Mário Fernandez

Cruz – Crucificação

“mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14)

Eu já li esse versículo uma centena de vezes. Mas ele nunca tinha saltado aos meus olhos desta forma, admito. A cruz de Cristo serviu para, pasme, crucificar.

Às vezes a gente complica coisas que são tão simples, tão singelas, tão elementares. Não há o que dizer, não há argumentos, não há filosofia ou pensamento secundário. Pela cruz somos crucificados. Paulo escreveu isso aos irmãos Gálatas com tanta clareza e simplicidade que me envergonho de não ter percebido antes.

Pense comigo: era necessário morrer para apagar o meu pecado diante do Pai. Aliás, era uma lista de pecados que pesavam contra mim cujo preço era a morte. Jesus de Nazaré encarou a bronca, foi para a cruz no meu lugar. Portanto, o mundo está crucificado para mim e eu para ele. Ou seja, pela cruz eu sou crucificado. Simples assim.

O que eu preciso é apenas olhar para esse mundo, suas tentações, seus apelos, seus chamados, suas alegrias, seus convites – e dizer não, pois ele está crucificado para mim. Se eu morri naquela cruz juntamente com Cristo, não tem mais o que negociar. Não preciso pensar nem argumentar. Meu ego, minha vontade, minhas opiniões, meus desejos, minhas paixões… tudo foi crucificado pois pertencem a este mundo.

O que talvez muitas pessoas custem a compreender, ou se neguem a aceitar, é que a cruz não é um troca da morte de um pela vida de outro. Leia atentamente o livro de Levítico e veja que a justiça de Deus é baseada em equilíbrio: Vide “olho por olho, dente por dente”. Portanto, a morte de Jesus na cruz é morte na cruz para mim e para você. A única troca é que Jesus precisou morrer fisicamente naquela cruz para ressuscitar glorificado, enquanto que nós morremos naquela cruz para este mundo e não fisicamente. Morre nosso ego, não nossa biologia. A seu tempo, obviamente, nosso corpo também morrerá.

O mais lindo disso tudo é que eu posso aceitar isso ou não, mas a minha decisão não mudará os fatos. Jesus morreu por mim e o que “devo” a Ele é estar crucificado para esse mundo. É um sacrifício diferente, mas não deixa de ser um sacrifício.

Dias atrás eu conversava com um cliente em sua empresa, um homem bem sucedido financeiramente com seus 73 anos de idade. Ele me disse “eu passei dos 70 estou no lucro”. Eu retruquei “eu passei dos 19, estou no lucro”. A estranheza dele me permitiu explicar que me converti aos 19 anos, quando fui crucificado para este mundo. Eu trabalho para ter sustento, não é o que dá sentido para minha vida. Se sou engenheiro, médico, jardineiro, motorista, bancário, pastor – é apenas um trabalho. A minha vida tem sentido naquela cruz, onde fui sentenciado a morrer para este mundo e viver eternamente no Reino de Deus.

Simples, completamente simples. Um morreu por mim, eu morro para o mundo, o mundo morre para mim. Chame como quiser. É simples.

“Senhor, ajuda-me a compreender a simplicidade de focar minha vida em Ti e no Teu Reino. Crucificar minha vontade e minhas opiniões é doloroso mas é menos do que Jesus fez por mim.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

3 Afirmações Poderosas em Tempos de Crise

Em tempos de crise e aflições nossas emoções costumam nos pregar peças.

O ser humano tem a tendência de se deixar influenciar mais pelos aspectos negativos da vida e quando enfrenta problemas tem a tendência de torná-los maiores do que são na realidade. O problema pode ser pequeno e se tornará um gigante, se for grave de verdade será tomado como impossível de se resolver.

A Bíblia ensina que “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.” (Provérbios 18:21). Isso revela a importância de se cuidar daquilo que nossos lábios pronunciam no dia a dia e, particularmente, nos tempos de crise.

Se já temos a tendência natural para ver os problemas maiores do que são, o que eles se tornarão para nós se constantemente nos convencermos disso pelas nossas próprias palavras?

A Bíblia tem diversas passagens que nos estimulam a mudar a nossa atitude e as nossas palavras quando estamos em crise.

1. “Não temas, crê somente.” (Lucas 8:50)

Jesus disse ao chefe da sinagoga, Jairo, que não temesse, antes mantivesse a fé. Ele ouviu isso de Jesus na hora em que recebeu a notícia de que sua filha tinha morrido.

Quer motivo mais justo para desistir? Mas pelo fato de ter crido na palavra de Cristo Jairo recebeu de volta sua filha com vida.

Olhar para o problema e se enxergar vencido e acabado é fé no desastre. Não devemos nos deixar vencer pelo medo da derrota, mas afirmar repetidamente toda vez que for necessário: “Não temerei, creio em Cristo e no seu poder para me libertar!”

2. “Diga o fraco: Eu sou forte!” (Joel 3:10)

A passagem de Joel é uma convocação para a guerra e ela estimula até mesmo aos fracos para afirmarem a si mesmos que são corajosos para participar dela. Quem afirma a si mesmo que não tem coragem ou força para enfrentar um problema já desistiu de vencê-lo.

Provérbios 24:10 diz “Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força será pequena.” Mesmo que os sentimentos digam o contrário afirme com confiança: “Eu sou forte! Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”

3. “Em tudo dai graças.” (1 Tessalonicenses 5:18)

Essa é a atitude que mais demonstra a confiança no amor e cuidado de Deus: agradecer-lhe por tudo, até mesmo por aquilo que você acha que não deveria agradecer. Deus nos promete que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28), portanto não importa o que seja que você está passando, tenha coragem de agradecer a Deus por aquilo sabendo que Deus pode livrá-lo ou até mesmo usar isso para o bem.

Mude de atitude, deixando de reclamar e passando a viver uma vida de gratidão a Deus.

Não tenha medo do problema, fortaleça-se em Cristo e agradeça a Deus por tudo que Ele lhe permite enfrentar sabendo que, com Ele, não haverá outro resultado além da vitória final (Apocalipse 2:10).

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Cruz – Reconciliação

“Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!” (Romanos 5:10)

Quem nunca teve uma briga, uma ruptura de relacionamento, um desentendimento, uma ofensa ou até mesmo uma mágoa daquelas que pesava nos ombros? Eu poderia escrever um livro somente dessas mazelas humanas. Mas, nada se compara ao meu pecado ofendendo o coração de Deus, o que, além de me manter longe Dele o tempo todo, me sentenciava ao inferno. Mas agora, pelo que ocorreu na cruz, sou reconciliado. Isso significa duas coisas simples, decisivas, bem separadas: eu estava lascado E não estou mais. Um relacionamento estava quebrado e foi consertado.

Quem foi que fez tamanha besteira que me colocasse em inimizade com o Pai, o único com o qual importa andar de bem? Foi o diabo? Foi o mundo? Foram meus pais? Foi Adão? Nada, fui eu mesmo. Nasci em pecado e escolhi andar nele, até de tanto sentir saudade de mim o Senhor Deus Todo Poderoso mandou um recado irresistível do tipo “filho, volta pra casa, estou te esperando”. E eu atendi, assim como milhões e milhões de outros o fizeram. Lamentavelmente tantos outros ainda não, mas me foge ao controle. Enquanto eu não assumir a culpa dos meus erros, não tratar pecado como pecado e não me arrepender, a cruz fica sem sentido.

Entender a reconciliação dada na cruz é entender o que é ser inimigo de Deus e não gostar de ficar nessa situação. Note que coisa fascinante o versículo acima nos ensina: somos salvos por sua vida. Por que não por sua morte? Simples –

Os profetas da história da humanidade se foram e nunca mais voltaram. O único que voltou da morte é o meu amigo pessoal e irmão mais velho, primogênito do meu Pai e amado da minha alma, Jesus de Nazaré.

Na cruz Jesus conquistou o direito de fazer o que quiser, pois já tinha dado cabo da Lei Mosaica cumprindo cabalmente os mandamentos, faltava vencer o último inimigo – a morte. Ele poderia ter escolhido qualquer coisa, era a vitória mais vitoriosa possível. Escolheu por amor a mim, escolheu pagar meu preço, escolheu me salvar por sua vida. Uma vida nova, sobrenatural, glorificada, depois da morte do corpo limitado.

Agora me responda um coisa: se Deus nos der o direito de fazer o que quiser e pagar pelo que quiser, quem de nós vai escolher pagar por um inimigo? Mistério da cruz, do amor Dele, do Reino onde tudo é invertido.

Temos de aprender a agradecer sobremodo pois esta reconciliação estava fora do nosso alcance. Era impossível e impraticável nós irmos para qualquer lugar em termos de amizade com Deus sendo Dele seus inimigos. Só pela cruz. Só pelo sacrifício. Sejamos gratos e manifestemos nossa gratidão.

“Senhor, muito obrigado pois agora posso Te chamar de amigo, de Pai, de Senhor. Antes éramos inimigos mas isso foi resolvido e agora, reconciliado, estou salvo da condenação. Obrigado”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Aprendendo a Lidar com Conflitos

“Como dizem as Escrituras Sagradas: ‘É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa.'” (Efésios 5:31)

O conflito conjugal é algo que acontecerá inevitavelmente, queiramos ou não, pois é natural numa situação em que há duas pessoas que são completamente diferentes no modo de pensar e agir, um homem e uma mulher.

Por outro lado, o texto acima deixa claro que podemos nos tornar um. Evidentemente, somente duas peças que se encaixam podem ser juntadas e se tornar uma. São diferentes à primeira vista, mas ao aprenderem a lidar com estas diferenças de maneira criativa e amorosa, desenvolvem uma cumplicidade, parceria e unidade como nunca se viu.

Existem algumas táticas que os casais normalmente utilizam no seu relacionamento para “encarar” os conflitos. Algumas são positivas e outras nem tanto. Algumas levam a bons resultados e outras criam uma situação que será ingovernável no futuro.

Muitos tentam evitar o conflito numa tentativa de que este desapareça ou se resolva sozinho com o tempo. Esta fuga não só não resolve o problema como mais tarde pode trazê-lo de volta aumentado. Muitos maridos evitam a famosa “DR – discutir o relacionamento” o quanto podem a ponto de poder gerar uma grave discussão conjugal no futuro. Outros se recusam a reconhecer que há algo a ser trabalhado pelo casal.

Alguns procuram manter o conflito de forma que não cause problemas, por exemplo: estabelecer um acordo de convivência pacífica por causa dos filhos. Vivem de aparências para evitar o confronto e a solução da situação.

Outro tanto quer aumentar o conflito incluindo mais assunto na conversa. Envolvem outras pessoas, levam a discussão para outras áreas do relacionamento, fazem ameaças, usam expressões carregadas de termos que exageram o que o cônjuge fez. Isto, quando não abrem o arquivo de lembranças e começam a falar do passado e de outras situações correlatas. É como abrir um daqueles arquivos de pastas suspensas de escritório em que estão catalogadas as diversas situações vividas e incluir na discussão. Nesta hora sai cada coisa que dá até medo de falar.

Telma e eu ministramos a um casal certa vez, em que o marido já estava chateado pela quantidade de vezes que a esposa falava sobre determinado tema ocorrido no passado. Faltava a ela perdoar a situação vivida e, na falta do perdão, seu coração ficou amargo e o tema ficou recorrente. Logo que percebemos isto oramos com ela para que pudesse perdoar os atos do seu marido. Foi um santo remédio para ela, que passou a ficar mais leve de alma e mais bonita de rosto. Bem que a Palavra diz em Provérbios 15:13 que a alegria embeleza o rosto. Ele por sua vez, também aumentava o conflito e passou a agir de maneira errada para se vingar dela. Infelizmente a situação para eles não acabou bem, pois se machucaram demais antes de podermos intervir e os desdobramentos da situação criada tornou o convívio quase impossível.

Deveriam ter agido como uma pequena parcela faz, reduzir o conflito. Estes procuram uma forma de resolver a questão, desejando solucionar e não ganhar uma queda de braço com o cônjuge. Isto exige humildade e reconhecimento dos seus erros, o que muita gente não se permite devido ao orgulho de querer estar certo, mas é melhor perder uma discussão e ganhar o relacionamento do que o inverso.

Para reduzir o conflito, quebre o problema em partes menores e solucione por partes, esta estratégia torna mais fácil resolver o problema. Também pode pedir mais informações ao seu cônjuge sobre o ponto de vista dele(a) sobre o assunto, o que vai facilitar compreender o porquê da situação, e sobretudo, evite cair na tentação de usar palavras grosseiras e rotular seu cônjuge. Isto só aumentará o conflito, além de ser um tremendo desrespeito.

Quando soluciona um conflito, cada um cresce como pessoa, e o casal se torna uma só pessoa, caminhando na direção de um relacionamento harmonioso, alegre e frutífero.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como temos lidado com os conflitos?
  • O que deveríamos passar a fazer para sermos uma só pessoa?

“Pai celestial, ensina a nos comunicarmos melhor a cada dia através da atuação do teu Santo Espírito em nossos corações. Desejamos desenvolver um relacionamento que vale a pena ser vivido, ajuda-nos neste sentido. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Caminho de Vida

“Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: ‘Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele lhes disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia'” (Lucas 24:5-7)

A festa da Páscoa é uma celebração essencialmente judaica, estabelecida no Êxodo, ainda no Egito, quando Deus fez o anjo da morte passar pela país tirando a vida dos primogênitos. A história está em Êxodo 12. As regras eram simples: cordeiro perfeito, comer em pé e vestido para viagem, comer assado, não deixar restos ou queimar o que sobrar, marcar as portas com sangue, sacrifício ao pôr-do-sol, ervas amargas, etc

Jesus de Nazaré ofereceu-se como cordeiro pascal na Páscoa, celebrou o que ficou conhecido como santa ceia ou última ceia numa Páscoa, deu-se como cordeiro perfeito, não deixou restos para trás, derramou sangue para nos marcar e como não era pôr-do-sol, Deus providenciou um eclipse.

A cruz foi o caminho da morte para se converter no caminho da vida. Foi a maldição que se converteu em bênção. Foi o fim que se converteu em princípio. Na cruz Jesus conquistou o direito de viver se dando para morrer em meu e no seu lugar.

A mensagem central da Páscoa é de vida salva num rio de morte, como foi no Egito. Do mesmo modo que os filhos de Israel foram poupados em Êxodo 12 fomos poupados em Mateus 27. Uma vez mais a morte varrerá a Terra e seremos poupados pois somos marcados pelo sangue do Cordeiro Perfeito que leva sobre si todo pecado da humanidade, basta tomarmos posse disso pela fé. Talvez pudesse ser diferente, mas Deus quis assim.

A cruz é para mim, como servo do Todo-Poderoso, muito mais do que dois pedaços de pau pregados um no outro – é uma seta, um flecha, um sinal de trânsito: indica o caminho da vida eterna, da vida abundante, do caminho sem volta da eternidade.

Se a Presença de Deus não for meu maior valor, não vai adiantar comprar chocolate, coelho, cruz, encenação teatral, musical de coral. Não sou contra nada disso, apenas não vejo valor real em nada que não seja o sobrenatural perfume do Altíssimo invadindo o lugar onde estou. Mas, ao mesmo tempo, é impossível esperar que Deus se manifeste onde e com quem não será honrado e é pela cruz que passamos para aprender a verdadeira honraria e adoração. Sem crucificar nosso ego, nossa carne pecaminosa, nossa essência de erros e falhas, nunca funciona. O discurso pode ser bonito e as palavras emocionantes, mas não será mais do que natural. O sobrenatural vem da cruz.

Mais do que um episódio ao ano, seja a Páscoa o memorial da cruz e de que tudo que ela poderia representar se nosso irmão mais velho, primogênito de Deus, ascendido em glória e majestade, atual e eterno Rei dos reis e Senhor dos senhores, não tivesse ressuscitado depois de passar pela cruz.

Sejamos gratos pela cruz e nos lembremos dela como marco de algo eterno e imutável – vida eterna com o Pai.

“Senhor, agradeço por que vai além de minha compreensão tudo que aconteceu na cruz, mas o que posso compreender me é suficiente. Eu Te devo minha vida e isso foi resolvido na cruz. Aleluia.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Não se Desanime

“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença.” (Salmos 42:5)

Oi, tudo bem?

Você já enfrentou uma dificuldade ou passou por um período difícil no qual você não conseguia enxergar a solução?

Se passou deve se lembrar que os sentimentos ficaram agitados e agonia de esperar pela solução parecia sufocar você. Seu coração palpitou que parecia que ia sair pela boca? Deu falta de ar e, às vezes, parecia que ia dar uma dor no peito? A angústia parecia dominar a mente e o coração.

Quanto mais você pensava na situação, mais insolúvel ela ficava. O problema parecia que se agigantava cada minuto que você olhava para ele.

E as pessoas? A maioria parecia que não conseguia compreender a gravidade do você estava passando. No começo você falava com as pessoas mas depois passou a evitar falar do assunto, pois percebeu que quanto mais tentava encontrar alguém que lhe compreendesse mais elas se afastaram evitando ficar com você. Ou não, talvez tenha sido só a impressão que teve porque raciocinou que você mesmo não gostaria de ter por perto alguém que só fala de problemas.

Nestes momentos o sentimento mais doloroso que a gente pode experimentar é o da solidão. Sentir-se sozinho, isolado, deixado para sofrer sem apoio é um sentimento que pode nos levar a adoecer emocionalmente.

É nesses momentos que a promessa de Jesus pode ser experimentada: Ele está conosco todos os dias! (Mateus 28:20) Até nestes dias mais sombrios, na verdade, PRINCIPALMENTE nestes dias.

Jesus disse que no mundo passaremos por aflições, mas que devemos ter bom ânimo, ou seja, não deixar a nossa alma se abater ao ponto do desespero. Por isso, o salmista Davi perguntava a si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma” e ele mesmo se dava a resposta aconselhando “Espera em Deus!”.

Espera em Deus! Não importa o problema, a dificuldade, a doença, o sofrimento, a perseguição, a privação, se lá o que for que você esteja passando, espera em Deus!

Confia nele, seja fiel a Ele, fala com Ele, afirme verbalmente e em voz alta que você confia nEle e está esperando a intervenção dEle. Ainda que a solução não seja aquela que você deseja, mas que confia que a solução dEle será a melhor para sua vida.

Continua com os olhos postos no Senhor, no tempo determinado Ele falará com você e a resposta virá.

“Senhor, faz de nós um povo que confia em ti apesar de tudo que tem que passar. Ajuda-nos a não desanimar só por causa das momentâneas tribulações desta vida.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Comunicando

“Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva.” (Tiago 1:19)

A comunicação entre duas pessoas, homem e mulher, que pensam e agem diferentemente leva-os a experimentar situações peculiares durante a mesma.

Sabemos que para nos comunicarmos bem precisamos passar pelo ouvir, pelo falar e pela expressão de sentimentos.

A mulher sempre foi ensinada a expressar seus sentimentos sem receio, pois então será mais feminina, dizem. Por outro lado, o homem é criado e treinado para esconder seus sentimentos, pois o ditado popular diz “homem não chora”.

Esta diferença na criação faz com que a comunicação da mulher seja cheia de sentimentos, enquanto a comunicação do homem é superficial. Naturalmente podem existir casos diferentes, mas cito o mais comum, pois além da criação há os traços de personalidade de cada um, que também influenciam.

É muito comum ouvirmos casais dizendo que um não entende o outro, algo como:

– Você não entendeu nada do que eu queria dizer!

Mas o versículo acima nos dá uma orientação segura de como agirmos para que a comunicação seja eficaz.

Precisamos ser prontos para ouvir. Há o exemplo de Deus que nos ouve porque nos ama e somos importantes para ele. Ele sabe tudo, até o que iremos falar, mas aguarda falarmos, é paciente. Ele atribui valor a cada um de nós. Ora, se Deus nos ouve, não podemos nós também expressarmos nosso amor ouvindo?

Ouvir ativamente é bem diferente de apenas deixar os sons chegarem aos ouvidos. Nós não nascemos sabendo como fazer isto e, portanto, precisamos aprender e cultivar esta arte.

Uma atmosfera de aceitação facilitará bastante para que o outro se sinta disposto a se abrir e falar dos seus sentimentos com clareza, ao contrário de um ambiente de cobrança e imposição.

Use os olhos nos olhos e além disto, procure: esclarecer, refletir, observar o outro e perguntar sabiamente. Isto vai auxiliar na comunicação.

Sejamos tardios para falar. Quer dizer, reflita bem ao ouvir, para que não caia na armadilha de falar a primeira coisa que vem à mente e depois se arrepender disto.

É preciso ouvir e compreender bem antes de responder ao outro. O muito falar pode ser uma forma de esconder nossos sentimentos e opiniões, ou de impor nossas ideias e ganhar a discussão impondo nossa vontade. O diálogo pressupõe que os dois falem.

Isto me lembra um caso peculiar. Um dia estava orando ajoelhado ao lado da cama, quando ouvi uma voz muito forte e definida que falava comigo. Assustei-me inicialmente e pensei que estavam interferindo na minha oração. Foi assim duas vezes, quando então ouvi a doce voz do Espírito Santo me dizendo:

– Quando você conversa com alguém é só você quem fala?

– Não, o outro também. Respondi.

– Pois então, eu quero falar com você!

Que susto! Deus queria falar comigo e eu não deixava por falar demais, precisava ficar quieto quando Ele falava. Acabei recebendo orientações preciosas para minha vida, as quais uso até hoje.

Mas o silêncio pode significar uma forma de frustrar o outro, evitando falar de seus sentimentos e opiniões.

O versículo diz também que sejamos tardios para nos irar. A ira por si só não é pecado, mas a ira mal expressada certamente é pecado. A Palavra nos diz que podemos irar mas não pecar.

Ao pecarmos quando irados, haverá consequências sobre nossa vida. Moisés por exemplo, perdeu a possibilidade de entrar na terra prometida por causa da ira. Fez tudo certo, mas errou no final e perdeu esta bênção.

Isto me lembra um episódio bastante interessante ocorrido comigo e com a Telma. Algumas vezes no nosso relacionamento conjugal nós não agíamos exatamente da maneira como se espera de uma pessoa cristã, conforme lemos acima. Apesar de nos darmos muito bem, de vez em quando acontecia de ficarmos de “bico”” um com o outro por coisas muito simples.

Pois bem, aconteceu assim.

– Amor, vou pegar a escadinha e vou subir no telhado para arrumar aquela telha que está quebrada faz tempo! – Digo isto me achando o super-homem, pensando em resolver esta questão bem fácil e rápido.

– Aquela escadinha é pequena, será que dá certo? Cuidado para você não cair. Diz a Telma toda preocupada comigo, enquanto eu digo para mim mesmo “quem ela pensa que é para me chamar a atenção, eu vou tomar todo o cuidado e NÃO vou cair”.

Vou lá, pego a escada, arrumo no local e subo. Mas só depois de estar em cima da escada é que percebo que o chão recém encerado não será capaz de segurá-la. Neste momento já estou com o alçapão aberto e com as mãos no forro, quando a escada começa a deslizar embaixo dos meus pés.

Imediatamente seguro com as mãos no alçapão para não cair e as pernas ficam no meio dos degraus da escada. Deve ter sido uma cena bastante engraçada para quem olha de longe. Então, movo as pernas o suficiente para que a escada termine de cair, pois não terei como usá-la. Mas ao terminar de cair a escada desce arranhando toda a minha canela. Neste momento nada mais me resta senão me soltar do alçapão e cair embaixo, desviando da escada.

Telma só escuta o barulhão da escada caindo e dá aquele grito de exclamação típico das mulheres:

– O que aconteceu? Você está bem?

Claro que eu não estava bem: minhas canelas esfoladas, as paredes sujas, o chão encerado estava riscado, a telha continuava quebrada, e o principal, meu orgulho estava ferido!

Então penso comigo mesmo “é, deveria ter pego a escada maior mesmo ou talvez ter apoiado diferente”. Neste momento ela está bastante preocupada com o barulho e quer saber o que aconteceu. Então desço e digo:

– Meu bem, a escada escorregou! Digo isto com uma cara de quem queria acertar mas no final deu tudo errado e ainda está com as canelas doendo e precisa dar o braço a torcer. E fico pensando “espero que ela não me chame a atenção por isto”.

Telma nesta hora olha para mim, escuta o meu relato do que aconteceu e pensa assim: “se eu falar que eu disse que não ia dar certo ele vai ficar chateado e vamos perder o dia, o que faço?!”, pergunta ela ao Espírito Santo. Então é tocada em seu coração, recebe uma estratégia e lhe diz:

– Meu bem, desculpa e um beijinho resolve tudo! E sorriu para mim.

Nesta ela me pegou de surpresa, pensei. Esta atitude dela é nova. Imediatamente eu sorri para ela, pedi desculpas e é claro, dei um beijinho, e o dia permaneceu em harmonia.

Deste dia em diante, sempre procuramos uma alternativa melhor a qualquer situação que se apresente em nosso dia a dia, além de ter sido o modo que pudemos praticar em nosso casamento o que diz em Provérbios 15:1 “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Como tem sido a nossa comunicação?
  • Como podemos criar um ambiente mais propício para nos expressarmos?

“Pai celestial, ensina a nos comunicarmos melhor a cada dia através da atuação do teu Santo Espírito em nossos corações. Desejamos desenvolver um relacionamento que vale a pena ser vivido, ajuda-nos neste sentido. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Vida Eterna

“Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crer tenha a vida eterna.” (João 3:14-15)

A referência aqui nos leva a Números capítulo 21 quando, por ordem do Senhor, Moisés fez uma serpente de metal para promover cura de qualquer um que fosse picado por uma cobra no deserto. Moisés levantava a haste, o “paciente” olhava para a serpente e era curado, de modo que o veneno não lhe fazia mal. Este é um ensino poderoso, pois sua simplicidade tem relegado o entendimento de muitos a um certo misticismo.

Temos a cruz como uma referência para ser olhada, mas ela não passa de um símbolo para herança até que o Senhor venha. Preste atenção ao texto acima e veja que nem menciona a cruz, mas sim o Filho de Deus. É olhar para Jesus que traz vida eterna e não olhar para a cruz em si, pois ela por si mesma nada mais é do que dois pedaços de pau presos um ao outro. Pense comigo: antes de Jesus ser crucificado quem curava os enfermos? Quem libertava oprimidos? Quem ressuscitava mortos? Era a cruz ou era Jesus?

A cruz não mudou Jesus, mudou a mim e a você, pois agora nela temos uma referência visível do grande mistério invisível que aconteceu ali. Jesus continuou sendo Jesus e a cruz continuou sendo dois pedaços de pau. Mas ao se juntarem para cumprir o propósito do Pai, Jesus crucificado muda a história da humanidade, começando por mim.

Com a serpente de metal feita por Moisés era suficiente olhar para ela; com Jesus crucificado o texto diz que é preciso crer – claro, pois o mistério é invisível e a fé consiste em ver o que não se pode ver. As cobras que picavam aquele povo no deserto representam o inferno atacando o povo de Deus e a serpente de metal representa Jesus crucificado. Se tivermos fé no Filho de Deus e Seu sacrifício por nós, nem o inferno pode nos envenenar.

A morte de Jesus na cruz, por ter sido Ele levantado em nosso favor, nos livra da morte e nos traz a promessa certeira de uma vida eterna com Ele. Não tenha dúvida disso, meu querido, pois se Jesus tivesse vindo a este mundo e falado bonito seria apenas mais um, mas Ele se deu a morrer em nosso lugar e isso ninguém mais fez. A cruz é o símbolo da vitória Dele sobre a morte e nossa garantia de uma vida eterna. Os outros profetas que voltem da morte como Ele voltou e se entendam entre si, meu Jesus está vivo e ativo para me assegurar algo que eu nem merecia: viver para sempre com Ele.

Reforço o que disse antes: a cruz é um símbolo visível de um mistério invisível. Agora concordemos: é um símbolo poderoso.

“Senhor, obrigado por Teu sacrifício naquela cruz trazendo cura para o veneno do inferno que me sentenciava à morte. Em Cristo tenho vida Eterna e isso ninguém pode me roubar. Aleluia.”

Mário Fernandez