar em seus caminhos esta pessoa sabe, em cada experiência que tem, que nada a satisfará mais. Tudo que fizer será comparado à experiência com o Senhor e nada chegará ao nível de poder dizer que é melhor.

Lembro-me de ter feito um trabalho para uma pessoa que havia sido pastor e, por causa de decepções humanas, havia abandonado o ministério e desistido da vida cristã. Tentava demonstrar entusiasmo quando falava do trabalho que fazíamos mas dava para perceber a dor quando tentava justificar suas decisões. Eu tinha a impressão que a qualquer hora poderia pegar nas mãos a “saudade” que ele transpassava quando falava dos tempos em que pregava o evangelho e experimentava o mover de Deus. Nada que ele estava experimentando, e na época eu desconfiei que estava usando drogas, além de um relacionamento extra-conjugal, o estava satisfazendo.

Por quê? Ora, simples:

Ele havia experimentado o que de mais maravilhoso, impactante e transformador alguém pode experimentar: o amor salvador de Jesus Cristo e o mover santificador do Espírito Santo.

Quem experimenta isso de verdade, nunca mais será o mesmo.

Pode virar as costas para o evangelho, pode parar de frequentar as reuniões da sua igreja, pode parar de ler a Bíblia, pode evitar se encontrar com os amigos cristãos, mas toda vez que parar para pensar e analisar a vida vai se lembrar, com um toque de dor no coração, como foi bom o tempo que deixava o Senhor agir em sua vida e das experiências que tinha quando andava com Deus. Vai se sentir para sempre esvaziado de verdadeiro significado.

Mas a mesma graça que salvou está disponível para restaurar. Se você se sente assim, saiba que é possível voltar para o Senhor e experimentar novamente o Seu perdão. Assim como o filho pródigo, que reconheceu o vazio que estava vivendo, nós também podemos reconhecer nossas mal-fadadas decisões e voltar para a casa do Pai. Quase com certeza teremos que arcar com as consequências de nossos atos, mas podemos contar com o perdão de Deus e com a Sua presença para restaurarmos a comunhão com Ele e voltar a andar em Seus caminhos e experimentar o mover Dele em nossa vida.

“Senhor, eu experimentei o Teu amor e perdão e agora nada mais na vida tem o mesmo valor ou significado. Restaura em mim o amor por Ti e me enche do Teu Espírito Santo para que eu possa andar na Tua presença.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Faço como Vejo

“Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará com vocês (Filipenses‬ ‭4:8-9‬‬)

Há poucos dias vi nas mídias sociais a foto de uma mãe com a sua filha de menos de um ano. A mãe estava agachada no jardim da casa, e sua pequena filha na mesma posição que ela. O pai achou tão engraçado que tirou uma foto e postou.

Este fato ilustra a questão de que nossos filhos aprendem muito mais de nós pelo que fazemos do que pelo que dizemos. Logo, nós como filhos, aprendemos alguns comportamentos de nossos pais e provavelmente os estamos reproduzindo em nossas vidas e famílias. Os hábitos e comportamentos da nossa família de origem influenciam também os nossos. Podemos adquirir tanto bons como maus comportamentos e hábitos.

E o que muitas mulheres detestam pode vir a ocorrer, passar a se comportar como suas mães. Para evitar isto é preciso identificar os maus comportamentos adquiridos e transformá-los em bons padrões de comportamento.

Certa pesquisadora identificou cinco maus comportamentos usuais das mães:

  1. Centralizadora – procura controlar a vida da sua filha;
  2. Desaparecida – torna-se ausente física e emocionalmente;
  3. Crítica – muito crítica, e não fica chateada de chamar sua filha de muito alta, baixa, gorda ou magra;
  4. Fantoche Impotente – não consegue fazer nada por si mesma, depende dos outros para tudo, e
  5. A rainha do drama – a vida é o maior drama que ela vive.

Mas se as mães podem se comportar assim, os pais também possuem uma lista de maus comportamentos que os filhos podem adquirir:

  1. Narcisista – acha que tudo é sobre ele;
  2. Desaparecido – torna-se ausente física e emocionalmente;
  3. Crítico – somente critica ou nunca encoraja;
  4. Café com Leite – passivo e nunca toma o controle, e
  5. Senhor pulmão – grita para convencer a família.

Estes padrões podem afetar o casamento a tal ponto que se o garoto vê seu pai desrespeitando sua mãe, ele poderá tanto agir assim com sua esposa como poderá tornar-se passivo como sua mãe. Assim também com a esposa.

Talvez seus pais tenham sido um bom modelo de casamento, mas o seu cônjuge não teve isto. Você espera que seu cônjuge comporte-se como seus pais, mas ele(a) não sabe fazer assim, pois nunca viu este comportamento antes e não sabe como agir, gerando frustração.

E as regras da família? Pode-se falar durante as refeições ou não? Onde se aperta o tubo da pasta de dente, no meio ou na ponta? Como citei em outro texto, na minha casa a salada era temperada com azeite e na casa da Telma com vinagre, e tivemos que combinar até isto.

Portanto, um casamento saudável é baseado em respeito e adaptação às mudanças e diferenças. Nossos pais não são perfeitos, assim como nós, que poderemos errar em alguma situação.

Para entender como eles se comportavam e se isto está lhe influenciando, observe se seus pais demonstravam amor e respeito um pelo outro, em público e em particular. Se os filhos foram tratados como ídolos colocando o casamento em segundo plano, ou se houve um balanceamento. Eles usavam palavras suaves um para com o outro ou eram sarcásticos ou abusivos. Suas palavras traziam cura ou ferida, e se eles demonstravam um coração grato a Deus por terem um ao outro e pelos dons concedidos a eles.

Verifique a saúde do seu casamento e tome a decisão de rever os maus comportamentos adquiridos. Vá a um seminário, conferência ou encontro de casais ao menos anualmente para fazer um inventário dos comportamentos a melhorar, dos maus hábitos a mudar e encontrar o caminho do aperfeiçoamento.

Nos versículos acima o Apóstolo Paulo nos ensina a encher nossas mentes com tudo o que é bom e colocar em prática o que ele falou com palavras e com ações. Então, identifique bons modelos de comportamento, coloque-os em prática em seu casamento e viva cada dia melhor.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais maus comportamentos e hábitos identifico em mim?
  • Como posso modificar estes comportamentos e melhorar meu relacionamento conjugal?

“Pai celestial, te agradeço pelos meus pais e por tudo que me ensinaram. Eu os perdoo por todo mau comportamento e hábito que me influenciou negativamente e peço que o Senhor possa me ensinar a agir de uma maneira agradável, respeitosa e amorosa para com meu cônjuge. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Cura

“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados” (Isaías 53:5)

Tem sido um tema polêmico na minha geração esse assunto de cura, pois temos exageros para ambos os extremos. De um lado uma turma que não crê mais que Deus cura, só enxerga racionalidade e medicina, e desconsidera os milagres. Do outro lado, uma turma que vê demônio em tudo, não toma remédio, não crê na medicina nem como instrumento de Deus.

A mim parece que ambos estam equivocados, mas meu foco aqui é simples e direto: existe uma menção de sermos curados pela morte do Messias prometido em Isaías 53, que na uninamidade dos estudiosos cristãos é Jesus de Nazaré. Então, se é assim, o que é razoável entendermos sobre este assunto?

Sendo muito franco, as respostas podem variar e podemos ter alguns aspectos divergentes no entendimento, mas não podemos negar que Deus cura. Cura quando quer curar, quando decide curar, quando permite a cura – mas cura. A mim o mais importante é o reconhecimento de que Deus é soberano: Ele cura o que quiser, seja grande ou pequeno, simples ou complexo, tratável pela medicina ou não.

E o que tem isso com a cruz?

O texto escolhido é um versículo de Isaías 53, a promessa messiânica mais conhecida, rica, maravilhosa, profunda, abrangente, clara. Ela se concretizou na cruz, se cumpriu na crucificação, se tornou realidade com a entrega de Jesus. Isso torna a cruz um símbolo de cumprimento de promessa, de materialização de conceito, de algo totalmente fora do nosso alcance: a nossa cura.

Se me permitem, minha opinião é que temos na pessoa de Jesus Cristo a cura para tudo que o Pai decidir curar. Na minha casa conhecemos a enfermidade muito de perto, mas conhecemos o poder da cura do Senhor ainda mais de perto. Sou testemunha viva e ambulante de que Deus cura, sim. MAS, no meu coração, na minha mente, no meu espírito, em tudo que sou, eu sei e creio que se não fosse pela morte expiatória de Jesus na cruz eu não teria acesso ao Todo Poderoso para ser curado e minha história seria outra – isso se eu ainda tivesse uma.

Para alguns Isaías 53 promete cura para “todas” as doenças. Para outros, é apenas uma referência histórica. A outros ainda é algo que pode ser resgatado ou não, “tomando posse”. Para outros é indiferente. Para mim é um conceito ainda mais simples e claro do que esse nó apertado: o sofrimento de Jesus me permite ser curado de todos os tipos de enfermidades, do corpo e da alma, sempre que o Pai decidir que convém. O momento é Dele, o meio de cura é Dele, o prazo da cura é Dele. Em resumo, O que o Pai quiser curar ele cura. Temos direito a isso pela morte de Jesus na cruz. É tão promessa quando a promessa de que Jesus viria, da qual temos provas históricas do cumprimento.

Uma analogia pra ajudar: o alvo é a cura, a flecha é Jesus, o arco é a cruz, a corda é o Pai… e os dedos do arqueiro são a minha fé.

“Senhor, obrigado por me oferecer pela cruz o cumprimento da Tua promessa que inclui cura. Eu creio que posso ser curado no corpo, na alma e no espírito. Eu te agradeço.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Revelação

“E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus.” (Mateus 27:54)

Eu não creio em coincidências. Para mim tudo tem um propósito e um objetivo de Deus, em tudo que acontece, seja no tempo que for. Não estou dizendo necessariamente que Deus faça tudo pessoalmente o tempo todo detalhe por detalhe de cada coisinha, mas pode.

Nos últimos momentos de Jesus ainda vivo em carne na Terra, nada acontece. Tudo parece absulutamente normal, natural, previsível, até mesmo sem graça se é que podemos dizer isso. Ele vai morrer, está por um fio. Nada muda, nada ocorre. Mas quando Ele rende o espírito e se vai, seu corpo sem vida fica desfalecido pendurado naquele madeiro, naquela cruz, um evento climático e sobrenatural acontece como descrito poucos versículos antes. E não coincidentemente, com Ele ainda na cruz, o centurião e os que estava ali reconhecem ser Ele o filho de Deus. O texto menciona que foram tomados de grande temor.

Isso para mim é revelação: algo que poucos minutos ou segundos atrás era normal ou natural e de repente se “revela” sobrenatural, anormal, acima da expectativa, imprevisível – e esclarecedor. Neste caso foi a confirmação de que Jesus, o Nazareno, era o Filho de Deus, o Messias esperado. Lindo, para dizer o mínimo.

A nós, em nosso tempo, está reservado entender com mais fé, pois não podemos reviver momentos como este. Temos muita coisa que os israelenses contemporâneos de Jesus não tinham: temos a Bíblia, temos estudos, temos os idiomas, temos o Espírito Santo que foi derramado depois disso, temos todo um histórico de vida com Deus para conviver e reviver. Mas não podemos ver com os olhos Jesus morrendo e a terra sendo abalada. Temos de ter mais fé (menos visão) mas temos até mais elementos. Por isso valorizo tanto a cruz como símbolo, como memorial, como forma de conectar minha fé racional com minha fé espiritual. Eles viram, eu li. Eles vivenciaram, eu creio. Eles sentiram temor, eu sinto temor.

A cruz foi apenas um suporte físico para Jesus ali naquele momento, mas continua sendo representativo para o momento da revelação de Jesus como Filho de Deus e note a expressão “verdadeiramente”. Ela denota que eles já sabiam disso, mas não aceitavam ou não reconheciam. Assim como muitos em nosso tempo, de tantas religiões, crenças, fés e faltas de fé – tantas tribos, povos, raças e nações… tantos ainda olham para um homem natural, beirando a morte, filho de carpinteiro, para alguns um agitador arruaceiro, para outros apenas mais um lunático, para outros tantos uma incógnita.

A cruz foi, no sentido espiritual, a lâmpada que se acendeu com a morte do verdadeiro Filho de Deus, como um farol que direciona os barcos em uma viagem cheia de neblina. A morte de Jesus na cruz foi a faísca que acendeu a luz. Eu? Eu creio por que assim como aqueles guardas vi o suficiente para ter revelação. Você? Talvez ainda precise um pouco mais de clareza. Ele? Morreu, ressuscitou, está vivo e voltará (quiçá, em breve).

“Senhor, obrigado por tão maravilhosa revelação dada na cruz do Calvário sobre a autenticidade de Jesus como Teu Filho. Agradeço por me permitir entender essa revelação mesmo sem ter vivido naquela época.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Se quebrar Conserte

“Os fariseus perguntaram: — Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um documento de divórcio? Jesus respondeu: — Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação não era assim.“ (Mateus‬ 19:7,8)

Estes dias eu li uma frase que achei bem interessante, dizia:

– “Sou do tempo em que quando algo quebrava a gente consertava”.

No Brasil vivemos um período em que os produtos custavam muito caro e era difícil ter acesso aos mesmos. Como era difícil obtê-los, dava-se muito valor ao que se tinha, porque se perdêssemos, dificilmente teríamos como repor.

Televisão, toca-discos, 3 em 1 e outro tanto de coisas que existiam naquela época. Como sou formado técnico em eletrônica, cheguei a consertar diversos destes produtos.

Logo que houve a abertura dos mercados e a inflação foi controlada, começou um tempo em que obter um produto novo ficou mais fácil e barato. Como resultado, quando um aparelho estragava, não valia muito a pena consertar, pois um produto novo era quase o mesmo preço.

Nem pensar em consertar um smartfone, melhor comprar um novo. Mas nestes dias em que a economia anda meio “bicuda”, a busca pelo conserto de produtos aumentou significativamente.

Em relação ao casamento é a mesma coisa. Lá pelos idos de 1960 haviam poucos casamentos desfeitos, além do que ninguém gostaria de casar com alguém que fosse separado ou já tivesse filhos. Era a realidade da época. Assim, valia mais a pena consertar o casamento quebrado do que trocar por um casamento novo.

Já hoje em dia a realidade é bem diferente. A quantidade de pessoas dispostas a trocar de cônjuge é enorme, tornando fácil para quem está tentado a isto.

Tanto homens quanto mulheres perderam seus valores morais e espirituais e a maioria não tem o menor pudor de pensar em trocar de cônjuge. Pensam e fazem isto como se troca de camisa.

Não importa como o mundo pensa ou age, o povo de Deus deve agir conforme a Sua palavra.

O casamento não é algo em que nunca teremos problemas, aliás, quando vir um casal fazendo bodas de prata, ouro ou diamante, tenha a certeza de que tiveram muitas dificuldades pelo caminho, mas sempre escolheram superar as dificuldades e prosseguir.

Esta atitude demanda coragem, enquanto trocar de cônjuge, na maioria das vezes, é um sinal de fraqueza e covardia.

Li um artigo em que o autor dizia ter casado diversas vezes, mas com a mesma mulher. Ele até colocou alguns argumentos a favor, tais como financeiros, emocionais e etc, concluindo que era até mais barato casar de novo com a mesma pessoa.

Posso dizer que é o meu caso, Telma e eu já casamos muitas vezes e trocamos até de aliança. Aprendemos com os erros e como diz a Palavra de Deus, a glória do segundo templo foi maior do que a do primeiro.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Quais atitudes do meu cônjuge me fazem pensar em mudança?
  • Como posso consertar esta situação e viver melhor?

“Pai celestial, te louvo por ter me concedido o dom do casamento. Te peço que me auxilies a compreender as atitudes do meu cônjuge para que possamos crescer e chegar ao que o Senhor planejou para nós no casamento. Amém!”

Luis Antonio Luize