Mário Fernandez

Novidade de Vida – Socorro

“Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” (Hebreus 4:16)

Quando os momentos se tornam duros, enfrentamos tempestades, nos falta amparo, a angústia parece interminável, o desespero bate à porta do coração… Esses são os momentos de necessidade, de tribulação e de apuro. Nestes momentos, que podem ser muito curtos ou dolorosamente longos, as pessoas demonstram quem são diante de Deus de diferentes formas.

Existem aqueles que forçosamente buscam em si mesmos o socorro, ignorando que é Deus quem governa sentado no Trono do Universo, às vezes de forma inconsciente, menosprezando o Seu socorro. São as pessoas que se esforçam mais e oram menos quando a situação se torna pesada. Eu não gosto de julgar ninguém, mas isso me parece atitude de uma vida velha, não da Nova Vida em Cristo que é marcada por atitudes espirituais mais do que por esforço. Não que devamos nos jogar no tapete e chorar, mas esforço humano nenhum derruba ou segura um fio de cabelo sem a mão do Altíssimo intervindo. Não é a melhor conduta, certamente.

Já outros, de outra forma, lembram-se que Deus existe depois de tanto tempo de um relacionamento formal e religiosos. Agem como se Deus fosse apenas seu provedor de soluções para situações de emergência e provavelmente, na maioria dos casos, vão acabar se esquecendo dele novamente quando a situação se acalmar. É de grande mérito orar mais, mas é demérito diminuir depois. Não sou especialista no assunto, mas invariavelmente quem conheço com este perfil não tem a mesma intensidade para agradecer depois, como teve o vigor para buscar e pedir. Sinceramente não quero ser contado com estes.

Outros, contudo, são os que praticamente não mudam de atitude pois seu estilo de vida já é marcado por estar continuamente aos pés do trono do Todo Poderoso. Muda sua forma de buscar socorro? Muda sua confiança ou sua fé? Muda seu tempo de oração? A resposta é “não” ou “muito pouco”. Estes são os que demonstram Novidade de Vida para dar e vender. Tenho certeza de que são os que mais agradam ao Pai com seu estilo de vida, ainda que não sejam perfeitos e vacilem de vez em quando. Mas nunca esperam ficar doentes para clamar por saúde nem oram menos para agradecer do que oraram para pedir. Estes são a minha inspiração e meu referencial.

Seja como for o nosso cotidiano, devemos retomar o senso de sagrado com nosso tempo devocional, pois do contrário não teremos justamente o que o versículo fala: “confiança”. Vamos nos aproximar do Trono como estranhos buscando ajuda de um governante que nos é estranho. Por Altíssimo que Ele seja, é nosso Pai. Se não desenvolvermos essa intimidade no dia a dia, não vai ser no dia da angústia que seremos atendidos. Novidade de Vida, irmãos, com total certeza, é uma caminhada que já começou. Quando a tempestade vier, pode mudar o pedido mas não muda a intensidade.

“Senhor, o que eu mais quero é ser Teu conhecido íntimo, pois o tempo de necessidade certamente virá sobre mim. Quero ser encontrado pela tempestade ao pé do Teu trono.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Maturidade

“Quanto a isso, temos muito que dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!” (Hebreus 5:11,12)

Recentemente cometi um erro bem básico para alguém com a minha experiência. Ainda que não tenha sido algo pecaminoso ou escandalizante, foi um erro e deve ser dispensável dizer que me senti um verme. Me consolou saber que foi um descuido e não uma iniquidade, mas, ainda assim, foi um erro e me veio à mente a frase alguém como eu não pode mais cometer erros assim. Quando li esse texto a cena me veio imediatamente à mente.

Precisamos nos tornar mestres em algum momento. Para alguns pode ser coisa de meses e para outros podem ser anos, mas todos precisamos amadurecer e maturidade leva tempo, exige esforço, exige foco e exige, principalmente, uma decisão firme da nossa parte em abrir mão do que queremos ou sabemos. Sem isso não recebemos de Deus o suficiente para amadurecer.

Muitas vezes as pessoas associam maturidade com idade cronológica, mas eu estou convicto de que isso é impreciso. Conheço cristãos com poucos anos de vida com Deus que não tem um conhecimento teórico de mestre, mas vivem uma vida exemplar e que reflete a glória de Deus de uma forma absolutamente brilhosa. Por outro lado, outros infelizmente já caminharam ocupando cargos por mais anos do que eu tenho de vida e continuam imaturos. A pergunta chave é: o que é um cristão maduro?

Para mim, muito mais do que alguém que domina o assunto, um homem (ou mulher) maduro é alguém que reúne algumas características. Sabe o que quer, cumpre suas responsabilidades, persevera, toma decisões, sustenta suas decisões… Não podemos exigir que todos sejam líderes em grande escala ou estilo, mas podemos esperar que todos tenham crescimento e amadurecimento suficientes para cumprir seus respectivos papéis no Reino.

Ouvi uma história recente que me impactou. Um homem morreu e quando chegou na “portaria” do céu foi recebido por um distinto cavalheiro que lhe perguntou “você conhece Jesus?”, ao que respondeu “eu não, nunca o vi”. O cavalheiro então lhe disse “muito bem, então siga por aquela porta”. Minutos depois chega outro homem e o cavalheiro lhe faz a mesma pergunta “você conhece Jesus?”, ao que este respondeu “mas é claro, eu sei tudo sobre Ele, dei aula sobre Ele, sei o que quiser saber Dele”. O cavalheiro então lhe disse “muito bem, então siga por aquela porta”. Minutos depois chega outro homem e o cavalheiro lhe faz a mesma pergunta “você conhece Jesus?”. Este homem, chorando, se ajoelhou e sussurrou “sim Senhor, eu Te conheço. Louvado seja o Teu nome.”

Escolha qual dos personagens lhe soa como sendo o mais maduro. Eu já fiz a minha escolha.

“Senhor, eu quero amadurecer na Tua Presença e na intimidade contigo, muito mais do que simplesmente no conhecimento de Ti. Me ajuda para que eu possa crescer.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Entendimento

“E ele prosseguiu: Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas.” (Daniel 10:12)

Já meditei muitas vezes neste texto, mas admito que sempre foi no sentido de uma oração que foi atendida ou para valorizar a perseverança na espera de uma benção. Hoje me salta aos olhos que tudo mudou, segundo o recado do anjo, quando Daniel “decidiu buscar entendimento”.

Venho de um ensino e cultura eclesiástica na qual pensar demais era quase pecado, soava como falta de fé e me rotulava como curioso demais. Entendimento nunca foi prioridade, mas decorar texto bíblico e evangelizar sim. Me dou conta agora, depois de tantos anos, que muitas de minhas orações devem ter ficado (ou me deixado) no vácuo apenas por que não me apliquei ao entendimento.

Não estou pregando que devamos entender a Deus, até por que isso seria exagerado. Mas temos tantos entendimentos que nos são necessários: entender a situação, entender o que fazer, entender o motivo ou causa, entender o resultado, entender o propósito de Deus, entender meu papel e responsabilidade… Talvez não todos, talvez não o tempo todo, mas esses entendimentos nos são valiosos.

Note, uma vida renovada e de novidade em Cristo é uma vida de buscar entendimento e humilhar-se diante Dele. Mesmo não conseguindo, o papel que nos cabe é buscar. Tudo que Deus tiver para mim que possa me ajudar ou fortalecer para eu servi-lo melhor, eu quero, faço questão. Isso deve incluir algum entendimento e portanto nesse sentido buscar entendimento não pode ser pecado. Humilhar-se diante de Deus vem logo a seguir, pois o mero entendimento seja qual for não me serve de nada. Se eu não tiver o temor de Deus que é necessário para qualquer empreitada, é melhor nem começar.

Talvez isso explique a conduta de algumas pessoas dentro da igreja que, de forma muito superficial, argumentam que Deus não atende suas orações ou não entendem o propósito de Deus para isso ou aquilo. O que acaba ocorrendo é um esfriamento da fé, como se a fé dependesse de dar certo para ser nutrida. Eu preciso conseguir crer em Deus por Ele ser Deus, não por Ele me atender quando peço algo.

Temos de concordar que mesmo fazendo tudo certo e levando uma vida reta em sua geração, Daniel teve de esperar muitos dias pela resposta que não chegava. Isso para nós é uma lição de que, para certas coisas que se resolvem no mundo espiritual, mesmo a nossa santidade pode não bastar. Tem muita coisa envolvida que não compreendemos e nem nos cabe entender. O que precisamos é perseverar em cima de promessa, de convicção, de revelação – isso não é racional mas é entendimento.

Quero ainda aprender muito na minha vida com gente como Daniel, que se aplicou de tal maneira a buscar algo de Deus que mobilizou anjos e batalhas espirituais contra principados. Que honra e que privilégio ser assim valorizado pelo Todo Poderoso. Quero ser assim.

“Senhor, me ensina a buscar em Ti o entendimento que preciso para todas as coisas da vida, desde o simples até o mais complicado. Eu te dou graças por Teu Espírito que vive em mim.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Propósito

“Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs.” (Atos 13:36)

Em uma leitura recente deste texto Deus falou comigo. Eu vi literalmente este versículo dividido ao meio na palavra “adormeceu” e as duas partes tendo uma mesma revelação, como duas metades de uma mesma fruta.

De um lado, temos Davi servindo ao propósito de Deus para a sua vida dentro da sua geração. Isso meu querido, é eterno por mais que um dia nossa vida se encerre neste mundo. Uma geração marcada é uma geração que muda, que age diferente, que pensa diferente, que ensina diferente a próxima geração. Davi marcou sua geração e Israel nunca mais foi o mesmo povo depois de Davi. Foi assim com Noé, com Abraão, com Moisés, com Elias, com Jesus e deveria ser igualmente comigo e contigo.

De outro lado, temos um corpo mortal se decompondo e, portanto, perdendo completamente sua serventia. O corpo humano serve para nos levar de um lugar para o outro, serve para nos dar sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar), serve para nos relacionarmos uns com os outros, serve para… enfim, serve para cumprir o propósito de Deus em nossas vidas na nossa geração! Isso sim posso te garantir que será, como foi com Davi, igualzinho comigo e contigo. Esse corpo vai se decompor certamente.

Uma nova vida em Cristo é uma vida que dá foco e prioridade em buscar e cumprir o bendito propósito de Deus na sua geração. Não adianta tentar deixar um legado para a posteridade sem marcar o tempo presente, assim como não tem qualquer valor se especializar no passado (ou ser escravo dele) sem marcar o tempo presente.

Olhe ao seu redor, somos um bando de solitários no século XXI transitando por ruas lotadas, entrando em aviões lotados, andando por lojas lotadas e muitas vezes frequentando igrejas lotadas – mas usualmente solitários. Que propósito isso cumpre, meu irmão?

O meu propósito não precisa e talvez nem deva ser o seu, mas na minha geração eu quero deixar uma marca. Quero te fazer um convite imaginário para o qual fui convidado muitos anos atrás. Imagine o dia do seu velório. Você morreu, seu corpo está ali sem vida em uma urna de madeira e há pessoas ao redor. O Senhor lhe permitiu ver e ouvir seu próprio sepultamento, hipoteticamente. Agora responda para si mesmo: O QUE ESTAS PESSOAS ESTÃO PENSANDO E DIZENDO A SEU RESPEITO?

A resposta desta pergunta, meu querido leitor, é a única resposta que consigo imaginar para esta outra pergunta: que propósito de Deus você cumpriu na sua geração? Não adianta nos enganarmos nem procrastinarmos. O propósito que cumprimos vai aparecer desse modo, seja ele para Deus ou não.

Declare morte ao inútil, insípido e indiferente que mora dentro de você e, como eu, entre numa batalha diária constante e ininterrupta para que este traste jamais ressuscite! Escolhi há uns 15 anos o que quero que comentem no meu velório, e estou semeando isso diariamente desde então. Te convido a vir comigo.

“Senhor, longe de mim me achar perfeito ou completo, mas agora que entendi mais claramente que o eterno é o Teu propósito e não o meu corpo, quero mudar. Me ajuda a ser mais relevante na minha geração, dentro das minhas características, virtudes e limitações.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Reconciliação

“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.” (2 Coríntios 5:18,19)

Um dos sinais que, na minha opinião, marca de maneira muito forte uma nova qualidade de vida é quando a pessoa troca as acusações e os julgamentos. Alguns trocam pelo silêncio omisso, ou seja, param de comentar o que não concordam ou reprovam. É um bom sinal, mas o excelente é inimigo do bom. O ideal, o ótimo, excelente, perfeito – é trocar por reconciliação, por intento e atitude de corrigir amorosamente.

Os exemplos podem ser inúmeros. O foco aqui é deixar claro que Deus não nos deu ministério de julgamento, condenação, acusação, crítica… Tudo isso pertence ao outro lado. Deus é o Justo Juiz, portanto Ele há de julgar corretamente. A condenação só pode ser resultado de um julgamento, portanto cabe igualmente ao Todo Poderoso condenar segundo as obras de cada um. Acusação e correlatos cabem ao inimigo, que aliás tem uma grande especialidade nisso.

O que alguns de nossos irmãos não perceberam é que o texto escolhido diz que Deus nos reconciliou com Ele mesmo e por causa disso somos reconciliadores. Nosso papel nesse mundo é passar uma imagem de um Deus acolhedor e não condenador. O amor pelo pecador não o isenta de pagar por seus erros, isso é papel da Redenção. Mas, como crerão em quem não ouviram? Como ouvirão se eu e você ficarmos condenando e acusando?

É chegado um tempo de assumirmos que uma nova vida em Cristo nos leva a uma nova opinião sobre as coisas. O versículo 19 termina dizendo que Deus nos confiou uma mensagem, um recado, um ensino, uma revelação. A palavra ali pode ser interpretada de muitas maneiras válidas, mas quero me permitir aqui um entendimento muito, muito simples: temos algo que não é nosso nem a respeito de nós mesmos. Isso precisa ser comunicado, divulgado. São boas novas e, principalmente por isso, merecem ser anunciadas.

Não estamos insinuando que Deus irá ignorar as obras da vida de cada um no dia do Juízo, MAS isso cabe a ELE e não a NÓS. A mensagem é abandonar o pecado e aproximar-se Dele, é viver uma nova vida em novidade constante. Perdão e justificação estão claros na Bíblia. Quanto ao mais, não nos pertence. Desde que pau continue sendo pau e pedra continue sendo pedra, não vamos errar o recado nunca.

Nova vida meu querido, nova vida. Para isso, novo conceito e nova atitude. Sejamos renovados pela Presença Poderosa Dele em nós, tornando-nos pessoas que dão o recado que deve ser dado e não a sentença de um julgamento que mal sabemos como vai funcionar, não temos ideia de quando será e muito menos o que será de cada um. O que podemos ter certeza está em 1João 1:9 – essa é a mensagem da reconciliação. É cruz meu irmão, é cruz.

“Senhor, me ajuda a andar segundo a Tua vontade para minha vida com respeito ao que digo e anuncio para as pessoas. Me perdoa por querer ser juiz de pessoas e situações. Me dá coragem e estratégia para anunciar a mensagem clara e verdadeira da reconciliação.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Prática

“O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade.” (Efésios 4:28)

Praticar é simplesmente parar de falar e fazer. Simples assim, direto assim, claro assim. Eu estou injuriado, indignado, perplexo, embasbacado – sei lá que palavra eu uso! Vejo dezenas de pessoas dentro das igrejas, na minha e nas outras, cuja vida prática no cotidiano é uma e no domingo no culto é outra. Parece uma esquizofrenia espiritual. Durante a semana é bronca, é briga, é palavrão, é picaretagem, é uma lavoura de pequenas iniquidades que testificam de uma velha vida podre, nojenta e fétida. Não me refiro a escândalos, me refiro ao pequeno, aquilo que está entre mim e Deus muitas vezes – como se fizesse diferença ser pequeno.

Peguei pesado?

Foi intencional. As pessoas perderam a noção de mudança, acham que podem ser o que quiserem do modo que quiserem, e Deus vai simplesmente aceitar, vai abençoar, vai deixar tudo por isso mesmo, afinal elas são de Jesus. Pois eu temo pela vida eterna de alguns, os frutos estão denunciando árvores muito, mas muito, diferentes da propaganda.

Se é para ser santo, temos de viver em santidade, não apenas experimentar a santidade. Se é para ser de Deus, temos de ser totalmente Dele. Se é para ir para o Reino, a mudança tem de ser total ou como dizemos na minha terra “de mala e cuia”. Chega de olhar para o pecado como algo normal e tolerável. Basta de uma vidinha. É chegado o tempo de olhar para versículos como este com olhos de quem quer de fato e verdadeiramente novidades de vida. O que furtava, nunca mais furte. É esta a interpretação, não tem nada complicado, não tem que fazer doutorado em nada, não precisa nem de professor. É só parar de pegar o que não é seu!!!

Fazer diferente é a única forma de viver diferente. Eu estou completamente convencido de que este povo que aí está não influencia a sociedade, nem provoca um verdadeiro tsunami de conversões ao Reino de Deus, porque leva uma vidinha mediana, e sinceramente, para ser mediano o mundo é melhor. O Reino de Deus é para quem quer mais, para quem quer ir além, para que não quer ser encontrado na média, para quem sabe que tem algo mais e algo maior. Quem compraria um carro do ano 1980 pagando mais caro que um igual zero km? Meu querido, sua vida eterna é problema só seu. Só estou dizendo que se isso não derramar de dentro para fora tem algo errado, tem algo faltando e só vai piorar. Sozinho nada se conserta.

Uma vida nova, marcada por novidades espirituais, vai vencer os desafios e vai viver diferente. Vai olhar para as práticas renegadas da carne e vai abandoná-las de uma vez – sejam coisas sérias (roubo, assassinato, adultério, feitiçaria, idolatria) ou sejam coisas mais leves (orgulho, avareza, gula, preguiça).

É tempo de subirmos de nível. Deixar de lado as práticas medíocres que sempre deram resultados medíocres. É tempo de se ocupar das coisas do Reino de Deus e lutar para vencer e não apenas para o tempo passar até que Jesus venha.

Meu querido, sinta-se desafiado e olhar para sua vida e trocar as práticas por outras. Deus te guiará, esteja certo.

“Senhor, me mostra o que devo abandonar e qual é o caminho que devo seguir. Estou cansado de me arrastar, é meu tempo de voar. Me leva além dos meus próprios limites naturais.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Alegria

“Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17-18)

Eu nunca tinha pensado neste texto desta forma. Para mim sempre pareceu poético, distante, meio coisa de filme. Uma hipótese, uma condição sugestiva, uma estorinha.

A figueira representa a honra, a paz, a prosperidade. Quando a minha figueira secou e o sossego se dissipou, entendi.

As uvas representam o vinho, a celebração, a festividade, a alegria em si. Quando as minhas uvas acabaram e a festa cessou, eu entendi.

As olivas (azeitonas) representam o óleo, a unção, o ministério, o serviço no Reino, os dons. Quando as olivas acabaram, eu entendi. Glória a Deus que sobrou azeite estocado…

O alimento nos campos ou lavouras é fácil de compreender, embora, eu admito, nunca tenha passado fome, comi o último disso e daquilo várias vezes. Quando a minha despensa esvaziou de vez, eu entendi.

As ovelhas são símbolo de amigos, gente para cuidar, relacionamentos, sociedade, família. Quando me vi só, entendi.

Os bois ou bezerros representam a fartura, a carne abundante, a prosperidade, abundância, o churrasco, até mesmo o luxo. Quando os meus bois acabaram eu entendi.

Vivo dias de Habacuque, meu irmão. O que era fácil se tornou difícil, o abundante ficou escasso e o sossegado está tumultuado. Pouco ou nada resta no devido lugar para servir de referência ou ponto de apoio. Poucos dos “companheiros” suportaram a luta quando a coisa ficou feia. Só que nos meus dias de Habacuque, não tem “ainda que” pois é real.

Este ano tem sido curioso. O faturamento não caiu mas a inadimplência tem nos maltratado tanto que falta dinheiro quase o tempo todo e fica difícil conduzir as coisas. A saúde na família foi abalada em múltiplas frentes e quase não se dá conta de atender. O cansaço e o enfado são tão extremos que parece que noite alguma é longa o bastante para se recompor. Parece propaganda de filme de fim do mundo? Não, é um relato real.

MAS – nas madrugadas mal dormidas o Senhor nos visita. Nas contas bancárias minguadas a multiplicação acontece. Nas despensas fazendo eco o rendimento sobe. Na angústia o clamor é ouvido, o choro faz sentido e o incenso sobe como um foguete. Na agonia um ombro amigo aparece.

Permita a este quarentão um conselho, seja você meu querido mais moço ou mais experiente – aprenda a alegrar-se no Deus da sua Salvação enquanto se pode dizer “ainda que”. Eu o fiz, e agora o faço, por mais que tudo vá mal no conceito humano. Os dias escuros passarão, as dificuldades serão contornadas, o suprimento virá, a enfermidade será derrotada.

O que não vai mudar?

O que não pode mudar é meu coração agradecido ao Deus que me salvou quando eu merecia morrer. Deus não muda, eu não posso mudar. Se hoje perder tudo que “tenho” foi Ele que me deu, desfrutei mais do que merecia, sou grato. O conceito de alegria estava podre, o Senhor precisou repará-lo.

Deixo aqui meu recado para ser ouvido no céu, na terra e debaixo da Terra: louvado seja o Senhor, Deus Eterno, meu Salvador, cuja majestade é para sempre. Aleluia.

Isso meu querido, é novidade. Novidade de Vida…

“Senhor, em meio a tudo que o Senhor nos escolheu para nos provar, me ajuda a encontrar palavras de júbilo pois a vitória é certa e há sim motivos de alegria. Grande é o Senhor, totalmente digno de ser louvado.”

Mário Fernandez

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Sinais

“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados.” (Marcos 16:17,18)

Independentemente de quais sejam, eu creio sinceramente que a igreja de Cristo, como grupo de almas regeneradas e comissionadas para anunciar a salvação a este mundo perdido, precisa manifestar sinais. Talvez a organização ou a denominação não o faça, mas a verdadeira igreja de Cristo tem de fazê-lo. Portanto meu querido, eu e você como tijolinhos que somos desta edificação, como membros deste corpo, como unidade integrante deste organismo – temos de manifestar na nossa vida sinais que evidenciam o Reino de Deus e o Deus do Reino.

Os sinais servem para sinalizar – por óbvio que soe. Cegos não podem ver sinais mas podem ouvi-los. Surdos não podem ouvi-los mas podem vê-los. Por isso há uma diversidade de sinais, pois há uma diversidade de necessitados que precisam encontrar formas de serem alcançados pelo Reino e pela Sua misericórdia. Há perdidos para serem alcançados e os sinais são ferramentas. Há salvos que precisam ser fortalecidos e edificados, para os quais os sinais farão sentido. O problema, no meu ponto de vista pessoal, é que em nome de não exagerarmos nós simplesmente nos omitimos. Eu tenho temor de Deus suficiente na minha vida para saber que qualquer fingimento ou abuso neste sentido vai ser cobrado e vai sair caro, mas eu temo pela negligência. Em nome de não ser espalhafatoso ou cinematográfico, em nome de não imitar grupos que valorizam em excesso os sinais, em nome disso e daquilo: simplesmente apagamos.

O Reino de Deus é sobrenatural, Deus é sobrenatural, o Espírito Santo é sobrenatural, então por que tudo tem que caber na minha cabeça? Serei eu, com minha “exuberante” racionalidade, que vou limitar o agir de Deus? Longe de mim, pelo menos falando “por mim”. Eu penso e penso muito, valorizo a razão, acho que as coisas desta vida tem mais é de fazer sentido sim – mas Deus está fora dessa conta, Ele é soberano e eu não sou! Portanto, se para ganhar uma alma eu preciso sair na rua piscando feito um vaga-lume, e tiver certeza de que isso é o que Deus quer, não me resta mais do que obedecer. Ter certeza é outra questão, mas tendo, se eu me intimidar estou pecando.

Os continuadores da obra de Jesus na Terra, habitualmente chamados de igreja primitiva, manifestaram quase ou todos estes sinais. Não me faz sentido querer ser igreja se não for para buscar os perdidos e os sinais de Deus (os de Deus) são ferramenta para isso. Não está certo nos contentarmos com pouco quando o assunto é abençoar e demonstrar o Deus a quem servimos. Beber veneno e pegar em serpente realmente é meio trágico, mas tem tanto enfermo para ser curado e muito demônio para ser destronado…

Temo que estejamos vivendo no excesso de conforto em prol de… nada! Vivemos no conforto só para ter conforto. Isso beira a idolatria do conforto. Não sou contra viver bem, mas precisamos dar sinais de quem somos e a que viemos a este mundo.

“Senhor, me perdoa por negligenciar os sinais do Senhor em minha vida. Ensina-me e ajuda-mw a manifestar aquilo que for legitimamente Teu em mim para que o mundo creia.”

Mário Fernandez