Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Mantendo o Foco

“Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias 6:3)

Em vista das provocações que eram feitas pelos seus adversários, Neemias tomou uma atitude que nos serve de exemplo. Seus inimigos insistiram para que Neemias se encontrasse com eles. O texto mostra que Neemias sabia de suas intenções e não se deixou ludibriar por eles.

Um dos principais segredos para o sucesso na execução de um projeto é a capacidade de manter o foco naquilo que é verdadeiramente importante. Neemias tinha diante de si o desafio da reconstrução dos muros da cidade e nada era mais importante. Ele não gastava tempo em reuniões cujo resultado não fosse o avanço da obra. Ele não gastava tempo com aqueles que ele sabia que eram contrários ao seu propósito.

Os adversários de um projeto sabem que se puderem manter o líder ocupado com muitas coisas periféricas então o projeto em si pode naufragar por falta de direção.

Muitos de nossos líderes, hoje em dia, sofrem com o excesso de atividades paralelas e objetivos conflitantes. Espera-se que todos os que são líderes sejam capazes de atingir vários objetivos simultaneamente. Isso, porém, pode levar um líder a dirigir seu projeto principal com menos atenção e empenho que o necessário para que este seja bem sucedido. Muitos projetos fracassam, ou não atingem todo o potencial que poderiam, porque seu líder dividiu a atenção com outras atividades. Ou seja, perdeu o foco.

Avalie as suas demandas e veja se elas contribuem verdadeiramente para o seu projeto. Muitas vezes as demandas que nos aparecem podem parecer inofensivas, ou seja, não representam ameaça ao projeto. Isso pode ser até ser verdade, mas se ela não contribui para que o projeto se desenvolva, então ela não é prioritária e pode ser deixada para depois que o projeto terminar.

Manter o foco é não desperdiçar agora energia valiosa que será necessária no nosso projeto daqui a pouco.

“Senhor, ajuda-me a não desviar meus olhos para não perder tempo, nem recursos, nem esforço com aquilo que não agrega valor ao projeto que me confiaste.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Resultados da Disciplina

“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)

A disciplina é algo difícil para algumas pessoas. Talvez porque também não tenham sido disciplinadas ou mesmo tenham sido em excesso. Alguns pais pensam que disciplinar é mandar em seus filhos quando na verdade o que precisam é se relacionar com eles.

Quando os pais usam os métodos da manipulação, controle e intimidação, tudo o que conseguem é minar a educação sadia e cristã. Quem nunca soube de casos em que os pais controlam os filhos ao extremo com sucesso, e pensam que possuem um ótimo filho(a), até o dia em que este se torna “livre” da influência dos pais e então faz tudo o que esteve reprimido durante anos.

Outros filhos podem se rebelar contra este estilo controlador e então acabam recebendo mais repressão por parte dos pais, algumas vezes chegando ao extremo de romper o relacionamento familiar e sair de casa. Isto tudo não traz benefício ao relacionamento dos pais com os filhos e pior, acaba fazendo com que estes se distanciem de tudo aquilo em que os pais acreditam.

Para evitar isto alguns pais se tornam permissivos e se negam a repreender o filho acabando por criar um tirano. É por isto que hoje em dia esta nova geração deseja ser servida pelos pais enquanto a geração anterior servia aos pais. Os filhos não possuem limites e passam a mandar nos pais, bater nos professores e desrespeitar toda e qualquer autoridade instituída. Alguns pais podem usar o método da indiferença, o que também não resultará em algo bom.

Os pais precisam ser relacionais, possuindo equilíbrio entre disciplina e amizade, almejando filhos ajustados. Estes normalmente sabem como se relacionar com as demais pessoas, pois num relacionamento sempre haverá limites e respeito, portanto, terão um bom casamento, pois saberão tratar as dificuldades do dia a dia como o ajuste no relacionamento entre duas pessoas. Já um filho(a) tratado de outra forma poderá ser egoísta e desejar todo o amor para si, sem demonstrar ao seu cônjuge quanto o ama.

Filhos que foram corretamente disciplinados e ensinados trabalham de modo produtivo e responsável, servem e adoram a Deus, pois podem correlacionar seu relacionamento com os pais terrenos em relação ao Pai Celestial e assim prosperam em todos os aspectos da vida.

Os pais que se relacionam com seus filhos têm a oportunidade de conhecer o que se passa em seus corações, e assim podem ajudar seus filhos na sua vida profissional, ministerial e sentimental, pois haverá espaço para o diálogo e o compartilhar de expectativas e sonhos.

Um de nossos filhos desejava ser designer gráfico, e nós como pais começamos desde cedo a ajudar para que pudesse percorrer este caminho. Iniciamos um processo de mentorear este filho, colocando toda as nossas experiências de vida para auxiliá-lo. Orientamos para que fizesse um cursinho de como usar as ferramentas de design. Enquanto fazia o curso buscou uma colocação na área. Ele foi e conseguiu pelo seu próprio esforço um emprego numa empresa que colocava adesivo em carros. Algo bem simples considerando as expectativas dele.

Mas este filho foi obediente e considerou toda a orientação recebida. Em poucos meses havia aprendido todo aquele serviço, permitindo que buscasse um estágio em outra empresa, agora auxiliando designers experientes. Com sua força de vontade e criatividade, foi aprendendo com aquelas pessoas, e logo surgiu a oportunidade de ser efetivado naquela empresa.

Depois de uns dois anos já havia terminado o cursinho e dominava aquele trabalho também, então surgiu a oportunidade de se lançar numa agência web que faz comunicação para internet. Para isto teria que passar a ganhar a metade e voltar a ser estagiário, mas era o lugar onde gostaria de trabalhar.

Nós o apoiamos e ajudamos a pagar a faculdade, que neste tempo já estava cursando. Ele foi e em menos de seis meses já estava contratado como funcionário, e mais um ano já era o designer principal da empresa.

Não sossegou e continuou se aperfeiçoando até que uma grande empresa nacional de comunicação o encontrou e o contratou, o que exigiu que mudasse de cidade e fosse morar sozinho. Com o nosso apoio manteve-se firme naquele lugar, vencendo todas as dificuldades que surgiram. Hoje está perfeitamente adaptado a esta nova situação, é ativo numa igreja e desfruta da realização e conquista obtidas através de seu esforço e do relacionamento com seus pais.

“Senhor Jesus, cura-me de tudo que recebi na minha criação que me afeta negativamente e impede que possa desfrutar de uma vida vitória em todos os aspectos, assim como me ensina a me relacionar com meus filhos de maneira saudável. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Propósito

“Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs.” (Atos 13:36)

Em uma leitura recente deste texto Deus falou comigo. Eu vi literalmente este versículo dividido ao meio na palavra “adormeceu” e as duas partes tendo uma mesma revelação, como duas metades de uma mesma fruta.

De um lado, temos Davi servindo ao propósito de Deus para a sua vida dentro da sua geração. Isso meu querido, é eterno por mais que um dia nossa vida se encerre neste mundo. Uma geração marcada é uma geração que muda, que age diferente, que pensa diferente, que ensina diferente a próxima geração. Davi marcou sua geração e Israel nunca mais foi o mesmo povo depois de Davi. Foi assim com Noé, com Abraão, com Moisés, com Elias, com Jesus e deveria ser igualmente comigo e contigo.

De outro lado, temos um corpo mortal se decompondo e, portanto, perdendo completamente sua serventia. O corpo humano serve para nos levar de um lugar para o outro, serve para nos dar sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar), serve para nos relacionarmos uns com os outros, serve para… enfim, serve para cumprir o propósito de Deus em nossas vidas na nossa geração! Isso sim posso te garantir que será, como foi com Davi, igualzinho comigo e contigo. Esse corpo vai se decompor certamente.

Uma nova vida em Cristo é uma vida que dá foco e prioridade em buscar e cumprir o bendito propósito de Deus na sua geração. Não adianta tentar deixar um legado para a posteridade sem marcar o tempo presente, assim como não tem qualquer valor se especializar no passado (ou ser escravo dele) sem marcar o tempo presente.

Olhe ao seu redor, somos um bando de solitários no século XXI transitando por ruas lotadas, entrando em aviões lotados, andando por lojas lotadas e muitas vezes frequentando igrejas lotadas – mas usualmente solitários. Que propósito isso cumpre, meu irmão?

O meu propósito não precisa e talvez nem deva ser o seu, mas na minha geração eu quero deixar uma marca. Quero te fazer um convite imaginário para o qual fui convidado muitos anos atrás. Imagine o dia do seu velório. Você morreu, seu corpo está ali sem vida em uma urna de madeira e há pessoas ao redor. O Senhor lhe permitiu ver e ouvir seu próprio sepultamento, hipoteticamente. Agora responda para si mesmo: O QUE ESTAS PESSOAS ESTÃO PENSANDO E DIZENDO A SEU RESPEITO?

A resposta desta pergunta, meu querido leitor, é a única resposta que consigo imaginar para esta outra pergunta: que propósito de Deus você cumpriu na sua geração? Não adianta nos enganarmos nem procrastinarmos. O propósito que cumprimos vai aparecer desse modo, seja ele para Deus ou não.

Declare morte ao inútil, insípido e indiferente que mora dentro de você e, como eu, entre numa batalha diária constante e ininterrupta para que este traste jamais ressuscite! Escolhi há uns 15 anos o que quero que comentem no meu velório, e estou semeando isso diariamente desde então. Te convido a vir comigo.

“Senhor, longe de mim me achar perfeito ou completo, mas agora que entendi mais claramente que o eterno é o Teu propósito e não o meu corpo, quero mudar. Me ajuda a ser mais relevante na minha geração, dentro das minhas características, virtudes e limitações.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Lutando Juntos

“Nem eu, nem meus irmãos, nem meus moços, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos as nossas vestes; cada um se deitava com as armas à sua direita.” (Neemias 4:23)

Relembrando: Uma conspiração dos inimigos de Neemias foi descoberta. Eles ameaçavam atacar a cidade e impedir a continuidade da obra. Neemias coordenou o esforço concentrado para continuar a obra e ainda manter os trabalhadores armados e prontos para reagir em caso de ataque.

Até aqui vemos Neemias fazendo o que se espera que um líder faça, que é ficar atento ao ambiente e proteger a sua equipe das influências e ameaças externas. Mas, neste versículo vemos que Neemias e aqueles que vieram da Babilônia para participarem do projeto estão igualmente comprometidos com a proteção dos trabalhadores da obra.

Quando se lê a história de Neemias pode parecer óbvio que ele participe do esforço de proteção, afinal o projeto é dele e ele está no comando.

No entanto, nem sempre é assim que acontece. Já participei de projetos onde, no momento mais tenso e difícil, o líder distribuiu responsabilidades e, em seguida, saiu de férias. Já vi equipes reclamando da distância segura que seus chefes mantinham “dos problemas” do dia a dia do projeto, mas sempre estavam presentes quando tinham de mostrar os resultados para os superiores.

Liderança traz privilégios? Sim, com certeza. Mas a liderança traz como responsabilidade mais básica a exigência de que o líder deve permanecer junto aos liderados durante toda a execução do projeto e que participe de todos os seus aspectos, tanto dos positivos como dos negativos.

O líder que se exime de participar com a equipe dos momentos mais difíceis está, na verdade, cometendo o erro grave de desvalorizar a sua liderança aos olhos dos liderados, que o veem como fraco e despreparado na melhor das hipóteses, ou aproveitador, na pior delas.

Ao realizar esta ação tão óbvia o líder inspira a equipe a lutar com ele, aumenta-lhe confiança, fortalece os vínculos. Vencem com mais facilidade as dificuldades e terminam como uma equipe mais forte e entrosada.

“Senhor, dá-me a coragem necessária para vencer os problemas que a minha equipe enfrenta na execução do projeto que nos confiaste.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Singularidade

“Eu e o Pai somos um.” (João 10:30)

Interessante como apesar dos filhos saírem dos mesmos pais, os mesmos genes, cada um tem um temperamento e uma maneira de ser totalmente próprias.

Nascem como um papel em branco, e o temperamento do pai e da mãe os influencia desde cedo, a ponto de imitarem alguns comportamentos do pai, outros da mãe, dos tios e tias, primos, avós, enfim daqueles que os influenciam no dia a dia, acabando por ser uma obra única de Deus.

Assim sendo, precisam ser amados como são. Aí é que está a dificuldade, ouço pais dizerem:

— Se minha filha ao menos não fizesse tal coisa, então eu teria um ótimo relacionamento com ela.
— Se meu filho não me respondesse daquela forma, me daria bem com ele.

Dos nossos filhos, um é mais introvertido, perfeccionista e ansioso. Precisa ser convencido com argumentos sólidos e precisa de palavras de afirmação. Outro já é mais aberto, criativo e bem-humorado, fala e gesticula ao mesmo tempo, precisa de tempo de qualidade. O outro é muito certo, detesta injustiça, tem muita energia, disposição e força de vontade, também precisa de tempo de qualidade. E o outro tem muito dos outros três, além de ser curioso e gostar de mostrar serviço como forma de amor.

Gary Chapman em seu livro As cinco linguagens do amor identifica as formas de receber e expressar amor. Ler este livro nos ajudou a compreender a forma que cada um deles gosta de se sentir amado.

Temos o tempo de qualidade que deseja um tempo só seu, ininterrupto, outra forma é dar e receber presentes, não importa o valor deles. Mostrar serviço é aquele que gosta de fazer coisas para os outros, investe tempo e energia para demonstrar seu amor. Algumas pessoas preferem receber palavras de incentivo, apoio e elogio, para eles são as palavras que afirmam o amor dos que estão em volta. A quinta forma é o toque físico. Precisam de um abraço, um tapinha nas costas ou um aperto de mão.

Certa vez, este que tem opiniões fortes e firmes, estava assistindo televisão a tarde e acabou o programa que ele gostava. Ele queria assistir mais, mas havia acabado. Como estava bravo, foi até a televisão e simplesmente a puxou de cima da estante derrubando no chão. Graças a Deus esta caiu de uma forma que quebrou o tubo de imagem na parte traseira, senão teria explodido nele.

Ele não se machucou, mas nós estávamos atravessando uma fase financeira difícil, e precisamos ficar algumas semanas sem televisão. Ele foi corretamente disciplinado, de tal forma que este episódio não o marcou negativamente.

Este filho, desde que nasceu, tomava água no copo e depois jogava o copo no chão só para escutar o barulho. Hoje ele é baterista e ministra na igreja.

Em outra oportunidade estávamos de férias e pudemos ir com toda a família para uma cidade litorânea para o qual tínhamos economizado. Chegando lá, um deles ficou um pouco deprimido e chegou a escrever uma carta para nós dizendo que estava se sentindo desprezado pela família. Escreveu que se sentia como uma mosca no nosso meio.

Estes dias estávamos conversando em casa e lembramos disto. Ao contar para ele o que tinha ocorrido, foi uma risada só. Muito brincalhão, ele coloca as mãos na posição de asas e sai batendo na janela como uma mosca e damos muita risada.

Então ele diz:

— Nem me lembrava mais disto mamãe! O que foi que vocês fizeram quando leram a carta?
— Nem eu me lembro ao certo meu filho – disse sua mãe.
— Uma coisa eu sei, disse ele. A atitude de vocês fez com que este episódio não marcasse minha vida. Eu sou saudável emocionalmente e isto não fez a menor diferença para mim.

Quando nós identificamos os traços de personalidade de cada filho, temos a oportunidade de tratar filhos diferentes de maneira diferente.

Quando amamos nossos filhos da maneira como são, isto os deixa tranquilos e responderão com amor e carinho.

“Senhor Jesus, preciso conhecer meus filhos na sua individualidade para que possa amá-los como são. Dá-me a compreensão e o amor necessários para isto. Abre meu entendimento para que possa enxergar as oportunidades de expressar meu amor da forma correta, da forma que possam compreender e deixar descer para seu coração. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Novidade de Vida – Reconciliação

“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.” (2 Coríntios 5:18,19)

Um dos sinais que, na minha opinião, marca de maneira muito forte uma nova qualidade de vida é quando a pessoa troca as acusações e os julgamentos. Alguns trocam pelo silêncio omisso, ou seja, param de comentar o que não concordam ou reprovam. É um bom sinal, mas o excelente é inimigo do bom. O ideal, o ótimo, excelente, perfeito – é trocar por reconciliação, por intento e atitude de corrigir amorosamente.

Os exemplos podem ser inúmeros. O foco aqui é deixar claro que Deus não nos deu ministério de julgamento, condenação, acusação, crítica… Tudo isso pertence ao outro lado. Deus é o Justo Juiz, portanto Ele há de julgar corretamente. A condenação só pode ser resultado de um julgamento, portanto cabe igualmente ao Todo Poderoso condenar segundo as obras de cada um. Acusação e correlatos cabem ao inimigo, que aliás tem uma grande especialidade nisso.

O que alguns de nossos irmãos não perceberam é que o texto escolhido diz que Deus nos reconciliou com Ele mesmo e por causa disso somos reconciliadores. Nosso papel nesse mundo é passar uma imagem de um Deus acolhedor e não condenador. O amor pelo pecador não o isenta de pagar por seus erros, isso é papel da Redenção. Mas, como crerão em quem não ouviram? Como ouvirão se eu e você ficarmos condenando e acusando?

É chegado um tempo de assumirmos que uma nova vida em Cristo nos leva a uma nova opinião sobre as coisas. O versículo 19 termina dizendo que Deus nos confiou uma mensagem, um recado, um ensino, uma revelação. A palavra ali pode ser interpretada de muitas maneiras válidas, mas quero me permitir aqui um entendimento muito, muito simples: temos algo que não é nosso nem a respeito de nós mesmos. Isso precisa ser comunicado, divulgado. São boas novas e, principalmente por isso, merecem ser anunciadas.

Não estamos insinuando que Deus irá ignorar as obras da vida de cada um no dia do Juízo, MAS isso cabe a ELE e não a NÓS. A mensagem é abandonar o pecado e aproximar-se Dele, é viver uma nova vida em novidade constante. Perdão e justificação estão claros na Bíblia. Quanto ao mais, não nos pertence. Desde que pau continue sendo pau e pedra continue sendo pedra, não vamos errar o recado nunca.

Nova vida meu querido, nova vida. Para isso, novo conceito e nova atitude. Sejamos renovados pela Presença Poderosa Dele em nós, tornando-nos pessoas que dão o recado que deve ser dado e não a sentença de um julgamento que mal sabemos como vai funcionar, não temos ideia de quando será e muito menos o que será de cada um. O que podemos ter certeza está em 1João 1:9 – essa é a mensagem da reconciliação. É cruz meu irmão, é cruz.

“Senhor, me ajuda a andar segundo a Tua vontade para minha vida com respeito ao que digo e anuncio para as pessoas. Me perdoa por querer ser juiz de pessoas e situações. Me dá coragem e estratégia para anunciar a mensagem clara e verdadeira da reconciliação.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Liderando Com o Coração – Tratando com os Adversários

“Tendo Sambalate ouvido que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus.”

Toda a boa obra será desafiada pelos que não acreditam nela ou não tem interesse de que ela aconteça. Os motivos para isso podem ser vários. Desde a inveja por não ter tido coragem de fazer a obra por si mesmos até a ameaça de perder o poder ou lucro conseguidos com a situação como ela está.

A liderança é um chamado para a realização de uma obra, todo líder genuíno tem seu coração incendiado pela concretização de um sonho. Ele tem seus olhos fixos no futuro, enxergando realizada a visão que Deus lhe deu. Neemias enxergava o muro pronto antes mesmo das primeiras pedras serem postas. Seu entusiasmo por essa visão contagiou os habitantes de Jerusalém e arredores e gerou o movimento que iniciou a reconstrução.

Liderança é um chamado para a mudança da realidade. Ela se apresenta de uma maneira que não atende ao desejo do coração de Deus e este incendeia o coração de um de seus filhos para sonhar uma nova realidade mais condizente com o desejo de Deus e seus propósitos. O povo estava pobre, a capital da nação estava destruída e o templo, símbolo da presença de Deus entre o povo, em ruínas. Neemias recebeu a visão de uma realidade nova e se dispôs a ser quem a mudaria.

Mas na realidade atual tem muitos que estão satisfeitos, pois conseguem ter com ela poder, influência ou dinheiro. No caso de Neemias, seu projeto de restauração da cidade tiraria o influência de povos vizinhos que aproveitaram o fato de terem ficado na terra apenas os mais pobres e fracos, a quem eles puderam subjugar. A restauração da cidade mudaria o foco do poder, da influência e passaria a direcionar os recursos financeiros para os judeus, que poderiam assim voltar a prosperar na terra.

A primeira arma que estes adversários da mudança usam é o descrédito. Eles duvidam da necessidade e da viabilidade obra, da capacidade, idoneidade e da motivação do líder. Eles ressaltam as fraquezas daqueles que estão envolvidos e mostram aos outros todos os defeitos possíveis na obra, reais ou não. Se você ler dos versículos 1 a 5 verá que os adversários de Neemias zombaram da capacidade do povo e duvidaram do resultado do trabalho.

Na maioria das vezes, a única maneira de tratar com este tipo de pessoas é fazendo justamente o que Neemias fez:

1) Entregá-los a Deus em oração. A Bíblia diz que a obra que Deus nos põe na mão para realizar não deve ser feita em poder ou violência, mas no poder do Espírito Santo (Zacarias 4:6) e que devemos deixar qualquer desejo de vingança com Deus (Hebreus 10:30).

2) Não deixar que eles participem ou tenham influência sobre o projeto. No capítulo 2:19-20 você pode ver Neemias respondendo aos seus detratores a sua confiança em Deus e negando a participação deles na obra. Esse cuidado de Neemias evitou ter as famosas “laranjas podres” entre os seus companheiros, aqueles que contaminariam os participantes com as suas reclamações, dúvidas e acusações.

Conscientize-se: nenhuma obra ou projeto que valha a pena e que mudará a realidade deixará de ter os seus adversários. Se possível, descubra antecipadamente quem são, mapeie o poder de influência que eles têm entre aqueles que você quer alcançar e tome as providências para diminuir a sua influência no seu projeto.

E acima de tudo, faça sempre como Neemias, ore.

“Senhor, ajuda-me a ter a atitude correta para com aqueles que não acreditam no projeto que colocaste em meu coração.”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa em Casa – Ame Seus Filhos

“Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição.”
Malaquias 4:6.

Cada filho é singular e precisa ser amado da maneira como é. Não é algo simples e muito menos automático. As pessoas parecem não ter naturalmente dentro de si o objetivo de compreender e amar os demais, nem mesmo seus descendentes.

Basta olhar os noticiários atuais, repletos de notícias sobre falta de amor e compreensão, que levam aos mais absurdos atos e atrocidades.

Os pais em geral não foram ensinados a entenderem seus filhos. Deveriam ver como agem, escutá-los, procurar compreender suas motivações para saber qual o objetivo das perguntas, atitudes e comportamentos. Mas não é assim.

A maioria dos pais está tão preocupada em realizar as suas próprias tarefas, tais como: se relacionar de maneira adequada com seu cônjuge, cuidar dos afazeres domésticos e trazer o sustento para casa; que se esquecem das demais coisas, inclusive amar adequadamente seus filhos.

Outros, para tentar resolver esta situação, procuram fazer para seus filhos aquilo que não receberam quando crianças. Certo pai, não tinha podido se alimentar suficientemente quando criança, faltavam muitas coisas em casa, por mais que houvesse esforço por parte dos seus pais.

Esta situação levou aqueles pais a se desentenderem, pois a esposa mostrava o que estava faltando em casa, enquanto o marido fazia o que sabia e o que estava ao seu alcance para suprir a casa, sendo insuficiente.

Os desentendimentos entre eles acabavam por gerar um clima ruim no lar, e quando as crianças chegavam por perto, hora o pai, hora a mãe, descarregavam suas frustrações nos pequenos, que não compreendiam nada, mas guardavam em seus corações.

Não é a toa que cresceu dizendo a si mesmo que daria certo na vida e que nada faltaria aos seus filhos, daria a eles tudo que não teve.

Este pai estava procurando amar seus filhos da maneira como gostaria, ou melhor, entendendo que a falta que teve na infância era o problema, quando na verdade o real problema era a falta de aproximação entre pais e filhos, a falta de um diálogo sadio e construtivo.

Nós como pais precisamos primeiramente sermos curados de nossas feridas emocionais pelo Pai Celestial para então podermos cumprir o nosso papel da maneira como Deus deseja.

Isto não significa que erramos, ou que só devemos começar quando estivermos prontos, mas sim que isto é algo que se constrói durante a vida. É por isto que nossa forma de educar nossos filhos foi sendo aperfeiçoada, e acredito que nosso filho mais novo é o que menos sofreu devido às nossas próprias falhas.

Muitas vezes eles desejavam fazer algo e tínhamos a escolha de dar um sermão e falar um sonoro não, ou por mais que isto pudesse ir contra o nosso ensino ou mesmo entendimento, permitíamos de forma a que pudessem experimentar quando criança para não vir a ter desejos reprimidos quando adultos.

Certo dia um deles disse que queria cortar o cabelo estilo moicano. Tinha visto alguns amigos com este corte e achou legal. Queria ainda deixar o cabelo colorido. Minha reação era de não deixar, mas o Senhor me deu uma esposa sábia que apesar de ter passado por muitas situações complicadas na sua infância, soube tratar sua vida para que nossos filhos fossem minimamente afetados por isto.

Então eles foram cortar e pintar o cabelo, tinham por volta de 7 anos. Acharam bonito nos dois primeiros dias, depois foi uma choradeira de que não estava bonito, não gostaram e queriam desfazer o que tinham feito. Foi uma excelente oportunidade para serem ensinados sobre as consequências dos seus atos.

Esta situação me lembra da parábola do filho pródigo, cujo pai o amou tanto que permitiu que fizesse o que estava na sua cabeça, e assim ganhou o seu coração e sua vida.

Esta forma de amar não é simples e nem natural, pois pensamos que estar ao nosso lado, mesmo que reprimidos é melhor, quando na verdade o que precisamos é dos seus corações conosco estando perto ou longe da gente.

“Senhor Jesus, que as barreiras entre a minha geração e a de meus filhos caia por terra. Dá-me um coração amoroso para com eles para que possa compreender suas atitudes e necessidades e ser o primeiro a apoiá-los no crescimento pessoal e espiritual. Amém!”

Luis Antonio Luize