Mário Fernandez

Imitadores

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1 ARA)

Tem um livro relativamente antigo que levantava o questionamento “em seus passos o que faria Jesus?”. Era muito bom, foi reeditado recentemente e, realmente, é uma boa leitura. Mas minha liderança tem me levado a meditar no contrário: no lugar de Jesus, o que você faria?

Se somos nós os imitadores Dele, devemos tentar fazer o que Ele fez ou faria. É o mesmo questionamento, mas no sentido inverso. Você iria para a cruz calado? Seria obediente até a morte humilhante? Perdoaria seus ofensores? Acolheria pecadores e toda raça de gente ruim? Gastaria sola de sapato para pregar onde ninguém tem interesse de ouvir? Manteria na equipe um discípulo ladrão e traidor mesmo sabendo? E um que o negaria? E outros que parece que nada fazem? O que você faria nos passos de Jesus?

Talvez pensar isso hoje à luz da época seja dificil para nós, mas podemos trazer para nossos dias. Quantos sapatos temos no armário? Quantos de nós são gordos por pura gula, enquanto outros não tem o básico para comer? Tenho amigos que carregam 3 celulares e ganham menos do que eu. Estou provocando uma reflexão e não defendendo uma doutrina. Podemos ter bens neste mundo, mas devemos parar e avaliar, de tempos em tempos, se estamos imitando a Jesus de Nazaré ou se estamos tratando dessa vida como se fôssemos viver aqui para sempre – mentira e engano.

O que é eterno deveria ter mais valor do que o que é passageiro e isso só vai ser verdadeiro se tivermos atitude compatível. Falar é facil, difícil é decidir e agir certo. Quando olhamos ao nosso redor vemos pessoas necessitando de serem servidas de uma ou outra forma, nem sempre material, e vemos coisas para serem feitas. Pergunte-se: Jesus faria? Ou deixaria para algum Pedro fazer? Ouça seu coração e aja com sinceridade, pois talvez, num determinado momento, isso mude a vida de alguém. Ou a sua.

“Pai, não quero ser intrometido nem dominado pela negligência. Ensina-me a ter critério e decidir o que devo fazer, inspirado no Teu Filho Jesus, meu modelo e meu Senhor.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Confirmação

“No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.” (Tito 1:16 ARA)

Paulo se refere às pessoas que não têm uma vida coerente entre o que dizem e o que praticam. Infelizmente, pessoas assim existiram naquele tempo e continuam existindo, ainda que, tantas vezes, tenham sido confrontadas.

Na minha caminhada como pastor conheci muita gente, dos bem simples aos mais complicados, os realmente sinceros e os compulsivamente mentirosos, gente honesta e gente que não valia a sombra que fazia ao sol. Isso me ensinou algo que este versículo exemplifica muito bem: as palavras falam menos que as atitudes. Basta tirar o cargo de uma pessoa para ver se ela tem, de fato, o coração naquilo que faz. Basta colocá-lo em anonimato para descobrir a real paixão. Ouvi uma frase marcante algum tempo atrás: não consigo escutar o que voce diz, suas atitudes estão falando muito mais alto.

Qualquer pessoa que tem um mínimo entendimento de Deus e do Seu Reino, compreende o princípio de ser aprovado ou reprovado. Ser abominável quase não precisa de explicação e qualquer um compreende o que é um desobediente, um rebelde. Nada disso é elogio, nada disso melhora a vida de ninguém. Nossas atitudes e ações revelam o que somos, mais cedo ou mais tarde. Ao passar de largo por um faminto ignorando-o, demonstro o amor que tenho pelos necessitados. Ou a falta dele. Ao evitar de servir em uma igreja local, apresento minha opinião sobre o meu Deus.

Ademais, é importante frisar que reações também contam e também são obras. A maneira como reajo em uma situação ruim, contrária ao meu gosto ou opinião, ou a um confronto, revela igualmente quem sou. É muito mais fácil agir bem do que reagir bem. Analise e constate: não tem como ser manso e humilde em todas as reações apenas usando nosso caráter natural. É preciso ação de Deus em nós. Cabe aos esclarecidos agir bem e reagir ainda melhor.

“Senhor, eu quero ser aprovado por Ti e não quero que minhas atitudes, em ações e reações, deponham contra minhas palavras. Ajuda-me e fortalece-me para encontrar uma forma de me deixar moldar pelo Teu Espírito tendo assim o Teu caráter.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Multiplicação

“E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.” (Mateus 14:19 ARA)

De vez em quando eu sou convidado para ministrar em alguma igreja, fora das congregações da minha igreja local. Geralmente são lugares pequenos, com poucas pessoas, que nos conhecem por algum relacionamento. Nem sempre posso aceitar, mas gosto de comparecer. Alguns, contudo, não valorizam este tipo de oportunidade e preferem os eventos e locais maiores.

A mim parece que Jesus tinha uma predisposição para fazer muito partindo de pouco, nos ensinando com isso que o princípio de valorizar o pouco para merecer o muito é de fato um princípio e não apenas uma recomendação. Se fosse pela lógica, ele teria muliplicado moedas e comprado toneladas de pães para este povo, algo que estamos acostumados a pensar nos nossos dias. Mas o povo não precisava de dinheiro, precisava comer.

Ao não desprezar cinco pães e dois peixes, Jesus nos ensina que, às vezes, precisamos focar no alvo que queremos. Queremos ter uma vida melhor ou queremos ganhar dinheiro? Queremos viver mais tempo ou queremos desfrutar mais de Sua presença? Queremos ganhar pessoas e cuidar bem delas ou só queremos pregar a Palavra? O que queremos define ou revela nossas intenções. Se for para dar de comer, algum pão resolverá. Se for apenas para fazer um milagre, teremos de catar moedas.

Quando vou ministrar em uma igreja pequena vejo ali, pela fé, uma multidão, não para mim mas para a liderança local. Exercito ver naquele lugar um grande grupo que dali alguns anos vai me convidar novamente e comentar como foi importante um dia em que Deus me usou enquanto eram poucos. Procuro ter olhos multiplicadores, pois isso não é coisa deste mundo assim como uma conta que, por mais que olhe para ela, só posso pagá-la com dinheiro.

Quem quer receber de Deus precisa aprender a olhar com fé e ver o que ainda não chegou como sendo real, principalmente se for bem pequeno. Era assim que Jesus fazia…

“Pai, obrigado por me permitir aprender com Teu Filho a respeito desse ensino, pois o meu homem natural pensa diferente. Ensina-me a ter fé para ver a multiplicação antes dela se concretizar.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Carta Viva

“Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens,” (2 Coríntios 3:2 ARA)

Ouvi, algumas semanas atrás, um pregador falando deste texto e se referindo ao quanto era importante uma carta de recomendação e que o apóstolo Paulo não precisava delas, ele tinha cartas vivas que o recomendavam.

Mas, fiquei a pensar no tempo em que vivemos e em um outro lado desse assunto. Vivemos um tempo de mau testemunho de tantos líderes, escândalos envolvendo igrejas e lideranças, tanta coisa ruim que não deveria acontecer. Não quero entrar no mérito do que é verdade ou não, mas o fato é que mesmo com carta de recomendação algumas situações seriam ruins. Por outro lado, aqueles que estão acima de suspeita e bem posicionados, não precisam de carta alguma, pois são recomendados pelas pessoas.

Mas o outro lado somos nós, as cartas vivas. Aquilo que foi ensinado, que foi ministrado, aquilo em que fomos servidos, isso é o texto de nossa carta de recomendação. Temos de dar honra a quem honra merece e nossos mestres e pastores nos proporcionam algo. Sempre que pudermos, devemos incentivá-los, elogiá-los e cobrir suas vidas de oração. Meu pastor tem sua agenda comprometida para os próximos dois anos, pois é um homem muito procurado e muito respeitado. Nunca vi uma carta de recomendação dele, mas já vi muita gente honrando aquilo que recebeu de Deus através dele. São cartas vivas.

Mas, não podemos dar o que não temos. Como ser carta de recomendação de homens de Deus se não temos conteúdo, se não os ouvirmos e não nos deixarmos ministrar? Não estou tão preocupado em recomendar alguém, mas me preocupa não ter o que dizer por não ter sido abençoado. Será que sempre é o pregador que é ruim ou, às vezes, eu que não me dispuz a ouvir a voz de Deus?

Não tenho resposta, mas levanto um questionamento para pensarmos. De que vale uma grande mensagem sem alguém para ouvir e desfrutar? Eu quero estar do lado certo e agindo corretamente.

“Senhor, às vezes é difícil receber mas eu quero ter o coração de quem é abençoado para abençoar a outros. Ensina-me a ter um coração disposto e generoso.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Omissão

“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tiago 4:17 ARA)

Eu já devo ter ouvido uma centena de pregações baseadas neste texto e creio que você também. Já ouvi argumentos de que quem não avaliza deixa de fazer o bem por isso peca, quem não oferta para missões, quem não perdoa, etc.

O fato e a realidade é que ter ouvido mensagens ou não é pouco relevante, pois o que conta é se eu prestei atenção ou somente escutei, ou seja, quanto isso me mudou. Tenho de reconhecer que muitas coisas verdadeiras e relevantes que ouço não pratico, às vezes, por fraqueza (incapacidade) e, às vezes, por simples negligência. Isso precisa mudar.

Se prestarmos atenção ao nosso redor, veremos pessoas com necessidades que não são financeiras. Os carentes de abraço borbulham ao meu redor, os chorosos se enfileiram, os deprimidos estão sempre ali. Não é difícil quando nos dispomos a olhar.

No último domingo me dediquei a andar pelos corredores e abraçar pessoas, orar com pessoas, apertar a mão de pessoas, abençoar pessoas, dizer palavras de ânimo, me apresentar aos que não conheço, servir água a um ou outro. Meu querido, é inacreditável o efeito. Indescritível ver as lágrimas de pessoas que me olhavam como se eu soubesse tudo da vida delas, mas na verdade eu apenas disse “amado de Deus, que bom vê-lo aqui comigo adorando”. Fiquei impressionado com o efeito disso no meio do povo, as pessoas apontavam para mim comentando umas com as outras.

MAS não se iluda e não me tenha por super-espiritual. Eu recebi esta direção, fui orientado a fazer isso, fui desafiado a agir diferente. Meus líderes são mais do que inspiração para mim, são direção para minha vida. Eu apenas obedeci e fui tão abençoado, imagine se eu fizesse por iniciativa.

Constatei o que sabemos há tantos anos: deixar de pecar nos faz sentir melhor, nos faz agir melhor, nos faz pessoas melhores. Até em coisas simples como distribuir abraços, Deus fala conosco e nos faz crescer tanto. Ele é maravilhoso…

“Senhor, se tanta coisa pode mudar ao meu redor por gestos tão simples, peço Tua ajuda para não me deixar esmorecer. É fundamental agir diferente e fazer o bem, para não pecar. Preciso de Ti, preciso do Teu toque. Ajuda-me Pai.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Jesus

“Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16:15 ARA)

Vivemos dias difíceis, no qual a impressão que as pessoas têm de Deus, do Reino e da igreja está nublada. Há escândalos, problemas e situações acontecendo e, embora eu considere isso relativamente normal para o tempo em que vivemos, não nos isenta de ser claros. Corrobora essa impressão algumas estatísticas dando conta de que tem mais evangélicos fora da igreja do que dentro.

Para mim o ponto central é “quem Jesus é para mim?”, que responde a pergunta do versículo acima. Vou dizer o que Ele é para mim. Se O tenho por amigo, vou dizer que é um amigo. Se é meu Salvador, direi que Ele é O Salvador. Se Ele é meu dono e Senhor, direi isso Dele. Mas é necessário que Ele seja algo na minha vida, do contrário terei apenas respostas teóricas, filosóficas e nada conclusivas – um personagem histórico, um profeta do Oriente Médio, o fundador do cristianismo, etc.

Jesus é o Filho do Deus Vivo, a encarnação de Deus em forma humana, o enviado do Pai a este mundo perdido. Esta foi a resposta de Pedro e é a melhor resposta. Isso Ele é para mim, sem dúvida alguma. Posso dizer que Ele é meu Mestre, meu Senhor, meu Dono, meu Redentor, meu melhor amigo – minha vida comprova isso, todos os que conviverem um pouco comigo verão que Ele é o centro de tudo que penso e faço.

E quanto a você? Já parou para analisar se Jesus não foi colocado em sua vida apenas como o “cara do Natal” ou “o homem da cruz”? Talvez depois de anos frequentando igreja nem se pergunte mais o que Ele representa hoje para você. Talvez por nunca ter frequentado ou se firmado em uma igreja você não tenha nada a dizer. Eu não sei, mas Ele sabe.

Tenho total certeza e convicção de que, se cada um de nós avaliar, terá algo a dizer. A resposta revelará o que temos no coração. Aí será o momento exato de tomar uma atitude: ajustar-se ao lado Dele ou correr Dele de vez. Cada um, obviamente, arcando com o ônus e o bônus de sua decisão.

“Pai, eu tenho algo a dizer sobre Jesus por que Ele é tudo para mim, mas nem todos são assim ou compreendem isso. Ajuda-me a esclarecer esses queridos e a viver de acordo com o que creio.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Liderados

“Disseram os discípulos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós.” (2 Reis 6:1 ARA)

Neste texto vemos algo inspirador. Os discípulos (liderados) de Eliseu levaram a ele uma necessidade, mas não deixaram de levar juntamente a solução ou pelo menos uma proposta de solução. Isso se chama iniciativa e tem grande mérito. Aprendi com um grande mestre que “Iniciativa é uma virtude excepcionalmente rara que leva uma pessoa a fazer o que é necessário sem que ninguém precise mandá-la”. Estes discípulos de Eliseu tiveram iniciativa.

Independentemente de ter sido somente um deles ou todos eles, nota-se que nesta equipe havia movimento, havia ritmo, havia iniciativa, havia interesse. Precisamos aprender com isso, pois muitas vezes temos ideias realmente interessantes no meio do povo e não levamos adiante apenas por achar que nosso líder não vai acatar ou poderá nos ridicularizar. Isso até pode acontecer, embora não devesse, mas nem por isso vamos desanimar.

Numa equipe todos são abençoados, não importa a função que cada um desempenha. Dentro da realidade de cada um, Deus tem algo para presentear a todos aqueles que se dispuserem a servir. É muito claro que quando estes homens terminaram sua empreitada, sob a aprovação de Eliseu, o lugar ficou melhor para todos, mais habitável, mais adequado. Talvez um moço ali no meio apenas ficou amolando machados. Talvez algum jovenzinho apenas lhes serviu água enquanto cortavam madeira. Não importa, todos foram abençoados, cada um na sua realidade.

Aprendamos com eles. Ao participar de alguma equipe, seja na igreja local ou fora dela, seja no trabalho ou na vizinhança, seja pelo motivo mais nobre ou mais simples, sejamos homens e mulheres de iniciativa, buscando o resultado que abençoará a todos. Se nosso líder não entender ou valorizar, é acerto dele com Deus. Ao fazer a minha parte eu recebo a minha parte. Ao abençoar a todos, somos abençoados por todos.

“Senhor, quero aprender a atuar em equipe, abençoando não somente a mim mesmo mas ao que estão ao meu redor. Ensina-me a caminhar em unidade debaixo de minha liderança.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Intimidade

“Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” (Gênesis 3:8 ARA)

Há poucos dias fui convidado a ministrar sobre intimidade com Deus. No meio do processo de preparar a palavra que ia compartilhar, algo me chamou a atenção neste texto tão conhecido. Era Deus quem visitava o homem no final do dia e não o homem que buscava a Deus, o que não é nenhuma novidade. Mas é interessante pensar o seguinte: não havia mais pessoas na Terra, o que Deus ficava fazendo o restante do tempo?

A idéia de uma visita é justamente de alguém que não vive junto, portanto parece que Deus tinha para onde ir e voltava para ver seus filhos no jardim. Sendo eles os únicos criados até então, eram os mais íntimos seres humanos do mundo inteiro, tanto o casal entre si como eles com Deus. Não havia outro para compartilhar, imagine o grau de atenção que receberam. Imagine as conversas sem fofoca, sem notícia ruim, sem necessidade de perdão por que não havia pecado.

Ainda assim, meu querido, o homem pecou. Nós tantas vezes alegamos que nossa falta de intimidade com Deus é por causa do ambiente em que vivemos, é por causa das pessoas ao nosso redor, é pelas tentações que não nos largam, é pelo assédio das coisas deste mundo. Tudo isso é verdade e realmente atrapalha, creia-me, eu sei o quanto. Tudo isso nos leva para longe do propósito de Deus, sem sombra de dúvida. Mas não é isso que nos faz pecar, pois do contrário Adão e Eva não teriam caído. Precisamos separar o que é a essência do que é um agravante. Fato: somos pecadores em nossa essência. Fato: os agravantes favorecem o pecado.

Na nossa vida prática cotidiana, isso deve nos ajudar a olhar para as situações com sobriedade e nos levar a assumir nossos erros como tal, não colocando a culpa nas situações como que buscando um pretexto, mas aprendendo e convivendo. Se olharmos como quem quer aprender a resistir e vencer, teremos feito bastante. O que não podemos é nos conformar e dizer que é assim mesmo, pois não é.

“Senhor, eu quero ser um ser humano melhor diante de Ti, mesmo sabendo que sempre serei falho. Não quero me conformar com minhas falhas mas quero melhorar e crescer. Ajuda-me, por favor.”

Mário Fernandez