Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Abandonando Vínculos

“Portanto, deixará o homem a seu pai, e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão uma só carne.” (Gênesis 2:24)

Existem três áreas em que um casal deve abandonar vínculos para que possa desenvolver um relacionamento conjugal sadio. São eles: físico, financeiro e emocional. Este ato de abandono os leva a assumir uma nova posição.

O deixar físico significa literalmente sair da casa dos pais. Hoje em dia é tão comum filhos viverem na casa dos pais até os trinta, usufruindo do que os pais lhe proporcionam, sem sequer se preocupar com as necessidades deles.

Por outro lado, há muitos que se casam e se sentem tão bem acolhidos no ninho, que é a casa dos pais, que se permitem morar no mesmo local.

Meu pai e minha mãe moraram na casa da minha avó materna por alguns anos após se casarem. Isto deixou marcas profundas na minha mãe, que se lembra até hoje dos desaforos que recebeu naquela época.

Não importa que seja uma casa humilde e simples, bem ou mal localizada, mas deve estar a uma distância suficiente para que os pais não interfiram no relacionamento do casal.

Em seguida é necessário o deixar financeiro. É preciso que o casal saia da dependência econômica dos pais. O marido deve assumir seu papel de provedor trazendo o necessário à manutenção familiar. Naturalmente que a esposa pode e deve auxiliar o marido nisto, mas a primeira responsabilidade é dele e não dela.

A sociedade brasileira é pródiga em casais que são mantidos por mulheres. Nada contra, são guerreiras, mas é responsabilidade do homem, que está se esquivando disto e jogando o peso para ela.

Nada impede aos pais ajudarem de vez em quando numa necessidade eventual, afinal estão se firmando, aprendendo a andar sozinhos. O casal deve enfrentar suas lutas, às vezes errando às vezes acertando, chorando e se alegrando juntamente.

O deixar emocional também é importante. Aqui vemos muitos casais totalmente dependentes de outras pessoas, normalmente das mães. São filhos bebezões que por qualquer coisa vão para o colo da mãe, e filhas emocionalmente dependentes de suas mães, que acabam confidenciando seus problemas a elas quando, na verdade, deveriam enfrentar e resolver junto com seu marido.

Via de regra esses maridos, de tão mimados, acabam trazendo problemas ao seu casamento, assim como essas filhas.

O casal precisa assumir suas decisões, enfrentar seus problemas lidando com a responsabilidade e consequências disto. Esta é a marca de um casal emocionalmente maduro, que cresceu e aprendeu a assumir seus desafios, confiando em Deus.

Ao realizar estas quebras de vínculos, o casal passa a assumir uma nova posição. Deixa ser meu e teu e passa a ser nosso. Quem não passou por este deixar de maneira completa não entende a palavra nosso.

Abandonar estes vínculos permite que o casal estabeleça uma nova relação. E esta será forte e permanente na mesma medida da intensidade destes abandonos.

Há necessidade do casal assumir as suas próprias responsabilidades, em especial o marido. Muitas mulheres falam isto aos seus maridos, mas eles entendem como implicância delas. Se não assumirem, haverá um acúmulo de problemas que poderá levar o casal a um conflito muito sério.

A Palavra de Deus fala claramente sobre deixar para que possam viver como uma só carne, portanto é algo que o casal cristão deve fazer. Por outro lado, entendam que o ato de deixar não é uma negação de amor aos pais. O processo de sair do ninho e formar o seu próprio lar deve ser feito sempre com muito amor, carinho e compreensão por parte dos filhos e por parte dos pais.

Há a necessidade de sair do ninho da infância e mocidade para poder voar mais alto e cumprir o plano de Deus para o seu casamento. Plano este de desafios e conquistas vitoriosas.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Em qual destas áreas precisamos melhorar?
  • Confiamos que Deus está no controle e nos ajudará no casamento?

“Pai celestial, desejamos cumprir com o que diz na tua palavra. Auxilia-nos a deixar tudo que impede que possamos progredir como casal e desfrutar das tuas bênçãos ilimitadas. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Substituição

“Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro’.” (Gálatas 3:13-14)

No Brasil a maioria das pessoas consegue entender um jogo de futebol, o que em outras partes do mundo talvez seja melhor exemplificado por outro esporte coletivo. Chamou-me a atenção o Espírito Santo certa vez ministrar ao meu coração sobre outros esportes no qual não há substituição: tênis, atletismo, boxe, ping-pong, fórmula-1. Veio-me claramente o entendimento que pretendo repartir aqui. Mesmo se o esporte for muito individual como uma luta de boxe, ou totalmente coletivo como o basquete – sempre há uma equipe de retaguarda. Há treinadores, técnicos, médicos, nutricionistas, patrocinadores e tantos outros. Quando Jesus foi para a cruz “sozinho” ele não estava jogando um jogo solitário. Havia legiões de anjos servindo-o, havia discípulos tomando nota para registrar nas Escrituras, havia pessoas acompanhando… Não se trata de estar ou não estar só, mas de ser quem deve fazer o que deve ser feito.

Talvez (estou conjecturando) anjos se tenham se enfileirado se oferecendo para trocar de lugar com Ele. Talvez algum discípulo mais desprendido tenha cogitado fazê-lo. Mas não era possível, pois só Ele poderia ir para aquela cruz. A cruz não era para Ele, mas só Ele podia encará-la.

O mistério que precisamos revelar é que a crucificação de Jesus, com base no texto acima, já era uma substituição. Era eu quem deveria estar lá. Sim, só Jesus poderia ter ido para a cruz por que ninguém suportaria, ninguém seria bom o suficiente, ninguém mais serviria como propiciação. Ele me substituiu e te substituiu naquela cruz, não havia outro que pudesse fazê-lo. Mas isso não se refere unicamente a morrer em meu e em seu lugar.

Não importa o quanto isso pareça ter pouco valor na sua vida, não importa o quanto seja esquisito olhar para Jesus na cruz e se imaginar ali. Aquela cruz não era para Jesus, era para nós. Ainda que outro quisesse (se é que alguém o fez) ninguém poderia substituí-lo pois Ele já era o substituto.

A troca foi mais do que uma morte física, foi assumir uma pesada conta a ser paga, a conta da maldição. E isso, como se fosse pouco, ainda foi potencializado pelo fato de ser uma substituição voluntária, dada pela necessidade de nos livrar dessa maldição. Jesus se tornou maldição em nosso lugar, não “apenas” morreu em nosso lugar, Ele fez um sacrifício voluntário de se tornar maldito por minha e por sua causa. Quem suportaria tamanho peso além Dele?

Temos de entender que mesmo que Jesus não estivesse só, era o único que poderia fazer o que fez. Na cruz acabou a maldição da lei que pesava contra nós, acabou o peso que nos impedia de prosseguir, acabou o jugo, acabou a servidão. O meu preço foi pago e Jesus foi que pagou.

Se aquela cruz fosse uma substituição de morte já seria algo sobrenatural, mas foi além disso. Anulou a maldição da lei sobre a minha vida. Substituiu todo peso da lei que havia em cima de meus ombros. Assumiu a minha culpa, pagou o meu preço, recebeu a minha maldição. De que adiantaria morrer em meu lugar, se eu tivesse de carregar ainda em vida a maldição da lei?

Se isso não for motivo suficiente para darmos aleluias ao Rei dos Reis, sinceramente não sei o que fazer.

“Senhor, ajuda-me a perceber que ao morrer em meu lugar Teu Filho me livrou de mais do que da morte, me livrou de uma vida amaldiçoada. Te agradeço de todo meu coração.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Renovando a Esperança

“Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança” (Lamentações 3:21)

Um versículo da Bíblia que sempre mexe comigo é este em que o profeta Jeremias diz que mesmo entre os problemas em que ele está envolvido, quer se lembrar daquilo que dá esperança ao seu coração: a graça de Deus e seu cuidado.

É interessante que muitas vezes a gente passa mais de uma vez por situações parecidas e é justamente nelas que podemos experimentar na prática o que o Jeremias viveu.

Realizando uma manutenção no site deparei-me com um artigo que escrevi alguns anos atrás que, por estar passando por uma situação semelhante, me trouxe esperança de ver o Senhor agir da mesma maneira amorosa e misericordiosa.

Na época vi meu emprego chegando ao fim. Apesar de fazer o que entendia ser possível as circunstâncias culminaram com a demissão da maioria dos gerentes (Atualmente a empresa em questão não existe mais pois foi comprada por uma empresa estrangeira).

Fiz uma série de artigos contando o que estava passando (que depois brinquei com a família dizendo que era a “crônica de um milagre anunciado”).

Convido você para ler os artigos na sequência e perceber o mover de Deus naquele tempo:

Assim como lembrar o que Deus fez na minha vida me trouxe esperança de ver o seu mover novamente, espero ter despertado em você o desejo de lembrar o que Deus fez na sua vida. Convido-o a se juntar comigo e confiar em Deus em relação ao nosso futuro.

“Senhor, as suas misericórdias se renovam e a minha confiança em ti também!”

Vinicios Torres

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – Aprendendo a se Comunicar

“Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.” (Jó 42:5)

Toda comunicação é baseada no processo de transmissão verbal ou não verbal de uma informação de uma pessoa para outra.

Muitos se comunicam falando e gesticulando. Em casa nós brincamos com o fato de que um de nossos filhos gesticula bastante para falar e damos muitas risadas com isto. Parece que ele não consegue falar sem mexer suas mãos. Aliás, não conseguimos enxergá-lo falando sem que mexa suas mãos, passou a ser sua marca registrada e facilita compreendermos o que diz.

Mas além disto, a mensagem é importante e podemos comunicá-la em níveis diferentes.

O nível superficial é quando conversamos com alguém sem nenhum envolvimento ou comprometimento, principalmente sem emitir opinião ou sentimentos. Mais ou menos como aquelas conversas que dois minutos depois nem sabemos o que foi falado. Neste estágio ninguém tem receio de ser rejeitado, pois a conversa é muito limitada.

Já no nível descritivo, nos limitamos a descrever fatos ou relatar o que outras pessoas fizeram. Mesmo assim ainda não criamos nenhum tipo de envolvimento e, no máximo, expressamos nossa opinião a respeito de determinado assunto. Aqui muitas pessoas transitam tentando compreender o que os outros pensam sobre determinado assunto de forma a conhecê-las e saber se podem compartilhar algo sem serem rejeitadas.

Caminhando nestes níveis, chegamos no compartilhar de ideias e sentimentos. Neste estágio ainda preservamos parte de nossa intimidade e revelamos apenas o que nos parece oportuno ou que não será objeto de rejeição por parte da outra pessoas e, ao mesmo tempo, não nos ocasionará feridas. Normalmente nos preservamos em relação aos assuntos que nos são importantes e que, se forem atingidas, poderão nos trazer dor e algum tipo de desajuste interno.

O último nível que chegamos é a comunicação total. Então passamos a compartilhar nossos sentimentos e emoções. São relacionamentos baseados na honestidade e abertura completa. Aqui corremos o risco de sermos criticados ou rejeitados pela outra pessoa. Isto mostra-se bastante ameaçador para qualquer pessoa, mas é um nível necessário a todo ser humano, apesar de não poder ser desenvolvido em todos os nossos relacionamentos. Por outro lado, é essencial para o sucesso da vida conjugal.

Muitos casais jamais chegam a desenvolver um nível de comunicação adequado que permita se conhecerem e viverem bem. Eu glorifico ao meu Deus que, desde cedo, colocou no meu coração e no da minha esposa desenvolvermos um nível de comunicação adequado.

Conheço muitos casais que viveram décadas juntos sem se comunicarem adequadamente. Isto os privou de uma vida alegre e gerou problemas sérios no relacionamento, a ponto de levar a uma crise. Somente por não se comunicarem bem.

Muitas vezes os casais passam o dia inteiro trabalhando fora e quando chegam em casa sequer falam sobre seu dia. Aqui em casa desenvolvemos a prática que aprendemos nas aulas de casais que ministramos.

A ideia consiste em quando nos encontramos ao final do dia fazermos duas perguntas bem simples um ao outro:

— O que aconteceu de melhor para você hoje?

— O que aconteceu de pior para você hoje?

Ao fazer cada uma das perguntas o outro deve escutar ativamente a resposta e apoiar tanto quanto necessário. Em seguida o outro cônjuge faz a primeira pergunta ao outro, que responde.

Somente depois é que fazemos a segunda pergunta, que dependendo dos acontecimentos do dia pode exigir que o cônjuge ministre ao coração do outro aquilo que seja necessário para que alcance a paz.

Isto tem funcionado muito bem e nos leva a compartilhar nossos sentimentos e emoções um ao outro. Experimente!

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Qual tem sido o nosso nível de comunicação?
  • Você se sente seguro para compartilhar seus sentimentos e emoções comigo?

“Pai celestial, ajuda-me a comunicar-me mais e melhor. Que eu tenha um coração que permita ouvir sem se zangar e apoiar meu cônjuge com amor. Que nós possamos desfrutar de um novo nível de comunicação e de relacionamento. Amém!”

Luis Antonio Luize

Mário Fernandez

Cruz – Esperança Eterna

“Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.” (1 Coríntios 15:19)

A cruz de Cristo é e deve ser sempre o símbolo da esperança para todos os que Nele crerem. Se olharmos para a cruz com a intenção de vermos uma boa vida nesta Terra, não estaremos errados. Mas, se olharmos para a cruz SOMENTE com a intenção de vida aqui, lamentavelmente não entendemos o recado e somos dignos de pena, de compaixão, de lástima, de lamento.

A esperança trazida por Jesus naquela cruz é para esta vida, mas não somente para ela e sim para um futuro de eternidade com ele. Sem sombra de dúvida, nem medo de errar, podemos afirmar tacitamente que, neste sentido, o melhor de Deus ainda está por vir. Eu não estou apregoando que seja fácil ou que não mereçamos atenção nesta vida, mas a mediocridade é inimiga da eternidade.

Quando Jesus nos mostrou a vida que há Nele e Por Ele, isso foi para a eternidade com Ele. A cruz serviu de ponte entre o terreno e celestial, entre o mortal e o imortal, entre o passageiro e o eterno. Não há o que se possa dizer biblicamente em contrário à vida eterna que nos é dada pelo sangue derramado na cruz do Calvário e a subsequente ressurreição do Filho de Deus. Não há outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos e, mais do que isso, suficientemente salvos. Não é apenas uma salvação exclusiva por Jesus, mas eterna e suficiente.

Quando não compreendem a dimensão da eternidade e da esperança eterna, as pessoas vivem suas vidas neste mundo como se fossem ficar aqui para sempre. Adquirem patrimônio, acumulam mais do que precisam, detonam sua saúde, menosprezam relacionamentos, negligenciam amar e repartir… Todos nós, invariavelmente, vivemos assim em graus maiores ou menores.

Alguns, literalmente, não tem nada nessa vida, passam fome, moram de favor, mal se cobrem. Mas se tivessem algo, qual seria sua atitude? Outros têm tanto que não sabem mais onde colocar. Meses atrás faleceu um empresário brasileiro tido com um dos mais ricos do nosso país. O que se fez dele? O que se fez de sua fortuna, bens, empresas, poder? Eu não sei. Mas um nazareno sem dinheiro que não tinha duas túnicas, quando foi morto, deixou uma esperança eterna que ecoa até os dias de hoje e sua herança somos nós, eu e você, vivendo com ele.

Temos de tomar consciência de que a cruz foi lugar de sacrifício para obter vitória e essa vitória é a semente e a fonte de esperança. Esperança eterna. Esperança de vida. Esperança firme e forte. Esperança que me leva a proclamar aos quatro cantos da Terra que Ele está vivo, que nem a morte pôde segurá-lo. Eu tenho esperança Nele e com Ele, para todo sempre e não apenas para esta vida. Ele reina e sou Seu servo. Para mim está ótimo assim.

“Senhor, toda honra seja a Ti por me dar uma esperança eterna que chega a ser difícil compreender de tão ampla e poderosa. Ensina-me a viver de maneira esperançosa e muito além dessa vida.”

Mário Fernandez

Vinicios Torres

Não Desista Por Causa dos Obstáculos

“Quando se tem uma meta, o que era um obstáculo passa a ser uma das etapas do plano.” Gerhard Erich Boehme

Todo objetivo que vale a pena dá trabalho. Afinal se não desse era só usufruir sem necessidade de almejá-lo e lutar por ele.

No caminho para a conquista da nossa meta as dificuldades aparecerão com certeza. Não tenha dúvida disso. Se elas não aparecerem é porque você definiu uma meta medíocre, ou seja, você não foi corajoso o suficiente para almejar algo transformador.

Enfrentamos dificuldades internas e externas. As internas são nossos medos, complexos e baixa autoestima que nos fazem perder a coragem de lutar e ir em frente. As externas são as pessoas que não nos apoiam (às vezes até fazem oposição) e circunstâncias que mudam de maneira não planejada, fazendo com que tenhamos de refazer os nossos planos.

Mas as dificuldades não são motivo para desistir da meta. Pode até ser que ela atrase um pouco, mas deixar de lutar por ela nunca. Pode ser que eu tenha que procurar outro caminho, precise descobrir outra pessoa para ajudar, necessite aprender uma maneira diferente de fazer o que precisa ser feito.

Se cada vez que surge uma dificuldade, eu desisto da meta e a abandono estou criando o hábito da derrota. De tanto fazer isso, chegará o tempo em que nunca mais terei energia para conquistar qualquer coisa que seja.

Mas se permaneço firme na vontade de atingir o propósito que Deus colocou no meu coração e que eu escrevi como meta para mim, cada vez que uma dificuldade for superada, que um obstáculo for transposto, que um problema for resolvido estarei criando o hábito do sucesso. A minha fé crescerá e a confiança em Deus se fortalecerá sabendo que com a ajuda dEle tudo é possível.

Existem pessoas que tem a ilusão de que a vida pode ser vivida sem problemas ou dificuldades. Elas se frustram e duvidam de Deus quando os obstáculos aparecem. Jesus disse, no entanto, que “no mundo tereis aflições” (João 16:33). Isso é um fato. Ponto. É por isso que Jesus ensinou os seus discípulos a orarem diariamente “não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do mal” (Mateus 6:13).

Portanto,

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“Senhor Jesus, tu prometeste que estaria conosco todos os dias, por isso confio em ti para vencer.”

Vinicios Torres

Mário Fernandez

Cruz – Vitória Sobre o Diabo

“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” (Hebreus 2:14-15)

Esse é, para mim, um dos textos mais belos de toda Bíblia sobre vitória e sobre liberdade. Independentemente do conceito ou do entendimento porventura diferente que se possa ter, o personagem do diabo é biblicamente embasado e é mencionado neste texto como detentor do poder da morte, porém derrotado. Notemos que os que foram libertados (nós, os salvos por Jesus) estavam na condição de escravizados.

O medo escraviza e, certamente, isso vale para todo ser humano. Mais do que isso, notemos uma nuance nesse texto que fala em “durante toda a vida”. Claramente, a liberdade que é dada por Jesus é para uma vida inteira, independente de um passado insosso ou terrível, amedrontado ou tranquilo – por toda a vida. Essa escravidão pelo medo teve fim naquela cruz, pois certamente Jesus experimentou esse medo na sua carne humana, e, por tê-lo vencido, nos deixou vitória por herança.

Mas para mim certamente o mais profundo nisso tudo é que temos vitória sobre o diabo, como o texto tão claramente nos expõe. Isso não significa que somos mais poderosos do que ele, nem que ele cessará seus ataques, nem que com alguns ele ainda terá vantagem. Não significa sua aniquilação, não nos insenta de ter “encrenca” com ele, não nos coloca em posição de superioridade a ele. É mais simples e mais belo do que tudo isso. Significa que ele pode fazer o que quiser, vai perder do mesmo modo. Pode reclamar quem quiser, vai ter de libertar. Pode incomodar à vontade, está derrotado. Isso meu querido, me vale mais do que o restante todo junto.

Eu enfrento lutas diárias, tanto interiores como exteriores. Seja na minha alma, na minha carne ou no meu trabalho, sou bombardeado continuamente por um sistema que jaz no maligno. Mas só preciso aguentar e esperar pois entrei nesse jogo com o placar final definido. É como se, respeitadas as proporções, eu já comprasse o bilhete da loteria previamente sorteado sabendo que é, mas até o dia do sorteio me falte dinheiro para o básico. Respeitadas as proporções de uma ilustração retórica, a vitória de Jesus na cruz sobre o inimigo que detinha o poder da morte e me escravizava pelo medo, passou a ser algo que nada mais é do que uma questão de tempo e de paciência.

Querido leitor, se sua vida está nas mãos de Cristo e com Ele crucificada naquela cruz, não há o que temer pois a escravidão do medo foi derrotada junto com seu algoz. Podemos viver uma vida que ainda que apresente dificuldades não termina em derrota. A eternidade vale mais do que o presente…

Deus nos abençoe.

“Senhor, muito obrigado pela vitória sobre o diabo pois eu não poderia obtê-la nem sozinho nem me juntando com toda humanidade. Só o Senhor poderia me dar isso. Me ensina a ser grato a Ti.”

Mário Fernandez

Luis Antonio Luize

A Fé Começa Em Casa – A Comunicação Eficaz

“De onde vêm as lutas e as brigas entre vocês? Elas vêm dos maus desejos que estão sempre lutando dentro de vocês. Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus.” (Tiago 4:1,2)

Em nossa época temos experimentado um desenvolvimento sem precedentes da ciência. Meu filho mais novo, por exemplo, sequer chegou a conhecer o videocassete. Quando mostrei a ele uma fita VHS ele achou engraçado e disse:

— Como é grande! Deve caber muito mais que num DVD, né?

Para nós isto soa engraçado, mas para ele fazia todo o sentido. Da mesma maneira, há situações que hoje são consideradas totalmente diferentes de antigamente. Por exemplo, usar uma carroça num grande centro urbano. Muitos pensariam que não há a necessidade disto, pois existem inúmeros outros meios de transporte.

Da mesma forma que nos transportes, nas telecomunicações houve avanços incríveis e hoje a grande maioria usa um celular e isto é muito natural.

Observem que estes avanços sempre se somam aos anteriores e há progresso nisto.

Por outro lado, quando observamos as relações humanas e a comunicação entre nós, parece-nos que os avanços não existiram ou foram muito pequenos. Ao observarmos uma pessoa adulta nascida no início do século XX e outra pessoa adulta de nosso tempo, não veremos tanta diferença nos aspectos da comunicação interpessoal.

Todos os avanços que uma pessoa obtém durante sua vida, acabam ficando com ela mesma ou no máximo com as pessoas que estão próximas a ela.

E, para que um relacionamento conjugal dê certo, é necessário uma boa comunicação. Telma e eu temos encontrado muitos casais que enfrentam dificuldades somente porque se comunicam mal, sendo isto fonte de discórdias e até de separações. Amam-se, mas não se entendem.

Precisamos aprender princípios práticos que possam nortear nossas vidas, sempre com o trato do Espírito Santo, que nos ajuda em tudo.

Jesus é para nós um exemplo no trato interpessoal, mas apesar Dele ser o Príncipe da Paz, Ele nos disse que neste mundo teríamos aflições e dificuldades. Nos disse também que havia passado por isto, vencido e conquistado uma posição de destaque.

Todas as questões de relacionamento que passamos e vencemos são assimiladas em nosso interior, crescemos, amadurecemos e prosseguimos em nossa caminhada. Mas quando perdemos a batalha em determinada área, passamos a ser presas, e quanto mais alimentamos a situação, mais complicados ficamos.

O próprio Jesus nos garantiu que nos deixaria sua paz. Uma paz com características, condições e poder de derrubar barreiras e dissenções entre as pessoas.

Se temos esta paz, precisamos então desenvolver em nosso interior a intenção de ter um bom relacionamento.

Já vi alguém com a intenção de ser bem sucedido ter dificuldades, mas também os vi sendo vitoriosos sempre, pois nunca desistiram de reiniciar.

A bíblia sempre trata de relacionamentos questionando nossas atitudes interiores e as características das pessoas envolvidas. Nós, por outro lado, somos acostumados a nos relacionar dando ênfase aos atos externos e às ligações afetivas que temos com as pessoas.

Portanto, o bom relacionamento sempre vai exigir determinação, esforço e algumas habilidades, e por isso mesmo vai demandar tempo.

Mesmo entre cristãos, a boa comunicação não acontece automaticamente. É necessário que haja desejo de entender-se bem. Para isto, é preciso ouvir cuidadosamente, observar, compreender a si mesmo e ao outro.

Começar a conversa querendo ganhar algo ou a discussão, já começou mal. É preciso evitar comentários maldosos que visam somente machucar o outro e não levará a nenhuma melhora na comunicação.

Também devemos evitar as explosões emocionais, procure ter autocontrole, freie sua língua um pouco e se comunique corretamente. Isto tudo vai demandar um aprendizado, mas vocês serão abençoados e desfrutarão de um outro nível de relacionamento, que vale a pena ser vivido.

PARA EXERCITAR COM SEU CÔNJUGE

  • Nosso nível de comunicação está adequado?
  • No que precisamos aperfeiçoar nossa comunicação?

“Pai celestial, que eu possa me comunicar bem com meu cônjuge e com todos à minha volta. Ensina-me a crescer e amadurecer nesta área para que possa conquistar uma posição de vitória no meu relacionamento conjugal. Amém!”

Luis Antonio Luize