Mário Fernandez

Cruz – Caminho de Vida

“Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: ‘Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia'” (Lucas 24:5-7)

A festa da Páscoa é uma celebração essencialmente judaica, estabelecida no Êxodo, ainda no Egito, quando Deus fez o anjo da morte passar pela país tirando a vida dos primogênitos. A história está em Êxodo 12. As regras eram simples: cordeiro perfeito, comer em pé e vestido para viagem, comer assado, não deixar restos ou queimar o que sobrar, marcar as portas com sangue, sacrifício ao pôr-do-sol, ervas amargas, etc

Jesus de Nazaré ofereceu-se como cordeiro pascal na Páscoa, celebrou o que ficou conhecido como santa ceia ou última ceia numa Páscoa, deu-se como cordeiro perfeito, não deixou restos para trás, derramou sangue para nos marcar e como não era pôr-do-sol, Deus providenciou um eclipse.

A cruz foi o caminho da morte para se converter no caminho da vida. Foi a maldição que se converteu em bênção. Foi o fim que se converteu em princípio. Na cruz Jesus conquistou o direito de viver se dando para morrer em meu e no seu lugar.

A mensagem central da Páscoa é de vida salva num rio de morte, como foi no Egito. Do mesmo modo que os filhos de Israel foram poupados em Êxodo 12 fomos poupados em Mateus 27. Uma vez mais a morte varrerá a Terra e seremos poupados pois somos marcados pelo sangue do Cordeiro Perfeito que leva sobre si todo pecado da humanidade, basta tomarmos posse disso pela fé. Talvez pudesse ser diferente, mas Deus quis assim.

A cruz é para mim, como servo do Todo-Poderoso, muito mais do que dois pedaços de pau pregados um no outro – é uma seta, um flecha, um sinal de trânsito: indica o caminho da vida eterna, da vida abundante, do caminho sem volta da eternidade.

Se a Presença de Deus não for meu maior valor, não vai adiantar comprar chocolate, coelho, cruz, encenação teatral, musical de coral. Não sou contra nada disso, apenas não vejo valor real em nada que não seja o sobrenatural perfume do Altíssimo invadindo o lugar onde estou. Mas, ao mesmo tempo, é impossível esperar que Deus se manifeste onde e com quem não será honrado e é pela cruz que passamos para aprender a verdadeira honraria e adoração. Sem crucificar nosso ego, nossa carne pecaminosa, nossa essência de erros e falhas, nunca funciona. O discurso pode ser bonito e as palavras emocionantes, mas não será mais do que natural. O sobrenatural vem da cruz.

Mais do que um episódio ao ano, seja a Páscoa o memorial da cruz e de que tudo que ela poderia representar se nosso irmão mais velho, primogênito de Deus, ascendido em glória e majestade, atual e eterno Rei dos reis e Senhor dos senhores, não tivesse ressuscitado depois de passar pela cruz.

Sejamos gratos pela cruz e nos lembremos dela como marco de algo eterno e imutável – vida eterna com o Pai.

“Senhor, agradeço por que vai além de minha compreensão tudo que aconteceu na cruz, mas o que posso compreender me é suficiente. Eu Te devo minha vida e isso foi resolvido na cruz. Aleluia.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Vida Eterna

“Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.” (João 3:14-15)

A referência aqui nos leva a Números capítulo 21 quando, por ordem do Senhor, Moisés fez uma serpente de metal para promover cura de qualquer um que fosse picado por uma cobra no deserto. Moisés levantava a haste, o “paciente” olhava para a serpente e era curado, de modo que o veneno não lhe fazia mal. Este é um ensino poderoso, pois sua simplicidade tem relegado o entendimento de muitos a um certo misticismo.

Temos a cruz como uma referência para ser olhada, mas ela não passa de um símbolo para herança até que o Senhor venha. Preste atenção ao texto acima e veja que nem menciona a cruz, mas sim o Filho de Deus. É olhar para Jesus que traz vida eterna e não olhar para a cruz em si, pois ela por si mesma nada mais é do que dois pedaços de pau presos um ao outro. Pense comigo: antes de Jesus ser crucificado quem curava os enfermos? Quem libertava oprimidos? Quem ressuscitava mortos? Era a cruz ou era Jesus?

A cruz não mudou Jesus, mudou a mim e a você, pois agora nela temos uma referência visível do grande mistério invisível que aconteceu ali. Jesus continuou sendo Jesus e a cruz continuou sendo dois pedaços de pau. Mas ao se juntarem para cumprir o propósito do Pai, Jesus crucificado muda a história da humanidade, começando por mim.

Com a serpente de metal feita por Moisés era suficiente olhar para ela; com Jesus crucificado o texto diz que é preciso crer – claro, pois o mistério é invisível e a fé consiste em ver o que não se pode ver. As cobras que picavam aquele povo no deserto representam o inferno atacando o povo de Deus e a serpente de metal representa Jesus crucificado. Se tivermos fé no Filho de Deus e Seu sacrifício por nós, nem o inferno pode nos envenenar.

A morte de Jesus na cruz, por ter sido Ele levantado em nosso favor, nos livra da morte e nos traz a promessa certeira de uma vida eterna com Ele. Não tenha dúvida disso, meu querido, pois se Jesus tivesse vindo a este mundo e falado bonito seria apenas mais um, mas Ele se deu a morrer em nosso lugar e isso ninguém mais fez. A cruz é o símbolo da vitória Dele sobre a morte e nossa garantia de uma vida eterna. Os outros profetas que voltem da morte como Ele voltou e se entendam entre si, meu Jesus está vivo e ativo para me assegurar algo que eu nem merecia: viver para sempre com Ele.

Reforço o que disse antes: a cruz é um símbolo visível de um mistério invisível. Agora concordemos: é um símbolo poderoso.

“Senhor, obrigado por Teu sacrifício naquela cruz trazendo cura para o veneno do inferno que me sentenciava à morte. Em Cristo tenho vida Eterna e isso ninguém pode me roubar. Aleluia.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Substituição

“Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro’.” (Gálatas 3:13-14)

No Brasil a maioria das pessoas consegue entender um jogo de futebol, o que em outras partes do mundo talvez seja melhor exemplificado por outro esporte coletivo. Chamou-me a atenção o Espírito Santo certa vez ministrar ao meu coração sobre outros esportes no qual não há substituição: tênis, atletismo, boxe, ping-pong, fórmula-1. Veio-me claramente o entendimento que pretendo repartir aqui. Mesmo se o esporte for muito individual como uma luta de boxe, ou totalmente coletivo como o basquete – sempre há uma equipe de retaguarda. Há treinadores, técnicos, médicos, nutricionistas, patrocinadores e tantos outros. Quando Jesus foi para a cruz “sozinho” ele não estava jogando um jogo solitário. Havia legiões de anjos servindo-o, havia discípulos tomando nota para registrar nas Escrituras, havia pessoas acompanhando… Não se trata de estar ou não estar só, mas de ser quem deve fazer o que deve ser feito.

Talvez (estou conjecturando) anjos se tenham se enfileirado se oferecendo para trocar de lugar com Ele. Talvez algum discípulo mais desprendido tenha cogitado fazê-lo. Mas não era possível, pois só Ele poderia ir para aquela cruz. A cruz não era para Ele, mas só Ele podia encará-la.

O mistério que precisamos revelar é que a crucificação de Jesus, com base no texto acima, já era uma substituição. Era eu quem deveria estar lá. Sim, só Jesus poderia ter ido para a cruz por que ninguém suportaria, ninguém seria bom o suficiente, ninguém mais serviria como propiciação. Ele me substituiu e te substituiu naquela cruz, não havia outro que pudesse fazê-lo. Mas isso não se refere unicamente a morrer em meu e em seu lugar.

Não importa o quanto isso pareça ter pouco valor na sua vida, não importa o quanto seja esquisito olhar para Jesus na cruz e se imaginar ali. Aquela cruz não era para Jesus, era para nós. Ainda que outro quisesse (se é que alguém o fez) ninguém poderia substituí-lo pois Ele já era o substituto.

A troca foi mais do que uma morte física, foi assumir uma pesada conta a ser paga, a conta da maldição. E isso, como se fosse pouco, ainda foi potencializado pelo fato de ser uma substituição voluntária, dada pela necessidade de nos livrar dessa maldição. Jesus se tornou maldição em nosso lugar, não “apenas” morreu em nosso lugar, Ele fez um sacrifício voluntário de se tornar maldito por minha e por sua causa. Quem suportaria tamanho peso além Dele?

Temos de entender que mesmo que Jesus não estivesse só, era o único que poderia fazer o que fez. Na cruz acabou a maldição da lei que pesava contra nós, acabou o peso que nos impedia de prosseguir, acabou o jugo, acabou a servidão. O meu preço foi pago e Jesus foi que pagou.

Se aquela cruz fosse uma substituição de morte já seria algo sobrenatural, mas foi além disso. Anulou a maldição da lei sobre a minha vida. Substituiu todo peso da lei que havia em cima de meus ombros. Assumiu a minha culpa, pagou o meu preço, recebeu a minha maldição. De que adiantaria morrer em meu lugar, se eu tivesse de carregar ainda em vida a maldição da lei?

Se isso não for motivo suficiente para darmos aleluias ao Rei dos Reis, sinceramente não sei o que fazer.

“Senhor, ajuda-me a perceber que ao morrer em meu lugar Teu Filho me livrou de mais do que da morte, me livrou de uma vida amaldiçoada. Te agradeço de todo meu coração.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Esperança Eterna

“Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.” (1 Coríntios 15:19)

A cruz de Cristo é e deve ser sempre o símbolo da esperança para todos os que Nele crerem. Se olharmos para a cruz com a intenção de vermos uma boa vida nesta Terra, não estaremos errados. Mas, se olharmos para a cruz SOMENTE com a intenção de vida aqui, lamentavelmente não entendemos o recado e somos dignos de pena, de compaixão, de lástima, de lamento.

A esperança trazida por Jesus naquela cruz é para esta vida, mas não somente para ela e sim para um futuro de eternidade com ele. Sem sombra de dúvida, nem medo de errar, podemos afirmar tacitamente que, neste sentido, o melhor de Deus ainda está por vir. Eu não estou apregoando que seja fácil ou que não mereçamos atenção nesta vida, mas a mediocridade é inimiga da eternidade.

Quando Jesus nos mostrou a vida que há Nele e Por Ele, isso foi para a eternidade com Ele. A cruz serviu de ponte entre o terreno e celestial, entre o mortal e o imortal, entre o passageiro e o eterno. Não há o que se possa dizer biblicamente em contrário à vida eterna que nos é dada pelo sangue derramado na cruz do Calvário e a subsequente ressurreição do Filho de Deus. Não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos e, mais do que isso, suficientemente salvos. Não é apenas uma salvação exclusiva por Jesus, mas eterna e suficiente.

Quando não compreendem a dimensão da eternidade e da esperança eterna, as pessoas vivem suas vidas neste mundo como se fossem ficar aqui para sempre. Adquirem patrimônio, acumulam mais do que precisam, detonam sua saúde, menosprezam relacionamentos, negligenciam amar e repartir… Todos nós, invariavelmente, vivemos assim em graus maiores ou menores.

Alguns, literalmente, não tem nada nessa vida, passam fome, moram de favor, mal se cobrem. Mas se tivessem algo, qual seria sua atitude? Outros têm tanto que não sabem mais onde colocar. Meses atrás faleceu um empresário brasileiro tido com um dos mais ricos do nosso país. O que se fez dele? O que se fez de sua fortuna, bens, empresas, poder? Eu não sei. Mas um nazareno sem dinheiro que não tinha duas túnicas, quando foi morto, deixou uma esperança eterna que ecoa até os dias de hoje e sua herança somos nós, eu e você, vivendo com ele.

Temos de tomar consciência de que a cruz foi lugar de sacrifício para obter vitória e essa vitória é a semente e a fonte de esperança. Esperança eterna. Esperança de vida. Esperança firme e forte. Esperança que me leva a proclamar aos quatro cantos da Terra que Ele está vivo, que nem a morte pôde segurá-lo. Eu tenho esperança Nele e com Ele, para todo sempre e não apenas para esta vida. Ele reina e sou Seu servo. Para mim está ótimo assim.

“Senhor, toda honra seja a Ti por me dar uma esperança eterna que chega a ser difícil compreender de tão ampla e poderosa. Ensina-me a viver de maneira esperançosa e muito além dessa vida.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Vitória Sobre o Diabo

“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” (Hebreus 2:14-15)

Esse é, para mim, um dos textos mais belos de toda Bíblia sobre vitória e sobre liberdade. Independentemente do conceito ou do entendimento porventura diferente que se possa ter, o personagem do diabo é biblicamente embasado e é mencionado neste texto como detentor do poder da morte, porém derrotado. Notemos que os que foram libertados (nós, os salvos por Jesus) estavam na condição de escravizados.

O medo escraviza e, certamente, isso vale para todo ser humano. Mais do que isso, notemos uma nuance nesse texto que fala em “durante toda a vida”. Claramente, a liberdade que é dada por Jesus é para uma vida inteira, independente de um passado insosso ou terrível, amedrontado ou tranquilo – por toda a vida. Essa escravidão pelo medo teve fim naquela cruz, pois certamente Jesus experimentou esse medo na sua carne humana, e, por tê-lo vencido, nos deixou vitória por herança.

Mas para mim certamente o mais profundo nisso tudo é que temos vitória sobre o diabo, como o texto tão claramente nos expõe. Isso não significa que somos mais poderosos do que ele, nem que ele cessará seus ataques, nem que com alguns ele ainda terá vantagem. Não significa sua aniquilação, não nos insenta de ter “encrenca” com ele, não nos coloca em posição de superioridade a ele. É mais simples e mais belo do que tudo isso. Significa que ele pode fazer o que quiser, vai perder do mesmo modo. Pode reclamar quem quiser, vai ter de libertar. Pode incomodar à vontade, está derrotado. Isso meu querido, me vale mais do que o restante todo junto.

Eu enfrento lutas diárias, tanto interiores como exteriores. Seja na minha alma, na minha carne ou no meu trabalho, sou bombardeado continuamente por um sistema que jaz no maligno. Mas só preciso aguentar e esperar pois entrei nesse jogo com o placar final definido. É como se, respeitadas as proporções, eu já comprasse o bilhete da loteria previamente sorteado sabendo que é, mas até o dia do sorteio me falte dinheiro para o básico. Respeitadas as proporções de uma ilustração retórica, a vitória de Jesus na cruz sobre o inimigo que detinha o poder da morte e me escravizava pelo medo, passou a ser algo que nada mais é do que uma questão de tempo e de paciência.

Querido leitor, se sua vida está nas mãos de Cristo e com Ele crucificada naquela cruz, não há o que temer pois a escravidão do medo foi derrotada junto com seu algoz. Podemos viver uma vida que ainda que apresente dificuldades não termina em derrota. A eternidade vale mais do que o presente…

Deus nos abençoe.

“Senhor, muito obrigado pela vitória sobre o diabo pois eu não poderia obtê-la nem sozinho nem me juntando com toda humanidade. Só o Senhor poderia me dar isso. Me ensina a ser grato a Ti.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – Fim da Morte

“Vemos, todavia, aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte” (Hebreus 2:9-10)

Um propósito claro da cruz foi nos livrar da morte. Eu sei que tem pessoas que não têm medo de morrer. Algumas, inclusive, procuram por ela. Sei que pessoas não têm respeito pela vida, inclusive admirando a morte. Mas a tal da morte é um inimigo, um pesadelo, um temor, um desafio, uma “maldição”.

Na verdade a maioria das pessoas não quer morrer e se pudesse não morreria mesmo. Mas isso não tem sentido para um Deus Eterno e Imortal – apenas para nós, criaturas mortais. O amor de Deus por nós foi tão exagerado, extravagante, que Ele se dispôs a experimentar a morte em Seu Filho – pela cruz. Além de todos os demais aspectos, todos de grande valor, a cruz nos ensina que não precisamos temer a morte pois ela foi vencida.

Até a cruz, com o sacrifício supremo de Jesus, a morte era destino certo e intransponível para qualquer ser humano, fosse bom ou mau, fosse justo ou injusto, fosse de Deus ou não.

O texto de Hebreus claramente nos fala que Jesus experimentou a morte em favor de todos, ou seja, você e eu. Isso não significa que não morreremos, mas significa que não precisamos temer a morte pois a ameaça dela não pesa mais sobre nós. É um desafio a ser enfrentado, o último inimigo, mas está vencido. O poder da morte foi superado na cruz. Isso precisa ser entendido e vivido diariamente, pois de fato nosso corpo vai morrer, mas apenas ele.

Quando falamos em vencer a morte na cruz, estamos declarando que Jesus ressuscitou para nos abrir um novo e vivo caminho. Por ele, passaremos da morte para a vida. Este ensino é biblicamente sólido, a despeito de alguns entendimentos diferentes sobre quando e como iremos ressuscitar. O fato é que não precisamos mais temer a morte, nem nos curvar diante dela, pois ela foi derrotada. Sem a cruz de Jesus não haveria ressurreição nem para Ele, nem para nós.

Jamais se viu ou se ouvir falar de um feito como este. Uma morte que semeia vida. Uma cruz de humilhação que produz exaltação e glória. Isso deve ser motivo suficiente para vivermos um tipo de vida que nunca se viu nem se ouviu falar. Sejamos gratos ao Deus Todo Poderoso que, por amor incondicional e incompreensível, se colocou em carne humana e se deu a morrer em nosso lugar. A Ele seja toda glória pelos séculos dos séculos.

“Senhor, muito obrigado pois, apesar de saber que meu corpo morrerá, eu estou livre da verdadeira morte pelo sacrifício de Jesus na cruz. Ensina-me a viver de modo digno desse presente.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Cruz – O Marco Mais Importante da História

“Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito.” (Mateus 27:50)

Algumas pessoas creem que o momento histórico mais importante da humanidade seria o nascimento de Jesus de Nazaré. Para outros, o momento da ressurreição o mais marcante. Todos esses momentos foram necessários para que se cumprisse o que estava escrito e o que se havia prometido desde tempos muito antigos.

Na minha opinião, de todos os eventos históricos já ocorridos o descrito neste versículo sem sombra de dúvida é o mais marcante e o mais importante da história da humanidade. Digo isso porque o momento mais importante de todos ainda está por vir, que será quando o Senhor retornar nas nuvens para buscar aqueles que são seus e consumar todas as coisas.

O fundamento da minha opinião a este respeito é bastante simples. Jesus nasceu simplesmente para morrer em meu lugar, ressuscitou simplesmente porque morreu, mas o seu lugar não é na morte. A morte de Jesus é o marco mais importante da história da humanidade e ocorreu justamente na cruz. A cruz é um objeto que, por mais que se torne ou pareça simples aos olhos descuidados de um cristão, nada mais nada menos é e sempre será – o símbolo da morte que trouxe vida, de um sacrifício necessário para uma dívida impagável.

Baseado nisso vou dedicar este ano a escrever sobre a cruz, seus mistérios, suas revelações e tudo quanto o Senhor Deus Todo Poderoso colocar em meu coração para que seja escrito, redigido, revelado, desvendado, ou qualquer que seja o artifício ou recursos que aprouver a Ele usar na boca e na mão deste humilde servo.

Sem a cruz não somos nada, não valemos nada, não temos nada, não herdaremos nada. Todos os “deuses” que se conhece pedem ou exigem sacrifícios, mas o nosso Deus se deu em sacrifício e isso é representado na cruz e pela cruz.

Se Deus nos ajudar ao longo deste ano, vamos nos empenhar para alcançar a maior profundidade possível do que a cruz possa nos ensinar, nos dirigir, nos aperfeiçoar e, principalmente, nos aproximar em santidade daquele que é Santo Santo Santo.

Não posso imaginar a minha vida sem a cruz. Sou de fato um apaixonado pela cruz e tudo que ela possa representar. Deus permita que ao longo desse tempo e destas meditações, tenhamos todos nós um coração marcado pela cruz, formatado pela cruz, dirigido pela cruz – que nos leve dia após dia, cada um de nós, a carregar nossa própria cruz, pois cruz de Cristo jamais suportaríamos.

“Senhor, me permita entender o quão seja possível a respeito da cruz e seus mistérios. Não quero conhecimento, quero revelação. Não quero encher minha cabeça, quero alimentar meu espírito.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Pense no Verdadeiro Natal

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.” (Mateus 1:18)

Meu falecido pai nasceu na Espanha em 1939, época da segunda guerra mundial. Suas memórias de infância era marcadas por dificuldades, desafios, restrições, limitações. Ele lembrava de um tempo no qual tudo ficou dificil. Viveu o golpe militar no Brasil em 1964, suas lembranças da época eram amargas. Eu não me lembro de nada disso, nasci no final dos anos 1960. Minhas memórias de infância são bem diferentes das de meu pai. Meus filhos nasceram no final do século XX, suas memórias são de internet, câmeras digitais, celulares.

Quando não vivemos uma determinada experiência, parece que só faz sentido para quem as conta. Meus filhos não conseguem entender uma máquina de escrever, uma lista telefônica ou uma casa sem internet. E o Natal? Será que só ficou na memória e lembrança dos vivos da época, quase 2000 anos atrás? É a impressão que me passa.

Vivemos dias de consumismo, futilidade, quase nada de amor fraternal, egoísmo, individualismo, ganância – retrato fiel dos últimos dias descritos nas escrituras sagradas. A lembrança do nascimento do Salvador mal tem sido tocada até mesmo nas igrejas. Fazemos festa, comemoramos, nos alegramos, damos trégua nas intrigas, mas poucos se lembram do sentido verdadeiro do feriado.

Será que estamos condenados a viver pela memória dos outros? Será que Deus não tem nada novo para minha geração? Será que devemos apenas nos contentar e condicionar com o que está ao nosso redor? Eu me nego a ir por este caminho.

Conto aos meus filhos desde bem pequenos as histórias da Bíblia. Ensino a eles que Jesus nasceu, não importa em que data exata mas eles sabem claramente que isso ocorreu. O fato em si deveria ter mais valor do que seus detalhes. Se o aniversário de Jesus seria em abril, daria na mesma, nossa sociedade continuaria comemorando sem saber o quê. A essência não é essa.

Devemos virar totalmente nosso discurso na direção do fato real e verdadeiro de que o Deus Todo Poderoso se fez carne e nasceu de uma mulher para viver entre nós como Sua expressão completa, do Seu Reino e do Seu grande amor por mim e por você. O fato está distante na cronologia, mas encostado em nós no senso de realidade. Eu celebro o nascimento, a morte e a ressurreição Daquele que decidiu vir e tomar a minha dor, meu sofrimento, minhas enfermidades, meu preço a pagar. Comemoro alegremente e aproveito a data do Natal de dezembro para isso, não por que o dia me importa, mas por que o fato me enche os olhos de lágrimas ao imaginar a cruz, a morte, o sofrimento – que deveriam ser meus. Se vivemos longe historicamente, devemos compensar e viver próximos no espírito, na emoção e no coração.

Se depender de mim e dos meus discípulos, o discurso natalino sempre será como o de Mateus: o nascimento de Jesus Cristo foi assim… Pouco me importa o dia exato, pouco me importa como vamos celebrar, pouco me importa se vamos dar presentes uns aos outros. O aniversariante é Jesus de Nazaré, filho de Seu José e Dona Maria, nazareno, Unigênito de Deus, gerado pelo Espírito Santo, Deus encarnado para trazer vida para mim e para você.

Te convido neste Natal a dar um presente ao aniversariante. Entregue a Ele a única coisa que Ele quer ganhar neste Natal, mesmo que o aniversário real dele possa ter sido em Julho. Entregue a Ele seu coração, sua mente, sua alma, sua vida. Dê a Ele de presente VOCÊ, alvo do Seu amor e motivo do Seu nascimento. Passe adiante a mensagem de uma memória ofuscada pelo tempo e pela indiferença da humanidade: ELE NASCEU, por mim e por você.

“Senhor, não me permita relegar a memória do que fizeste por mim ao esquecimento ou indiferença. Ensina-me a manter preservada a alegria e a gratidão de estar e andar Contigo.”

Mário Fernandez